Eu estava com ciúmes, sim. Era estranho, nunca tinha sentido isso por absolutamente ninguém.
Mas a dois anos, eu simplesmente acordei e senti um vazio no peito, um vazio imenso e que nada tapava.
E aquilo era horrível, eu não sabia o que era e qual era o motivo de sentir aquele vazio de uma hora para outra.
Eu me senti mal de um momento para o outro, e até mesmo distúrbio alimentar me deu. Eu sabia que isso era algo preocupante, mas não comentei com meus pais sobre.
Mas todo aquele vazio foi suprido por uma pessoa, era como se fossemos dois ímãs, meu corpo era atraído para o dele, e eu queria a todo instante estar ao lado dele.
Aquele vazio sumia toda vez que estávamos juntos, como se nunca tivesse existido. E depois que eu contei isso a ele, estava tudo indo tão bem.
Ele tinha me pedido em namoro, me deu até uma aliança que eu usava a todo momento. Ele usava a aliança dele numa corrente que ele nunca tirava do pescoço, já que a mão dele estava seriamente machucada.
E então nós estávamos bem. Verbo passado. Ele estava um pouco diferente comigo, talvez fosse paranóico da minha parte, mas ele estava sim.
Sem contar que ele estava bastante próximo de Cha Hae-In. Então sim, ele estava estranho. E sim, eu estava me corroendo de ciúmes. Mas não era um ciúmes sem fundamento, nem nada do tipo.
Ele entrou no clube de atletismo, e depois que conseguiu ir para o torneio de atletismo, onde conheceu Cha Hae-In, ele ficou mais próximo dela.
Eu não estou querendo que ele deixe de fazer amizades, é bom que ele faça mais amigos, só que a diferença está nela, está mais do que na cara que ela gosta dele e depois que eles começaram a conversar e ficaram amigos, alguns alunos começaram a falar sobre eles serem um casal.
Aquelas fofocas não ajudaram muito para minha autoestima e minha insegurança.
Sejamos sinceros. Cha Hae-In era linda, tinha um corpo perfeito — e muito bem definido — tinha notas ótimas, popularidade, tinha muito mais coisas em comum com Jin-Woo do que eu.
E ela era uma garota.
Aquilo já dizia tudo. Ela era uma garota, tem muito mais a favor dela do que eu, um garoto.
E se eu pensei que não tinha como piorar, tinha.
Tava tendo um torneio bem pequeno de atletismo na escola, e lógico que Sung Jin-Woo e Cha Hae-In estavam entre os atletas.
Jin-Woo parecia animado, e eu estava feliz por ele, de verdade. Quase a escola toda estava nas arquibancadas para assistir a corrida, incluindo eu.
Assim que a corrida terminou, com Jin-Woo sendo o vencedor, eu levantei e andei até ele.
—Parabéns – sorri pequeno, ele me olhou animado – você quer passar lá em casa depois da escola? Jogar videogame ou sei lá – dei de ombros, como quem não quer nada
—Ah, hoje não vai dar – ele sorriu envergonhado – eu vou sair com a Hae-In – eu sorri forçado – você quer ir junto? – um pouco tarde para convidar
—Não… Eu vou indo então, tenho aula, até amanhã – acenei, dando as costas para ele e indo para a sala.
Última aula, graças a Deus. Eu me forcei a prestar atenção, me custou muito, minha mente estava em outro lugar.
Eu não gostava de sentir isso.
Quando o sinal tocou, peguei minha mochila e fui embora o mais rápido possível.
Chegando em casa, fui recebido pelos meus pais.
—Filho, venha comer, já está tudo na mesa – minha mãe sorriu.
—Eu… Eu vou tomar um banho primeiro – sorri fraco – já volto – corri escada acima.
Entrei no quarto e joguei minha mochila num canto qualquer, entrei no banheiro logo em seguida.
Tirei minha roupa e me enfiei debaixo da água quente do chuveiro. Me molhei e então fiquei matutando.
