— Você agora confia em mim? — Mordred Pergunta com um riso frouxo e uma sobrancelha levantado, expressando sua dúvida um tanto quanto curiosa.
— Quem seria louco de confiar em você? — Ela rebate ele com certa ironia na voz e ceticismo no olhar. — Só não te considero um total estranho agora.
— Eu acho que isso serve já. — Mordred ri. — Acho que vou dormir agora. Você deveria fazer o mesmo, confie em mim.
— Talvez você esteja certo uma vez na vida. — Ambos descem para o fundo da cratera e deixam King e Diane lá, bem confusos e agora, dormindo profundamente.
A madrugada já caía de maneira forte e bem presente, a Lua cheia já estava no meio no céu e clareava tudo ao seu redor.
Mordred e Alice se aconchegaram em seus cantos e foram descansar.
Algumas horas se passaram desde então, o dia já estava prestes a raiar, era cerca de 5 horas da manhã e a maior parte dos mandamentos já estava de pé.
O mandamento da Verdade e do Amor eram os únicos que seguiam repousando, o que não deixou Kaiser muito feliz, já que ele detestava preguiça, mesmo sendo o mandamento do repouso.
— Acordem logo, precisamos planejar um novo ataque. — Ele berra com ambos que se põem a se levantar em alguns minutos. — Finalmente, o que aconteceu para que ficassem tão cansados assim?
— Bom. — Mordred se pronúncia levantando em um pulo e ficando frente a frente com Kaiser. — Nós estávamos ressuscitando King e Diane como nossos escravos. Agora temos outro trunfo para vencer esta guerra.
— Achei uma Justificativa bem plausível. — Diz Yoshikage de maneira bem tranquila. — Você melhorou nosso time.
— Concordo. — Circe assente com a cabeça em um sinal expressando um "sim". Ela fingia consenso, para não demonstrar seu interesse em uma nova cobaia.
— Usar eles contra eles mesmos, tocar na ferida mais profunda, e um lugar onde eles vão sentir muito, muito forte. — Alice diz Vitoriosa, dando as intenções do plano. — O que vocês acham?
— Você está sugerindo ser inescrupulosos e ferir os corações deles, utilizando o módulo mais baixo de ataque? — Asriel diz, atenciosamente e prestando bastante atenção nas ordens de Alice.
— Não é tão grave assim, King e Diane estão apenas se vingando daqueles que um dia os fizeram mal. — Jaffar, diz suavizando, como num eufemismo simples para fazer com que o ato pareça menos maldoso.
— Olha, Jaffar, na verdade é bem grave sim, mas quem liga? — Drache rebate de uma forma tranquila e bem largada. — Nós somos os Dez Mandamentos, escrúpulos não são nosso forte.
— Drache tem razão. — Dean diz de maneira sucinta, ele não era muito de falar, quando se pronuncia, geralmente é para dar alguma ordem, mas dessa vez apenas consentiu com o mandamento da pureza pois queria ver os pecados implorando pela vida.
— Isso não importa mesmo para mim, eu só queria confirmar o que iríamos fazer. — Asriel diz com um sorriso sem graça.
— Ótimo, mas antes disso, nós iremos nos dividir vocês em duplas, assim podemos chegar a mais lugares e atingir mais pessoas, afinal precisamos de mais almas, ainda não estamos completos. — Alice diz séria. — Estão de Acordo?
Todos assentem com um "sim", concordando com a idéia de Alice.
— Mas… — Kaiser começa a se pronunciar e dá uma pequena pausa com um semblante um pouco curioso. — Quais serão as duplas?
— Bom, eu pensei bem e decidi ficar com o Mordred. — Ela diz dando uma pequena pausa e indo se pronunciar novamente…
— Comigo? — o mandamento da verdade interrompe ela veementemente. — Então resolveu confiar em mim?
O ceticismo e o carisma eram suas marcas registradas, seu riso cínico e ao mesmo tempo cativante era-lhe um tanto quanto característico.
— Ou será que ela está apaixonada? — Samael responde de uma maneira Tranquila e irreverente, provocando Alice. — Tá sim, tá caidinha por ele.
Provocar sua líder não era bem uma escolha racional, longe disso, mesmo ele tivesse um pouco mais de liberdade por ser seu primo e eles serem bem próximos, essa era uma opção bem insana, mas era assim que Samael agia com pura insanidade e loucura, tentando em um ponto que ela não se sentisse muito confortável, mas isso não a abalou nem um pouco, afinal sua personalidade era definida em três pilares, Seriedade, Frieza e Calma e era assim que ela estava agora, Séria, Fria e calma.
Ninguém acompanhou Samael na brincadeira, a maioria por temer o poder devastador de Alice e Dean, por exemplo, não temia nada, apenas não dizia nada, como sempre.
— Samael, você fala demais amigo! — Ela responde a ofensiva do mandamento da Piedade com postura firme e a altura. — Só por isso vai ficar com o Jaffar, que é um cara tão louco quanto você. O que você acha, titeriteiro?
— Se o objetivo que nos move é o mesmo, posso fazer da sua sugestão uma ordem e me juntar a ele dessa vez. — Jaffar quase fazia um poema alongando algo que poderia ser respondido com um "sim". — Então se é assim, claro que concordo.
