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História My Sweet Intérprete - Don't Cry - História escrita por Allexyaa - Spirit Fanfics e Histórias
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História My Sweet Intérprete - Don't Cry


Escrita por: Allexyaa

Notas do Autor


Oiii Gente!!!

Nem demorei né?!?


Terminei o capítulo e resolvi postar...

Caramba capitulo 100...Socooooorroooooooo!!! Realmente eu não esperava chegar até aqui!!!
Mas só tenho a agradecer vocês...que me incentivaram durante todo esse tempo!!!

Muito Obrigada pelos comentários....AmOoO de Verdade Ó S2
Me deixam muito feliz!!!


Bem sem mais delongas

Boa Leitura ;)

Capítulo 100 - Don't Cry


Fanfic / Fanfiction My Sweet Intérprete - Don't Cry

 

POV Jennifer

...

– Responde Axl! Por que está com uma arma em mãos?

- Jenny... – Ele me olhou dando um leve sorriso.

Entrou devagar me fazendo andar para trás a passos lentos. Não sabia o que ele pretendia com aquela arma e temia que ele fizesse alguma coisa pelo estado em que se encontrava. Esbarrei na parede sem ter mais para onde ir.

- Eu sei que você me ama...eu sei... – Gesticulava para cima e para baixo com a arma na mão enquanto me dizia. Temia que a mesma disparasse acidentalmente. – Por que vai se casar com outro se você me ama?

- Axl...vamos conversar depois. Agora me dê a arma. – Pedi com cautela.

- Vamos fugir? Vamos embora daqui e deixar todos para trás. Podemos nos casar...paramos em alguma capela e nos casamos...se quiser até sumimos e nunca mais voltamos. – Novamente ele mexia a arma para todo lado.

- Axl, eu não posso.

- Por quê? Eu sei que você não ama aquele babaca. Ele fez alguma coisa, Jenny? – Se aproximou de mim, fazendo um leve carinho. - Deixa aquele imbecil e fuja comigo? – Pediu.

- Axl, você está bêbado. Vamos conversar outra hora.

- Não! Amanhã você se casa e eu não vou deixar. – Falou nervoso erguendo a arma e se apoiando na parede.

Eu não tinha para onde ir. Já estava encostada na parede e ele na minha frente, bloqueando minha passagem. A arma estava em sua mão direita e ele segurava junto à parede na altura da minha cabeça. Comecei a ficar nervosa com medo que ela disparasse.

- Por favor, Axl.

- Não se case, Jenny. – Pediu encostando a arma em mim. Ele não fazia de propósito, às vezes acho que nem se dava conta que estava segurando um revólver.

Fechei os olhos com medo ao senti-la junto a mim.

- O que vai fazer, Axl? Vai atirar em mim? - Comecei a tremer de nervoso.

- Está com medo? – Ele fitou-me sério. – Eu jamais faria alguma coisa com você, Jenny. Jamais te machucaria. – Disse cabisbaixo.

- Então me dê a arma. – Pedi novamente.

- É só para nos proteger. Vamos fugir e se aquele babaca vir atrás da gente eu acabo com ele. – Explicou.

- Axl... – Passei a mão em seu rosto.

Se eu pudesse realmente iria embora com ele. Fugiria para bem longe e deixaria esse pesadelo para trás. Mas no estado em que ele estava.

- Eu te amo tanto, Jennifer.

- Dê-me a arma. – Pedi novamente e ele me entregou.

Em seguida me abraçou encostando a cabeça em meu ombro. Coloquei o revólver sobre a mesinha do telefone.

Ficamos abraçados por um tempo até que nos sentamos no chão. Ele apoiou a cabeça em meu colo e assim permaneceu até cair no sono. Estiquei-me toda para pegar o telefone sem acordá-lo. Fiz uma ligação e aguardei.

Nesse tempo fiquei passando a mão em sua cabeça, lhe fazendo um cafuné. Neste momento tive certeza que o melhor foi mesmo não contar para ele sobre Foster. Não sei do que Axl seria capaz se soubesse, se tivesse dito naquele dia talvez uma tragédia tivesse acontecido.

- Eu prometo que logo tudo isso vai acabar meu amor, e espero que me perdoe para que fiquemos juntos novamente. – Sussurrei em seu ouvido enquanto ele dormia.

...

As batidas na porta evidenciavam que a ajuda que tinha pedido pelo telefone havia chegado. Pedi para que ele entrasse e assim que nos viu, Izzy arregalou os olhos tentando entender o que se passava.

- O que ele fez? – Jeffrey perguntou preocupado.

- Nada, só bebeu demais. – Respondi.

