Ao acordar, segui para o banheiro retirando minha roupa e entrando em baixo do chuveiro, sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo. Me sequei e coloquei uma roupa confortável, uma calça, uma blusa de manga longa com coloração cinza e uma sapatilha qualquer. Caminhei até a cozinha e preparei algo para comer.
Sai de casa e fui caminhando pela rua, queria ir na casa dos meus pais, fazia tempo que não os via e quando pretendia os visitar acabou acontecendo o imprevisto. Tentei pensar em como convencer meus pais que eu havia ido na casa de uma amiga, se Jimin ao menos tivesse ido me procurar sem precisar contar para os meus pais eu não estaria aqui tentando inventar uma desculpa.
Parei em frente a casa e encarei o portão branco. Respirei fundo e entrei. Abri a porta grande de madeira e adentrei a sala, a mesma estava vazia talvez os donos não estejam em casa. Fechei a porta e tentei procurar algo que indicasse que havia alguém em casa.
—Filha?— ouvi a voz doce de minha omma preencher o ambiente.
—Oi omma. — caminhei até ela e a abracei forte.
—Como está? Você está bem?— passou as mãos pelo meu rosto em sinal de preocupação.
—Estou sim.
—Jimin nos ligou e disse que você havia sumido, onde estava? Por que não avisou ninguém?
—Calma omma, são muitas perguntas para responder. — caminhei até o sofá e me sentei.—Preciso conversar com você e o Appa.
—Ok, mas do que se trata? — perguntou receosa.
—Os dois teem que estar presentes.
—Assim você me assusta filha. Vai me dizer que está grávida!?
—Não. — dei uma risada fraca. — É outra coisa.
A mais velha acenou com a cabeça e disse que avisaria meu appa que eu estava em casa, pois o mesmo havia ido trabalhar e só voltaria mais tarde.
Por mais que eu sentirá medo do que possa acontecer, não quero ter que mentir para meus pais, na verdade não há necessidade de mentir, pois ninguém pode me forçar a parar de gostar de Taehyung.
Ouvi a mais velha conversa no telefone logo o mesmo foi desligado. Ela disse que havia avisado meu appa e que o mesmo chegaria daqui alguns minutos. Concordei com um aceno de cabeça e liguei a TV, queria espairecer a mente, pelo menos alguns minutos.
O tempo passou rápido e ouvi a porta ser aberta. Senti um frio na espinha e a sensação de medo mostrando presença em meu corpo.
—Oi meninas. Desculpem a demora, o escritório estava um caos.—a voz grave de meu appa quebrou o silêncio —E então, por que me chamaram?
—Querido, (S/N) quer conversar conosco.
Ambos se direcionaram a mim e sentaramsse no sofá ao meu lado. Respirei fundo tentando acalmar os nervos.
—Bem, queria conversar com os dois pois é algo que diz respeito a nós três. Vocês sabem que a tempos não me relaciono com ninguém pois não encontrei alguém que me agradasse, porém, ontem o motivo de eu ter desaparecido é porque encontrei alguém que fez meu coração acelerar novamente.
—Novamente?...— meu appa franziu a sombrancelha.
—Sim, novamente. Não quero que se zanguem ou gritem, mas.....encontrei Taehyung ontem e...
—TAEHYUNG? KIM TAEHYUNG?
—Sim appa...—me cortou.
—Aquele filho da puta que abusou da minha filha mesmo sabendo que eu poderia descobrir...
—Não fale assim dele,aquilo aconteceu porque eu quis, porque nós dois queríamos. O que eu faço ou deixo de fazer com meu corpo não lhe diz respeito.— alterei meu tom de voz.
—Olha como fala com seu pai. Pensei que já tivesse sido bastante claro quando disse que não queria mais que se encontrasse com esse bastardo.— levanto-se de onde estava sentado.
—Yoongi calma— minha omma tentou acalma-lo.
—Isso já faz dois anos, já tenho idade o bastante para decidir minha vida, posso muito bem me encontrar com quem eu quiser, e não será ela ou o senhor que iram me impedir.
—E o que pretender fazer? Se afastar de nós? Fugir com ele?
—Não vou fazer nada disso, pois tenho maturidade o bastante para enfrentar as dificuldades que viram, assim como já tenho enfrentado. Só quero que vocês tentem intender o meu lado, e que deixem eu ser feliz com a minha vida.— estava quase chorando, mas não o fafaria.
—Deixo você ser feliz com sua vida. Só que quando esse idiota te largar de novo, fugir sem dar notícia alguma, por simplesmente ser um covarde, não venha me procurar se lamentando dizendo que eu estava certo.
—Não. Você não está certo e não vai estar. Taehyung me ama, por isso voltou para cá. —deixei que algumas lágrimas caíssem e sequei-as rapidamente.
—Faça o que quiser, a vida é sua, se quer estraga-la vá em frente, não serei eu quem irá se machucar. Mas fique sabendo que não tem meu consentimento para namorar ele.
—Não achei que teria. — não segurei mais e deixei que as lágrimas escorressem por meu rosto— Só queria que ao menos o senhor tentasse conversar com ele, mas pelo visto.....isso não irá acontecer.
Sequei-as minhas lágrimas e me levantei indo de encontro a porta.
—Foi um erro eu ter vindo aqui.—sai da casa sem deixar ninguém pronunciar algo, queria ir embora de lá.
Caminhei pelas ruas sem rumo algum, não me importava mais, meu rosto já se encontrava molhado novamente e minha vista estava embaçado devido ao choro. Cheguei em frente ao prédio onde Jimin morava e entrei, acabei não comprimentando o porteiro, apenas queria chegar no apartamento o mais rápido possível.
Apertei o número do 5°andar e esperei as portas do elevador se fecharem, quando se abriram caminhei até o apartamento de número 130 e bati na porta, a mesma foi aberta revelando uma silhueta magra porém definida. Assim que consegui olhar seu rosto com mais clareza corri em sua direção e o abracei começando a chorar novamente molhando a camisa que o mesmo vestia.
—O que ouve minha pequena?— se afastou um pouco para fechar a porta.
—Falei com meus pais, e acabamos brigando.— sentei-me no sofá acompanhada do mais velho.
—Infelizmente já era de se esperar, não é fácil para eles lidarem com essa situação, tudo tem que ocorrer dentro dos conformes. — acaricio meu rosto — Tudo vai se resolvendo com o tempo, apressa-lo só vai pior ainda mais as coisas.
—Eu sei...mas é difícil me sentir feliz sabendo que meus pais não apoiam minha escolha. — respirei fundo e fechei os olhos com calma — Obrigado por tentar me ajudar Chim, não sabe o quanto sou grata por ter você em minha vida.
—Tambêm sou grato por ter uma pessoa tão boa como você.
Abri lentamente os olhos e fitei Jimin, o mesmo me encarou de volta e nossos olhos se conectaram sem nenhuma dificuldade. Seu olhos ora mudava para minha boca ora voltavam de encontro a meus olhos. A tensão era grande, qualquer pessoa sentiria de longe. Decidi virar o rosto pois essa conexão entre nós estava me deixando estranha, mas fui empedida quando suas mãos seguram meu queixo. Seu rosto chegou mais perto e meu coração estava acelerado, conseguia sentir o seu alito quente bater contra meu rosto me fazendo fechar os olhos.
—Me desculpe por isso....— sussurrou baixo e abri os olhos com dúvida em sua fala.
Me assustei ao sentir meus lábios serem precionados contra seus lábios cheinhos e macios.
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