— Cara, você é esquisito. — Samael diz olhando para o homem de cabelos brancos e armadura prateada.
Um pequeno riso pode ser ouvido, ele vinha de Mordred que expressava com um semblante apenas um "olha quem fala".
— Circe e Yoshikage, vocês ficarão juntos, como sempre estão, de acordo? — Alice começa pela dupla mais fácil de se escolher, afinal ambos estavam sempre muito próximos.
— Por mim tudo bem. — All For One responde tranquilo como sempre e apenas fica ao lado de Circe.
— Tanto faz. — Ela diz, como se não se importasse com uma formação.
— Drache e Asriel, vocês vão estar juntos. — Alice Prosseguiu. — Vai ser mais fácil, afinal vocês dois são bem tranquilos e bem relaxados.
— Beleza. — Asriel responde fazendo um "jóia" com o polegar da mão direita.
— Por mim, ok também. — Drache diz e os dois vão indo embora, aparentando um pouco de pressa.
— Dean, você poderia por favor fazer dupla com o Kaiser, por favor? — Mesmo sendo a líder dos mandamentos, era necessário pisar em ovos para dialogar com o mandamento da fé, além de ser um cara de poucas palavras, ele detestava cumprir ordens.
— Se é para o bem do objetivo tudo bem. — Dean diz se pondo ao lado de Kaiser e abrindo suas asas. — Vamos logo Kaiser!
— Ok, vamos!
E assim fizeram, Kaiser abriu suas asas com chamas do purgatório e partiu junto de Dean em uma direção.
Os outros mandamentos fizeram o mesmo, indo um para cada sentido como numa rosa dos ventos.
Kaiser e Dean foram em direção ao esconderijo dos Druidas, Circe e Yoshikage tomaram o lado da floresta do Rei das Fadas, Samael e Jaffar foram direto para Vaizel, enquanto Drache e Asriel foram para Edinburgh.
Alice e Mordred sairiam também, mas não ainda, a capitã ainda tinha ordens para dar, enquanto pensava em uma nova estratégia.
Ela chamou Melascylla, Bellion, Atra e Galla para conversar e foi bem expressa na sua ordem:
— Façam com que King e Diane se sintam renovados, se sintam em casa, o coração está corrompido pela magia do Mordred, não sabemos o que pode ou o que vai acontecer, fiquem atentos. — Ela ordenou e todos assentiram. — Agora, eu tenho que ir.
— Vamos pra onde? — Mordy questiona com uma voz calma, mas um pouco cansada ao mesmo tempo.
— Isso realmente importa? Apenas me diga, se você confia em mim, você virá. — Ela respondeu e assim ele fez, sem nem se pronunciar, eles partiram então, a sós e sem rumo para onde a vida os levasse.
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Com Jaffar e Samael.
Não passou muito tempo para que ambos chegassem em Vaizel, eles entraram normalmente no pequeno vilarejo, não causavam estranhamento, já que tinham a aparência comum, mesmo que fossem demônios.
— Estar aqui é uma ótima pedida para lutas sem fim, o que acha, Jaffar? — Samael diz expirando um pouco de ar pelo Nariz e dando um sorriso com a brisa do fraco vento que batia e fazia seus cabelos balançarem.
— Sim, acho que podemos fazer algo diferente do que os outros mandamentos planejaram, esses ataques diretos e ir até às almas não estão com nada. — ele respondia um tanto quanto sádico, em uma das suas diversas personalidades. — O que tem tudo para dar certo agora, é trazer as almas até nós. A questão é, como?
Samael fica pensativo por alguns momentos e de repente um sorriso surge em seu rosto como num passe de mágica e ele disse:
— Já Sei!
— Sabe?
— Sim, por que não fazemos um torneio, com certeza vamos atrair a atenção dos Pecados e de outros civis, já que eles precisam treinar e melhor ainda! Oferecemos um prêmio gigantesco, já que os Humanos são muito gananciosos.
Jaffar assimilou bem a ideia e já tinha pensado na melhor forma de divulgação possível.
— Faça alguns panfletos, minhas marionetes vão entregar por toda a Britânia e você pode me dar assistência com seu Teletransporte. — Jaffar disse bem calmo e tranquilo,mas já pensando no grande banquete que a noite reservava para os demônios.
— Você é perfeito Jaffar!
Dito e feito, um tempo se passou e os panfletos estavam feitos e distribuídos por toda a Britânia, aquilo animaria qualquer um.
Aqueles cartazes diziam "Festival de luta de Vaizel! O vencedor terá qualquer desejo realizado." Os mandamentos estavam muito orgulhosos pelo trabalho desenvolvido e em forma de comemoração, destruíram todo o vilarejo e mataram todos os civis ali presentes, deixando vivo apenas o homem que seria o árbitro das lutas.
Taizoo, sim, ele ainda estava vivo, mesmo depois de tudo, o homem alto e musculoso, com a cabeça raspada ou careca. Seu traje é semelhante ao de um boxeador, sem roupas na parte superior do corpo, calças e luvas sem dedos, que havia sido campeão do torneio de Vaizel durante muito tempo e já havia sido árbitro do no último que ocorreu.
