Se olhar pra dentro de mim, verá que minha alma se reduz a cacos, cacos de vidros rachados e quebrados pela dor de uma traição. Pela dor de um amor
De um amor que me arrependo
Sengoku jidai
A madeira velha levemente avermelhada do poço servia como amparo, suas pernas ardiam, sua panturrilha doía. Tinha corrido em total desespero, não havia fôlego, o ar não chegava aos seus pulmões que não se queixavam por isso, apenas esperavam pelo oxigênio. Encostou suas costas na madeira, olhou para o céu estrelado a procura da lua, mas era lua nova e justamente hoje, a lua não se encontrava no céu, estava a descansar escondida nas trevas do universo. Justo hoje, quando precisava admirar seu luar pra se acalmar, precisava de alguém que não iria julgar-la por ter sido mais uma vez enganada, mas uma vez sofrer por amor, um amor que ela sabia desde o começo que era impossível. Mas uma vez kagome, mas uma vez você permitiu que te machucassem, mas uma vez você não foi suficiente.
As lágrimas rompiam bochecha a baixo, deixando seu rastro úmido e salgado pra trás, diferente das muitas vezes que chorou por medo, e decepção agora chorava por dor, uma dor agoniante e estupidamente real sua alma estava a ser repicada pelas imagens em sua cabeça. seus soluços passaram de tímidos e silêncioso para ensurdecedor e descarados, não se importava se alguém a veria assim, só queria que passa-se, que parece de arder, de agoniar, machucar, só queria que parasse de arder, se estivesse sendo cremada viva seria menos doloroso e mais aceitável, mas não estava.
Ouviu passos firmes e tímidos se aproximarem, sabia que era ele. E pela primeira vez agradeceu por sua teimosia em não deixa-la só.
- Kagome?. Perguntou ao se aproximar dela e a envolver com seus braços- Ka, oque houve?. Ah mais sua delicadeza doía, a como doía. Ele mais do que ninguém a avisou que não seria seguro amar um Dai-Youkai, mas já era tarde demais, ela já o amava.- Oque ele fez?
-Ele.... Inu ele... Ah Inu. Não conseguia terminar a frase, não dava a vergonha de sua tolice e a dor de sua alma não a permitiam dizer.
- Tudo bem ka, eu estou aqui.... Sempre vou estar aqui. Disse ao afagar os cabelos negros da miko que estavam aos prantos como se não tivesse amanhã, aquela cena, aquele choro o desamparava, nunca a imaginou assim nem mesmo quando ele disse que só a amava como irmã ela chorou ou sofreu tanto, prova. prova que ela realmente o amava e pra sua infelicidade não consegui Proteger-la dele.- Me conte, Ka.
- Inu....
-Não precisa temer, sou eu, seu Inu. Apertou seus braços em volta de seus ombros a confortando e encorajando.- Você precisa desabafar. Achou que estava fazendo o certo, mas não, o cheiro de sua tristeza aumentou e suas lágrimas demonstravam que suas férias estavam mais que abertas, sangravam e queimavam a pequena miko, ah um coração quebrado e a pior dor para qualquer ser.
- Ele. Os soluços não a permitiam terminar a frase, mas isso não a impediu de prosseguir.- Ele dormiu com ela Inu. Seus sussuros eram baixos e dolorosos, mas pra ele, aquilo saiu como um grito. Um grito de desespero.- Ele dormiu com ela Inu, a fez sua companheira.....
-M-mas Vo-vo-cê tem a marca dele. O hanyou não entendi, ele a marcou e isso era total sinal que ela era sua fêmea, ela era sua fêmea, pelas leis Youkais ela era sua companheira.- Ka, você tem certeza?
-Hai - Os soluços tinham cessado, porém o abraço se fez mais forte, ele sabia que ela precisava dele - E-eu.... Eu sou uma vergonha Inu, eu.... Eu sou a desgraça do Oeste, eu... Sou humana! - Suas palavras eram como adagas em seu peito, sabia que esse dia iria chegar, e mesmo ela tendo lutado as batalhas do Oeste, mesmo ela amando o povo do Oeste que a amava como Senhora daquelas terras, o conselho Youkai não a iria aceitar, não iriam permitir uma humana subir ao trono. iriam trair o Oeste, trairiam o Senhor do Oeste... E se ele realmente quisesse governar teriam que desposar a Youkai que o conselho decidisse, e isso a mataria. no sentido figurado mas a mataria lentamente. E agora, lá estava ela, no início de sua morte sabia que a Kagome que conhecia estava sendo morta pela dor da traição. Por kami por que não a salvei. Só tinha uma salvação, e ela não era aqui
- Vá pra casa - Disse em um tom ameno e amável enquanto afagava seus fios negros.- Vá pra casa, Ka.
- Inu...
- Vá pra casa, prometo que ficará tudo bem! Mas vá pra casa, e não volte Ka! - O choro voltou, não queria ir, não podia ir. Tinha tanta coisa alí que sua vida do outro lado não faria mais sentido, não mais.- chega de se humilhar, Ka. Vá pra casa....
....................
CAPÍTULO II
Os minutos passavam lentamente, preguiçosamente pelos ponteiros, suas mãos suavam frio, sua pele se encontrava arrepiada com as sessões que tinha. Medo, angústia, nervosismo, paixão, remorso, mágoa... Mágoa era a que mais a influênciava. Tudo bem, e só mais um cliente, não e nada demais.
Repetia a frase milhares de vezes na tentativa de se convencer, mas não dava certo, mesmo que sua mente tentasse tranquilizar-la seu coração não se deixava enganar, era ele que iria estar ali, seu grande amor, seu marido... Bom ex-marido, pai do seus filhos. Ele. E não apenas mais um cliente.
Tudo bem, E só agir naturalmente.