Eu me odiava por ficar pensando e pensando na mesma coisa, isso só me machucava.
Me agachei no box, eu sempre lembrava do sorriso do Jin-Woo, e pior, aquele sorriso foi direcionado unicamente para Cha Hae-In.
—Droga! – xinguei.
Terminando meu banho e descendo até a cozinha, meus pais estavam conversando sobre algo.
—Filho, sente-se e sirva-se – andou até mim. Ela tocou meu rosto preocupada – o que houve, querido? Seus olhos estão vermelhos – eu sorri forçado
—Eu derramei shampoo nos olhos, estou bem – menti. Já era profissional nesse quesito.
Me sentei e coloquei um pouco de comida no prato.
—Aquele seu amigo não vai vir hoje? – quem perguntou foi meu pai
—Hoje não… Ele tinha coisas mais importantes para fazer – mexi a comida com o garfo.
Comi duas ou três garfadas de comida, e então recebi uma notificação do Instagram.
Cha Hae-In tinha postado um stories, na foto tinha dois copos de milk-shake, ela e Jin-Woo.
—Eu perdi a fome, vou deitar um pouco – afastei o prato e me levantei
—Mas você nem comeu direito – meu pai me olhou, preocupado
—É que eu comi bastante na escola – menti, eu não tinha comido nada além de um bolinho de carne
Subi as escadas e me joguei na minha cama, debaixo dos edredons.
Meu celular apitou, era uma mensagem do Sung.
〔Você está bem?〕
Eu nem entrei na conversa, só bloqueei o celular e coloquei na cômoda.
—Não. Eu não estou nem um pouco bem – respondi para mim mesmo, me escondendo mais e mais no edredom.
•••
Jin-Hoo parecia meio deprimido, e eu não sabia o motivo exato. Usando a sombra, que ainda estava em Jin-Hoo, eu vi ele parar de comer, mentir que tinha comido muito na escola e ir para o quarto.
Jin-Hoo quase não comia na escola, ele só comia o que eu comprava para ele, senão não comia nada.
Ainda estava vendo Jin-Hoo no quarto, meio escondido entre as cobertas na cama.
—Não. Eu não estou nem um pouco bem – eu me preocupei.
—Hae-In, houve um imprevisto lá em casa, outro dia nós saímos – eu me levantei, deixando o dinheiro do meu milk-shake na mesa e saindo em seguida.
Andei com calma até a casa de Jin-Hoo. Apertei a campainha sendo atendido pela Sra. Yoo.
—Jin-Woo, pensei que estava ocupado hoje – ela sorriu dando espaço para entrar
—Eu arranjei um tempinho para vir ver o Jin-Hoo – entrei depois de tirar os sapatos sujos.
—Ele está no quarto. – respondeu – querido, você ponha as louças sujas na pia para mim? Vou acompanhar o amigo do Jin-Hoo até o quarto – sorriu
—Sra. Yoo, não precisa – fui rápido
—Está tudo bem, vamos – andou ao meu lado escada acima – pode me chamar de Hyuna – ela sorriu – sabe, Jin-Hoo está diferente tem uns dois anos, ele parece mais tristonho, só que quando ele está com você, eu não vejo isso, ele fica radiante ao seu lado, Jin-Woo. – ela me olhou – eu não posso dizer com certeza, mas eu estou preocupada com meu filho, ele anda comendo menos a cada dia, ele sempre diz que comeu na escola, então não sei se é verdade ou mentira, já que não posso vigia-lo lá – foi sincera – só estou dizendo isso a você porque eu vejo que você faz bem para meu filho, ele fica tão feliz e alegre quando está com você – paramos em frente ao quarto do mesmo – converse com ele, vou fazer um lanche e logo trago. Faça ele comer um pouco – pediu sumindo pelo corredor.
Bati duas vezes na porta antes de abrir, Jin-Hoo continuava escondido nos cobertores.
Deixei minha mochila no canto da cama e sentei na mesma.