Jeffrey veio até Axl o pegando e tentando fazê-lo levantar. Ele despertou um pouco confuso. Não tinha muita noção de onde estava e mal se segurava em pé.

- Esse ruivo idiota fugiu de Malibu. Estávamos preocupados para onde ele teria ido.

- Pegue! Isso é dele. – Entreguei o revolver para Jeffrey.

Ele surpreendeu-se, mas antes que dissesse algo expliquei não havia acontecido nada demais.

- Jenny...vem com a gente...ela vai com a gente. – Ele murmurou enquanto Izzy o apoiava em seus ombros.

Me doía o coração vê-lo daquele jeito.

- Não se preocupe que isso não irá se repetir. Ficaremos vigiando ele. – Izzy me disse sério.

Não disse nada, apenas balancei com a cabeça.

- Espero que tenha um bom casamento Jennifer. – Senti um certo rancor em sua voz. – E que suma de uma vez por todas das nossas vidas. – Seu tom ríspido demonstrava o quanto ele também estava magoado comigo.

Logo ele saiu e eu apenas senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

...

 

POV Izzy

Chegamos à Hell House juntamente com Slash que voltava pelo cheiro provavelmente de um bar. Assim que nos viu, ele correu para me ajudar com Axl.

- Caramba! O ruivo tá mal. – Ele disse ao ver o estado de Rose.

- Sim, temos que levá-lo para o quarto.

Subimos as escadas e o colocamos na cama. Pelo jeito que estava, provavelmente ele só acordaria amanhã bem tarde com uma ressaca daquelas.

No entanto antes de sair o ouvir murmurar.

- Por que ela não me ama, Isbell? – Axl disse com a voz embargada.

- Ela não era quem pensávamos Axl, não merece você. – O fitei vendo seus olhos vermelhos e marejados. Ele realmente era louco por ela.

- Eu a amo tanto. – Disse com a voz trêmula.

- Descansa Axl. – Falei e ele fechou os olhos.

Doía ver meu melhor amigo nessa situação. Nunca o tinha visto tão devastado.

Assim que desci Slash perguntou o que tinha acontecido e contei tudo.

- Temos que ficar de olho nele amanhã. Vai que ele resolva fazer outra besteira e vá ao casamento. – Temia que isso acontecesse.

- Sim, mas esta noite ele vai apagar naquela cama.

Peguei um cigarro e acendi.

- Amanhã de manhã terei que ir a Geffen, mas não demoro. Não quero deixá-lo sozinho. – Disse a Slash.

- Claro, ficaremos aqui com ele.

Antes de subir para meu quarto, Saul ainda me chamou.

- Izzy, a Camille veio deixar alguns de seus livros. – Ele falou me apontando os mesmos.

Olhei para os livros em cima da mesinha de centro.

Camille, com tudo acontecendo nem tivemos outra oportunidade de conversar. Sentia tanta a falta dela, por mais que tentasse demonstrar que não.

- Quer saber: Jogue-os fora. 

Estava chateado com tudo e vê-los apenas me faria lembrar dela.

- Cara, tem certeza? – Slash questionou surpreso.

- Sim, nem me lembrava mais desses livros e não os quero mais. – Podia ser impulsividade a minha, mas pouco me importava.

- Tudo bem! Eu pedirei a Anna para se livrar deles. – Slash pegou os livros levando até Anna na cozinha.

Fui para meu quarto dormir. Amanhã seria um longo dia.

...

 

Manhã do Casamento

 

POV Camille

Acordei com a minha cabeça um tanto leve, talvez não devesse ter bebido tanto ontem à noite com Slash. Mas pelo menos o moreno conseguiu me distrair um pouco disso tudo. Não acreditava que hoje era o casamento da Jennifer. Ao final da tarde minha melhor amiga se casaria e ao contrário do que sonhávamos quando criança esse momento mais parecia um pesadelo para mim.

- Oh Gosh!!! Por que sinto que há algo errado? – Murmurei comigo mesma enquanto me dirigia à cozinha.

Sobre a mesa observo um bilhete da Jenny me avisando que havia saído para pegar o vestido.

Sento-me sem humor e começo a tomar uma xícara de café. Teria tanta coisa para fazer hoje, afinal, mesmo contrariada com esse evento, eu ainda era a madrinha e apoiaria a Jenny em sua decisão.

De repente ouço minha cabeça latejar pelo som constante da campainha. Mas quem seria a essa hora? Ainda não eram nem 08h da manhã e cabelereiros e maquiadores só viriam mais tarde. Levanto-me para abrir a porta e logo vejo Claire a minha frente.

- Claire? O que faz aqui? – Questiono surpresa.