- Tem certeza que quer fazer isso?. Questionava Nanami ao ver o estado nervoso da miko.- Ka, eu sou a gerente, posso atendê-los! E além do mais, a etiqueta do café só exige que você atenda nossos renomados clientes
-Se você ver a fatura do que a Sra. Taisho vai pagar, saberia que é um cliente renomado. Disse ao esfregar suas mãos.
- Você está bem?
- Está tão na cara assim?. Suas mãos não paravam de suar.
- Como uma presa fugindo. Não podia mentir, kagome exalava seu nervosismo a quilômetros de distância.- Talvez seja melhor você tomar uma chá, em?
- Prefiro saque. Nanami a avaliou por alguns segundos, não era comun ver a dona do bom senso e auto controle pedir saque em meio expediente.
- Ok, você não está pronta pra isso Ka
- Eu tenho que estar.
-Não, não tem! Vá pra cozinha Tomé um chá e se você parar de suar frio e tremer você volta. Não discutiu, não queria discutir, só queria fugir. Na verdade sua mente lhe implorava para fugir, qual o problema de ser covarde uma só vez não é? Mas também, não queria ser covarde. Queria olhar no fundo dos âmbares e mostrar a ele que ela tinha seguido em frente, que não o amava mais e pra ela, ele não passava de um canalha. Um canalha, que nunca a procurou, que nunca a amou.- Se você voltar nesse estado, juro que serei mil vezes pior do que você enfrentar seu ex
- Hai. Nanami sabia ser assustadora quando queria, oque fez a miko não protestar em seu famosos ataques de teimosia. Sem muito oque pensar correu até o vestiário, sim, no piso principal havia um vestiário para os funcionários, um masculino e o feminino que se encontrava nos fundos do estabelecimento, atrás da cozinha. Era um banheiro enorme com armários embutidos da parede, quatro duchas um sofá de quatro lugares de um rosa claro e uma pia dubla. O banheiro era de cores claras e mármore leitoso. Não havia muitas mulheres além dela e Nanami, apenas Shure que aparecia raras vezes, só quando era necessário. Kagome se sentou no sofá, rencostando suas costas no móvel acolchoado, deitou sua cabeça no topo do sofá e fitou o teto que tinha luzes embutidas. Respirou fundo, e deixou sua mente vaga.
Flashback
O sol começava a dançar no céu escuro. Trazendo listras alaranjadas para o céu que negro, sutilmente as montanhas abandonaram a escuridão tomando uma cor verde clara sutilmente amarelada pelos raios do sol. A miko admirava a mudança de noite para o dia admirada, a janela ampla de madeira a dava o privilégio de admirar o amanhecer sem sequer se levantar de sua cama, sua adorável cama. Que nesse momento tinha um youkai de cabelos prateados a dormir nela. Como poderia dormir daquele jeito? Em todo esse tempo, sabia que ele não tinha o costume de dormir, não tinha o costume de relaxar, porém. Todas as vezes que eles dormiam juntos, oque eram muitas vezes, ele dormia feito criança, oque ela adorava pois sabia que só ela o via assim.
Suas costas largas e definidas estavam a ser banhadas pelo tom do amanhecer, tingindo a pele de marfim e imaculada de um laranja apaixonante. Seus fios prateados estavam jogados sobre o lençol fino e branco de seda artesanal, mesmo sendo brancos, os fios prateados eram totalmente visíveis, não se misturavam. O rosto do youkai estava sendo coberto por seu braço que descansava em sua testa enquanto ele dormia de bruços.
Era uma visão privilegiada, somente ela o tinha assim todas as manhãs, ele era somente dela. Naquele instante era totalmente seu.
Subiu sorrateiramente sobre suas costas, sabia que só esse movimento já o tinha acordado, assim como sabia que ele iria esperar pra ver oque ela iria fazer. Se enclinou sobre ele afastando seus fios longos dando uma ampla visão de seu pescoço, e ali mesmo seria seu ataque.
O beijou. Inúmeras vezes, seguidamente, até cansar, por milhares de vezes! Arrancando risos do youkai, e mesmo assim não parou, só até ouvir uma gargalhada forte e estridente. E em um piscar de olhos, ele se moveu, a deixando deitada sobre o futon enquanto ele a observava sobre ela com um sorriso largo nos lábios.
- Bom dia minha Hime. Disse ao se aproximar e inalar seu perfume na região do lombo de suas orelhas.- já lhe disse que a amo?. Questionou.
-Hoje?. Perguntou divertida, adorava ouvir-lo dizer "eu te amo".- Não disse my lord. Fez bico, oque causou um riso fácil nos lábios do youkai.
- me perdoe, mas deixe-me me redimir com sua graça. Seu tom era divertido, outra versão dele que só ela tinha.- Me deixe me redimir entre um bom banho, enquanto lhe mostro o quanto a amo. Ruborizou ao ouvir essas palavras, Sesshoumaru era insaciável nestas questões, ainda mais em seu estado atual, ao qual eles denominavam de cio, oque ela mais conhecia como período fértil. Mas não podia se queixar, amava ser amada ferozmente por seu youkai. Ela era amada incondicionalmente.
Flashback off
Baka. Como tinha sido ingênua ao se entregar a ele, como tinha sido Idiota. kami-Sama como tinha sido estúpida...
Uma semana após esse amanhecer, ele aceitou a proposta do senhor do conselho e tomou uma youkai como sua companheira, fazendo a marca quase a matar de tanta dor, tanto sofrimento. Mas ele se importou? Não! A dor que lhe causou não fora insuportável apenas pela marca, mas sim por seu ser que foi dilacerado por sua traição. Ele a escolheu, escolheu aquela youkai e não ela uma humana inútil. Respirou fundo ao lembrar de todas as humilhações que suportou por ele, todas as vezes que disseram que ela era a desgraça do Oeste e ele fingia ignorar, a incentivava a ignorar, dizendo que ela era a Lady do Oeste e sua fêmea, mas no final oque lhe restou foi uma marca idiota que não a permitia chegar perto de outro homem, e que insistia em deprimila, machucar, a estava matando silenciosamente maldita marca.
