História My Sweet Intérprete - Just Another Show

 

...

De relance olho para o relógio em cima do criado mudo denotando passar das 03h da madrugada.

E como promessa era dívida, o ruivo cumpria o que me prometera horas atrás: me fazer dele a noite inteira.

Nossos corpos suados evidenciava a exaustão de uma noite quente de amor e por mais cansados que estivéssemos ainda queríamos muitos mais.

Axl estava sentado sobre a cama, com as pernas levemente dobradas e eu estava sobre seu colo, com minhas pernas envoltas ao redor de seu quadril. Encaixados perfeitamente um no outro.

Eu estava ligeiramente mais alta que o ruivo, o que me fazia olhar para baixo, mirando profundamente em seus olhos verdes que me penetravam tão intensamente, observando cada deleite de prazer que ele me fazia sentir. Meus braços encontravam-se ao redor de seu pescoço, me dando estabilidade. Ele deslizava suas mãos por meu corpo, dedilhando cada mínimo detalhe da minha pele nua e exposta. Apertava vigorosamente minha cintura por fim descendo até meu quadril ajudando com o movimento de subir e descer.

Sentia seu membro completamente dentro de mim, saindo e entrando lentamente, me torturando. A cada friccionar, eu enlouquecia.

Mantínhamos um ritmo lento, aproveitando o que nos restava de energia, prolongando ao máximo essa sensação de satisfação e plenitude. Me sentia completa, em todos os sentidos.

Comecei a acelerar os movimentos, subindo e descendo, num vai e vem ritmado. Axl apertava meu quadril e me ajudava a ir cada vez mais rápido. Minha respiração ofegante ficara cada vez mais falha, meus gemidos cada vez mais alto misturados aos gemidos de prazer do ruivo.

Jogo meu corpo para trás sendo sustentada por suas mãos fortes em minhas costas conseguindo senti-lo ainda mais fundo em mim. Gememos juntos em êxtase. Seu membro preenchia minha intimidade por inteiro, estimulando meu ponto G e me arrancando gritinhos finos.

Axl abocanhou meus seios já que eles ficaram inteiramente a sua disposição. Permanecia com minha cabeça para trás o sentindo chupar, morder e lamber deliciosamente meus mamilos com gana e desejo, por vezes me fazendo suspirar de dor e prazer. Não demorou muito para sentir meu corpo todo vibrar e contrair. Espasmos tomaram meu corpo e uma corrente percorreu toda minha espinha.

- Awn!!!! – Gemi mordendo meu lábio inferior e jogando minha cabeça e meu corpo ainda mais para trás.

Estava em êxtase total.

Antes mesmo que meu gozo terminasse, num movimento rápido, Axl inverteu nossa posição, me girando e deitando-me na cama e ficando sobre mim.

Ele acelerou as estocadas passando para um ritmo frenético, buscando agora o seu ápice. Suas mãos apertaram minhas coxas fortemente, me fazendo entrelaçar minhas pernas ao redor de seu quadril. Os espasmos em meu corpo diminuíam e já esperava meu corpo se render, quando sentir uma nova onde prazer tomar conta novamente de mim.

Apertei ainda mais minhas pernas ao redor de seu quadril, puxando e o prendendo em mim, sentindo minha intimidade contrair fortemente seu membro, lhe arrancando um gemido prolongado. Minhas unhas cravaram involuntariamente suas costas deslizando por toda a sua extensão deixando marcas fundas de arranhões.

- Jennifer!!! – Axl grunhiu de dor e ao mesmo tempo de prazer, deleitando-se com cada sensação que sentia.

Eu não entendia bem o que estava acontecendo, mas estava sentindo novamente meu corpo entrar em frenesi e mergulhar em um delirium mais forte e mais intenso.

- Mais...mais...- Ele acelerou ainda mais e passou a estocar com força. Praticamente gritei seu nome alucinada com tamanho prazer.

Ao mesmo tempo em que sentia essa sensação, Axl jogou sua cabeça para trás rangendo os dentes e se entregando ao um orgasmo intenso e prolongado, igual a mim.