- Oi Camille, desculpe vir assim tão cedo. – Ela diz sem graça. – A Jennifer está? – Pergunta-me ansiosa.

- Não Claire, ela saiu. Mas acredito que não demore – Informo.

- Ah eu não posso esperar, estou atrasada. – Ela suspira. – Eu tinha que falar com ela, não poderei ir ao casamento. Meus professores mudaram a minha escala e me colocaram de plantão justamente hoje, acredita? Tentei de todas as formas trocar, mas não consegui por ser reposição então não posso faltar ao estágio hoje. – Lamentou-se.

- Tudo bem Claire, não se preocupe, eu informo a Jenny que não poderá ir. – Digo solícita. 

Claire então me olha como se quisesse ainda me dizer mais alguma coisa.

- É que também tem outra coisa.  

- O que? Pode me dizer, prometo dizer tudo a Jennifer.

- É que ela me pediu segredo e...não era para eu te entregar agora. – Não compreendia sobre o que Claire estava falando.

- Me entregar? – Franzi o cenho. – O que?

- Ai Camille, tenho medo de estragar a surpresa ou seja lá o que a Jennifer está preparando. – Ela fala receosa.

- Me diz, Claire. – Peço impaciente.

- Tá, tudo bem, mas só abra depois do casamento, está bem? – Ela fala me estendendo um pequeno envelope com um bilhete dentro. – A Jenny me pediu para lhe entregar após a cerimônia, o problema é que como não irei mais e meu plantão termina apenas a noite.

Peguei o envelope olhando surpresa. Do que se tratava aquilo?

- Ela foi bem enfática em dizer para que isto só lhe fosse entregue depois que ela e o Paul tivessem saído de viagem. – Explicou. – Ai Camille, não estraga a surpresa que ela está preparando, apenas abra depois. Tenho medo de ela ficar chateada comigo. – Claire diz aflita.

- Não, tudo bem, não se preocupe Claire. Acredite, você fez o certo, pode ter certeza. – Disse encarando o papel em minhas mãos.

- Então já vou indo. Espero que dê tudo certo na cerimônia. – Ela dá um sorriso fraco enquanto apenas fecho a porta.

Assim que Claire saiu parei olhando para o bilhete.

- Então era para me entregar apenas depois do casamento. – Murmuro. – Desculpe Jennifer, mas você sabe o quanto sou curiosa e quem fez a promessa a você foi a Claire e não eu. – Abri sem remorso imediatamente o bilhete:

*Sei que as coisas parecem mais que confusas Camille, mas saiba que tudo que fiz foi extremamente necessário. Amiga, você me pediu tantas vezes explicações, pois agora terá sua resposta.  Desculpe dificultar um pouco as coisas, mas foi preciso*.

“Preciso que seja igual à Diana e investigue através das cartas.”

- What the hell??? – Arqueei as sobrancelhas.

Jennifer só pode ter pirado de vez. Como ela me deixa um bilhete que não diz nada com nada? Muito boa hora para brincar de detetive Jennifer, não teve graça, penso frustrada.

- Que brincadeira de mau gosto. – Resmungo. – E eu curiosa à toa. – Digo e olho para Loki que encarava-me me achando uma louca por sair falando e gesticulando sozinha pela sala.

- “Seja que nem Diana e investigue as cartas”. Quem diabos é Diana? – Rolo os olhos.

Fico pensando que não conheço nenhuma Diana, a não ser a princesa.

Merda! O que ela quis me dizer com isso? Ah mas se for brincadeira eu taco um desses livros na cabeça dela.

Livro? Diana? Carta?

De repente uma luz surge em minha mente. Diana a personagem do livro Letters que descobre todo o mistério do livro ao decifrar as cartas que eram deixadas pelo assassino. É isso! Jennifer sempre gostou desse livro, apesar de francamente eu lhe dizer que há outros bem melhores, penso comigo mesmo.

Corro para estante atrás do bendito livro. Reviro tudo e nada.

- Merda! Onde eu o deixei mesmo?

Corro para meu quarto para procurá-lo e nada novamente. Vou até o quarto de Jennifer e também sem sucesso. Volto para sala desolada. Mas onde diabos eu coloquei esse livro?

- Ah Jenny com tanto livro, tu escolhe o que eu menos gosto. – Suspiro. 

Há tempos não via o mesmo, ficava mais com ela do que comigo.

- Ah não, não posso acreditar nisso. – Num estalo me lembro de onde o livro estava.

Sem querer eu devolvi o livro errado para Izzy. Devo ter trocado com “The Ledger”. Arrumei-me rapidamente e corri para a Hell House. Eu precisava recuperar este livro.

...