Estava chorando compulsivamente, seus soluços não eram tímidos, pelo contrário. Mais uma vez, aquela dor agoniante, mais uma vez ela queria parar de chorar mas não conseguia, não sentindo as chamas a corroendo por dentro. Não dava pra não chorar
Em simples movimentos retirou sua roupa e ligou o chuveiro que se abriu em águas cálidas, porém, ela precisava de água fria. Precisa ser fria.
A água gélida escorria por seus fios negros já encharcados, passado por sua pele alva de pêssegos. Respirava fundo, tinha que ser racional e não emocional, tinha que pensar e não sentir. Não podia amar-lo, não mais.
Secou seu corpo preguiçosamente, sim, ela estava sendo covarde! E sabia muito bem disso, pois suas mãos ainda tremiam seu peito se apertava e se sentia agoniada, mas não dava pra fugir o resto da vida. Não é?. Enrolou a toalha em seu corpo e se pôs a pentear seu cabelos ainda úmidos. Os prendeu em um rabo de cavalo folgado, mesmo presos seu fios chegavam aos seios. Tenho que cortar-los logo, estou parando a versão japonesa da Rapunzel.
Suspirou. Apesar de tudo, queria vê-lo, lhe beijar intensamente, acariciar seu belo rosto de marfim. Não, ela não tinha amor próprio, pois se tivesse não falaria essas besteiras é não estaria tão abalada pela simples ideia de vê-lo.
Abriu seu armário, encontrando uma calça blujeans rasgada no joelho que cintura alta, uma blusa vermelha de decote em "V" e mangas 3/4. As vestiu rapidamente, colocando de volta a bota de cano curto preta sem salto, mesmo tendo apenas um metro e sessenta não tinha o costume de usar saltos. Se olhou no espelho e, desde a gravidez seu seios estão mais fartos, seus quadris mais largos e seus traços tinha mudado levemente. O rosto de menina deu lugar ao de mulher lhe trazendo mais personalidade e uma juventude mais madura. Porém ainda aparentava ter apenas vinte anos, talvez devido a marca não envelhecia. Sem querer colocou a mão sobre a lua crescente que tinha no lombo do pescoço descendo para as costas. Por muito tempo, achou que ela era a maior prova de amor que tinha, mas não.
Depois de guardar seus pertences e ajeitar a mini bagunça que tinha feito, saiu em passos lentos até a cozinha, ligando o fogo para fazer seu chá. Ao se encostar na ilha da cozinha ouviu o telefone tocar e se dirigiu até ele.
Ligação
-Moshi moshi?
-Ah, Oi Ka! Achei que a Nanami que iria atender. A voz masculina suava suave e aveludada, Tomoe era sempre assim suave.
-Hum, Oi Tomoe! A Nanami está atendendo uma sala de reuniões, sabe como é; servindo chá, preparando capuccinos e etc, coisas chatas. Disse rindo.
-Realmente, coisas bem chatas!. Os dois riram.- ka-chan? Noite das pizza hoje?
-Hai. Se quiser vir já, pode vir talvez dê tempo de preparar as pizzas em vez de pedir.
- Hai, boa ideia! Me dê quinze minutos e já chego.
-Lhe dou doze. Desligou sem esperar a resposta. A chaleira já a chamava anunciando que o chá já estava no ponto certo. Pegou sua caneca vermelha e ali derramou mel antes de colocar o líquido fervido de tom avermelhado.
Kagome possuía muitas manias estrangeiras, culpa de um certo Okami que viajava demais e sempre lhe trazia livros sobre a culinária estrangeira e revistas de moda, devido que seu passatempo favorito era fazer seu esboços de vestidos, muitos dava pra Ayame já que a mesma tinha uma rede de butiques e lojas de noivas. Em uma dessas revistas conheceu alguns chás ingleses, porém oque mais lhe interessou foi o chá de morangos verdes, que é simplesmente maravilhoso ao seu paladar.
A caneca vermelha se encontrava sobre o balcão ao lado do notebook, por muitas vezes se sentia uma viciada em teclar, mas oque poderia fazer? Estava tendo dor de cabeça demais, fornecedores, instalação de grades no terraço, compra de materiais, festa de aniversário do gêmeos que seria dali a um mês, e agora tinha um belo de um problema chamado Sesshoumaru. Pois é, um fantasma do passado. Um fantasma que ela desejava purificar de sua existência, porém também o queria, com ela.
- Foco Kagome, ser covarde não vai resolver sua vida. Balanço sua cabeça na tentativa de fazer seus pensamentos fugirem para longe, porém não adiantou, e oque iria adiantar não é?
-Mana?. Souta estava ao seu lado debruçado sobre seus cotovelos e com ele um par de olhos azuis claros e âmbares a observando receiosos.- Que tal pedirmos pizza?
-Tomoe já está chegando Souta, vamos fazer as pizzas. Disse sorrindo ao ver que seus pequenos ainda se escondiam, olhou apreensiva para o relógio, ainda era oito horas, faltava duas hora.- Jajá ele chega. Viu os olhos de seus filhotes brilharem, os únicos homens que os dois aceitavam além de Souta e Kouga era Misao e Tomoe, pois os filhotes Inu machos são completamente ciumentos com suas mães, e no caso dos pequenos eles eram possessivos. Mas em relação a Tomoe, eles tinham adoração pelo kitsune.
- O tiu Tomoe vem mamãe?. Perguntou Henry ao pedir colo, seus braços curtos e gordinhos lhe davam um charme extremamente fofo.- Vamos brincar com ele?. Perguntou já em seu colo abraçando o pescoço da miko, oque deixou seu irmão enciumado.
