...
Fiquei um pouco paralisada, não sabia se realmente era Axl, ou se já estava imaginando coisas, mas confirmei minha suspeita assim que ele continuou.
- Jennifer, Alan pediu para que eu avisasse que a entrevista é amanhã ás 09:00h.
- Tá certo. Ele ficou de me confirmar, mas porque você está me avisando?- Perguntei curiosa.
- Ele estava ocupado com algumas coisas, então eu disse que avisaria. Eu tenho mesmo que me acostumar a falar com você. Então qual a diferença? – Explicou com tom rude. Estranhei um pouco, mas deixei pra lá.
- Me passa o endereço?
- Fica na avenida principal, nº 1500, em Lincoln Heights.
- Lincoln Heights? É muito distante, eu mal sei onde fica isso. Você sabe algum lugar próximo? Para que eu possa me direcionar. – Fiquei preocupada, era realmente muito longe.
- Ora, se vira. Você não é tão esperta. Bem o recado foi dado. – E com isso ele simplesmente desligou o telefone na minha cara.
Affee!! Que grosso!!!
Desliguei me questionando como eu chegaria nesse lugar. E logo pela manhã, droga teria que faltar a aula, enfim depois pegaria a matéria com alguma das meninas. Mas devia ser mesmo alguma exceção, porque Alan sempre me disse que as reuniões ou eram à tarde ou no final da manhã.
...
Acordei bem cedo no dia seguinte, teria que sair cedo, pois não sabia bem como chegar ao endereço, só sabia que era um bairro bem afastado. Vesti um short social vermelho, uma blusa preta, meia calça pretas e uma botinha. Peguei meu carro e saí ás 07:30h, seguindo as placas indicativas.
Já eram 08:30h, já havia parado várias vezes pedindo informação, quando finalmente cheguei ao endereço. Porém para minha surpresa, não havia nada semelhante a uma editora, pelo contrário, havia apenas algumas lojas populares, e no número do endereço, apenas uma locadora.
Desci e entrei na locadora, talvez eu tivesse me enganado de rua, e o local fosse ali por perto. Ao entrar, encarei um rapaz magro, de mais ou menos 20 anos, usando uma camiseta do hulk, óculos de grau, estilo um pouco nerd.
- Desculpa, eu procuro esse endereço. Você poderia me ajudar? – Ele estava lendo uma revista de quadrinhos, olhou o papel que eu tinha em mãos sem dar muita importância.
- É aqui mesmo. – Respondeu e voltou a atenção para sua revista.
- Não pode ser, eu procuro pelo prédio da editora KStar, da revista Music Magazine. – Falei extenuada.
Ele colocou a revista no balcão e me olhou surpreso.
- Moça, não sei como você veio parar aqui, essa revista fica em West Hollywood, do outro lado da cidade. Se for essa a revista que procura, você está bem longe.
- Não acredito! - Levei uma mão a cabeça. – Mas como? Será que mudou?
- Moça eu trabalho aqui há uns três anos, e aqui era uma lojinha de doce antigamente e agora uma locadora, mas nunca foi uma editora. Essa revista não é uma de música? Ela é bem conhecida em L.A., tenho certeza que é em West Hollywood.
Com isto caí na real, aquele desgraçado filho de uma figa me passou o endereço errado, faltava 15 minutos para às 09h e eu estava do outro lado da cidade.
- Moço muito obrigada, tem algum caminho que me faça chegar mais rápido? – Estava aflita.
- Olha pegue a rodovia 06 dobre a direita, depois esquerda....- Eu fui anotando cada palavra que ele dizia. – Então em uma hora você chegará lá. – Ele disse.
- Uma hora? – Gritei.
Tô ferrada, Alan vai ficar furioso comigo. Saí o mais apressada que pude e fui seguindo como o rapaz havia me dito.
...
Finalmente cheguei ao endereço certo depois de um trânsito horrível, era um prédio cinza, de mais ou menos 06 andares, não muito grande. Tinha o nome de várias revistas estampadas, incluindo a Music Magazine.
Me identifiquei na recepção, seguindo para a sala e o andar me repassado. Fui para o elevador, mas o mesmo estava demorando tanto, que me arrisquei nas escadas.
