Acordei com um pouco de dor de cabeça, mas nada muito forte. Levantei da cama e segui até o banheiro retirando minhas roupas e ligando o chuveiro.
Peguei algumas roupas que havia deixado na casa de Jimin quando dormi aqui pela última vez —que foi semana passada — e a vesti. Fui até a cozinha encontrando o ruivo terminando de preparar o café. Cheguei por trás de si e lhe dei uma abraço apertado.
—Obrigado por cuidar de mim ontem. — deixei um selinho em suas costas.
—Não fiz mais que minha obrigação. — se virou fincando de frente para mim.
Puta merda eu havia esquecido que Jimin tinha um ótimo e belo tanquinho, meu pai amado, que calor que subiu...
—O-Obrigação?— ótimo...já não bastava com Taehyung agora vou gaguejar com o Park também.
—Claro. Sempre cuidei de você (S/N), e desta vez não seria diferente.
—Estou me sentindo um bebê agora.
—Você é! Meu bebê fofo. — se aproximou e me deu um selinho na testa me deixando com as bochechas rubras.
—Me desculpe por ontem.....
—Não se desculpe. Não foi algo grave.
Nos sentamos a mesa e começamos a tomar nosso café da manhã. Conversamos sobre o trabalho — pois não havia outro assunto — e logo deu o horário de eu ir trabalhar. Me despedi do ruivo e sai do apartamento rumo ao elevador e logo me retirando do prédio.
Decidi ir caminhando para o trabalho, andei tanto de carro esses últimos dias que até me esqueci de como eram as lojas.
Passei em enfrente a diversas lojas de bijuterias e roupas, mas parei o olhar a um estabelecimento do outro lado da rua. Era o restaurante aonde comemorei meu aniversário com Jimin e Taehyung.
Taehyung.....esse bendito nome que não sai da minha cabeça.
Comecei a andar novamente pois fiquei bastante tempo encarando o local. Cheguei no trabalho e coloquei meu uniforme.
Não tinha muitos clientes então não havia muita coisa para fazer. Entrei na cozinha a procura de algo que possa destrair minha mente, se eu ficar parada pensando na vida é provável que comece a chorar. Olhei para a pia e lá havia alguns pratos e talheres sujos, caminhei até a mesma começando a lavar.
—(S/N)? — uma das meninas que trabalha comigo adentrou a cozinha.
—Oi Yeri.
—Não queria atrapalhar seu serviço, mas que alguém desejá lhe ver. — franzi o cenho e a encarei, quem a essa hora gostaria de me ver?
—Ok. Você termina isso aqui 'pra mim? — disse secando minhas mãos.
—Claro, termino sim.
—Obrigado.
Sai da cozinha ainda em dúvida de quem seria essa pessoa. Cheguei salão e olhei em volta. Não encontrei ninguém então decidi voltar para os meus afazeres.
—(S/N)! — parei de andar ficando imóvel..... essa voz....não, não e não, mil vezes não.
—O que você quer Baekhyun? — me virei encarando o mais velho que se encontrava caminhando até mim.
—Precisamos conversar.
—Pelo que eu saiba, não tenha nada para falar com você.
—Mas eu tenho.
—Podemos conversar em outro lugar?
Bufei em resposta e o arrastei até a área de serviço que ficava atrás da sorveteria.
—Seja rápido, caso não saiba estou em horário de trabalho.
—Ok. Por favor me desculpa?
—Sim.
—Serio? — abriu um enorme sorriso.
—Claro que não. Você achava mesmo que depois do que fez, iria vir aqui me pedir desculpas e ficaria tudo bem?
—Bem....achei...na verdade não...
—Ok. Era só isso que tinha 'pra me falar?
—Sim.
—Então ok. Tchau. — virei de costa insinuando que iria sair do lugar mas fui impedida por uma mão que puxou meu braço me fazendo ficar de frente para o loiro.
