História Não é mais um segredo - As primeiras batidas se encontram na estação

          Não É mais Um Segredo

CAPITULO 01

                          '' As primeiras batidas se encontram na estação ''

Hoje é ''um volta ás aulas'',dia primeiro de janeiro em 2017. Meu nome é Kristen,apesar do nome ser considerado apenas para o sexo feminino,(o que é uma bobagem),minha mãe quis me dar  mesmo eu sendo um garoto. Você pode pensar que talvez eu sofra bullying por isso,mas até que não. Acho que tenho motivos mais estranhos pra eles me zoarem. ''Eles'' são a maioria da minha escola. Isso infelizmente é bem comum,pessoas julgam pessoas que se comportam de forma diferente das delas. Já estou acostumado com isso. Afinal,17 anos já é o suficiente para saber lidar com pessoas desse tipo. Mas claro que não deixa de ser um incomodo.

Enfim eu me deparo diante a escola. Ela é grande, porém humilde. Uma das mais conhecidas onde moro. E sentir esse ar novamente... ver essas pessoas...acho que a animação que estava tendo mais cedo;acabou. Que chato. De volta a rotina de um colegial fracassado.

- Hey,Kris! Soube das novidades?!

Esse é Louis, o chamado melhor amigo. Ele tem a minha idade e diferente de mim ele não sofre tanto bullying,na verdade ele nunca passou por isso. Louis sempre foi o cara normal...Tem cabelos castanhos e de comprimento que vai até abaixo das orelhas e um pouco ondulado,tem uns 1,77 m de altura,meio magro e um rosto comum. Sei que é errado julgar as pessoas e lhe dar notas,mas na verdade todos nós fazemos isso,mesmo fugindo desse hábito.  Explicação desnecessária,onde quero chegar é simples, apenas acho que Louis seria bem mais atraente se cortasse esse cabelo de sufista que não combina nada om ele. Seria bem mais atraente mesmo. Estamos na mesma sala, e Louis e eu somos grudados.

- Pelo o que parece você continua um fofoqueiro.

Disse a ele enquanto caminhamos em direção a entrada da nossa querida escola.

-Ah,é?! Mas dessa vez tenho certeza que vai ficar bem surpreso com oque vou falar.

Louis me olhou com grandes olhos e pôs bastante firmeza na voz. Essas caracteristicas enquanto fala só me deixava menos interessado...com certeza é algum tipo de fofoca mesquinha,como sempre. Tipo;uma professora gravida de um aluno.

-Apenas diga logo Louis...

Olhei ao meu redor sem prestar atenção nas palavras e arrodeios de suspense que Louis falava. E percebi que nada mudou,era os mesmos rostos,os mesmos hábitos...''As putas loiras'' ainda namoravam os ''caras fortes do basebol'. Os nerds continuavam sendo alvo de bullying ...e haviam os chapados que nunca apareciam na aula.

- Então cara,enfim a novidade é que temos um novo aluno.

Bom eu já imaginava me decepcionar,mas isso foi demais. Acho que Louis anda bastante entediado pra chamar isso de grande novidade. Não fui capaz nem de reponde lo,apenas o olhei com uma cara de ''é serio isso?''

-Não,não. Mas não terminei. O chocante é que ele é um ex presidiário...e ok,isso está virando meio que comum na nossa escola...

o interrompi totalmente impaciente:

-Pelo amor de Deus Louis,fala logo!

-O novo aluno é aquele cara de 17 anos  que matou Grog Randson e seu capanga do nosso bairro. Vc lembra do caso?? Ele havia assassinado eles pra proteger a mãe e no dia seguinte matou o pai bêbado.

Uou... isso foi inesperado. Como esse cara conseguiu entrar numa escola depois daquilo? Ele deve ta com 22 anos agora. Já que ele só pagou pena de 5 anos na cadeia depois de pagarem um bom advogado e terem determinado o caso como inocência e homicidio de defesa ele foi solto. Eu sempre pensei nesse caso quando ele bombou na minha comunidade, meio que é verdade,foi inocência já que ele fez tudo isso para proteger a mãe dele. O porém é que ele ficou mal visto por conta da mãe que era envolvida com crimes e sujou varias vezes sua mão,a gangue de Grog era conhecida por ajudar a se livrar desse tipo de pessoa onde moramos, e o tal garoto matou eles. E já o papai bêbado dele os policiais determinaram o caso depois de um tempo que teria sido suicidio e não assassinato.

...