-Henry solta a mamãe. Disse em tom bravo. Hiro tinha as bochechas avermelhadas de ciúmes e estavam totalmente estufadas devido a sua careta.- Mama, Hiro quer colo também. Outra mania que lembrava o pai, as vezes quando com raiva ou ciúmes falavam na terceira pessoa. Kagome colocou Henry sobre o balcão sentado, o mesmo ao ver a cabeça de chá bebericou um pouco o chá de sua mãe e acabou por gostar e tomar mais, enquanto Hiro tinha suas buchechas beijadas antes de ser colocado ao lado do irmão que lhe deu a caneca para que o mesmo também beber.
Os dois ficaram contando sobre o desenho que assistiram, e de como era legal ver o Goku lutar. Kagome ouviu aquilo como se alguém estivesse lhe explicando como depositar um cheque de um milhão de dólares, amava ver a empolgação de seus filhotes ao lhe contar qualquer coisa, por exemplo agora em que Hiro lhe contava que tinha descoberto que se misturar vermelho com verde surge uma cor que lembra a barro, bom ele diz que também lhe lembrava a chocolate e que a professora lhe contou que se chamava marrom, e que ele achava o marrom uma cor muito estranha. Já Henry achava o marrom bonito, por que tudo que lembrava chocolate era bonito. Os comentários aleatórios prosseguiram, e logo Tomeo chegou sendo acolhido por abraços calorosos repletos de falação dos pequenos Youkais. Oque o fez rir.
As pizzas já se encontravam no forno, tinham feito sete pizzas na primeira rodada e depois levariam ao forno mais cinco. Pois dentro de todos que estavam ali, tinham quatro youkais e mesmo que seus filhotes fossem pequenos, seu estômago parecia ter o tamanho de dois adultos. Tomoe tinha feito as massas e kagome os recheios, os dois conversaram sobre trivialidades enquanto cozinhavam, as vezes riam, as vezes ficavam sérios, e as vezes tinham que controlar dois inuszinhos que corriam para a cozinha na esperança de comer algo antes da hora. Aí nesse estante voltavam a rir
Em meio a tantas distrações, kagome acabou se esquecendo de um certo cliente que deveria se preocupar.
- Ka-chan? Acho que só não pensamos nas bebidas. Disse tomeo.- por que as do café não podemos pegar, Então. Ele até iria dar de ombros, mas Hiro estava em seu colo apertando suas orelhas felpudinhas (sim dentro do café, em horários vazios eles usavam sua forma original).- Quer que vá buscar?
- Na verdade, deixa que eu vou com o Henry, consegue dar conta das pizzas e do Hiro?
- Hai.
***
Da janela do jato particular podia ver o céu de Tóquio ser pintado pelas mãos de kami em tons alaranjados e avermelhados, as estrelas aos poucos se retiravam para seu sono profundo. A lua ainda admirava seu amado que surgia no horizonte: O sol
Dez anos tinham se passado desde a última vez que esteve em Tóquio. Nesses mil e quatrocentos anos, Fez tudo que ela o aconselhou, envestiu em tecnologia, fez parcerias com os Estados unidos, mas não confiou neles plenamente como ela tinha lhe avisado. investiu na Apple quando ainda era uma empresa de "fundo de garagem", apreciou a culinária europeia, a praias, a neve que ela tanto amava. Foi na Disney, e que merda de parque, mas foi, pois era o única forma de a ter por perto. Depois investiu no mundo automobilístico, oque também lhe rendeu sua fortuna.
Agora, tinha acabado de voltar da Califórnia, mesmo com todos os investimentos decidiu abrir sua própria empresa de tecnologia e armamentos pois as guerras ainda eram um grande fim lucrativo, e como eram.
É tudo exatamente como ela tinha lhe contado.
Sua pequena Miko seria uma grande Imperatriz ao seu lado, tudo seria melhor se ela estivesse ao seu lado.
-Sesshoumaru abaixe a cortina, sim?. Na poltrona a sua frente estava ela, sua companheira, seu maior erro.- Querido, quero dormir, ok? O amanhecer você pode ver na tela de seu notebook, certo?
O irritava, cada fala, cada palavras, sílaba que saia daquela boca pintada de vermelho sangue. Irritante
- Maru, por favor!
-Não me chame assim, é repugnante
- Por que não? A uma hora atrás você não reclamou quando te chamei assim - Seu tom era malicioso, sabia oque ela queria dizer, pouco se lixava se o tinha chamado assim na cama. De todas as formas era repugnante.
O jato aterrissou em solo japonês, Sesshoumaru inalou profundamente o ar "puro" da capital, não era igual a quando era chamada de Edo, mas o ar ainda era mais puro que qualquer canto da terra.
Sua esposa queria que participasse de seu dia monótono repleto de futilidades e avareza, mas não estava nada disposto. Voltar a Tóquio era sua preferência, era sua terra. Mas também era doloroso, pois ali era onde estava sua amada em algum canto.
Não tinha avisado ninguém sobre a sua chegada, não teve tempo para avisar nem sequer sua Musume, porém sabia que seria recebido com um belo sorriso e um cálido abraço, igualmente séria com seu gênero/filho.
Como esperado, Jaken estava enfrente as portas do aeroporto a sua espera encostado na BMW 3201 ano 2017 preta. Poderia trocar-la por um modelo atual, porém esse modelo era seu queridinho. ao chegar perto Jaken abriu a porta traseira para o youkai que o ignorou e abriu a porta do carona.
-Mas Ssenhor....
-Jaken, me leve até a Taisho's o mais rápido possível, não estou com paciência hoje.
-Simm senhor Sesshoumaru.
Duas horas se passaram, o trânsito da capital decapitou o restante de humor que o youkai possuía, estava puro nervos, se fossem em tempos antigos, exatamente quinhentos anos atrás ele teria matado o primeiro youkai inútil que aparecesse em sua frente, e claro, não poderia ser jaken pois tensseiga já o tinha salvado uma vez, e apesar de ser irritante maioria das vezes era seu braço direto e uns dos poucos amigos fiéis que possuía.