—Jin-Hoo – chamei, vi ele passar a mão para fora do edredom e pegar o celular na cômoda.
Sorri pequeno.
—Jin-Hoo… – tirei os edredons de cima dele, ele tinha os olhos vermelho e um pouco inchados, ele estava chorando – porque está chorando? – acariciei o rosto alheio
—Estava assistindo um filme de drama – mentiu na cara dura.
Suspirei me ajeitando na cama, para ficar debaixo dos edredons e entre as pernas do mesmo.
—Certo, então não assista coisas que te façam chorar. Não gosto de te ver chorando – eu comentei, entrando na mentira do filme de drama
—Para com isso, meus pais podem entrar de repente e ver isso – ele tentou se afastar, mas eu segurei as pernas dele
—Eu não vou fazer nada, idiota – sorri fofo para ele – porque você está assim? – me inclinei, beijando levemente os lábios dele
—Não é nada, eu estou bem – mentiu novamente
—Confie em mim, diga a verdade – pedi, vendo ele segurar mais lágrimas que queriam fugir
—É só que… – ele mordeu o lábio nervoso – acho que deveríamos terminar – aquilo me surpreendeu. Era tão repentino.
—O que? Porque? – perguntei rápido, soltando as pernas dele, que se sentou, abraçando os joelhos.
—Eu acho melhor assim – ele estava mentindo de novo
—Fale a verdade!
—Eu sou um garoto, Jin-Woo! Essa é a verdade. Mesmo que fiquemos juntos ninguém vai aceitar, nem a sociedade, nem nossas famílias – ele me olhou, derramando poucas lágrimas – e você parece muito mais interessado na Cha Hae-In do que em mim, então o que muda? – riu sem humor
—Isso não tem nem pé, nem cabeça!
—Tem sim, Sung Jin-Woo! Tem porque você sabe disso. Cha Hae-In é uma garota linda, pode te dar tudo o que eu sou incapaz – pronunciou chorando – ela pode te dar um futuro onde sua família vai aceitar feliz da vida, pode te dar filhos e uma família perfeita – limpou o próprio rosto – eu não posso, Jin-Woo – chorou
—Eu não ligo. Eu não estou com você para ter uma família. Eu estou com você para ter quem eu amo do meu lado. Para ser feliz, e é só isso que importa, eu não ligo se não vão aceitar, o namoro é meu, não deles – eu respondi rápido, não iria perdê-lo, eu esperei mais de dez anos para isso – eu não ligo para os outros, eu quero você!
—Mas do que adianta isso? Você sabe que não vai dar em nada, sua família não vai me aceitar, minha família vai me deserdar, muito provavelmente, por ser gay, eu não tenho nada a oferecer – revirei os olhos
—Você é tudo o que eu preciso! Acredite, minha família não liga para quem eu namoro, se é homem ou mulher, e aposto que sua mãe também não vai – fui sincero – por favor, Jin-Hoo. Eu só não quero te perder – toquei o rosto dele
—Eu só…
—Fica comigo? Para sempre, Jin-Hoo, fica comigo? – ele arregalou os olhos, surpreso.
—Sim… – me abraçou, com tanta força que poderia nos fundir
—Você não precisa ficar inseguro com Cha Hae-In. Eu só tenho olhos para você, e só para você saber, você é mil vezes mais lindo que qualquer garota no mundo, isso inclui Cha Hae-In – beijei sua bochecha – eu te amo, Yoo Jin-Hoo.
—Eu também te amo, Sung Jin-Woo.
Aquilo era bom. Ouvir aquelas palavrinhas vindo da boca dele, após tanto tempo ansiando por isso.
Eu pensei tantas vezes que isso seria impossível, que ouvir ele dizer para mim “eu te amo” era impossível, mas o que ele sentia por mim não podia ser apagado, nem mesmo com o Cálice dos Governantes e do Todo-Poderoso.
E eu notei isso apenas agora. Eu amei ele todo o tempo em que estive longe, que para mim foram dez anos, e para ele foram apenas dois.