Cheguei esbaforida na Hell house. Assim que entrei encontrei com Steve sentado no sofá assistindo desenho e Slash que ia descendo as escadas.

- Bom dia meninos. Jeffrey está aqui? – Perguntei extenuada.

- Não, ele saiu para Geffen. – Steve me respondeu.

- Sério? Mas hoje é sábado.

- Você parece que não conhece o Izzy. – Steve sorriu.

- Por que está assim, Camille? Aconteceu algo? – Slash interrogou-me.

- Preciso pegar de volta um dos livros que trouxe ontem. Um veio por engano. – Expliquei.

- Hoje não é o casamento da Jennyzinha? – Steve questionou sem entender. – Já sei, imagina que o casamento vai ser tão chato que quer levar o livro para ler. Entendemos Camille. – Steve brincou.

- Não, não é isso. Preciso dele porque tem algo muito importante. – Falava puxando o ar, eu praticamente nem conseguia respirar de tão ansiosa.

- Bem Camille, o Izzy pediu para que jogássemos fora. Sabe, ele estava bem chateado ontem à noite principalmente depois do que houve com o Axl e tal. Eu pedi para Anna se desfazer deles. – Slash me contou.

- Own não! Anna. – Corri para cozinha atrás dela enquanto os meninos me olhavam sem entender nada.

- Anna, você ainda está com os livros que o Izzy pediu para jogar fora? – Meu coração estava para sair da boca. Só faltava ela ter jogado fora, pensei aflita.

- Sim minha querida, estou. Esses meninos são muito impulsivos. Sempre guardo as coisas por um tempo quando pedem para eu jogar fora, porque depois se arrependem. E não iria jogar fora justamente livros, se ele não quisesse de volta eu os doaria. – Ela me respondeu com um sorriso.

- Anna, por favor, eu preciso muito de um deles. – Pedi aflita enquanto ela foi pegar.

- Algum problema, Camille? – Perguntou preocupada ao me entregar.

- Não, é só uma coisa que havia esquecido dentro de um deles. – Tentei não fazer alarde afinal ainda nem sabia do que se tratava o bilhete da Jenny.

Voltei para a sala onde os meninos me aguardavam ansiosos.

- Camille nos diga o que está acontecendo? – Slash tornou a me perguntar, então rapidamente contei a eles.

- A Claire não havia me dito nada de bilhete. – Steve relatou.

- A Jennifer a fez prometer que não falaria nada a ninguém. Ela não tem culpa.

Abri o livro e imediatamente achei um envelope com a carta dentro. Era agora, eu iria finalmente descobri o que realmente estava acontecendo, pensei. Estava tão tensa que minhas mãos tremiam. Abri o envelope, peguei a carta e abri a mesma.

- E então? O que diz a carta? – Slash estava impaciente ao meu lado.

- O que a Jennyzinha disse Camille? Ela contou o porquê de estar fazendo isso? – Steve se levantou agoniado e curioso.

- Merda!!! Mas que merda!!!!! – Esbravejei. Os meninos me olharam confusos.

- É tão sério assim? – Slash ergueu as sobrancelhas.

- Eu não sei o que tem escrito. – Choraminguei vendo-os ainda mais confusos. – Está escrita em outra língua. – Expliquei.

- O QUÊ? – Slash sobressaltou pegando a carta da minha mão.

- Mas por que ela faria isso? – Steve não se continha de aflição.

- Ela se desculpou por complicar um pouco as coisas. Agora entendo a que ela se referia. Droga! Como irei traduzir isso? – Estava frustrada. – Nenhum de vocês sabe traduzir? – Perguntei com um resquício de esperança.

- Não, por isso temos uma intérprete. – Steve engraçadinho justificou.

- Nos temos que traduzir. Jennifer não é de fazer essas coisas, se ela fez isso é porque não queria que ninguém mais lesse.

- Bom, nos temos um dicionário. – Slash sugeriu.

- Demoraria demais. – Suspirei. – Já sei! Richard um amigo nosso da faculdade sabe espanhol. Posso levar até ele para ele traduzir.

- Quem é Richard? – Slash perguntou bicudo.

- Não é hora para ciúmes, Saul. Vamos com a Camille atrás do tal Richard. – Steve caminhou em direção à porta.

Por um momento sorri da cara que Slash fez. Será que ele realmente havia ficado com ciúmes?

- Vocês vão comigo? – Perguntei.

- Claro Camille, também queremos saber. – Slash falou.

- E ajudar a Jennyzinha. – Steve já pegava a chave de seu carro.

Rapidamente saímos os três. Eu e Saul no meu carro e Steve no dele. Corria contra o tempo. A manhã estava passando tão rápido e o casamento era às 17horas.