Logo seu corpo caiu rendido sobre o meu. Ele se deitou ao meu lado com a respiração rápida e ofegante, puxando o ar. Minhas pernas estavam bambas, meu corpo completamente mole e relaxado, sem força alguma.

...

Eu estava praticamente desfalecida na cama enquanto tentava entender o que tinha acontecido comigo.

- Você teve dois orgasmos seguidos? – Axl se deitou de lado me olhando, com o cotovelo apoiado sobre o colchão, aguardando a minha resposta.

- Foi. – Disse confusa. Isso nunca tinha me acontecido. – Orgasmo múltiplo. – Concluí.

Eu já tinha lido em revistas, mas achava que isso era uma raridade de acontecer, eu não esperava ter um, achava que apenas mulheres bem experientes tinham.

Rose deu um sorriso convencido.

- Eu te fiz ter um orgasmo múltiplo? É eu realmente estou me superando. – Falou com um sorriso de ponta a ponta se jogando novamente na cama. 

Meu corpo ainda se recuperava, mas mesmo assim me virei para ele vendo toda aquela presunção. Mas que ruivo metido e convencido, pensei.

- Estou até com medo de cair dessa cama hoje. – Comentei o vendo me olhar confuso.

- Por quê?

- Estou com medo de o seu ego inflado me derrubar da cama. – Sorri enquanto ele apenas me olhou sério.

- Você devia era me elogiar e dizer o quão bom de cama eu sou. Confessa Jenny, está cada dia mais louquinha por mim. – Socorro com tanta “modéstia” meus deuses.

Joguei-me na cama e olhei novamente para o relógio. No entanto, ao lado vi uma caixinha de bombom, da mesma que o ruivo havia me dado. Peguei a caixinha e a abri pegando um bombom. Tá certo que era madrugada, mas eu estava com fome ué.

- Ei ei ei, essa caixa de bombom é minha. Cadê a sua? – Axl se virou para mim enquanto me observava roubar seus bombons.

- Eu comi. – Disse baixinho.

- Todos? – Ele franziu o cenho.

- Você demorou para o jantar  e eu estava com fome. – Me justifiquei. – Além do mais, eu ando com tanta vontade de comer bombom esses dias. Você não vai negar um bombom para sua namorada, vai? – Perguntei toda manhosa.

- Só porque é MINHA NAMORADA. – Disse todo cheio de si.

Dei uma mordida no bombom e coloquei a outra metade em sua boca. Ainda conversamos bobagens por alguns minutos até cairmos no sono.

...

 

POV Duff

Apesar de ter chegado tarde do bar em que fomos, eu e Steve acordamos cedo, morrendo de fome. Fomos atrás do moreno sombrio, mas o mesmo estava apagado na cama e Slash estava ajeitando umas coisas de Pandora não nos dando muita atenção.

Ao chegar ao restaurante do hotel para o café da manhã, avistei Ângela, Rachel e Ashley sentadas em uma mesa. Obviamente eu iria para outra mesa, mas o desmiolado de Steve correu para a mesa delas assim que as viu.

- Bom dia garotas. – Adler as cumprimentou todo animado.

- Obrigada pelo “garotas” Steve. – Ângela respondeu sorridente.

- Bom dia. – Falei também me aproximando da mesa. 

- Sentem-se. – Ângela nos chamou.

Adler já ia sentando, mas antes o puxei.

- Nos vamos nos sentar ali, estamos aguardando os outros integrantes da banda. – Falei tentando evitar sentar de frente para Rachel.

- Estamos? – Steve perguntou confuso.

- Sim, Adler. – Aff...mas esse Popcorn não me ajudava.

- Bem, pelo menos me deixa apresentar minhas filhas.

- Já nos conhecemos. – Respondi rapidamente.

- Já? – Ângela questionou intrigada.

- Já mãe, Jennifer nos apresentou. – Rachel explicou de imediato.

- Ah sim.

Já íamos saindo para outra mesa quando Ângela voltou a nos falar.

- Antes gostaria de falar uma coisa com vocês...