Eu pensei que ele não sentiria mais nada por mim, nem se eu tentasse fazê-lo se apaixonar por mim, eu queria ser otimista dizendo que o reconquistaria caso necessário, mas não achei que funcionaria.
E mesmo nesses dois anos, ele sentiu falta de mim, mesmo que de maneira indireta. O vazio que ele sentia e só minha presença supria, aquilo era a prova que ele continuava me amando, independente do rumo que o mundo tomou sem as dungeons e sem as memórias sobre monstros.
Se eu tivesse mantido o mundo como estava antes do Cálice, as memórias, os ocorridos e as mortes, me pergunto como estaria agora?
A destruição causada no Canadá, como a Coreia estaria se reconstruindo após minha batalha contra os três Monarcas, queria ver a reação do mundo caso o que eu tanto almejo tivesse ocorrido.
Queria muito.
Mas eu não preciso que o mundo saiba que eu existo, ou que eu salvei eles do extermínio, eles só precisam viver as próprias vidas, e já estarão me agradecendo de maneira indireta.
Eu vi tantos dos meus morrerem. Se sacrificarem para que outros vivessem, e eu os dei a oportunidade de viverem vidas normais.
Eu dei uma segunda chance para o mundo inteiro, e essa segunda chance valeu a pena, não só pelo mundo, mas por mim e por minha família.
Eu sei que deixei minha mãe preocupada, mas era necessário, eu aproveitei antes de ir, mas se eu quisesse manter aquilo, eu teria que matar todos os Monarcas para manter todos vivos.
O que fez tudo valer a pena, todo meu sacrifício diante do que eu perderia e do que eu sofreria foram imensas.
Valeu a pena sacrificar as memórias de todos em relação a mim. Valeu porque meu pai não desapareceu, minha mãe não adoeceu, eles puderam ver o crescimento de Jin-Ah.
Go Gun-Hee não havia morrido, todos os caçadores que tinham morrido na dungeon dupla também não haviam morrido.
Os caçadores que lutaram e morreram em batalha haviam voltado.
Eu acho que sacrificar o futuro tinha sido o melhor sacrifício, porque ele estava moldando um futuro sem mortes tão brutais, sem traumas emocionais, sem a dor da perda que muitos tiveram por conta de monstros.
Eu quase hesitei em usar o Cálice, não por medo de perder a batalha contra os Monarcas, mas sim porque graças àquele futuro de dungeons, monstros e caçadores, eu havia conhecido o homem que capturou meu coração apenas com um sorriso.
E eu quase hesitei por medo de não tê-lo em meus braços nunca mais.
Eu errei feio.
Aqueles sentimentos estavam ali, aflorando, crescendo pouco a pouco no peito do menor, e isso me fazia feliz.
Eu amei o Yoo Jin-Hoo que conheci naquela dungeon idiota, que entrou naquele portal fardado de ferramentas caríssimas, aquele Jin-Hoo que quando bebe chora horrores, e que sem medo dos julgamentos me beijou em rede mundial, porque sentiu um medo gigantesco de me perder, e eu ainda amo aquele Jin-Hoo.
Mas eu também amo esse Yoo Jin-Hoo que dorme nas aulas que não gosta, que tropeça no meio fio toda vez que vai atravessar a rua, que na primeira oportunidade que tem, tira foto do Deus e o mundo, que adora jogar videogame, que ama olhar para o céu durante a madrugada, que sempre que tem um sonho ruim me manda mensagem em plena quatro da manhã, perguntando se eu estou bem e se estava me cobrindo direito na hora de dormir.
Eu era e sou apaixonado por todas as versões existentes daquele garoto, porque ele é, simplesmente, o amor da minha vida.
Vê-lo chorar ali, em meus braços, foi doloroso. Eu sempre odiei ver ele chorar, e isso não mudou nem um pouco.
Ele estava inseguro, e não importa qual linha do tempo exista, ele sempre vai sentir ciúmes de Cha Hae-In.