...

 

POV Jennifer ON

Cheguei ao apartamento após pegar o vestido. Não havia nem sinal da Camille. Resolvi tentar comer um pouco, pois não havia colocado nada no estômago. Estava com uma sensação ruim talvez pela ansiedade e nervosismo pelo dia de hoje.

Pouco tempo se passou e Julie chegou. Ela estava linda e radiante. Já tinha uma barriguinha linda.

- Não precisava ter vindo, Julie. – Falei após a abraçá-la. 

- Ai Jennifer, como não? Hoje é seu casamento e Nova York não fica tão longe.

- Mas não haverá festa e você ainda fica viajando de avião estando grávida.

- Ainda estou no 05ª mês, não se preocupe. Eu que devia me preocupar, nem conheço o noivo. Sério maninha, isso ainda está muito confuso. Não entendo o que te deu, você sempre foi mais certinha. A irmã doida sou eu e nem fiz isso quando me casei.

- Julie...é...só acredita em mim. – Não tinha como dar muitas explicações.

- Claro, só porque confio mesmo em você. Ele deve ser um homem maravilhoso Jennifer para te fazer aceitar tão rápido. Mas tudo bem, vamos nos cuidar. Ainda bem que você ao menos me contou, vai que resolvesse se casar por aí na beira de uma estrada. – Ela sorriu me arrancando um riso fraco.

- E Charles?

- Ficou no hotel. De lá iremos para cerimônia. 

- Venha! Mostre-me seu vestido. – Ela me chamou empolgada enquanto apenas suspirei.

...

- Onde será que Camille se meteu? – Disse assim que os cabelereiros chegaram.

- Ela deve estar resolvendo algumas coisas, afinal ela é sua madrinha. – Julie me disse.

- Eu não a vi pela manhã. – Já estava ficando preocupada.

- Logo ela chega Jenny. Não se preocupe, noiva não pode ficar estressada senão a maquiagem não fica boa. – Julie veio e começou a pedir para os maquiadores e cabelereiros arrumarem meu cabelo.

Por mim não fazia nada, apenas tomava um banho e vestia o vestido. Mas infelizmente Katie já tinha ajeitado tudo.

Comecei a me arrumar a contra gosto, com Julie toda hora botando defeito em algo e fazendo o pessoal mudar o penteado.

Eu só pensava se tudo daria certo hoje e em onde Camille poderia ter ido.

...

POV Jennifer Of

 

Chegamos ao apartamento do Richard e logo ele veio nos atender.

- Camille, oi. – Me cumprimentou. – Caralhoooooooooo, você é...e você é...- Ele quase teve um ataque olhando para Steve e Slash.

- Richard, por favor, pire depois. Eu preciso muito de um favor seu agora. – Falei entrando no apartamento juntamente com os meninos enquanto ele recuperava o fôlego.

- Claro! O que vocês quiseram. – Ele falou, mas não se conteve. - Caralhoooooo! O Guns N’ Roses está na minha casa. – Está bem, até compreendia o coitado.

- Uma parte deles. – Sorri.

- A parte mais bonita, devo dizer. – Steve brincou.

– Por favor, traduza essa carta para a gente. É muito importante. – Falei lhe entregando a carta.

Ele a pegou e começou olha-la por um bom tempo.

- Desculpe Camille, mas eu não posso. – Ele falou cabisbaixo.

- Por quê? Você não sabe espanhol?

- Sei, mas isso não é espanhol é português. Até tem umas palavras bem parecidas, mas não consigo traduzir a carta por inteiro. – Ele explicou-me.

- Droga Jenny! Português? – Suspirei.

- Queria poder ajudá-los, mas a única pessoa que conheço que fala português é a Jennifer. – Richard nos fitou.

- Valeu cara. – Slash agradeceu e saímos de seu apartamento após eles autografarem um disco.

- Onde vou encontrar alguém que fale português? – Indaguei pensativa. – Além do mais, já é tarde. Eu tenho que voltar para ajudar a Jenny e me arrumar. Merda! Terá que ficar para depois do casamento. – Estava frustrada.

- Eu conheço uma pessoa que fala português. – Steve se lembrou animado enquanto o olhamos na expectativa. – O Tom! – Deu um sorriso esperançoso.

- O Tom? Ele não gosta da gente, Steve. Se lembra? Se demitiu depois que Axl "pegou" a noiva dele. – Slash recordou.

- Poxa, mas o ruivo não perdoava ninguém mesmo, né. – Inacreditável.

- Bem, ele não gosta do Axl, mas ele sempre foi muito bacana com a gente. Não custa nada a gente tentar. – Popcorn realmente estava otimista.