- Vamos Jennifer, só são 05 andares. - Apoiei-me no corrimão para pegar um ar e continuei. Subi correndo, chegando morta ao 5ª andar. Me dirigi apressada a sala de reunião e cheguei esbaforida, suada, descabelada e quase com a língua pra fora. Já eram 10:15h, e Alan e Axl estavam no local, sentados conversando.
Quando Alan me viu escancarou os olhos.
- Jennifer você está bem?
- Tô...ótima...só um pouco ...atrasada me desculpe. – Respondi pausadamente, pegando fôlego.
- Atrasada? – Alan olhou para o relógio surpreso. – Não querida, você chegou na hora, a entrevista é agora às 10:30h, ainda faltam 15 minutos.
Axl que até então segurava o riso, não se aguentou mais e começou a rir descontroladamente. Eu o fitei sisuda, ficando vermelha de raiva, desejando apertar seu pescoço até ele ficar sem ar.
- Do que você está rindo? – Alan o olhou sem entender nada.
- Ah, nada não, me lembrei de uma piada que Slash contou outro dia. – E continuou a sorrir, levando à mão a barriga.
Adentrei a sala, passando por ele com uma olhar mortal, o qual ele respondeu com um sorriso debochado. Eu não iria me queixar para Alan, não seria dessas pessoas que tudo se queixa para seu chefe. Ele ia me pagar ainda. Sentei na cadeira que estava ao lado de Axl, porém me afastando dele.
Alguns minutos depois o entrevistador chegou junto com um fotógrafo, um gravador e alguns papéis. Enquanto ele preparava o material, eu segurava as cópias das questões, folheando-as rapidamente sem dar muito importância. Afinal na minha mente, eu só conseguia imaginar a caneta que eu segurava em minhas mãos, sendo atravessada no pescoço daquele ruivo antipático. Ah doce visão, suspirei.
- Jennifer, Jennifer? O Senhor Afonso já fez a primeira pergunta. – Voltei a mim, sendo tirada dos meus doces pensamentos homicidas.
- Ah desculpe, pode repetir?
Conforme o entrevistador ia fazendo as questões, eu ia traduzindo, sem muito ânimo, com uma voz seca, enquanto Axl respondia com tamanho bom humor e carisma, que os demais estavam admirados a sua volta.
Ao final, Alan saiu para o corredor junto com o entrevistador, que agradeceu a Alan e Axl. Assim que os dois sumiram pela porta, me virei para Rose confrontando-o, exasperada.
- Como você pôde fazer isso? Eu estou rodando há três horas por Los Angeles, perdi uma aula e ainda passei por vários bairros estranhos e perigosos.
- E o que eu tenho haver com isso? – Mas era muito cínico.
- Aggrrrr...não se faça de inocente Axl, você me deu um endereço completamente diferente. – Afirmei irritada.
- Eu dei? Tem certeza? Acho que você que entendeu errado baixinha – Se fez de desentendido e deu-me um sorriso de canto. Ele estava me provocando.
– Ou eu devo ter me enganado? Não sei. – Ele continuou, saindo da sala como se aquilo não tivesse sido nada. Eu não acreditava no cinismo daquele garoto mimado.
Respirei fundo três vezes, saindo logo em seguida. Queria ir embora dali, e ficar longe daquele doido, que agora ia para uma sessão de fotos.
Despedi-me de Alan, mas antes confirmei a reunião que haveria amanhã.
- Sim será aqui também Jennifer, porém será para uma revista brasileira, não será sobre o show no México, apenas sobre o futuro lançamento do novo álbum, provavelmente não irá demorar. Eu não poderei vim, mas sei que você dará conta sozinha com Axl.
A KStar cedia o espaço para as revistas estrangeiras, por isso na maioria das vezes as entrevistas eram lá. Assim quando a mesma precisava de matéria fora do país, às outras revistas acolhiam seus repórteres. Era um acordo que havia entre elas. Paul havia me explicado dias atrás. Pena não ter me dado o endereço antes também.
- Certo, amanhã ás 15:00h estarei aqui.
Saí de lá indo à casa de uma amiga saber o que havia perdido na aula de hoje, em seguida fui para minha casa descansar, e esquecer do dia de hoje.