—Ei… – chamei, fazendo ele me olhar choroso – eu te amo, e sempre vou te amar. Nunca duvide disso – limpei o rosto dele, dando um beijo leve em cada olho e finalizando com um selinho demorado.
—Desculpe… – pediu, me abraçando e se jogando na cama, fazendo eu ficar entre as pernas dele – eu fiz esse drama todo por nada – limpou o rosto, que estava um pouco úmido
—Tudo bem, você estava inseguro, todos têm inseguranças, e eu sempre vou estar aqui para provar que elas são sem sentido – sorri gentil
—Então… O que vai fazer em relação as minhas inseguranças com Cha Hae-In? – perguntou, puxando meu braço, para que eu deitasse na cama ao lado dele
—Deixa eu ver… – fiz cara pensativa, e sorri – que tal assumirmos nosso namoro? Aí você fica mais calmo, e bem, eu já falei para ela que nosso relacionamento não passaria da amizade, mas, isso pode ajudar você a ter mais segurança – falei calmo
—Eu gostei – sorriu pequeno – eu não quero que se afaste dos seus amigos só porque eu sinto ciúmes, mas é que ela gosta de você e deixa isso muito claro – Jin-Hoo disse irritado
—Amor, eu sei disso, mas eu deixei claro que não seríamos mais que bons amigos, você é o único que me tem – beijei ele com calma.
—Hm, o pessoal da escola andam fofocando sobre você e Cha Hae-In serem um casal… – contou, me fazendo suspirar
—Ignora eles – dei de ombros – são uns desinformados – brinquei, arrancando um sorriso dele – sua mãe está preocupada com você – comentei, conseguindo atrair total atenção do menor
—O que? Porque?
—Porque mais? Você quase não come, ela está realmente preocupada com sua saúde – vi ele desviar o olhar, culpado – Jin-Hoo, você tem que conversar conosco quando estiver com algum problema, principalmente quando for algo tão sério e que envolva sua saúde – acariciei a bochecha dele – porque anda comendo menos?
—Eu só… Começou a dois anos, no mesmo tempo em que o vazio no meu peito apareceu – contou, se aproximando mais e deitando no meu peito – eu acho que, aquele pedaço que faltava em mim, me deixou mal. Muito mal. Eu não sentia fome, e eu não queria preocupar ninguém, então fiquei em silêncio – contou, me fazendo suspirar.
Ele passou por tudo aquilo só porque eu estava longe? Droga.
—Eu sabia que você estava mais magro do que eu lembrava, mas pensei que fosse algo da idade – comentei para mim mesmo
—O que? – perguntou confuso, me olhando
—Nada. Jin-Hoo, já foi ao médico ver isso?
—É só um distúrbio alimentar… – fez pouco caso, recebendo um olhar de repreensão de mim – eu estou bem, eu ando comendo mais ultimamente – comentou
—Você só come quando está comigo, porque eu insisto, mas sua mãe disse que não come em casa – pontuei
—Foi só hoje… – mentiu, e eu suspirei pesadamente – está bem, eu estava melhorando, mas aí a Cha Hae-In apareceu, eu fiquei inseguro e triste… Fiquei sem ânimo ou vontade para comer – foi sincero, desviando o olhar envergonhado
—Você tem que contar as coisas para mim, Jin-Hoo – falei seriamente
—Eu sei, mas eu odeio preocupar os outros por motivos bestas – resmungou
—Isso não é besta, é importante – fui direto – se algo te atingir dessa maneira, diga para mim na hora, me prometa!
—Eu prometo… – voltou a me olhar nos olhos – sinto muito.
—Se sente muito, comece a comer direito, que então eu fico de boas – sorri – você pode acabar tendo anemia se continuar assim – repliquei preocupado – sua mãe disse que faria um lanche para nós, e você vai comer!
—Ok, eu como – fez bico, mas logo sorriu aliviado.
Eu sou, definitivamente, apaixonado por esse garoto.
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