A BMW estacionou a frente do prédio imponente de paredes de vidros, de tal forma que dava a impressão que era feito totalmente de vidros e acrílico. A construção possuía vinte e cinco andares sendo três somente para o lazer do dono que se encontrava saindo do belo automóvel, sendo seguido por um senhor de idade de um metro e cinquenta e pele enrugada que entregou as chaves para o manobrista.
Ao entrar o Youkai percebeu a tenção dos funcionários ao ver o "chefe" entrar sem aviso prévio sendo que ele era esperado só daqui duas semanas. Mas surpreender seus funcionários era extremamente divertido.
Entrou no elevador e viu jaken correr apressado sobre suas pernas curtas para o elevador, a expressão séria do senhor de idade para surpresa ao ver que seu "amo bonito" colocar as mãos fortes e imponentes sobre a porta para aguardar o seu súdito.
- Obrigado Senhor Sesshoumaru. Disse ao entrar no elevador e fazer um curto curvar do corpo a frente do youkai, que nada fez a não ser o olhar de rabo-de-olho.
Ao chegar ao vigésimo segundo andar, as portas metálicas em cor cinzenta se abriram para a sala ampla de cores claras e neutras, a frente estava a recepção e nela Duas secretarias que o encaravam com as de surpresa e ambição, seu cheiro era desagradável para o Youkai, pois o cheiro de desejo das humanas era mais forte para suas narinas sensíveis. Sara e Ana trabalhavam apara a Taisho's a três anos, eram discretas e totalmente precisas em seus serviços. Pelo menos isso.
A sala de espera possuía três sofás cinzas escuros, duas mesas de dejejum ao lado de quadros antigos de pinturas de cães brancos sobre o luar de luas novas, uma teve de sessenta polegadas, e as paredes de vidros são cobertas por cortinas brancas e meias transparentes. O lugar era aconchegante na medida certa e totalmente formal.
- A onde está a senhorita Taisho?. Perguntou jaken a alguma das secretarias que lhe explicava que a jovem se encontrava em seu escritório. Sem esperar por que avisassem de sua chegada, se dirigiu até o escritório e adentrou no local sem bater.
-Shippo, eu já disse vamos fazer a reunião no café! Estou cansada de olhar para essas paredes, juro que se tiver mais uma reunião naquela sala eu mato o primeiro que eu ver, no caso você. E lá estava sua Musume, os cabelos longos em cor chocolate soltos sobre o terno feminino preto, estava sentada sobre sua escrivaninha enquanto shippo estava sentado na cadeira atrás da mesa olhando para a mulher que insistia em teimar com ele, os dois não perceberam a presença do youkai, devido a sua discussão.
-Rin, já disse não e assim que as coisas funcionam. Suspirou - Podemos ir ao café depois da reunião, mas não vamos fazer a reunião naquele café
-Por que não? E o melhor café de Tóquio. Subiu suas mãos até seus quadris as deixando ali em uma posse autoritária.- Shippo eu não estou pedindo, estou lhe informando
-EU já disse que não Rinnata. Sabia que ela odiava ser chamada por seu nome completo, e a chamou assim para que percebesse que estava falando sério.
-Olha aqui Shippo, eu organizo as reuniões! E se você se meter nisso. Disse ao apontar o dedo indicador ao homem ruivo de olhos verdes.- você não toca mais em mim. Agora seu dedo apontava para si mesma.
-Rin Para de....
-Estou aqui a mais de dez minutos e nenhum dos dois me notaram?. Perguntou sesshoumaru ao pegar um copo descartável e colocar um pouco de café nele, os dois que antes discutiam agora estavam o olhando surpresos.- Então. Pôs sua mãos dentro do bolso da calça e tomou um gole do café extra amargo.- A onde e esse café, Rin?
-chichiue. Mesmo sendo um Dai-Youkai teve que se equilibrar, pois Rin em todos esses anos não tinha perdido o costume de pular em seus braços quando o via depois de uma grande viagem.- Ahh quanta saudade, o senhor chegou bem? Está tudo bem?. Rin em meio segundo se pôs a examinar seu pai, ver se estava machucado se estava em bom estado, até mesmo lhe perguntar se tinha se alimentado.
-Rin, deixa o Chichiue em paz! Não estávamos mais na Sengoku jidai. Disse shippo com um sorriso largo nos lábios olhando para seu pai.
- Rin, Shippo tem razão! Não estávamos mais na era feudal, está tudo bem. Rin o encarou por alguns instantes, como se estivesse checando se ele realmente estava bem.
- Se vocês dizem. Deu de ombros, e voltou seus olhos para o kitsune.- Shippo, vou ligar para a cafeteria e marcar a reunião, e não se fala mais disso. Rin saiu do escritório em passos leves e firmes.
-Muito trabalho, shippo?. Perguntou ao se sentar na cadeira enfrente ao kitsune, apenas a escrivaninha escura os separavam.
- Pergunta pela Taisho's, ou por Rin?
-Qual está dando mais trabalho?
-Rin. Os dois gargalharam com a fala do kitsune.- Chichiue, ter uma fêmea e bom! Mas Kami-sama....
- Rin tem o mesmo temperamento que sua Hahaue, não a culpe...
-E, agora que disse, Rin e exatamente igual a Hahaue. Um sorriso nostálgico surgiu nos lábios do kitsune.- Talvez se ela estivesse aqui, saberia lidar com essa confusão que somos eu e Rin...