Apesar de ser muito irascível e muitas vezes usa violência em indivíduos que o irritam, ele é humilde o suficiente para admitir sua inferioridade perante os mandamentos.
Com seu poder, Samael criou um labirinto de energia mágica e cheio de armadilhas, a estratégia estava montada, era mais um passo à frente dado pelos mandamentos.
— Finalmente, os preparativos estão prontos, agora é só aguardarmos pelas vítimas, digo, pelos participantes, este torneio será um verdadeiro banho de sangue! — Empolgado, Samael bate palmas enquanto reage a finalização da preparação do seu plano que logo seria colocado em prática.
— Bom, essa ideia será colocada em prova agora, espero que consigamos prosseguir. — De maneira tranquila, Jaffar finaliza seu raciocínio e se senta ao chão para aguardar a chegada dos participantes.
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Os pecados acordaram bem cedo e tiveram um treino bem pesado, as Atividades foram bem cansativas, mas era necessário, afinal, estavam muito atrás dos mandamentos.
A tarde já começava a cair, até que Yashiro resolveu ir para o lado de fora do Bar e lá, encontrou o panfleto do Torneio de Vaizel, soltou um pequeno sorriso e ia voltar para o bar, quando sente um pequeno arranhão em sua perna.
Era um gato preto de belos olhos roxos com uma coleira vermelha e um pequeno guizo, Yashiro pegou o pequeno no colo e levou ele para o bar.
Adentrando o chapéu de Javali, o loiro se pronunciou rapidamente:
— Nós, os sete pecados capitais iremos participar do festival de luta de Vaizel! — Ele bate a porta com de uma maneira bem ávida.
— Isso aí é um gato? — Myro perguntou com certa tranquilidade, mesmo sendo um tanto quanto introspectivo, não pôde deixar de notar o animal no ombro do pecado do orgulho.
— Ah, é sim! — Yashiro Põe o gato no chão, e o mesmo começa a caminhar pelo bar. — Para ele nos trazer um pouco de sorte, talvez.
Todos caem para trás, afinal, em teoria um gato preto deveria simbolizar azar, talvez Yashiro não estivesse sabendo disso.
— Como vamos chamar ele. — Diz Lilith abaixando para brincar com o pequeno animal. — Acho que podíamos chamá-lo de keko.
Um pequeno feixe pode ser visto saindo do gato e um humano de pele pálida e cabelos escuros, saiu dele, este garoto era baixo, tinha 1,58 de altura e devia pesar uns 40 quilos. Ele vestia uma roupa totalmente preta, com uma camisa e um blazer, além de uma calça e uma bota. Ele disse sem pestanejar:
— Yoshimura, este é o meu nome, eu sou o novo integrante dos sete pecados capitais! — Ele falou e todos o olhavam com incredulidade.
— Eu nunca ouvi falar de você. — Akemi diz um pouco brava. — Será que está falando a verdade mesmo?
— Sim, ele está. — Silver se pronuncia enquanto se levanta e faz uma feição de certa decepção. — Vocês não prestam atenção em nada, mas minha mãe comentou sobre o Yoshi-kun algumas Vezes.
— Ele pode ser bem útil — Sugere Haruki com tranquilidade.
— Bom, esse gato nos dá uma vantagem tática. — Sora diz, coçando a cabeça. — Já que ninguém sabe da existência dele.
— Você está certo, Yoshi-kun é um ótimo observador e um ótimo farejador também, e a partir de agora estou aqui para dar assistência no que for preciso. — Um tanto quanto orgulhoso, ele se vangloriava de suas habilidades, arrancando um pequeno riso de Yashiro.
— Tenho o papel perfeito para você. — Akemi disse, enquanto pega o olho mágico e o coloca na orelha de Yoshimura ainda humano. — Bom, agora você pode nos informar sobre a exatidão dos poderes inimigos, o que aumenta ainda mais nossa vantagem tática.
— É uma boa ideia, mas minha transformação não projeta roupas e nem adornos, então talvez eu só possa usar ele enquanto estiver nesta forma. — Yoshi diz com um certo pesar na voz, mas Silver passa a mão na sua cabeça.
— Isso é um item mágico, é diferente, assim como sua coleira ele faz parte da sua metamorfose e é assim transportado para seu corpo de gato. — Com um sorriso tranquilo e uma feição aconchegante, o pecado da gula deixou o gatinho feliz de novo.
— Se não for pedir muito você poderia voltar para sua forma de gato, enquanto eu preparo algo gostoso para nós comermos. — Haruki disse com um sorriso no rosto, indo para cozinha, os olhos do bichano até brilharam quando ouviu algo relacionado a comida e ele ficou muito emocionado.
Yoshimura se deitou na mesa onde Lilith estava, enquanto Yashiro retomava o assunto principal daquele dia:
— Bem, como eu comecei dizendo, nós iremos participar do Festival de Luta de Vaizel. — Dizia ele, bem sério, levantando o panfleto na altura de sua cabeça e despertando curiosidades dos Pecados.
