Rose on.
Eu fico encarando Reiji, ele não desgruda os olhos de Mina enquanto ela caminha até a porta com o braço no pescoço do Ayato, por causa da altura da Mina ele fica parecendo o corcunda de Notre Dame.
— Se ficar olhando mais vai cair um raio no Ayato. — Falo o cutucando com meu cotovelo, ele dá um pulinho e finalmente percebe que eu estou do lado dele.
— Você viu tudo, correto? — Ele pergunta nervoso e eu dou uma risada.
— Claro, isso é tão fanfic, o garoto frio e calculista se apaixona pela guria que é doida e fala o que quer. — Falo o olhando de rabo de olho.
— Não esqueça que eu ainda posso cancelar sua passagem pra França! — Ele ameaça e eu corro para atrás de Laito, que estava parado ouvindo tudo.
— Vocês já acabaram? — Meu ruivo pergunta passando a mão pelos cabelos.
— Sim! Vamos. — Respondo e envolvo meus braços no seu.
— Achei que tinham decidido ficar na mansão já! — Mina reclama batendo o pé, dou um curta risada e entro na limusine após Laito. Assim que me fico acomodada em meu acento, Laito me oferece um fone de ouvido, o pego e ele escolhe Sam Tinnesz, Zayde Wolf - Man or a Monster.
— Are you a man, or a monster?
Are you a man, or a monster?
Are you a man, or a monster?
When you look at yourself, are you man or a monster? — Eu começo a cantarolar o refrão, com a cabeça apoiada no ombro de Laito, logo ele me acompanha no ritmo da música.
— You can't take back the damage you've done
Oh, you can hide, but you can't run
No, you can't take back the damage you've done. — Ele canta com os olhos fechados, eu olho para Shuu que está sorrindo.
— Afraid of what you might become. — Meu cunhado loiro completa a estrofe, logo Mina e Kanato decidem ir na nossa onda.
— A man or a monster... — Ele canta.
— Oh... — Sem perder tempo, Mina o segue sem perder o ritmo.
— A man or a monster...
— Oh... — Cantarola, ela olha para o resto dos meninos, como quem ordena a participar. Subaru, Ayato e Reiji acabam se rendendo e começam a cantar com nós 5.
— Are you a man, or a monster?
Are you a man, or a monster?
Are you a man, or a monster?
When you look at yourself
Are you a man, or a monster? — Nós encerramos a música e damos risada no final. Seguindo esse ritmo, cantando várias músicas, chegamos ao aeroporto.
— Eu encontro vocês no portão de embarque? Quero ir comprar um livro. — Digo descendo do carro.
— Quer que eu vá com você? — Laito pergunta e eu nego com a cabeça.
— Vai ser rápido, vocês vão se adiantando Chek - in. — Digo já me afastando.
— Cuidado onee-chan! — Kanato diz, já afastada eu dou um sorriso.
Pego a escada rolante e vou pra o segundo andar, logo no fim da escada eu vejo uma enorme livraria, adentro a mesma e vou logo para a seção de livros históricos.
— Com licença, a senhora está a procura de um livro ou gênero específico? Posso lhe ajudar? — Uma atendente aparece ao meu lado e oferece ajuda.
— Aceito, eu procuro por livros que foram inspirados na revolução francesa, se tiverem romance será ainda melhor! — Eu a observo, consigo notar o brilho dos seus olhos ao escutar o meu pedido.
— Se me permitir, vou lhe mostrar os 5 melhores que já li nesse gênero! A senhora pode se sentar naquela área, em breve lhe trarei os livros. — Diz empolgada. É notável que ela realmente ama livros. Sigo o seu conselho, vou até uma área com sofás, me sento e cruzo minhas pernas, deixando minha bolsa ao meu lado.
— Com licença, a senhora aceita algo para beber ou comer? — Pergunta um rapaz, aparentemente um garçom.
— Um capuccino de chocolate, por favor. — Digo, ele faz uma reverência e sai. Olho meu relógio de pulso, ainda tenho 30 minutos para encontrar eles, em um piscar de olhos o garçom volta e serve o meu pedido. Assim que dou um gole, vejo minha atendente chegando com 5 livros nas mãos.
— Aqui estão os livros senhora! — Ela coloca todos em cima da mesa.
— Você é mesmo uma ótima leitora, não mesmo? — Pergunto vendo suas escolhas.
— Eu realmente desfruto da leitura. — Diz sorrindo.
— Me diga qual foi o que mais gostou dentre estes, será o que eu levarei. — Ergo meu olhar para ela, vejo seu olhar indeciso.
— Em minha opinião, creio que Forte é o cristal, de Daphne du Maurier é o que mais me agrada, tenho certeza que a senhora gostará! — Ela me entrega o livro, leio a sinopse e ela realmente me agrada.
— Levarei este então, pode trazer a máquina de cartão? — Pergunto folheando o livro.
— Todo atendente tem sua próprio máquina de cartão, débito ou crédito? — Pergunta apertando os botões.
— Débito. — Tiro o cartão de Laito da bolsa e entrego para ela. Ela passa o cartão, me entregando a minha via.
— Obrigada pela compra, volte sempre! — Agradece se curvando.