-Talvez. Tentou parecer indiferente, poder a dor da saudade que sinto a de sua miko o delatava sempre.- Se ela estivesse, não só você e Rin serial diferentes. Mas tudo seria!. Fechou os olhos em sinal de desgosto pela sua ausência.- Mas ela não está, ela não quis ficar
-Chichiue. Shippo suspirou pesadamente, e se levantou caminhando em passos lentos até Sesshoumaru.- também sentimos a falta dela, acredite, hahaue foi a primeira pessoa a me amar e me mostrar oque e ter uma família. Pôs sua mão sobre o ombro do youkai.- Mas, nem mesmo a saudade me fez culpa-la por ter ido embora... Chichiue eu não..
- Eu não a culpo shippo. Coçou suas têmporas nervosamente.- Eu não a culpo, por nada... Só não sei como lidar
- Ainda a sente?
-Hai, a sinto, graças a marca. A certa de seis anos sesshoumaru voltou a sentir a ligação com a Miko, só que oque antes era algo prazeroso se tornou torturador para ele.
-Não consegue localizar-la?
-Não. Ela não permite! Mesmo que eu tente, ela não permite. Suspirou.- E isso que dá marcar uma Miko, ela pode escolher se a ligação deixará eu a encontrar ou nao... Mas, algo... Algo me diz que ela está perto.
- Chichiue, Talvez eu tenha que te mostrar algo. Sesshoumaru estranhou o simples mudar de humor do kitsune, em alguns segundos atrás o mesmo estava nostálgico ao lembrar de sua mãe, e agora parecia tenso.-Algumas das investigações, deram resultados....
-Voce... Você a encontrou?. O youkai sentiu seu coração dar espasmo e resistir a tentação de bater por alguns momentos, a teria de volta?
- não e nada certeiro, apenas uma mulher que anda sendo vista como o novo "símbolo" feminina do Japão, tenho que reconhecer que essa tal mulher e muito inteligente. Tem apenas vinte e três anos e já e reconhecida como uma das grandes empresárias e também impressiona por sua idade, porém, ela deve ter algum problema com fotos. Seu tom de branco e cauteloso passou a nervoso e ansioso.- não tem Siquer uma foto dela em todas as revistas, até mesmo quando seu nome saiu nas capas de revistas, a foto foi se um templo antigo de Tóquio. Suspirou.- não faz sentido, a reportagens falando da beleza da jovem, mas não há uma Siquer foto. Shippo se sentou em seu lugar novamente, debruçando sobre seu cotovelos com as mãos no topo da cabeça.- Não sei oque anda dando na mídia, para não divulgar Siquer uma foto da jovem
-Talvez ela só tenha bons advogados. Sesshoumaru pensou alto.
- Mas quem seria o filho da puta?. Exclamou ao retirar as mãos que antes massageavam suas pálpebras e encarar seu pai.- Só há um advogado que eu conheça que seja tão prepotentes assim! E faz anos que kouga não assumi uma causa, além do mais, o preço que aquele lobo cobra e....
- Mas por ela, faria até de graça. Afirmou o mais velho ao se levantar e ir pegar mais café.- Shippo, qual e o sobrenome dessa Mulher?
- Higurashi. Shippo abriu a página da revista e releu o conteúdo em segundos.- Sim, e Higurashi, Kagome Higurashi.
- Está fácil demais, para ser verdade!. Quantas vezes nesses milênios não procuraram por sua Kagome, e após tantas tentativas, tantas Kagome diferentes, agora parecia estar fácil demais para ser verdade. Quem garantia que não seria mais uma ilusão, quem iria garantir que essa nova busca não iria trazer dor novamente?
-Chichiue, vamos tentar! Estou com bom presentemento, só mais uma vez...
- Amanhã mandarei Jaken investigar, mas shippo? E a última vez!. Sesshoumaru cerrou os olhos ao encostar suas costas na parede, o ar parecia lhe faltar ao lembrar dessa busca insana.
- É a última vez Chichiue. Depois dessa tentativa, e talvez se não desse certo, nunca mais tocaria no nome de sua Hahaue. Sabia o quando é doloroso para seu pai quando não a encontravam, mas se a encontrasem - Sesshoumaru, se a encontrarmos?
- Oque há?
- E exatamente isso, oque há, e que você está casado a quase um milênio e meio, e se eu me recordo foi esse o motivo dela ir na primeira vez.respirou fundo.- Oque vai fazer com a...
-Primeiro veremos se e realmente ela, depois verei oque fazer.
O silêncio pairou sobre a sala ampla, os dois youkais se encontravam perdidos em seus próprios pensamentos, e nas lembranças doces da mikos.
Shippo se recordava da forma como ela o defendeu do InuYasha mesmo quando ele tinha roubado seus fragmentos. Kagome era sempre Assim com ele, amável, carinho, compreensiva o mimava sempre que podia.
Shippo se levantou vagarosamente, sabia que seu pai precisava de um espaço, e também sabia que ele mesmo precisava do espaço ou acabariam por discutir sobre o "belo" casamento de seu Chichiue.
-Shippo. Sesshoumaru ainda tinha os olhos fechados.-A onde está Rin?
-Creio que na sala dela, quer que a chame?
-Hum. Shippo o conheci ao ponto de saber diferenciar seus tipos de "hum" e esse era totalmente um "sim".
Shippo saiu da sala em busca de sua amada, pois a mesma tinha saído apenas para fazer uma ligação ao tal café, e até agora não tinha retornado. Shippo segui caminho pelo corredor largos das salas da presidência da empresa. O kitsune se desdobrava entre a contabilidade da Taisho's e a presidência da sua própria empresa que ficava ao lado.
Um cheiro salgado invadiu suas narinas o fazendo sentir um certo desespero, era o cheiro das lágrimas de Rin, seus passos se apressaram ao sentir o cheiro. Ao chegar a porta da sala de Rin teve a certeza que ela realmente se encontrava aos prantos.
-Rin. O desespero em sua voz era palpável.-Minha Hime, oque houve?