POV Axl
Depois da minha sessão de fotos, fui para o Angels comemorar, eu estava de muito bom humor. A cara daquela garota, sem fôlego, vermelha e querendo me bater, foi o melhor da minha semana.
Bebi junto a uns conhecidos, estava de tão bom humor que paguei várias rodadas para os ali presentes. Ao final da noite, fui para Hell house, acompanhado de Cheryl. É hoje não tinha como o dia ser mais perfeito.
...
Acordei ás 07h, na verdade apesar da noite de sexo selvagem que tive, não conseguir dormir bem. Cheryl estava deitada ao meu lado só de calcinha, o que era uma visão maravilhosa. Fiquei a observando com um sorriso malicioso nos lábios, logo após ela acordou.
- Amorzinho, já está acordado?
- Não consegui dormir bem. – Respondi.
- Por que você está com esse sorriso maldoso nos lábios? – Lançou um sorrindo de canto.
- Sabe Cheryl, tive uma ideia, e você vai me ajudar. – Uma excelente ideia surgiu em minha cabeça, só não sabia se ia funcionar.
- Claro, tudo o que meu amorzinho pedir.
- Mas antes, vamos tomar um belo banho.
Puxei a loira junto ao meu corpo e a conduzi para o banheiro. Íamos continuar nossa diversão da noite.
...
POV Jennifer
Eram 08:30h, quando o telefone tocou, uma voz feminina perguntou por mim.
- Senhorita Torres?
- Pois não. – Respondi.
- Olá, sou Roberta secretaria da Geffen. Tudo bem com você? Alan pediu para que você chegasse a entrevista ás 13:00h, parece que a revista precisou antecipar a entrevista. Eu já comuniquei ao Senhor Rose.
- Tá certo Roberta, eu irei mais cedo então. – Estranhei um pouco, mas como havia sido a Roberta a me ligar. Fui me arrumar para minha aula que começaria ás 10:00h. De lá eu iria para editora.
POV Camille
Ah como era bom chegar em casa, estava fora há uma semana mas parecia um mês. A viagem com meus colegas de faculdade a New York não foi nada boa. Até porque eu fui mesmo para vê meu namorado, agora ex, o Bob. A gente namorava a distância. Eu passei para faculdade aqui em L.A e ele foi para New York.
Mas ao chegar de surpresa, o encontrei dormindo com uma loira qualquer. Fui trocada por uma garota feia e sem graça. Ainda tive que ficar a semana, a qual imaginava que seria ao lado de Bob, indo a congressos, seminários e tudo mais com meus amigos nerds da faculdade.
Mas enfim, eu agora estava livre e ia aproveitar. Eu já tinha chorado o que era preciso, e no final percebi que nem gostava mais tanto assim do Bob. Aquele imbecil, bobo e infantil.
- Jennifer??? Jennifer?? – A chamei entrando em seu quarto.
Estranho, onde será que ela está? Bem vou desfazer as malas e comer chocolate jogada na cama enquanto ela não chega. Precisava muito conversar com ela. Ela era minha melhor amiga, quase uma irmã.
Conhecemos-nos quando a família dela morou em Seatle, éramos vizinhas e passamos a adolescência juntas. Quando o senhor Robert morreu, e ela foi embora com a mãe para o Brasil, eu fiquei desolada, achei ter perdido minha melhor amiga. Mas agora estávamos juntas aqui em L.A., realizando nossos sonhos.
Eu sabia o quanto ela era apegada ao pai, e como sofreu com tudo. Tanto que ela havia mudado muito, estava mais séria e quase não saia, não se divertia, não namorava. Mas eu tinha esperança dessa fase ruim passar e ela ser feliz novamente. E eu estaria aqui para ajuda-la, assim como ela a mim.
POV Jennifer
Não acredito o quão burra fui, cair de novo na armação do Axl. Cheguei no prédio da KStar e a moça disse que não havia sido remarcado nenhuma entrevista, e que a mesma continuava agendada para ás 15h. Eu fiquei lá sentada por duas horas, sem fazer nada, com ódio de mim mesma. Eu agora teria que reconfirmar todas as reuniões, agendas, entrevistas etc.
Estava lendo algumas revistas, quando vejo uma movimentação vindo da entrada, era Axl chegando com seus seguranças, vestia uma calça de couro preto, camiseta do Rolling stone, botas pretas e uma bandana azul na cabeça. Também estava de óculos escuro.