Senti seus lábios se juntarem com os meus e suas mãos iram até minha cintura. Empurrei seu peito dando um tapa em seu rosto deixando a marca de meus dedos bem mascados alí.
—Você tem merda na cabeça Baekhyun?
—Não....eu só achei...
—Achou o que....que viria aqui e ficaria tudo bem? Que me beijaria e me teria de volta como bem quisesse? Não. As coisas não funcionam assim. Pelo menos não comigo. Você faz ideia do que eu senti quando vi aquela maldita cena?
—Bem eu...
—Não, você não sabe. Não foi você que teve o coração partido ou levado um belo chifre. Mas isso pra mim não importa, não vai ser isso que vai mudar o meu caráter, diferente de você que pelo visto virou um belo de um galinha e traidor. — abaixei meu rosto para impedir que o mais velho visse que eu estava chorando.
Chegou mais perto e tentou colocar a mão em meu rosto mas eu o impedi.
—Mas não é o fato de ter sido traída que me machuca mais, mas sim o fato de ter realmente achado que te conhecia, que você realmente me amasse....
—Mas eu te amo (S/N), muito...
—Não, não ama. — levantei meu rosto e olhei em seus olhos que também se encontravam marejados. —Quem ama protege e cuida Baekhyun, não trai como você fez.
—Por favor....me de mais uma chance...
—Você fez uma vez, quem me garante que se eu lhe der mais uma chance você não irá fazer de novo, e de novo, várias vezes. Desculpe, mas eu não quero ficar fazendo papel de trouxa pró resto da vida.
—(S/N)!
—Não me procure mais. Me esqueça por um tempo, talvez no futuro possamos ser amigos, mas por agora.....não quero te ver mais.
Sem deixar que o mesmo falasse mais alguma coisa me retirei do local. Avisei Yeri que não estava com cabeça para trabalhar mais por hoje, pedi para ela avisar o chefe que se quisesse descontar em meu salário poderia. Já não me importo mais, só quero me jogar na cama e chorar.
Chorar por ter sido feita de trouxa, chorar por ainda pensar e querer Taehyung, chorar por não saber o que sentir a respeito de Jimin, chorar por saber que Baekhyun estar triste, chorar por ser tão fraca.
Dentro do elevador apertei o número do andar e esperei que o mesmo chegasse. Não queria ir 'pra casa pois teria que dar diversas satisfações de o por que de não estar no trabalho ou por que de estar chorando. Então vim para a casa de Jimin, que é o único que entende o que eu sinto só em um olhar.
Bati na porta na esperança de encontrar o ruivo em casa. O som da porta sendo destrancada foi se ouvido e logo a silhueta pode ser vista. Sem demora lhe dei um abraço apertado deixando que minhas lágrimas corressem soltas molhando a camiseta alheia.
Fechou a porta e me levou até o sofá se sentando junto a mim. Me aconcheguei em seus braços e ali fiquei alí até meu choro cessar.
—Ele foi falar com você? — disse quebrando o silêncio e me fazendo um cafuné.
—Sim....foi...— sequei minhas lágrimas e tentei acalmar meus soluços.
—Não vou te perguntar o que ele disse porque não quero que lembre de nada do que aquele babaca ousou falar 'pra você.
—Ele me beijou Chim.
—Você aceitou?
—Não. O afastei e lhe dei um tapa.
—Essa é minha menina.— me deu um abraço apertado de lado.
Quer saber.....que se dane tudo.....quero curtir minha vida e não lamenta-la.
Levantei a cabeça e encarei Jimin, o mesmo me encarou de volta e pude olhar em seus olhos. O fitei por um tempo até tomar coragem e subir em seu colo colocando minhas pernas ao lado das suas.
—Chim.....o que você sente por mim? — perguntei meio envergonhada.
—Bem.....você é uma ótima amiga (S/N) e também uma ótima irmãzinha....
—Não estou falando desta forma......Park Jimin o que você sente por mim?
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