-E ela shippo. Seus soluços a atrapalhavam, e pra desespero do kitsune ao falar a palavra "ela" o Chrome aumentou.- É ela amor, ela voltou
-Ela quem minha Hime?. O kitsune se ajuelhou aos pés da mulher que tampava seu rosto com as mãos que se encontravam molhadas devido ao chorro.-Hime, me conte! Quem e ela?
-A... A Hahaue shippo. Seu corpo estremeceu ao ouvir a frase.-A hahaue shippo
-Rin, pequena, oque tem a Hahaue?. Perguntou apreensivo.
-Eu, eu, Shippo... Eu falei com ela. Suas forças o abandonaram por algum instantes que pareceram eternos para o kitsune.- Totosai-sama estava certo, e ela shippo, encontramos a hahaue.
Os dois jovens se abraçaram, os dois se viam em prantos ao saber que enfim iria encontrar sua mãe depois de tantos anos, depois de tanta saudade, de tanta falta.
Horas antes.
-Kouga, está me ouvindo?. Questionou a jovem de olhos achocolatados.- Kouga, você está muito estranho.... Por acaso. Os olhos do Okami se encontravam arregalados, em sua face sua expressão o denunciava, ele sabia. -kami-Sama kouga...
- Filho da puta, você sabia seu lobo sarnento. Bravejou o kitsune que tinha suas mãos em um punho fechado com força de tal forma que se não estivesse em sua forma humanoide suas garras o iriam ferir.- Por Buda Kouga, se explique antes que eu decida te jogar janela abaixo. Seus dentes rangiam, suas veias saltavam, não acreditava que o Okami estava escondendo sua mãe.
-Ela não queria ser achada. Deu de ombros.- quando a encontrei, e falei sobre Sesshoumaru, ela entrou em desespero e me fez jurar
-ELA não queria saber DELE, mas a MIM sim. O kitsune se controlava para não gritar.- tem noção que eu fiquei meio milênio sem minha mãe, e você a achou e a ajudou a se esconder de mim. Suas veias saltavam, seus olhos se encontravam em um vermelho cereja, estava se controlando para não arrancar os órgãos do Okami só pra ter o prazer de o ver sentir dor
-Kouga, por quê? Por que ela não queria ser achada? Ela.... Ela não sente nossa falta.?Perguntou Rin em um tom tristonho que fez os ânimos dos dois youkais se acalmarem.
-Rin, eu não posso contar o por quê! Preciso que vejam, mas em resposta a sua pergunta. Respirou fundo.- Aquela teimosa pergunta de vocês sempre!. O Okami ajeitou o colarim da camisa social azul escura e olhou para o kitsune que parecia mais lúcido.- Shippo, não posso te explicar, você precisa ver! Mas em nenhum caso, conte a ele. Seu tom era autoritário.
-Não irei precisar, daqui trinta minutos teremos uma reunião no café. Indagou ao massagear as têmporas.-Rin marcou uma reunião no café...
-MERDA.
O Okami saiu porta a fora a passos firmes e apressados, a tenção e preocupação vinda dele era palpável. Sem muito oque pensar o kitsune se pos a correr atrás do Okami, mas antes disse pra Rin não contar nada para Sesshoumaru e agir naturalmente, oque parecia difícil devido que o rosto da jovem estava marcado pelas lágrimas e seus olhos se encontravam em uma tempestade de emoções.
Tinha poucos minutos para pensar, precisava de uma estratégia para distrair o Inu que como de costume era pontual até demais. Em meio a caminho encontrou com Ayame que segurava uma pasta de documentos sobre a sociedade, e ali achou a solução para a distração. Sem dar explicação para sua esposa o Okami passou as instruções para a Okami distrair o Inu pelo menos quinze minutos.
................
-Sesshoumaru espera, ainda não terminei. Exclamou Ayame.
-Oque quer agora, Hein? Já assinei todas as autorizações para o transportes dos armamentos, também as importações, já revisei o contrato do novo sócio é todas as merdas de papeladas que pôs em minha mesa, também já concordei com a POHHA do evento pra comemorar o aniversário de duzentos e oitenta anos da empresa, oque caralhos mais você quer?
- Que mal humor, em? Só queria te pedir para revisar o contrato da Waller tecnológic, nós tivemos um...
- POR BUDA AYAME, cale a pohha da boca e me deixe em paz! Já não basta a merda da reunião que vou ter com teu marido, você ainda vem dar uma de secretária?. Sesshoumaru em nenhum momento parou sua caminha de passos apressados até o café, já estava atrasado, vinte minutos atrasado. Erro que ele nunca cometia
Ao chegar no café sentiu um cheiro que fez sua alma se remexer em angústia e nostalgia, era de rosas brancas molhadas pelo orvalho, apensar de também sentir o cheiro doce de café e Sakuras bancas misturado ao belê arromba famíliar, mas mesmo assim o cheiro de rosas se destacava, aliás gritava para sua ferra que rugia em resposta. Ela esteve aqui
Oque o impressionou ao adentrar o elevador e que cada canto do local tinha seu cheiro, era como se ela tivesse espalhado sua essência por todo o café. O cheiro o inebriava completamente, roubando sua concentração, atenção e sanidade. Segurou o impulso de apertar o pescoço do rapaz ruivo que se dominava o cheff que os serviria, ele exalava excessivamente a rosas, junto a humana de cabelos castanhos, porém ao se concentrar mais, percebeu que até mesmo o aroma de rosas era distinto ao de antes, antes era jovial, doce excessivamente doce e ao mesmo tempo suave. Esse por sua vez era doce na medida certa, calmo porém marcante e fértil, não como se ela estivesse no cio mas sim o cheiro de uma fêmea Madura, oque o deixava mil vezes mais excitado, sua miko agora e mulher. Mas por que esse cheiro? A saudade, a falta dela o estava enlouquecendo a ponto de sentir cheiro dela como se realmente estivesse ali
Sesshoumaru se concentrou e tentou sentir a marca, saber onde ela estava mas mais uma vez ela o repeliu não o deixando a sentir. Isso o irritou
A reunião segui normalmente na sala ampla de cores claras e neutras em marrom claro e dourado, com alguns objetos de cores vivas em vermelho, enquanto os sócios se jogavam aos seus pés a busca de patrocínio e sociedades ele apenas bebia seu chá quente adoçado em mel, assim como ela o ensinará a milênios atrás. Mas para seu incomodo sua esposa se encontrava sentada a sua esquerda, lugar que era de Rin, porém algo a faz crer que é mais importante que sua Musume, já shippo sentado a sua direta estava alheio de tudo e qualquer coisa, tinha os olhos fixos nos azuis do Okami, oque o intrigava. Havia algo no ar, e seja lá oque fosse estava causando ira e tristeza em seu filhote. Coisa que nunca fora normal para o kitsune
Observou que seu chá tinha acabado, com desdém requeriu por mais da bebida quente para a humana de olhos de avelã. A mesma o olhava com desaprovação, com indignação. Qual o problema da humana? Iria questionar-la, se realmente se importasse com os sentimentos de um Desconhecido.