Ela começou a falar algo referente ao show, mas não consegui prestar muita atenção, já que a mesma foi direcionada para uma certa loira que não parava de me olhar. Ashley estava entretida lendo uma revista de famosos e Ângela falando com Steve e nenhum deles notava a cena que estava acontecendo a minha frente.

Rachel segurava um copo de suco de laranja tomando-o na minha frente, no entanto a mesma ficava me provocando brincando com o canudo em seus lábios umedecendo os mesmos e me dando um sorriso malicioso. Cara, essa garota gostava de brincar com fogo.

- ...então é isso. Espero contar com vocês. – Ângela concluiu. Eu permanecia hipnotizado com a loira que chupava seu canudo de forma nada inocente, quando voltei a mim e apenas assenti com a cabeça sem nem saber  com o que concordava.

- Ai mãe você só fala de trabalho. Vamos às compras, você prometeu. – Ashley interveio chateada.

- Sim, tudo bem, mas só tenho a manhã livre. Vocês sabem que a noite tem o show e a tarde tenho muitas coisas a resolver.

- Como sempre. – Rachel rolou os olhos e se levantou. – Pelo menos vamos poder sair um pouco desse hotel e comprar algumas coisas. – Ela disse.

Todasse levantaram para sair se despedindo de mim e Steve, mas assim que Rachel passou por mim parou ao meu lado e disfarçadamente me disse baixinho.

- Será que aqui é um bom lugar para comprar lingerie? Espero que seja. – Piscou para mim e saiu em seguida com um sorriso de canto.

Imediatamente a imaginei com uma bela lingerie, mas logo afastei esse pensamento da cabeça.

Mas que merda essa garota está querendo? Me ferrar?

- Ta encrencado, Girafa. Não queria estar na tua pele. – Adler me disse aos risos.

- Não tô vendo graça, Steve. – Falei emburrado.

... 

Tomamos nosso café e já íamos voltando para nosso quarto quando ouvimos alguém nos assoviar. Ao olharmos em direção ao bar, era Bach a nós chamar com uma puta cara de ressaca.

- Caramba Sebastian, tu está péssimo. – Steve comentou.

- Acho que bebi muito no bar ontem. – Ele murmurou.

- E tu já está aqui? – Indaguei.

- Bro, melhor jeito de curar ressaca é com mais bebida. Nunca ouviu falar?

Apenas sorrimos e nos juntamos a ele.

...

Já estava na terceira garrafa de cerveja e falávamos das garotas de ontem à noite.

- Cara, será que a Jenny me ensina umas palavras bonitas para falar para as chilenas? – Steve indagou fumando seu cigarro.

- Ensinar ela ensina, agora tu aprender é que é difícil, do jeito que tu é burro. – Zombei com Adler que apenas me mostrou o dedo do meio como resposta.

- Jenny? A Jennifer? A intérprete? – Seb questionou.

- Sim, ela mesma. – Steve afirmou.

- Bro's, vocês não ficam com receio dela fazer alguma coisa com vocês não? Tipo, dela ficar obcecada com um de vocês ou sei lá. Cara, se eu fosse vocês arrumava outro intérprete, não é muito bom confiar em uma doida. – Sebastian disse tragando seu cigarro e bebendo sua vodka.

- Doida? A Jennifer? – Arqueei a sobrancelha confuso.

- Sim, doida. Axl me contou. – Seb contou toda a história que Rose havia lhe dito.

Ao término, eu e Steve nos entreolhamos e em seguida caímos na gargalhada. Levei minhas mãos à barriga enquanto Steve se segurava para não cair do banco. Sebastian nos olhava confuso sem entender absolutamente nada.

- Mas aquele ruivo é muito maquiavélico. – Steve disse sorrindo.

- Cara, Axl é insuperável. Melhor forma de manter alguém longe da garota dele. Nem nos pensaríamos em algo assim. – Falei.

- Garota dele? Pera aí, aquele motherfucker do Axl inventou essa história para eu não dar em cima da garota por que o filho da mãe também estava de olho nela?

Ao cair a ficha Sebastian percebeu o quão burro foi.