- Eu não poderei ir, tenho que voltar para casa, mas se vocês quiserem levar a carta e tentar traduzir. Aqui tem alguma coisa muito importante e posso até estar enganada, mas talvez a gente consiga livrar a Jenny desse casamento esquisito.

- Nós iremos Camille, pode confiar na gente. Iremos descobrir o que tem nessa carta e assim que soubermos veremos o que faremos. – Slash pegou a carta das minhas mãos.

- Ficarei na expectativa. – Disse indo embora para casa. Eu queria muito ficar, mas tinha que ir.

Entrei em meu carro esperançosa.

- Tomara que eles consigam. - Suspirei. 

...

 

POV Paul

Estava no hotel me arrumando quando Katie adentrou meu quarto.

- Acabei de conferir e já estar tudo pronto. – Ela disse.

- Que bom. Após a cerimônia partimos para o aeroporto. Eu queria uma festa, mas a Jennifer não quis. Dei por satisfeito ela aceitar só o casamento. Há essa hora o bastardo deve estar se drogando e se lamentando. – Sorri vitorioso.

- Paul, será que não está indo longe demais nisso? – Katie indagou com receio.

- Não! Enquanto não acabar com aqueles delinquentes não ficarei satisfeito. – Respondi rude.

De uns tempos para cá Katie estava estranha. Só o que me faltava era criar escrúpulos agora. Ela não podia me trair. Se continuasse assim teria que me livrar dela também.

- Relaxa meu amor, logo esse casamento vai acabar junto com a banda. Logo esses delinquentes voltarão para a sarjeta de onde nunca deviam ter saído.

- Vai mesmo matá-la quando voltarem, Paul? – Droga, porque fui contar isso para Katie. Agora estava cheia de remorso.

- Não linda, eu disse isso no calor do momento. – Menti.

Na verdade não planejava mais matar a Jenny quando voltássemos, mas sim no Brasil. Forjaria algum acidente. Lá seria mais fácil de me safar, pelo que ouvi a polícia lá não era tão criteriosa e quem desconfiaria de mim, um pobre viúvo que perdeu sua esposa na lua de mel.

- Que bom Foster, estava preocupada que estivesse falando sério. – Katie veio até mim me abraçando. Idiota.

- Bem, melhor você ir. Alan ficou de passar aqui e não quero que ele desconfie de nada.

Em breve sairia para o local do casamento. Meu plano estava melhor do que pensei.

...

 

POV Izzy

Fui rapidamente a Geffen, sem intenção de demorar, afinal não podia deixar Axl sozinho hoje, vai que ele resolvesse fazer alguma idiotice.

- Aqui está bem vazio hoje. – Comentei com Roberta, me preparando para ir embora.

- Ah sim, além de ser sábado, muita gente vai para o casamento do Paul e da Jennifer. – Ela me contou animada.

Apenas rolei os olhos.

- Você não vai, senhor Stradlin?

- Na festa daquela ... Digo, não Roberta e, por favor, não me chame de senhor, me sinto um idoso quando faz isso. – Ela apenas me sorriu. – Nem Alan apareceu aqui hoje?

- O senhor Niven veio mais cedo, porém já foi embora. Até chegou essa encomenda com urgência para ele, mas não sei como entregá-lo. Acredito que ele também irá ao casamento. – Ela me falou.

- Urgência? Sabe do que se trata? – Perguntei curioso.

- Não, mas é um pacote. – Ela falou pegando o mesmo. – Foi enviado pelo senhor Martinez. Ele se desculpou por ter que adiar a reunião que teria com vocês por problemas de saúde, mas pediu para avisar que era imprescindível que isto chegasse às mãos do senhor Niven.

Peguei o pacote intrigado. O que será que havia aqui? Será que seria apenas mais uma das excentricidades de Martinez?

Olhei melhor e pude ver na descrição que era algo relacionado à banda.

- Roberta pode deixar que eu cuido disso. É referente à banda. – Mesmo contrariada ela resolveu me entregar.

Fui para a sala de Alan e abri o pacote constatando ser uma fita cassete.

- Mas...??? – Lembrei-me que Alan disse uma vez que Martinez tinha uma fita importante para nos mostrar. Achávamos se tratar de alterações que ele gostaria de fazer no show.

Aproveitei que na sala de Alan tinha uma tv e um vídeo cassete e tratei de ver logo do que se tratava essa tal fita.

Assim que coloquei observei ser a gravação de uma câmera de segurança de um hotel.

- Mas eu já vi isso antes... – Murmurei comigo memo.