Quando me viu, começou a sorrir novamente. Olhava-me balançando a cabeça em negação, com um olhar de deboche, me fazendo sentir uma completa idiota.
- Não é engraçado, Senhor Rose!!! – Falei séria e altiva.
- Garota, sinceramente achei que você fosse mais esperta e que você não iria cair nessa. - Falou com sorriso escancarado em sua face. - Mas minha Cheryl foi muito convincente, num foi? – Disse de forma vitoriosa piscando o olho pra mim.
- Então foi uma de suas vadias, que se passou pela Roberta? Eu não acredito, Agrrrr...Foi a última vez que cair nas suas Axl. – Afirmei com raiva e o encarando com desprezo. Ah se eu pudesse esgana-lo. Agrrrr...
- Ah mais foi engraçado, confessa vai. Dois dias seguidos.
- Você acha que eu não tenho mais o que fazer? Eu não sou você Senhor Rose que tem gente para fazer tudo por você.
Ele apenas deu de ombros, caminhando para o elevador, como se não tivesse feito nada. Nesse momento, felizmente resolveu calar a boca e ficar em silêncio. Ao abrir a porta do elevador, eu ia entrado, mas ele me deu um leve empurrão para o lado, passando a minha frente.
- Eu trabalho com uma criança. – Murmurei para mim mesma, revirando os olhos e entrado no elevador logo em seguida.
Aquela entrevista foi bem pior que a outra, por Alan não está presente, Axl me fazia repetir as perguntas toda hora, demorava para responder, mudava as respostas, pedia uma pausa ... Foram 2 horas de tortura.
Finalmente terminando, saí da sala sem nem olhar mais na cara dele. Estaria livre até a próxima semana, não havia mais nada para aquela semana. Enfim livre daquele louco.
POV Duff
Estava entediado deitado no sofá olhando o teto. Já havia bebido seis cervejas, fumado três cigarros e o tempo não passava. Popcorn estava deitado no tapete assistindo desenho animado.
- Steve? – O chamei.
- Tô ocupado.
- Sério Popcorn, você já viu esse desenho milhões de vezes.
- E eu adoro esse episódio. Tá fala então. – Ele se virou pra mim contrariado.
- Cara, está todo mundo tão afastado, você não acha? Izzy só fica no quarto dele quieto. Slash só aparece com a cara emburrada, isso quando não está brigando com Renée ao telefone. Axl até que anda de bom humor, e esse sim é o que mais me assusta.
- E você quer irritar o Axl man, você está doido? Temos que aproveitar essa fase dele.
- Não, é claro que não. Só acho que nos devíamos sair, não temos show essa semana. Encher a cara todos juntos como antigamente. Agora só sai nos dois, ou as vezes com Slash.
- Faz mesmo um tempão que não saímos todos juntos.
- Que você acha de amanhã irmos para a Rainbow? Tô com muita vontade de ir lá.
- Certo, vamos chamar o fuckers para encher a cara e pegar algumas garotas como antigamente. Mas agora, me dê licença que vou voltar para meu desenho.
Eu apenas revirei os olhos. Resolvi subir para meu quarto para tocar um pouco meu baixo. Estava mais animado com a saída de amanhã, tínhamos que nos reunir mais vezes. Ultimamente só saímos todos juntos a trabalho. Agora só faltava convencer todos a irem.
POV Camille
Acordei com uma batida muito forte vindo da sala. Levantei assustada indo até o local. Quando olhei para o sofá, Jennifer estava jogada nele, com a face cansada e emburrada.
- Jennifer!!! – Dei um grito alegre correndo até ela.
- Aiiiii...você quer me matar de susto Camille? – Ela me respondeu assustada, se levantando para me dar um abraço.
- Mas o que você tem? Você está com a cara péssima. – Afirmei olhando bem para ela.
- Nossa, obrigada amiga, por ressaltar esse detalhe. – Ela riu, mas eu sabia que ela estava chateada com algo.
- Vamos me conte o que foi? – Fui logo perguntando.
Ela começou a falar quase que sem respirar um monte de coisa sem nexo, contando sobre uma briga com Axl, o quanto ele era insuportável, um tapa na cara, enquanto eu ouvia de boca aberta, sem entender nada e achando que a minha amiga estava delirando.