— Nós deveríamos ir em um festival, quero dizer, nós temos os Dez Mandamentos para enfrentar, não será uma missão fácil e eu não sei se distrações fariam bem a essa luta incessante. — Disse Akemi, recebendo olhares reprovadores de todos os outros pecados.
— Veja bem Akemi, lutar seria muito bom para aprimorarmos nossos poderes e entender em qual nível estamos. — Silver rebateu calmo e fraterno. —por isso, participar desse torneio pode ser uma experiência bastante agregadora.
— Bom, este será mais um Passo para Vitória. — Yashiro disse. — Todos estão de acordo?
— Sim!. — Os Pecados falaram em um uníssono e reforçaram as idéias, os ideais e o ego inflado de Yashiro.
— Então é isso, nós iremos em um festival, será um torneio e tanto. — Sora disse um pouco animado.
— Será como daquela vez. — Lilith falou baixinho, para ninguém ouvir, tendo lapsos rápidos do seu amado falando:
-FLASHBACK-
"— Todos vocês, prestem atenção — Mordred fala de uma maneira aparentemente séria — Nós ainda temos que evoluir muito se quisermos derrotar aqueles demônios asquerosos, então eu pensei que nós precisamos treinar.
— Sim, você está certo, mas chegou a pensar em algo? — Pergunta Silver
— Sim, Pensei, Nós vamos fazer um torneio entre nós mesmos!"
-FIM DO FLASHBACK-
— E pensar que aquele dia terminou com um abraço tão caloroso e depois nós ainda dormimos juntos. — Lilith deixa escapar uma lágrima ao lembrar do dia em que esteve mais próxima do homem que ama. — Por que tudo isso teve que acontecer?
Yoshimura foi o único que viu como Lilly estava se sentindo, então ele pulou em seu colo, afagando sua cabeça no corpo dela para tentar consolá-la.
— Nós partiremos já! — Yashiro diz com tranquilidade, mas com o ânimo já renovado depois de tantos revezes. — Mama Hawk! Direto para Vaizel.
E assim se fez, os sete pecados capitais partiram em direção do pequeno vilarejo, para participarem do grande festival de luta, o sol já estava no oeste do céu e a tarde já caía, a noite estava chegando e tudo indicava que ela seria bem quente.
Não demoraria muito para eles chegarem em Vaizel, já que estavam bem próximos da vila, cerca de uma hora se passou e lá estavam eles, na entrada do labirinto, prontos para iniciar a caminhada que os levaria para o objetivo que estavam buscando.
Como seria este torneio?, ninguém sabia, quem estaria participando dele?, ninguém sabia, os sete pecados capitais enfrentariam oponentes muito poderosos?, ninguém sabia mesmo, talvez a participação dos pecados nele fosse uma escolha arriscada e prepotente, mas, se você não correr riscos corriqueiros de vez em quando, nunca atingirá seus objetivos, talvez tivessem a oportunidade de enfrentar os dez mandamentos mais uma vez, e se tiverem a chance não poderiam desperdiçar a vitória, mas no fim, quem sabe o que realmente vai acontecer?
Ninguém sabe.
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Com Yoshikage e Circe.
Os Mandamentos da Retenção e da paciência, respectivamente, chegavam tranquilos a floresta do rei das fadas, que agora não possuía mais um rei, e a santa que deveria proteger a árvore sagrada e a fonte da juventude não estava lá.
Restavam apenas algumas fadas, fracas e inocentes, não poderiam reagir perante ao poder devastador e da fúria dos dez mandamentos, a derrota deles era praticamente certa, a não ser que tivessem algum elemento surpresa.
— Então é aqui que nós vamos lutar Yoshikage, parece um lugar bem fácil de ser atingido e tomado. — Circe observava para não passar por nenhuma surpresa e atesta apenas a presença de seres fracos nos arredores da floresta. — Tudo limpo por aqui. Isso vai se parecer com uma guerra.
— Acontece, Circe, que isso não é uma guerra, é aniquilação. — Yoshikage fala bem tranquilo, "fazendo alusão" a frase que Zeldris havia proclamado há mais de 20 anos.
— Vamos começar com tudo então. — Ela passa a flutuar sobre a floresta e assume uma pose de ataque. — "Chaos Sphere."
A grande quantidade de Chamas Negras saindo em uma esfera compacta da mão de Circe e sendo derrubada no epicentro da floresta, causando um estrago gigantesco nas plantas e nas fadas ao redor.
A chacina se iniciava, as mortes se tornavam coisas comuns e as almas eram engolidas pelos demônios.
As fadas entravam em desespero e viam a floresta ser destruída aos poucos.
— "Gale Force!" — Um Grande vento se formava na mão direita de Yoshikage, mas ele ainda não lançou o ataque. — Circe, agora!
— "Chaos Sphere!" — A mulher formou uma grande esfera de energia negra nas suas mãos e se aproximou de Yoshikage. — Agora, é a hora.
— "Ataque combinado, fúria do vento infernal." — os dois mandamentos, falam em um uníssono, combinando seus ataques de forma bem coordenada e queimando a maior parte da floresta.
Era aniquilação, o mandamento da retenção estava certo, nada podia ser feito pelo clã, que apesar de ter alta longevidade, estava muito próximo da extinção completa.