- Cara, eu vou matar o Rose. – Ele disse sério. – Então quer dizer que a gatinha não é doida? Cara, agora que vou com tudo para cima dela. – Ele sorriu de canto.

- Ei, calma aí Don Juan. Jennyzinha é garota séria. – Steve disse a protegendo.

- É cara. E outra, o negócio deles é serio. Conhecendo o Axl como conhecemos, ele quebraria tua cara se mexer com ela.

- Ah ruiva maldita! Tudo bem, mas isso não vai ficar assim. Eu vou pregar uma peça nele. – Seb sorriu de canto sem nos contar detalhes do que iria fazer.

...

 

POV Camille

Acordei cedo e logo me arrumei para o café da manhã. Passei no quarto da Jennifer, mas nem sinal dela, obviamente estava no quarto do ruivo. Esses dois estavam realmente aproveitando o tempo juntos e eu estava morrendo de curiosidade para saber como foi o tal jantar, algo que ela me contaria mais tarde.

Saí do quarto e ia caminhando em direção ao elevador quando avistei uma camareira saindo às pressas do quarto de Slash correndo pelo corredor. Ele apareceu na porta do quarto a chamando de volta, mas ela correu ainda mais apressada. 

- Algum problema, Slash? – Perguntei preocupada.

Ele me olhou por uns segundos sem dizer nada. Depois que ele soube sobre a minha noite com Jeffrey, ele mal havia olhado para mim ou se quer falado comigo.

- Slash, não precisa ser assim. Podemos conversar. – Disse tentando uma trégua.

Ele deu um suspiro, abaixou a cabeça pensando e então resolveu por fim falar comigo.

- Eu preciso de ajuda. – Me disse baixinho.

- O que?

- Eu preciso de ajuda com Pandora.

- Eu posso te ajudar. – Sorri gentil. – Mas por que aquela camareira saiu correndo? Ela tem medo de cobra?

- Na verdade ela nem viu Pandora. A chamei e quando perguntei se ela podia me ajudar com a minha cobra, ela me olhou estranho e saiu correndo, falando algumas coisas que não entendi.

Comecei a rir enquanto Slash me olhava confuso.

- Do que você está rindo?

- Você disse com essas palavras: “vem aqui me ajudar com minha cobra”. Slash o que tu acha que ela ia pensar? Você acha que para todo mundo é normal imaginar que um cara anda com uma cobra de verdade. – Eu tentava segurar o riso. 

Slash às vezes era tão inocente que chegava a ser fofo. Após eu dizer isso, só então ele entendeu o duplo sentido na pergunta dele, caindo na risada também.

Entrei em seu quarto e então fui ajuda-lo.

- O que precisa?

- Apenas que segure essa tampa. Eu não sei onde está o suporte que prende a tampa e como Pandora está pesada preciso das duas mãos para colocá-la aí dentro. – Ele disse colocando Pandora em seu viveiro.

- Ela não dormiu aí? – Questionei.

- Não, ela estava inquieta então a coloquei no chão do quarto. Só assim ela dormiu. – Ele contou todo paternal.

Após colocá-la no viveiro ele foi lavar as mãos.

- Bem, obrigado Camille. – Me agradeceu assim que saiu do banheiro. 

- Não foi nada. Só toma cuidado quando for chamar alguém para cuidar da sua “cobra”. – Acabei deixando escapar essa piada sem graça.

- Pode deixar que se eu precisar de alguém para cuidar da minha cobra, eu te chamo. – Ele deu um sorriso malicioso no final.

Acabamos por rir. Era cada besteira que falávamos. Nem me lembrava do quanto ele me fazia sorrir e como ele ria das minhas piadas idiotas.

Slash fitou sério por um momento, passando a mão no meu rosto.

- Não sabe como sinto sua falta, Camille. – Ele se inclinou em minha direção enquanto seu olhar alternava entre meus olhos e minha boca. 

- Slash...- Antes que falasse qualquer coisa, ele avançou em meus lábios me dando um beijo quente.

Ah como eu amava aquele beijo. Seus lábios carnudos, sua boca macia.

