— S/n, eu estou interessado em você.
— Quê?
Como assim gente? Nós nos conhecemos há uns dois dias, talvez? E nem falamos muito, como ele já está interessado por mim?
— Jimin, nos conhecemos há mais ou menos dois dias e você já está interessado em mim?
— Não preciso te conhecer a vida inteira, para gostar de você S/n.
Fiquei sem palavras.
— Mas Jimin, eu não posso te corresponder... Eu amo outra pessoa.
— S/n, você é a minha escolhida e não há nada que poderá mudar isso.
Escolhida?
Jimin rapidamente se aproximou de mim e puxou a minha nuca juntando os nossos lábios, eu não correspondi, mas ele continuou a pressionar os seus lábios no meu. Dei passos para trás empurrando o seu peito e o olhei irritada.
— Jimin! O que você pensa que está fazendo?
— Me desculpe, S/n, eu...
— Jimin, olha sério, você parece ser um cara legal, mas eu já disse eu amo outro.
— E esse outro por acaso é Min Yoongi? — ele perguntou e cerrou os punhos com a cara fechada.
— Pelo jeito, você também não gosta do Yoongi. Agora, por quê?
— Ele e eu nunca vamos poder conviver em paz... Mas é dele que você gosta, não é?
— Sim, Jimin. E eu não apenas gosto dele, eu o amo, é muito diferente.
— Você o ama sem nem saber o que ele é de verdade.
Franzi as sobrancelhas.
— E o que ele é?
Ele suspirou.
— Você irá descobrir. Mas, eu jamais vou desistir de você, S/n. Você é o meu destino, a minha escolhida.
E dizendo isso, Jimin me deu as costas e saiu do meu quarto. Senti um vento frio me arrepiar e vi que a janela estava aberta e a fechei, e voltei até a porta a fechando, e em seguida tomei um banho e depois fiquei mexendo um pouco no meu celular falando com a Dahye, e depois fui dormir, afinal amanhã tenho que acordar cedo.
06:30
Já de banho tomado e com o uniforme, peguei a minha mochila e fui até a cozinha fazer o meu café da manhã, mas para a minha surpresa, Richard já estava na cozinha e fazendo a comida, repetindo, Richard está cozinhando! Estou é assustada, aquele era mesmo o meu irmão?
— Por que está me encarando assim, parecendo que eu sou um E.T.?
— Quem sabe você não é mesmo, cadê o meu irmão preguiçoso que nunca faz nada sem ser obrigado?
— Haha.
Ri da sua cara.
— Aproveita que eu estou de bom humor e estou fazendo a comida.
— E vou mesmo.
Me sentei animadamente e ele colocou dois pratos com ovos e bacon.
Escutei o miado da Laila e do rabo dela passando nas minhas pernas. E dei um pedaço de bacon a ela, que comeu e foi embora.
Escutei o celular do meu irmão tocando e ele logo o atendeu.
— Oi, mãe... Sim, está tudo bem aqui. A S/n? Ela está se comportando bem.
Revirei os olhos e ele sorriu. Odeio quando me tratam como uma criança, aff.
— Tchau, mãe.
Ele desligou.
— Mãe disse que chega depois de amanhã.
— Tá!
Terminamos de comer e fomos juntos para o colégio. Chegamos lá bem em cima da hora, quase todos tinham entrado, me separei de Richard que foi para a sua sala e eu fui para a minha.
A professora não havia chegado ainda, Jihoon e Jaegyun brincavam de guerra com os dedos. Dahye estava na cadeira de trás séria, séria até demais para a Dahye que vivia feliz saltitando para cá e para lá, e ainda mais depois do Jungkook. Me sentei do seu lado e ela nem havia notado a minha presença.
— Hey! Está tudo bem com você, Dahye?
Ela pareceu sair do transe e me olhou.
— Am... Estou. Apenas sono mesmo — disse, deitando a cabeça na mesa. Mas eu sabia que não era só isso, eu conheço muito bem a minha amiga.
Lembrei de um certo garoto que mexia com o meu pobre coração e depois daquele beijo ainda mais. Mas para variar, ele não estava lá.
— Bom dia, alunos! — o professor de matemática disse entrando com um sorriso no rosto, esse homem está sempre feliz? É uma sexta-feira de manhã, não é nada um dia feliz e sim cansativo.
Ele escreveu uma tarefa para nota e eu quase pirei vendo que não sabia de nada. A B S O L U T A M E N T E N A D A.
Fala sério, isso não deveria ser considerada uma matéria, isso é do satanás, isso não é de Deus não!
Mas por sorte, eu tenho uma amiga muito inteligente — pelo menos ela tem que ser né —, então, está tudo ok. Eu acho.
— Dahye. — Cutuquei ela com o lápis, mas a menina não levantava por nada, que sono é esse gente? Cairia um meteoro e a Dahye ainda continuaria dormindo.
— Dahye! — Cutuquei novamente e nada, aish! — Dahye, cacete! — falei um pouco mais alto, chamando finalmente a sua atenção e a do professor, mas ele nem ligou, apenas continuou olhando o seu livro.
— Que foi menina?
— Deixa eu ir contigo para casa hoje fazer a tarefa de matemática? Tu sabe como sou péssima com números.