Circe sente um poder diferente dos poderes das fadas comuns e sente também outra presença intimidadora, o que faz ela recuar um pouco, até que ambas presenças ficam frente a frente com ela e Yoshikage.
Estavam lá, Ban e Elaine, provavelmente transportados pelo portal de Oslo, após sentirem as presenças dos mandamentos.
— Por que não pegam alguém do seu tamanho? — Ban diz irritado, e se pondo em pose de batalha, mas ainda no chão.
Os dois mandamentos descem até ele e lançam um olhar de desprezo e inferioridade total, Circe analisa a postura e as habilidades de Ban.
— Ex-pecado da ganância, Ban, não é? Bom, seus poderes são Força, 90.000, Magia 5500, espírito 20000, poder total, 115.500, até que dá para o gasto. — Ela diz coçando os olhos, desprezando o poder total dele. — Elaine, força, 100, magia 10500, espírito, 1250, humpf, poder total , 12850, muito fraca.
— Vamos logo com isso, Circe, sem tempo para ficar analisando eles, seu foco principal são os feitiços e o meu a força e magia, então mate a Elaine logo. — All For One dá as coordenadas de ataque para Circe, que assente e vai para cima de Elaine, ficando frente a frente com Ban. — Bom, eu tenho praticamente o dobro de força física que você, pecado da ganância, então, vamos terminar com isso rápido.
— Você tem certeza que não é o contrário? Tenho quase certeza que eu tenho o dobro de força física em comparação com você.
— O que? hahahahahahaha, você é bem engraçado, Ban, vamos ver do que é capaz. — Diz ele com um riso irônico e mantendo a frieza, calma e tranquilidade, mas sem relaxar, afinal precisava bolar uma estratégia rápido, sem ser surpreendido por Ban.
— Parece que você não estudou seus adversários, não é, demônio asqueroso. — Ban faz pose de luta, assim como Yoshikage, que reflete rapidamente os movimentos dele. — Hum, "Festival da Caça!"
O mandamento da retenção parecia estar enfraquecendo, enquanto Ban dobra sua força, tirando metade da força física de Yoshikage, aquilo foi um baque para o demônio, perdeu seu maior trunfo e agora estava em desvantagem em relação a Ban.
Os Músculos de Ban se protuberam e ele fica ainda mais musculoso, ele é envolto por alguns pequenos feixes de raios. E parecia muito mais resiliente.
Aquilo parecia ter assustado Yoshikage e Ban partiu para cima do Mandamento, acertando uma sequência rápida de socos e chutes que acertaram ele em cheio e foi arremessado para longe.
Ele se recobrou rápido e se curou com sua escuridão, o pecado da ganância tinha ataques fortes e rápidos, em velocidade hipersônica, ele parecia não conseguir reagir perante a força devastadora de Ban que o atingia sem dó.
— Vamos ver se aguenta com isso! — Ban berra com certa raiva na voz. — "Morte Devastadora!"
Um feixe retilíneo de luz roxa é lançado em direção a Yoshikage, o arremessando para longe e causando alguns ferimentos leves em seu corpo.
All for One ameaçava tentar algo, mas ao mesmo tempo, parecia ter a luta completamente dominada, apenas parecia tentar um jeito de matar um imortal.
— "Dark Thread". — Seus dedos se transformam em linhas de energia e como num chicoteamento, ele acerta o pecado em cheio, o arremessando para longe e o distanciou dos ataques físicos.
Ban ainda estava confiante, pois o ataque de Yoshikage surtiu um efeito de cura rápido e ele logo estava de pé.
— Eu te afastei, para conversar um pouco com você, bom… — All for One começa a falar com tranquilidade e certo relaxamento. — Lembrei de algo que você disse há pouco tempo, e como você mesmo disse, parece que você não estudou seus adversários, não é, humano asqueroso?
— O que?
— Deixa eu te explicar bem, para que nada passe batido desse seu cérebro pequeno, meu verdadeiro poder mágico, All for One, ele é basicamente imbatível. — Ele passa a pequena informação para Ban, apenas para menosprezá-lo.
— Não seria One for All? O poder do Sora?
Um pequeno arrepio passou pelo corpo de Yoshikage, ele sabia exatamente o que era o One For ALL, o único poder capaz de cauterizar a sua magia, mas logo ele retomou a sua compostura.
— Bom, vamos pular pra parte legal. — uma energia toma conta de Yoshikage e o chão tem um leve tremor. — "All for One: Festiva da Caça."
— O que? Desgraçado! — Ban "perde a linha" e entra em transe de raiva após ter a maior parte da sua força roubada.
Yoshikage desfere um Jab certeiro no rosto do pecado, enquanto ele sai destruindo diversas árvores, não era um mestre de paisagismo, mas as árvores plantadas já não existiam mais.
O fim de Ban estava próximo, os ferimentos eram bem graves, apesar da imortalidade, levaria um pequeno tempo para ele ser totalmente curado, tempo suficiente para que ele dissesse:
— "All for One: Chamas do Purgatório" — Uma grande quantidade de chamas negras saem da mão dele e vão de encontro certeiro com Ban, que tentou se defender, mas foi sem sucesso, o ataque carbonizou totalmente seu corpo.