Por mais que tentasse resisti, era praticamente impossível e acabei me entregando aquele beijo.

Ele caminhou comigo até a cama sem separar nossos lábios um só momento. Sem ao menos perceber já estávamos deitados sobre o colchão macio, com seu corpo forte sobre o meu. 

Suas mãos deslizavam por minha cintura descendo até a borda do meu vestido. Senti sua mão apertando minha coxa com vigor, subindo devagarinho.

- Não...para! – Cortei nosso beijo e o empurrei para o lado.

- Desculpa. Eu...Camille, vamos tentar novamente? – Ele me pediu. – Eu sei que eu ainda mexo com você.

- Slash...eu não posso. – Respondi me levantando da cama e caminhando até a porta.

- Por que Camille? Por quê?

- Porque...porque...porque eu gosto...de você...e do Izzy. – Falei.

Ele me encarou por alguns segundos, mas então abaixou a cabeça triste. 

Bati a porta de seu quarto e voltei para o meu.

Me joguei na cama e pus-me a chorar. Resolvi não ir para o show e diria isso mais tarde para Jennifer. Ficaria aqui e colocaria as coisas em ordem na minha cabeça. Eu não podia mais ficar nessa situação. Era injusto comigo e com eles. 

Estava decidida. Pensaria, pensaria bastante e por fim me decidiria. Qual dos dois eu iria ficar.

 

POV Axl

Já passavam das 10h da manhã quando acordei. Jenny estava com metade de seu corpo deitado sobre meu corpo. Ela tinha me feito de travesseiro pelo que percebi.

Comecei a passar a mão por sua cabeça, fazendo um leve cafuné. Logo ela se remexeu um pouco acordando.

- Bom dia. – Ela disse sem nem levantar a cabeça do meu peito.

- Bom dia. Acho que não tem sensação melhor que essa. – Comentei

- Do que? De dormimos juntinhos? – Disse toda romântica.

- Não, de sentir seus peitos roçando sobre mim. – Respondi dando um sorriso malicioso.

- Axl!!! Nada romântico. – Ela me repreendeu. Sorrimos enquanto ela saia de cima de mim puxando o lençol só pra ela. 

Dei-lhe um beijo de bom dia ao me levantar. Ela ainda ficou deitada na cama. Fui ao banheiro, mas mal entrei saí novamente olhando sério para ela.

- Jennifer! Pode me dizer o que significa isso? – Falei apontando para minhas costas.

Ao me vê no espelho, notei umas marcas discretas em meu peito, mas quando olhei minhas costas, a mesma estava completamente marcada e vermelha de arranhões. Aquilo iria ficar por dias.

- Ops! – Foi tudo que ela disse cobrindo a cabeça com o lençol e sorrindo sob o mesmo. 

Mas que garota petulante, nem ao menos se desculpou.

- Isso vai ter volta. – Ela apenas riu mais ainda da minha “ameaça”.

...

Já havíamos tomado café da manhã e por sorte dessa vez só nos dois.

Ela foi para seu quarto e eu fui para o meu. Aproveitei e me sentei na escrivaninha, olhando nossa playlist de hoje. Não demorou muito Jenny entrou no quarto às pressas. 

- Eu deixei minha pulseira aqui. – Falou indo rapidamente até o criado mudo pegando a mesma. – Estou indo ao local do show com o Alan. Os jornais aqui estão ansiosos por essa primeira noite de show, elogiaram bastante após o show do Brasil. – Comentou.

- Espero corresponder às expectativas. – Disse. – Jenny, você poderia pegar meu caderno aí em cima da cômoda?  – Ela já ia saindo, mas se virou para pegá-lo para me entregar.

No entanto, assim que ela pegou o caderno, um papel caiu de dentro no chão. Imediatamente eu gelei.

Merda! Disse em pensamento.

Ela abaixou para pegá-lo e assim que o fez se levantou séria e confusa.

- O que minha foto faz aqui? – Olhava para a foto em suas mãos.

- Sua foto? Mesmo? – Tentei disfarçar.

- Pode me explicar isso, senhor Rose? – Falou apontando para a foto em suas mãos.

