— Vô, o que é o amor?
O velho Sr. Arlert estava entrando em seu casebre, carregando um feixe de lenha, sendo seguido pelo neto, que era seguido pela cadelinha da casa, a Bolinha.
— Amor é o que as pessoas sentem umas pelas outras e as fazem querer cuidar da pessoa amada.
O pequeno de seis anos encarou a cachorrinha.
— A gente pode amar os bichos?
— Claro.
O garoto sorriu com a resposta. Porém, meses depois, ele teve outra dúvida, depois de observar a ninhada de filhotes da Bolinha.
— Vô, a Bolinha quase me mordeu quando eu fui pegar um dos filhos dela.
— É normal, Armin. Ela está defendendo os filhos.
— Então cachorro também ama?
— Sim.
Dias depois, o loirinho chegou a casa cheio de ferimentos, mas com um sorriso triunfante.
— Armin, o que foi isso?
— Um cachorrão quis bater na Bolinha, mas eu salvei ela.
Certa manhã, Bolinha não acordou. Um choroso Armin sepultou-a, revoltado.
— Vô, eu amava a Bolinha! Por que ela morreu?
— Porque o amor não tem como impedir a morte, filho.
— Então amar não adianta nada...
— Adianta, sim. Ela não teria sido feliz se não fosse o seu carinho.
O menino abraçou o velho. Ambos choraram juntos.
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