Peguei em sua testa, medindo sua temperatura.
- O que você está fazendo? – Perguntou-me confusa e empurrando minha mão.
- Vendo se você não está com febre. Que conversa é essa de Axl, entrevista, três horas rodando por Los Angeles, Geffen, Guns??? Tipo, eu saí uma semana e minha amiga tinha se jogado nas drogas e alucinado de saudade. –Disse em tom de brincadeira.
Ela revirou os olhos, mas começou a rir em seguida.
- Muito engraçadinha você.
Então ela começou a me contar a história do início mais calma e devagar, me fazendo entender. Assim, parecia doidera, eu estava de boca aberta, mas pelo menos agora a história era mais crível.
- Eu não acredito que você trabalha para o Guns N Rose – Gritei exaltada.
- Sim. Você os conhece? Nunca ouvi você ouvindo eles. – Franziu o cenho.
- Não, eu não conheço muito bem, acho que já ouvi uma ou duas músicas, e sei que o vocalista é um loiro alto de cabelo comprido linnnndo, com uma boquinha vermelha sexy. – Suspirei.
- Acho que esse é o vocalista do Skid Row, o vocalista do Guns é um ruivo antipático. – Torceu o nariz. - Que jornalista é você amiga? – Ela perguntou tirando onda da minha cara.
- Ahh amiga, você sabe que eu gosto mais de jornalismo policial. Mas que seja! Loiro, ruivo, moreno, eles devem ser gatos, não? – Estava entusiasmada.
- Sim eles são, mas...
- Mas nada. E convenhamos, esse Axl tem humor ne, ele te enganou duas vezes. – Eu sei que foi errado, e foi com minha melhor amiga, mas a Jennifer foi muita ingênua na segunda vez e eu não conseguia conter o riso lembrando.
- E você ri Camille? Que amiga é você? – Me olhou indignada.
- Tô brincando. – Fiz bico e tentei ficar séria.
Conversamos por horas, então foi minha vez de contar meus problemas para ela. Contei como surpreendi Bob com outra, a cara de pau dele de ainda querer se justificar dizendo que é homem e tem suas “necessidades”, a minha semana horrorosa sem dar um passo porque os nerds dos meus amigos não queriam perder os seminários e por este motivo não saímos uma noite se quer para aproveitar New York.
- Mas como você está realmente, Camille? – Ela me perguntou, quando terminei meu desabafo.
- Sinceramente Jennifer, eu pensava que amava o Bob, mas acho que era mais ilusão mesmo. Ele foi meu primeiro namorado da escola, foi o meu primeiro também você sabe. Mas a gente tem pensamentos muito diferentes. E a distância não estava ajudando.
- Entendo amiga. Eu não queria te dizer, mas Bob é muito infantil, além do mais é realmente muito difícil manter um relacionamento à distância. Você viu meu exemplo.
Jennifer havia namorado um cara há dois anos chamado Dylan, porém quando o pai dela morreu e ela foi embora com a mãe dela, eles ficaram se falando apenas por telefone. Quando ela voltou descobriu que o cretino do Dylan havia a traído com sua colega de quarto da faculdade, e descobriu que eles já pareciam ter um caso desde que ela estava com ele. Por isso Jennifer resolveu alugar um apê e morar fora do campos.
Ela estava um pouco descrente com relacionamentos, mas não interferia muito no meu relacionamento com Bob, por medo que eu me chateasse com ela. Mas ela tinha razão, Bob era infantil e bem diferente de mim, ainda pensava como o garoto popular do colegial, não queria crescer.
Já era tarde da noite, tínhamos feito pipoca, assistido filme trash, comido chocolate, então tive uma ideia.
- Jennifer, amanhã vamos sair! Desestressar, desopilar, afastar esses problemas das nossas cabeças. E não aceito não como resposta. Você também está precisando sair.
- Não sei Camille. – Disse com dúvida e um pouco receosa.
- Ah vamos sim, você sabe que não vai escapar, eu dei bastante tempo para você, mas está na hora de você voltar a se divertir. Você sabe disso. E eu já até sei para onde vamos. – Estava empolgada.
- Rainbow!!!
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