- É...bem...num foi você que me deu? – Disse coçando a nuca, enquanto ela só franziu o cenho e ficou batendo o pé esperando uma resposta mais convincente. – Eu peguei isso quando você viajou para o Brasil, para matar a saudade. – Dei outra desculpa.

- Axl ... essa foto sumiu do meu apartamento muito antes de eu viajar para o Brasil. – Ela precisava ter uma memória tão boa.

- Tá bom, tá bom. Eu peguei no dia do lançamento do Illusions, que passei a noite com você no sofá. – Não tinha mais jeito, era falar a verdade.

Ela olhou por um segundo e depois caiu na gargalhada.

- Você roubou uma foto minha? Axl Rose! – Disse aos risos, debochando.

- Só acho injusto. Você pode ter quantas fotos minhas quiser, basta ir numa banca de revista. – Falei contrariado.

- Você já gostava de mim naquela época? – Questionou se aproximando de mim e passando a mão no meu rosto. – Por que não me disse, ruivinho?

- Eu tentei, mas sempre acontecia alguma coisa.

- É minha foto preferida, sabia? – Ela disse me entregando o caderno e a foto junto.

- A minha também. – Peguei a foto e coloquei no meu caderno de anotações. – Você não sabe como essa foto me fez companhia em minhas noites solitárias. – Pisquei um olho lhe dando um sorriso safado.

- Axl!!! – Ela disse séria saindo sorrindo balançando a cabeça em negação .

...

Já estávamos todos reunidos no estádio Nacional, local do nosso show. Chegamos cedo, visto que ainda faltava uma hora para a entrada do Skid Row. Adentrei meu camarim, mas faltavam algumas bebidas, então resolvi ir para um lounge no backstage que haviam feito para nos distrair.

Chegando lá, pedi algumas bebidas e permaneci até Sebastian chegar para me fazer companhia.

 

POV Sebastian ON

- Hey Bro! Quase não te vi. – Cheguei na boa ao vê Axl bebendo sozinho. Era minha oportunidade de zoar com esse motherfucker.

- Estava um tanto ocupado. Mas e aí Bro, quais as  novas? – Perguntou.

- Muitas garotas. – Respondi animado. – Mas mano, devo confessar que estou preocupado com um negocio aí. – Disse lhe chamando a atenção.

- Diz aí cara, posso ajudar? – Ele me perguntou acendendo um cigarro.

- Bro, tu sabe que eu sempre fui fraco para mulher bonita. – Axl apenas deu um sorriso de canto esperando eu continuar. – Pois bem, acho que fiz besteira.

- O que tu aprontou dessa vez, Bach? – Ele perguntou tragando seu cigarro.

- Sabe aquela garota, né? A que tu me disse que era doida.

- A Jenny? Jennifer? – Ele perguntou de imediato.

- Pois bem cara, eu disse que ia ficar longe dela...mas... Pô Man! Ela é muito gata. Eu ia passando aqui no corredor e a vi e não resisti, acabei cantando a mina, sabe.

- O QUE? – Axl me perguntou exaltado.

- Bem, no começo ela resistiu, mas tu sabe mano, quando eu quero uma coisa. Convenci ela de ir até meu camarim, a seduzi, e bem, o resto você sabe. Que garota quente e gostosa, mano. – Axl me encarava perplexo, sem nem piscar. 

O ruivo estava com uma expressão muito engraçada e eu me segurava para não rir da cara dele. Como ele não disse nada, continuei.

- Agora estou preocupado que ela venha atrás de mim, sabe, difícil as mulheres com quem fico não se apaixonarem por mim. Será que ela quebraria alguma coisa minha, Axl? – Perguntei dissimulado.

Rose parecia atônito com tudo que ouvia, tanto que deixou o cigarro cair no chão. Eu me continha para não cair na gargalhada. Filho de uma p..., isso era bem feito pela história que ele me contou. Infelizmente não demorou muito para ele cair na real.

- Seu desgraçado! Quando foi que você descobriu? – Ele falou dando um soco em meu ombro.

Cair na gargalhada.