— Obrigada você! — Guardo o livro na minha bolsa e saio da loja. — Nas escadas rolantes, paro para olhar novamente meu relógio, falta apenas 10 minutos para eu estar no portão de embarque. — Vou me atrasar de novo! — Reclamo comigo mesma, saio da escada agoniada e ando com pressa até o portão de embarque.
Assim que chego, vejo Laito do outro lado de braços cruzados, pelo menos o Chek in eu já tinha feito pela internet ontem. Eu coloquei minha bolsa na esteira da máquina de raio x e passei pelo detector de metal.
— Identidade e visto por favor. — Entrego os documentos para o segurança, ele avalia meu rosto e os devolve. — Obrigada pela preferência, senhorita Michaelis, tenha uma boa viajem. — Faço um gesto com a cabeça e suspiro aliviada indo em direção a ele
— Finalmente Rose! — Pelo seu tom eu percebo a raiva.
— Desculpa my lord! — Eu o abraço e faço biquinho. Ele suspirou, obviamente estava cansado, ele ainda não estava bem do resfriado que tinha pegado, eu fiquei surpresa quando descobri que era possível vampiros ficarem gripados. Laito se abaixo um pouco, abraça minhas coxas e me levanta, no susto eu grito. — Laito! — Eu perco o equilíbrio e caio em cima do ombro dele.
— Vamos logo! — Ele diz isso e dá um tapa forte em minha bunda. As pessoas a nossa volta soltam risadinhas e eu fico vermelha enquanto xingo meu noivo. — Laito, me coloca no chão! — Ordeno e ele me obedece, assim que meu salto toca o chão eu ajeito minha saia que tinha levantado um pouco.
— Vamos. — Ele segura minha mão e caminhamos pela passarela. Vejo a porta de entrada do avião, o comissário de bordo faz uma reverência e entramos.
— Posso ajudá-los a encontrar seus acentos? — Uma aeromoça se aproxima da gente, assim que se levanta ela observa Laito. — Senhor Laito Sakamaki e senhorita Michaelis, correto? — Ela pergunta.
— Sim. — Respondo e agarro o braço de Laito, não gostei do olhar dela!
— Vocês estão em uma ala especial, me acompanhem por favor. — Ela começa a andar pelo avião, passamos por alguns passageiros e logo chegamos a tal ala o de todos estavam.
— Pensei que tinha desistido da viajem! — Ouço a voz de Mina, quando a procuro com o olhar vejo que está sentada de frente pra Reiji.
— Parece que a vista da sua cadeira é privilegiada Mina! — Falo com um sorriso travesso, ela fica vermelha e para de falar. — Vamos nos sentar, my Lord! — Pego a mão de Laito e escolhemos acentos que são lado a lado.
— Afinal, qual foi o livro que você comprou? — Ele pergunta, coloco minha bolsa na mesinha que tinha na nossa frente e começo a tirar meus saltos.
— Ele está dentro da minha bolsa, pode pegar. — Digo colocando os saltos no cantinho. — Achou? — Me levanto e vejo que Laito tem algo nas mãos, algo que não é o livro.
— Anticoncepcional? — Ele pergunta me olhando.
— Estou indo pra França, o país dos apaixonados, não vou voltar com uma criança no ventre não! — Tomo as pílulas de suas mãos as guardo em minha bolsa, ele dá uma risada, eu pego o livro e entrego pra ele.
— Forte é o cristal... O título é bom. — Ele abre o livro e começa a ler a sinopse.
— Quer ler comigo? — Faço o convite e ele se aproxima de minha orelha.
— Adoraria... — Diz e dá um beijo na minha bochecha. — Tão linda... — Ele pega uma mecha do meu cabelo e a beija.
— Com licença... — A mesma aeromoça de antes nos interrompe. — Por favor coloquem o cinto, iremos decolar em breve. — Ela diz encarando Laito novamente.
— Obrigada querida, mas afinal, só tem você de aeromoça aqui? — Pergunto com ciúmes, cruzando os braços.
— Desculpa?! — Pergunta incomodada.
— Minha noiva gostaria de outra pessoa para nos atender, entende? — Laito diz pegando minha mão e expondo meu anel.
— Entendo senhor, vou pedir para outra pessoa lhes atenderem. — Posso ver a veia de sua testa inchar de raiva. Quando ela sai, Laito segura meu queixo com cuidado.
— Rose, você não precisa ter esses ataques de ciúme, eu já disse que sou seu e você é minha. — Ele roça nossos narizes e eu fico constrangida.
— Me desculpa Laito, eu realmente não tenho me controlado... — Digo de cabeça baixa, se fosse Laito tendo as crises de ciúme e não eu, estaria revoltada!
— Não precisa ficar assim. — Ele acaricia minha mão e me dá um beijo. Os lábios frios dele fazem eu me estremecer na cadeira. — Ah... Eu adoro suas reações, me dá vontade de... — Ele ia aproximando sua mão de meus peitos, mas o avião começa a andar para decolar e eu dou um gritinho pelo movimento repentino.
— Tira a mão, safado! — Lhe dou um tapa e ele ri. — Bem, vamos ler? — Pergunto apontando pro livro em seu colo.
— Agora mesmo! — Ele diz e começa a folhear o livro para lermos.
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