Era mais um pecado que ia direto para "outro plano", se é que podemos falar assim.
Circe já tinha matado Elaine há algum tempo, a disparidade de poderes era muito grande e apenas havia se sentado no chão esperando o fim da luta de Yoshikage.
Ela esboçava um pequeno sorriso no rosto enquanto olhava para o All for One, os dois passam a levitar novamente e ficam por cima da floresta do Rei das Fadas.
Era o fim de uma história, de um bioma único, de um lindo lugar que já passou por diversos problemas em seus mais de 3000 anos de história.
Dessa vez era definitivo, ninguém "ressuscitaria" a floresta do rei das fadas novamente, o clã perderia todos os seus representantes, até seu próprio rei.
— Dessa Vez vamos com tudo, não quero gastar mais energia e nem fazer mais ataques. — Yoshikage dizia formando uma grande quantidade de vento ao seu redor, eles iriam fazer o ataque de novo.
— Ok.
Circe juntou uma quantidade maior de chamas negras em seus braços, formando sem compactação, uma grande esfera de energia negra. Eles ficaram lado a lado e aproximaram seus poderes.
— "Ataque combinado, fúria do vento infernal." — Os mandamentos combinaram a Chaos Sphere, de Circe e o Gale Force, de Yoshikage, novamente para destruir de vez a árvore sagrada e toda a floresta do rei das fadas.
O Ataque foi lançado bem no centro do local e seu alcance foi gigantesco, em uma pequena fração de segundos, a floresta foi completamente varrida da história.
Sobraram ali, apenas as cinzas de quem vivia naquele local, ou quem estava de passeio por lá. Após o fim de seus objetivos primários, as almas de todos vieram em direção as bocas de Yoshikage e Circe e foram completamente devoradas.
Quando as almas se acabaram, o mandamento da retenção apenas disse:
— Vamos logo, de início, a missão foi cumprida, não que eu me importei muito com isso, mas foi vantajoso para mim.
— O que você está murmurando aí, Yoshikage?.
— Não é nada, vamos embora logo!
— Ok.
Os dois mandamentos partiram de volta para Danafor, o refúgio dos demônios, onde eles descansaram até que o próximo passo se perpetuasse.
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Dean e Kaiser está em prestes a chegar em Istar, atual refúgio do Druidas, se deparavam então com um amontoado de pedras, que formavam figuras que se assemelhavam a portas.
O ex-anjo sabia exatamente onde era a entrada daquele lugar, mas, no momento ela se encontrava fechada.
Bom, mas isso não era um total problema, já que um arcanjo poderia entrar e sair a hora que bem entendesse.
— Kaiser, eu vou entrar, depois disso, você espera algo em torno de 10 minutinhos e entra também, ok? — Dean deu uma ordem, como adorava fazer e por incrível que pareça Kaiser acatou:
— Tudo bem.
E assim fez, o anjo caído adentrou o santuário Druida, lugar que era conhecido como Istar e lá estavam Lady Jenna, sua irmã mais nova, Zaneti e o sacerdote Theo.
Dean atraiu olhares de estranhamento dos três, mas logo eles "entenderam" o que estava acontecendo, Dean chegou saudando de maneira bem convidativa:
— Olá!
— Um arcanjo. — Jenna deduziu pelo tamanho das asas negras dele e por conta da presença intimidadora, ela, junto de Zaneri e Theo se curvaram perante ele. — A que devemos a honra?
— Bom, alguns companheiros da superfície me disseram há alguns anos que aqui é um ótimo lugar para treinar e aprimorar os poderes. — Ele dizia se aproximando cada vez mais, a passos lentos.
— Sim, Sim, se você quer treinar veio ao lugar ideal. — a Lady respondia se levantando juntamente de sua irmã e do sacerdote. — Não que eu ache que você precisa.
— Bom, não sou eu, têm alguns anjos e algumas deusas lá fora, com habilidades de combate completamente nulas, suas presenças são quase inexistentes, você poderia abrir a entrada para eles, por favor?
— Mas é claro. — Lady Jenna estava distraída e agiu ingenuamente, se fossem realmente anjos e deusas eles entrariam facilmente sem precisar que a passagem fosse aberta. — Pronto!
— Irmã, não faça isso! — A ficha de Zaneri caiu, ela compreendeu que a passagem não precisaria ser aberta e caíram direitinho na armadilha de Dean.
Mas era tarde demais, Kaiser já estava adentrando Istar e um olhar horrorizado de Jenna, Zaneri e Theo pode ser visto.
— Meu Deus Jenna, o que você fez, por um acaso quer nos matar? — Theo berra com ela e logo depois sente seus órgãos se contorcendo e cai se definhando no chão, como se todos estivessem sendo esmagados
— Opa, esse aí é o efeito do mandamento da fé. — Dean diz um pouco cínico se divertindo com o sofrimento lento e mortal do sacerdote. — todos que demonstrarem falta de fé em minha presença, terão todos seus órgãos esmagados, inclusive o Cérebro. Não é incrível?