Era a gravação do vídeo do hotel que ficamos no México, o mesmo que mostrava a confusão envolvendo a Jennifer sobre a tradução que ela havia feito para Axl naquele dia e que depois descobrimos que os papeis haviam sido trocados.

- Mas porque ele enviou isso?

Novamente vi o momento que Jennifer deixou os papeis no balcão e saiu para buscar seu crachá. O concierge sai da bancada e então aparece à pessoa que trocou os papeis com um moletom de capuz. O problema da gravação era que na hora que essa pessoa se virava, tinha uma distorção na imagem.

- Será que sua equipe conseguiu ajeitar? Senhor Martinez disse que tentaria descobrir quem tentou sabotar o show.

Continuei assistindo a gravação até chegado o momento da pessoa que trocou os papeis se virar de frente para a câmera e então:

- Puta Merda!!! ... Eu preciso contar ao Axl.

...

 

POV Slash

Chegamos a Kstar, local onde Tom trabalhava. Nos identificamos na recepção e logo fomos encaminhados até a sala onde ele estava. Assim que Tom nos viu, fez uma cara ranzinza e de incredibilidade.

- O que fazem aqui? – Ele perguntou irritado.

- Oi Tom. Quanto tempo...é...como tem passado? – Steve indagou.

- Os conheço muito bem para saber que não estão aqui apenas para saber do meu bem estar. – Ele retrucou.

- Na verdade precisamos de um favor. – Falei.

- Mas é muita cara de pau de vocês virem até mim e...

- Ei...calma Tom...nos não tivemos culpa no que aconteceu. – Steve o interrompeu.

- Mas são amigos daquele arrogante e presunçoso do Axl...maldito fucker miserável. – E surgiram bem mais xingamentos.

- Nos o entendemos Tom, sabemos que o Axl foi muito sacana com você, mas, por favor, nos ajude. É por uma boa causa. – Steve tentou convencê-lo.

- Do que se trata? – Ele perguntou sem muito interesse.

- Precisamos que traduza uma carta para a gente. – Expliquei.

- Ah francamente, vocês não tem vergonha. Ainda querem meus serviços. Além do mais sei que vocês já tem uma intérprete, muito bonita por sinal. O que foi? Não me digam que ela seguiu meu conselho e se demitiu? Se fez isso, mostrou ser mais inteligente do que curiosa.

- Você conhece a Jennifer? – Steve indagou.

- Sim, devo dizer uma garota muito curiosa e impertinente. Veio há um tempo me fazer algumas perguntas.

Nos ficamos surpresos com essa revelação.

- Pois é justamente por causa dela que estamos aqui. Achamos que ela está correndo perigo e quis nos alertar de alguma forma. – Contei. 

- Então permaneceu com vocês? Eu avisei para ela cair fora da Geffen, que lá as coisas estavam muito estranhas. – Ele relatou. 

- Mas o que disse para ela? Sobre o que ela veio lhe falar? – Steve indagou curioso.

Tom então nos contou nos deixando ainda mais certos de que algo estava errado e que Jennifer havia descoberto.

- Bom Tom, se a conheceu sabe que ela é uma boa garota. Então nos ajude, talvez ela esteja em perigo. – Steve fez uns olhinhos de cachorrinho abandonado que não tinha quem negasse um pedido seu.

Mesmo contrariado Tom pegou a carta e começou a lê-la para si.

- Vocês tem certeza disso? Não é nem uma brincadeira de vocês ou é? Motherfuckers. – Ele nos olhou sério enquanto negamos veementemente.

- O que diz a carta? – Já estava impaciente.

 Vou lê-la:

“Camille, desculpe por dificultar as coisas, mas precisava ter certeza que ninguém mais leria isso. Espero que tudo tenha corrido como planejado. Então agora é a hora de te contar toda a verdade.

Preciso que após eu sair de viagem avise a polícia para ir ao apartamento do Foster, lá terá provas mais que suficientes para incriminá-lo de ter boicotado a banda. Ele possui uma obsessão e um desejo de vingança sem sentido contra os meninos. Não posso contar com mais detalhes, mas assim que vocês virem o quarto do apartamento dele, saberão sobre o que estou falando.

Tenha muito cuidado porque Foster é muito esperto e o mesmo possui diversos cúmplices como Tony, Katie e Rob, mas falta o nome de outros que estão no caderno preto que ele guarda em sua mesa neste mesmo quarto. Não deixe ninguém descobrir até todos estarem presos, vocês correm risco de vida.

Assim que chegar ao Brasil o denunciarei a polícia federal e espero que todos aí já tenham sido presos e vocês estejam a salvo. Avise os meninos sobre o perigo que eles correm.”