Com essa noticia , eu pude perceber alguns alunos assustados.Nós temos de tudo na escola,é vdd,mas um assassino é demais. Mesmo todos sendo moradores de comunidades consideradas perigosas,nunca foi ao ponto de haver assassinatos. Sempre se resumia em roubos,apenas. Então foi sim um caso assustador. 

- Alunos pelo amor de Cristo,calem a boca!

Os professores a essa hora de aula estavam ficando malucos. Os alunos não paravam de comentar sobre isso,e alguns deles e recusavam ficar na escola. Esses no caso seriam os que teria uma melhor condição, já que nós de baixa renda não teríamos escolha ao não ser ficar. 

...

Quando o horario de escola havia terminado,todos estavam aliviados do novo aluno n ter aparecido. Mas na minha opinião ele logo virá...

- Louis vc vai pra festa da Kenny?

- estou pensando... Ela é meio rica,e não é nojenta como as putas de torcida,mas ninguém gosta muito dela. Se formos seria apenas nós dois la. Tenho certeza. 

Kenny é uma garota considerada de personalidade forte,mas Louis e eu achamos ela legal.

-Idai? Uma festa n é uma festa se n estiver lotada? Pra mim tudo bem,se tiver alguns coquetéis e musica boa.

o olhei com um sorriso e o mesmo sobe na sua bicicleta pronto para ir.

- Ok, então acho que temos uma festa pra ir no sabado.

Louis riu e logo começou ase distanciar. Bom meu destino agora é a estação de trem que fica aqui perto. Minha casa é um pouco longe da escola então ainda tenho uma pequena viajem até la.

...

São 19:30 e estou num vagão meio vazio. Eu andei muitos vagões até achar um ''assim''. Pra completar meu pacote de garoto estranho eu n consigo ficar muito tempo perto de varias pessoas desconhecidas em um local fechado. Isso me dá pânico. Por isso fico em lugares vazios como esse vagão.

Eu ia descer na proxima e  ultima estação,então andei até a porta me adiantando. E quando fiz isso percebi que tinha mais alguem ali e eu n tinha notado sua presença antes...Um pouco no fundo avistei um garoto dormindo em um dos bancos,ele estava com uma mala aparentemente empanturrada de roupas, e quanto mais eu chegava perto mais eu podia ve lo melhor. E vi que ele era lindo. Sim,muito mesmo. Ou talvez ele só fosse meu tipo... é,eu sou gay. Eu preciso mesmo me colocar esse rotolo?

acho que não.

Minha intenção vindo até ele foi de avisa lo que essa seria a ultima estação que iriamos parar. Então o chamei e mesmo assim ele n acordava. Isso só me dava mais tempo de olha lo... O que posso fazer,estou bastante sensivel e carente esses dias eu n pude deixar de notar cada detalhe dele. Ele tinha cabelos castanhos em um tom escuro, e os fios um pouco longos caíam sob sua testa quase chegando nos olhos,eram lisos e pareciam tão macios...seu rosto era uma mistura de angelical com um ar tão autoritario... Oh, meu deus oque estou fazendo corado de frente a um estranho em pleno vagão vazio de trem?! Mas n posso deixar passar esses braços,e costas tão largas e fortes,suas coxas pareciam tão grossas ao meu ver nessa calça jeans. Ok,chega Kristen! Isso é absolutamente ridiculo. O fato de vc esta alguns meses sem ter nada com ninguem n significa que pode abusar mentalmente de um estranho... Totalmente fora de questão. 

- Moço..!

O empurrei no ombro com um leve toque,e me senti um pouco desconfortavel quando ele começou a acordar.

-Ah...oque quer?

''Sem pânico Kris''

-Estamos na ultima guia...achei melhor acorda lo.

-ah...Obrigado.

Pra completar ele deu um sorriso quando passou as mãos nos cabelos. e ele pareceu mais perfeito ainda após mostrar aquele lindo sorriso. Er.. parece que tive mais um daqueles crushs passageiros. Faz tempo que n tinha um.

Quando desci ele desceu logo atras de mim. E me senti triste por ser a ultima  que iria ve lo. O pensamento de pegar o numero dele me veio  a mente,claro. Mas não sou do tipo de pessoa que tem coragem pra isso. E olha so, parece que estou excitado. Ainda bem que ando com meu salva vidas...casaco.Amarro ele na cintura e as mangas amarradas na frente escondem bem. Agora vem a caminhada ate minha casa. Como sempre foi so mais um dia sem importancia na sua vida Kris...Preciso de um motivo pra continuar vivo.