— Essa foi até boa Dean. — Kaiser se aproxima tranquilamente de seu companheiro e passa a olhar diretamente para as ladies do santuário. — Querem uma morte rápida e sangrenta, ou lenta e dolorosa?
— Do que está falando, demônio asqueroso, vocês dois, são membros dos dez mandamentos! — Esbravejou a loira.
— Sério mesmo? — Dean disse com certa ironia.
— Isso também é novidade pra mim. — Kaiser complementa.
— Calem a boca! — Disse Zaneri. — "Ark".
Uma esfera de luz de tamanho médio vai de encontro a Kaiser e toma conta de todo o seu tronco.
— Argh! — Kaiser começa a gritar de dor, fazendo muito esforço, muito mesmo, para sair do ataque da mulher Druida, depois de alguns segundos, após se cobrir inteiro de escuridão, ele conseguiu explodir a Ark e sair sem ferimentos.
— Deixa eu falar uma coisa. — Ele começa a se pronunciar e não parecia que ia demorar muito. — Eu geralmente gosto de batalhas lentas e demoradas, onde meus inimigos sofrem muito, mas dessa vez eu estou com pressa e vou terminar esse massacre com só um golpe.
Ele falou aquilo com tanta calma que intimidou tanto Zaneri, quanto Jenna que ia lutar com Dean agora.
— Ei, Dean, você pode vir aqui do meu lado? — Kaiser o chama.
— O que você está planejando? — O Arcanjo fica ao lado do demônio que solta um pequeno sorriso cínico no rosto.
— Eu falei que ia ser em um golpe só. — O pequeno sorriso se tornou uma voz rouca e abafada que vinha carregada de todas as impressões malignas existentes e o olhar direto tornava aquilo ainda mais amedrontador. — "Mudança de Tempo".
A tarde quente, se torna uma noite fria com o ataque utilizado por Kaiser, o horário variou 12 horas, era meio-dia e agora é meia-noite.
Era mais um fim próximo, Lady Jenna e Zaneri não entenderam o que aconteceu e reagiram com ironia.
— Não sei como mudar da noite para o dia te ajuda. — A loira deu um pequeno riso. — Eu sei que vocês são demônios e amam a escuridão, mas isso já é demais.
— Não você não sabe de nada. — Kaiser rebateu um pouco mais ríspido, mas ainda mantendo a calma e a compostura. — Dean é do clã das Deusas, ele é o quinto arcanjo, criado pela Deidade Suprema e ele foi agraciado com a graça "Night", vocês conhecem a sunshine? Essa é meio que o oposto, o mais fraco durante o dia se torna o mais forte durante a noite e o ápice de seu poder é justamente a meia-noite, olha que curioso.
De primeira, elas não acreditaram na história, mas olharam para Dean, viram o sorriso Maldoso em seus olhos e a presença mais que amedrontadora. Ele não precisou nem atacar, apenas se aproximou muito, as duas estavam paralisadas e não conseguiam se mexer.
Ele desembainhou a sua espada, Muerte, e em um corte bem rápido (Quase uma Tramontina), que quase não pode ser visualizado, ele decapitou as duas.
O sorriso maligno seguia estampado em seu rosto, apesar disso ele aparentava estar um tanto quanto despreocupado.
— Vamos, Kaiser. — Ele chama o companheiro colocando suas asas para fora e passando a levitar.
— Um momento Amigo! — Ele responde bem calmo, aparentando alertar Dean sobre algo. — Eu vou destruir isso aqui agora.
— Ok!
Um portal se abre e de lá sai uma esfera muito pequena, que se expande de tamanho quase que imediatamente cobrindo toda área em um raio de 100km, tudo que ficar dentro dela. ficar dentro dela morrerá dentro de 2 min. a não ser que a pessoa consiga sair, só não é afetado por esse ataque quem Kaiser não quer.
Dessa vez ele usaria para destruir esse santuário, o consumindo com energia demoníaca.
— Nebulous Dark! — A esfera ficou por cima de toda a área do santuário e logo tomou toda área superficial também.
— Adeus, Druidas. — Disse Dean saindo por onde entrou juntamente de Kaiser e saindo em frente as pedras novamente.
— Trabalhamos bem juntos. — Kaiser disse tranquilo.
— Vamos logo. — o mandamento da Fé abriu as asas e foi embora, o do repouso fez o mesmo, só que com asas de chama negras e foi atrás dele.
O santuário dos Druidas estava destruído e quem foi designado para tomar conta dele, estava morto, aos poucos os mandamentos iam acabando com tudo ao seu redor e corroendo cada vez mais a superfície.
Num vocabulário bem atual, agora o bagulho vai ficar louco! ou se preferir um saudosismo maior, O circo vai pegar fogo, ou o Bicho vai pegar. Se for mais saudosista ainda, podemos dizer que as coisas vão sair do controle.
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Drache e Asriel, enfim chegavam a Edinburgh Hill, por que tinham ido para um reino caído? Não se sabe, mas lá estavam eles.
Espertos e perspicazes, sentiram presenças mágicas diferentes e uma em particular bem poderosa, então chegaram com tudo no reino e ao adentrar de vez em território inimigo, viram Edinburgh completamente reconstruída, com um Rei, Cavaleiros e tudo que compõe um reino.