- Tu tinha que vê tua cara, Rose. A ruiva só pode estar mesmo apaixonada por essa garota. Como soube que eu estava mentindo? – Indaguei.

- Por que conheço minha garota. – Ele respondeu acendendo outro cigarro.

Sebastian POV OF

 

Admito que levei uns dois segundos para assimilar a mentira de Bach, loiro canastrão.

- Pô mano, sentimos tua falta ontem. A festinha de ontem foi muito boa, cheia de gostosas. Olha, hoje após o show vamos numa boate aí e se as mulheres forem tão bonitas quanto as de ontem, meu irmão, estamos feitos.

- Vou passar essa, Bach.

- Ah não me diga que tu está virando bicha, Rose? Eu sabia que essas roupinhas coladas não era a toa.

- Vai te fuder, Bach.

- Bro, não me diga que é mesmo por causa dessa assistente? Cara, tu já pegou tanta assistente.

- Ela é diferente e não tô só pegando, ela é minha namorada.

- Namorada? – Ele exclamou surpreso. - Que seja então... mas isso nunca te impediu de sair com outras mulheres, Axl. – Recordou. - Resolvido, assumi essa garota como namorada oficial já que você quer, mas não precisa deixar as outras.

- Seb meu irmão, a Jenny é bastante ciumenta e esperta.

- É porque tu é muito burro, Axl, se deixa ser pego. Seja mais discreto, ela não irá descobrir. Temos que aproveitar os frutos da nossa fama Rose, não acredito que tu vai abandonar essa vida por causa de uma assistente. Man, ela é bonita, concordo. Mas e as modelos? groupies? E strippers que vivem atrás de nós? 

Olhei por alguns segundos para Bach pensando no que ele me falava. Mas antes de dizer qualquer coisa, Jenny apareceu vindo em nossa direção, nos fazendo mudar de assunto.

- Já agendei as entrevistas para amanhã, Senhor Rose. Achei melhor do que ser hoje, já que depois do show com certeza vocês estarão cansados. – Ela disse toda formal.

- Senhor Rose? – Sebastian repetiu caindo na gargalhada. Jenny o olhou sem entender nada.

- Ele sabe sobre a gente. – Contei para ela, a puxando para junto de mim.

 

POV Jennifer

- Então você é a garota que está corrompendo meu melhor amigo? – Sebastian me olhou sério.

- Corrompendo? – Franzi o cenho.

- Sim, deixando o Axl careta. Ele nem foi na nossa festinha de ontem. - Falou. - Quer saber?! Eu não gosto de você, garota. Preferia quando você era doida. – Ele disse meio debochado, um tanto bêbado.

- Oi? Doida? – Indaguei.

- Não liga para o que ele fala, Jenny. Está chapado. – Axl sussurrou no meu ouvido.

- Eu não tenho como competir com você, com esses dois belos pares de...- Bach disse olhando descaradamente para meu decote.

- Sebaaaastian! – Axl o repreendeu.

- ...pares de olhos azuis. Era isso que ia falar. – Ele disfarçou.

Eu estava completamente perdida. Pra mim esse cara era mais doido que o Axl. 

- Melhor voltarmos para o meu camarim. - Rose me chamou. - E Sebastian, eu acho melhor você ir para o backstage, acho que o show já vai começar. – Axl sugeriu para seu amigo, se levantando do banquinho e me puxando pela mão.

Apenas o acompanhei enquanto Sebastian seguiu em direção ao palco. Esperava que Bach estivesse melhor até o show, do jeito que estava não falava nada com nada. 

...

 

POV Duff ON

Estava em meu camarim, decidindo qual jaqueta usar, a figurinista havia me deixado três opções. Estava tão distraído que mal ouvi a porta sendo aberta.

- Oi. – Rachel adentrou meu camarim me dando um sorriso descarado.

- O que faz aqui?

- Isso é modo de me receber, Michael? – Ela perguntou vindo em minha direção.

Cara, como ela estava gostosa, vestia um vestido vermelho colado, botas tipo coturno. Tinha um batom vermelho na boca e caminhava sensualmente em minha direção.