Ela parou e franziu as sobrancelhas, e pensou um pouco e suspirou.
— Tá... Certo!
Com certeza, havia algo ai, Por acaso, será que ela brigou com os pais dela? Mas se fosse isso, ela me contaria, certo? Sempre contamos tudo uma para a outra.
09:10
Tocou para o intervalo e, eu e Dahye fomos comprar um lanche, porque não queríamos comer o da cantina hoje.
Comprei um sanduíche e um suco, e fomos para a mesa onde Jaegyun e Jihoon estavam.
— Meninas, vocês ficaram sabendo que um garoto do 3° ano sumiu? — Jaegyun perguntou.
— Não — respondi.
— É só o que falam na escola — disse Jihoon.
— E ela apareceu morta com o pescoço dilacerado, disseram que foi um urso — disse Jaegyun.
Me arrepiei só de pensar nisso. Será que foi o mesmo que mordeu o meu irmão?
— Meu irmão também foi atacado.
— Sério?! — Jihoon falou.
— Devemos nos manter longe da floresta — disse Jaegyun e eu concordei com a cabeça.
Dahye ficou séria e levantou da mesa.
— O que foi? — perguntei.
— Vou ao banheiro. — Ela saiu apressadamente.
Senti meu celular vibrar e sorri automaticamente ao ver o nome da tela, fazia o que uns dois anos que eu não o via, nem sabia nenhuma notícia dele. Meu melhor amigo, Kim Namjoon, ele tinha ido para Nova York terminar a faculdade de advocacia.
— Nam! — falei animada, assim que atendi.
— S/n, minha pequena sunshine! — Escutei sua voz e sorri.
— Sinto sua falta, sabia?
— Eu também, pequena. Como vai à escola?
— Tudo bem. E você e a faculdade?
— Já terminei e estou trabalhando em uma advocacia aqui em Nova York.
— Então, eu tenho um amigo advogado.
Escutei a sua risada
— E seu amigo advogado vai passar uma semana aí.
— Ah! Sério!? Quando, Nam?
— No final do mês.
— Daqui á 15 dias! Está perto.
O sinal tocou e eu fiz careta, tinha que desligar. Aff!
— Namjoon, eu tenho que desligar.
— Está certo, depois eu te ligo. Tchau, S/n!
— Tchau, Nam!
Desliguei.
— Parecia que estava falando com o namorado — disse Jaegyun.
E eu revirei os olhos.
— E a Dahye?
— Acho que está fazendo o número dois — Jihoon disse rindo.
Deixei eles lá rindo e fui atrás da minha amiga. Entrei no banheiro e ela não estava lá, ué onde ela foi?
Procurei no pátio e nada dela, o corredor já estava ficando vazio e eu preocupada com a Dahye. Mas ao chegar na minha sala, ela estava lá.
— Sua doida! Onde você estava? Me fez te procurar pelo colégio todo morrendo de preocupação, enquanto a senhorita está aqui!?
— Desculpa S/n, mas você é muito dramática, eu disse ao Jaegyun que ia para sala, mas claro que ele não prestou atenção no que eu dizia, por que estava secando a professora.
Me sentei do seu lado.
— Mas por que veio para sala?
— Eu estava com dor de cabeça.
12:30
Finalmente livres! Let's go, Let's gooo.
Avisei ao Richard que ia para a casa da Dahye. O pai de Dahye veio nos buscar e fizemos a tarefa de matemática rapidamente, por causa da Dahye. E depois ela ficou um tempo no celular falando com o namorado, era sorrisinho para cá e para lá, pelo menos ela não estava mais tão séria.
18:00
Terminamos de assistir um filme de romance e comédia, enquanto devoramos uma vasilha de pipoca. Assistimos umas séries e alguns animes, foi uma tarde bem divertida.
— Um... Esqueci de dizer, Namjoon me ligou e chega na última semana do mês.
— Que dia? — perguntou animada.
— Não sei ainda, ele não disse.
Olhei a hora no meu celular e vi como já estava tarde.
— Tenho que ir.
— Vou pedir para o meu pai te deixar em casa
— Não precisa, Dahye
— Precisa sim.
Saímos do quarto de Dahye e encontramos a mãe de Dahye na sala lendo uma revista.
— Mãe, cadê o pai? A S/n já vai.
— Filha, seu pai teve que sair, ocorreu um problema no hospital, peça para o Choi.
Choi era o motorista da família, pois é a família de Dahye é rica, o pai médico e a mãe era modelo, não sei se é agora.
—Tá — respondeu.
— Tchau, Sra. Min!
— Até logo, querida.
Saímos da casa de Dahye e Choi, que estava parado em frente ao carro, abriu a porta para nós com um sorriso no rosto. Ele era um senhorzinho muito simpático.
Eu e Dahye ficamos conversando o caminho todo até a minha casa, mas foi quando eu vi o barulho de som alto, vários adolescentes entrando na minha casa, que eu quase tenho um ataque. Desci do carro ainda incrédula, no jardim tinha quase um casal se comendo e vários retardados fumando.
— O.M.G. — Dahye disse pausadamente.
A mas, Richard está bastante encrencado, ô se tá!
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