Isso deixou os mandamentos ainda mais felizes, o que eles perceberam depois foi que o reino voltou a ser povoado por… Vampiros!
Sim, o clã estava de volta a Edinburgh e agora eles veneravam ninguém mais ninguém menos do que o Rei Zeldris e a Rainha Gelda.
No fim Meliodas realmente havia cumprido sua promessa e trazido a amada de seu irmão de volta à vida, mas não só isso, removeu o selo de todos os vampiros liberando o clã para viver livremente.
Zeldris sentiu a presença de Drache e Asriel de dentro do castelo e saiu para enfrentá-los, com certo receio de que o reino fosse destruído outra vez, ele iria tentar fazer o máximo possível para evitar isso.
O ex-mandamento da Piedade chegou frente a frente aos novos membros da alta elite do clã dos demônios e respirou fundo os saudando:
— Amigos! O que fazem por aqui?
— Viemos coletar algumas almas, os dez mandamentos estão de volta. — Drache diz despreocupado e coçando a cabeça. — mas agora que vimos que este é seu território, nós procuraremos em outro lugar.
— Você está mais alto, Zeldris. — o também baixinho, Asriel, tira uma ondinha com a cara do moreno, que tem uma veia saltada da testa.
— Olha quem fala. — Ele respondeu.
— Bom, acho que já vamos indo então. — Drache disse se virando de costas para ir. — Foi muito bom te rever, Zeldris.
— Não, imagina, entrem no castelo, vamos beber algo. A tarde ainda nem chegou na metade, vocês podem passar a noite aqui também. — Ele fazia uma expressão convidativa.
Asriel aceitou sem pestanejar, Mas Schwazer ainda balbuciava algumas palavras:
— Não é necessário, nós precisamos coletar algumas almas. — Ele virou as costas novamente.
— Vamos beber um pouco, Gelda acabou de fazer uma torta de maçã também. — Zeldris disse despertando o interesse de Drache.
— Torta de maçã?
— É sua preferida não é? — Asriel cutucava o leão.
Ele se deu por vencido, eles, depois de algum tempinho adentraram o castelo de Zeldris, bebiam muita cerveja de Vânia, a favorita dos três, conheceram Gelda, a amada do ex mandamento da piedade.
Drache comeu metade da torta que a moça preparou, deixando a outra metade para os três dividirem.
Durante grande parte do tempo eles ficaram jogando Cartas, diversas partidas foram disputadas, mas Zeldris e Gelda ganharam todas.
A sorte mudou quando Asriel disse que escolheria o jogo, um jogo de cartas muito popular no reino dos demônios, mas que ainda não era conhecido em Britânia.
Se chamava Truco, e Asriel era um especialista naquele jogo tão peculiar para Zeldris e Gelda.
Se tornou tudo uma grande aposta, eles estavam tão bêbados que apostaram que a dupla que perdesse o tento teria que beijar o parceiro, sem perceber que isso só seria desvantajoso para os mandamentos, já que o demônio e a vampira eram casados há algum tempo.
— Sabia Drache que eu era melhor amiga da sua mãe? — O ambiente, antes, tão descontraído z agora ficou muito sério.
— Minha mãe? Nem eu conheci ela. — Drache se lamenta um pouco, mas logo retoma a compostura.
— Isso foi há muito tempo, antes do clã ser selado, mas agora tudo está resolvido já. — Gelda diz com uma tranquilidade maior.
— Vamos esquecer isso por enquanto e seguir jogando. — disse Zeldris
A cada rodada, a hora dos mandamentos retornarem se aproximava mais, até que a noite foi se agonizando no clarão da aurora e a Lua já estava cheia e firme no céu e agora eles já temiam o que Alice iria falar com eles caso chegassem de mãos Vazio.
Bendito seja Zeldris, que forneceu para eles as almas dos traidores que foram guilhotinados há pouco tempo, com isso eles recuperaram completamente seu poder mágico e estavam prontos para as batalhas que sucederam a estes eventos.
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Já eram cerca de duas da manhã e todos os Mandamentos chegaram praticamente juntos as ruínas de Danafor. Lá estavam, os Dez, todos reunidos para planejar o próximo passo do domínio de Britânia, ou quase isso.
— Bom, acho que por hoje foi isso. — Disse Kaiser para ele mesmo. — Vou descansar pois amanhã será um grande dia.
— Acho que vou também, antes que esteja cansado e a Alice me mate. — Samael diz se aconchegando em um lugar qualquer. — Espera aí? Onde está a Alice?
— Ela gosta tanto de nós dar bronca e não dá o exemplo. — Diz Circe provocando a Líder, da qual ela não gostava muito.
— Afinal, onde ela está, precisamos reportar os resultados das missões. — Yoshikage pergunta curioso, atuando muito também e fazendo parecer que estava realmente preocupado.
— Alice saiu com o Mordred e não me parece ter hora para voltar. — Melascylla se intromete na conversa e sana a dúvida de todos.
Os oito mandamentos ali presentes olhavam para Samael que soltou um leve riso e apenas se pôs a dizer:
— Eu avisei.
Continua
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