Eu estava apenas com minha calça preta de couro e botas. Estava sem camisa e ainda não tinha escolhido minha jaqueta.

- Apenas vim lhe desejar boa sorte. – Ele chegou bem perto de mim, mirando descaradamente meu tórax.

- Talvez fosse melhor você ir para o backstage. – Disse.

- Poxa Michael, pensei que ficaria feliz em receber um beijo de boa sorte.

- Rachel o que você quer? Sempre está flertando comigo. Eu não quero confusão com sua mãe.

- Minha mãe? Você tem medo da minha mãe? – Ela rolou os olhos.

- Saiba que ela é de dar medo às vezes. – Me justifiquei.

- Pensei que um integrante da banda mais perigosa do mundo não teria medo da minha mãe. – Riu zombeteira. - Acho que me enganei. - Debochada, me olhou de cima a baixo, me provocando. 

Ela já ia dando as costas, quando a puxei pelo braço.

- Ah que se dane!

Puxei a loira para mim e a prensei contra a parede lhe dando um beijo quente e sensual, sendo correspondido na mesma intensidade. 

Ela estava me provocando e não tinha como eu resistir.

Comecei a descer minhas mãos por sua cintura e em seguida para sua bunda, apertando com vontade, fazendo–a gemer baixinho. Ela adentrou suas mãos em meus cabelos, dando alguns puxões mais fortes.

O clima estava esquentando, no entanto, para o meu azar alguém deu algumas batidas na porta. Rachel imediatamente correu para o banheiro do camarim.

- O que faz aqui Katie? – Perguntei extenuado assim que a vi na porta. 

- Só conferindo se seu camarim está ok, senhor Mckagan. – Ela rrspondeu.

- Está tudo bem. Pode ir. – Ela franziu o cenho estranhando minha reação um tanto rude, mas logo saiu.

- E quem é essa? – Rachel perguntou assim que Katie fechou a porta.

- Auxiliar da sua mãe. 

- Ainda bem que ela não me viu. – Deu um suspiro de alívio. – Bem Michael, tenho que ir. Bom show.

- O que? Você já vai? Não acha que ficou me devendo nada. – Ela vinha, me provocava e depois saía assim.

- Ah claro. – Ela caminhou em minha direção me fitando com um sorriso safado. Já esperava ela me agarrar novamente. – Vá com essa aqui. – Apontou para a jaqueta preta com uma caveira em vermelho nas costas. – Pronto, já ajudei. – Deu meia volta saindo rebolando porta a fora.

Mas que garota louca! 

Quer saber, não quero mais saber dessa maluca. Ela que procure outro para suas brincadeiras.

Fui até minha mesa, peguei minha garrafa de vodka e fui beber até a hora do show.

POV Duff OF

 

Skid Row já havia se apresentado e o show havia sido maravilhoso. Sebastian parecia doido, mas era um bom frontman.

O Guns havia acabado de entrar ha pouco tempo e o público gritava animado a cada música que a banda tocava.

Já haviam sido tocadas umas 05 músicas. Eu curtia o show ao lado de Ângela e Rachel no backstage.

Porém comecei a observar um jeito estranho em Axl. Por várias vezes ele olhava sério para trás, Izzy e Slash pareciam estar um pouco desconfortáveis. Olhava para a multidão procurando ver se tinha alguma arruaça, baderneiros que tivessem tirando a atenção deles.

Assim que terminou Patience, observei Axl ir sério até Duff e lhe falar algo em seu ouvido, ele apenas balançou a cabeça e falou algo que também não entendi.

Em seguida começou a tocar Rocket Queen. Eu estava balançando meu corpo, ouvindo a música e cantando baixinho, mas comecei a notar algo diferente.

- O que está acontecendo? Por que o som está estranho? – Perguntei para Ângela, porque algo soava estranho na música.

Ela começou a prestar atenção. Olhei para o lado e via Alan olhando preocupado para o palco.

- Teve algum problema no som? – Rachel também indagou. 

Então por fim Ângela respondeu.

- O problema não é o som...o problema é....

...