Ps: Por favor, diga ao Axl que me perdoe, eu juro que tentei de todas as formas que não chegasse tão longe, mas esta foi a única saída que encontrei.

Ass: Jenny

 

Eu e Steve ficamos chocados com a carta. Mas que diabos de homem era esse? Está certo que nunca fui com a cara dele, mas ... WTH?

- Eu vou matar aquele fucker dos infernos. – Steve estava alterado e vermelho de raiva.

- Espere Steve, não podemos ir atrás dele agora.

- Como não? Ele está obrigando a Jennyzinha a se casar com ele. – Steve falou furioso. Raro vê Popcorn assim.

Eu também estava fervendo de raiva. Mas tinha que me controlar, se ele tinha cúmplices tínhamos que tomar cuidado. Para Jennifer ter ido tão longe era porque esse cara realmente devia ser muito perigoso.

- Cara, então era o Foster, eu desconfiei um tempo antes de sair da Geffen. – Tom nos falou.

- Muito obrigado, Tom. - Agradeci. - Vamos Adler eu tive uma ideia. – O chamei.

...

Chegamos ao prédio do Foster. Nos precisávamos entrar e ver as tais provas e conseguir o caderno preto para avisar a polícia sobre todos os envolvidos.

- Cara, e se ele estiver aí? – Steve questionou. 

- Não está. Camille me disse ontem que ele ia se arrumar em um hotel perto do local do casamento.

- Mas como vamos entrar? A porta está trancada. – Ele falou ao girar a maçaneta. – Não dá pra derrubar, chamaríamos atenção.

- Eu sei, por isso chamei reforços. 

Assim que fechei a boca avistei o Girafa chegando juntamente com Rachel.

- Por que trouxe a Rachel? – Indaguei assim que vi a loira.

- Oi pra você também Slash. – Ela me repreendeu.

- Desculpa loira, nada contra. É porque estamos no meio de uma coisa muito séria. 

- Você não me explicou direito Slash, apenas me pediu para encontrá-los com urgência aqui. – Justificou. – Mas pode falar Slash, Rachel é de confiança. – Duff disse.

Eu não queria que ninguém mais soubesse, mas foi o jeito, comecei a contar tudo para o Girafa e para Rachel que ficaram pasmos e boquiabertos.

- Coitada da Jenny. Por isso ela estava com aquela cara naquele dia. – Rachel comentou levando as mãos a boca.

- Maldito! Temos que dar uma lição naquele desgraçado. – Duff se alterou.

- Sim, temos. Mas antes precisamos conferir se as provas estão mesmo aí, do jeito que é tinhoso vai que ele tenha mudado de lugar. Jennifer deixou bem claro que Foster era muito esperto.

- E assim que conseguirmos vamos impedir esse maldito casamento. - Popcorn sobressaltou.

- E o que querem que eu faça? – Duff perguntou.

- Que faça sua arte: arrombe a porta. – Apontei.

Todos nos sabíamos do passado de Duff, ele mesmo contava aos sete ventos que já havia arrombado apartamentos e carros quando adolescente. Punk maluco.

- Eu? – Indagou surpreso.

- Ora não era você que dizia que abria milhares de portas apenas num estalar. – Steve mencionou.

- É...bem...sim...por diversão...mas faz tempo.

- Anda logo Duff. – Disse sem paciência. As pessoas poderiam começar a estranhar nos 04 parados em frente a porta de Foster.

Duff se ajoelhou em frente à porta enquanto disfarçávamos quando aparecia alguém. Ele tentou, tentou e nada.

- Cara está difícil. Acho que tem outro sistema de segurança aqui. – Ele justificou.

- Ah saia daí. – Rachel empurrou o loiro e se abaixou em frente à porta.

Ela tirou um grampo do cabelo e em menos de 10 segundos abriu a porta.

- Banda mais perigosa do mundo?! – Desdenhou. - Bando de amadores isso sim. – Deu um sorriso sacana nos lábios se vangloriando de ter aberto a porta.

Entramos com cautela, vendo se o apartamento estava vazio. Seguimos conforme Jenny havia mencionado na carta e fomos rumo ao tal quarto. 

Assim que paramos em frente ao local que abrimos a porta:

- Puta Merda! – Falamos em coro olhando para a parede a nossa frente.

...

 

 


Notas Finais


E aí gente!!! Desculpem por esses finais :)

Foi sofrido...mas:
Finalmente eles descobriram...agora resta saber o que eles farão...Acho que ja da pra imaginar né ?!?

Sim...o próximo capitulo é a cena do Prólogo (chegou, finalmente rsrsrs)

Bom espero realmente que tenham gostado!!!

Uma ótima semana :)

Bjos e até o próximo!


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