Porém, seu instinto gritava para que prestasse atenção na humana. A viu ir até o interfone próximo a porta de entrada que era de correr em madeira custica, lembrava as casa moteranhas da Inglaterra.
-Tomoe?.... Não amor, eu gostei de saber que você está aqui. Sua voz não passava de sussuros.- A Ka-chan?. Nanami olhou de relance para o youkai que fingia estar alheio a conversa.-Ok, a mantenha distraída.. só a mantenha distraída, depois conto oque houve.... A, por que foi no mercado?.... Entendo... Ae, liguei por que preciso de açúcar e mel, poderia trazer os potinhos de vidro pra mim?.... Sim e urgente, não vai levar nem cinco minutos Tomoe, suas pizzas não vão queimar... Ok, ok.... Obrigado querido.
-Nanami está tudo bem com a Sakura?. Perguntou o rapaz ruivo
- pelo que Tomoe disse, não se lembra nem de relance desde renomado cliente. Os dois sussurravam como criminosos em meio a um sequestro. Mas não e isso que intrigava o youkai e sim ter ouvido Ka-chan, se recordava que a antiga amiga da miko a chamava assim quando a via nas tardes que a miko dedicava para a visita ao vilarejo.
-Chichiue, está tudo bem?. Perguntou Rin que estava sentada enfrente a Sesshoumaru, em um toque calmo suas mãos acariciaram as mãos firmes e fortes do mesmo.-O senhor está sério demais, até mesmo pra você Chichiue
-Esta tudo bem Rin
-Não e oque parece.... Chichiue se quiser podemos ir em...
-Rin, está tudo bem! Apenas tédio. Disse sério olhando para a porta de entrada, algo o intrigava.
-chichiue?. Rin chamava sua atenção mais uma vez, porém em resposta ao teve um "Hn".- Deveríamos conversar Chichiue, mas precisa ser a sós....
-a. Sós.?
Rin o olhava com ternura e aprecio, esse olhar de Rin, amável porém repleto de segredos o assombrava a última vez que o olhará assim, foi quando o contou sobre seu amor antigamente platônico por shippo. Então sabia, sabia que talvez nessa conversa coisa boa não viria, ou talvez algo que o preocuparia.
Seu corpo se pôs alerta, sua ferra rugiu e se pôs em posição de ataque. As palpitações do seu coração se tornaram pesadas agoniantes, dolorosas, dolorosas demais. Suas orelhas agora em forma humanas estavam agitadas e com sua audição pode ouvir o barulho da chegada do elevador ao andar, passos leves e distraídos aqueceram seu coração e o fizeram ficar ansioso, de tal forma que se não fosse dono de si e de suas atitudes, roeria suas unhas compulsivamente.
Olhou para seus filhos e percebeu que os mesmo estavam em total alerta, até mesmo Jaken o olhava com os olhos arregalados, algo estava para acontecer.
O barulho baixo de vidro se rompendo em cacos soou baixo pelo cômodo, não passando despercebido para os mesmo. Até mesmo a humana de olhos avelã o ouviu, e sem alguma cerimônia abriu a porta com repleta preocupação.
-Santo Buda. Exclamou a humana ao fechar a porta atrás de si. De todos Kouga era o mais alterado, se levantou de forma apreensiva e se dirigiu a passos largos para a porta em uma velocidade desumana, apenas se virando para se pronunciar
-como licença senhores. Porém o mesmo não fechou a porta totalmente, apenas a encostou e com uma brisa leve o cheiro de rosas invadiu sua narina.
Ouvia quatro coração baterem porta a fora, mas somente dois chamavam sua atenção; O primeiro batia compulsivamente, como se o sangue tivesse virado água e o órgão estivesse em desespero a procura do líquido avermelhado pois sabia que não iria resistir por muito tempo; Já o outro batia sutilmente, calmo e sereno aos ouvidos do youkai pareciam uma canção bela e distinta como se sua alma precisa-se ouvir o batimento do mesmo o dia todo.
HIROO. gritou a voz feminina
..................
Kagome chegou ao café com Henry no colo que segurava firmemente seu "Presente", um livro de colorir de vinte páginas que vinha com um kit de uma caixa de lápis e uma de canetinhas, claro que ele não esqueceu de seu "imão" que iria adorar pintar com ele enquanto comiam pizza.
A Miko por um lado tinha se esquecido totalmente das dores de cabeça que um certo cliente lhe trouxe, se sentia animada, seria uma noite agradável para ela e seu amigos. As noites da pizza eram de total descontração e diversão, até mesmo Kouga participava muitas vezes e esses dias sempre rendiam boas histórias e risadas.
-Cheguei. Disse ao por as sacolas sobre o balcão.- Sete refrigerantes, um fardo de cerveja e alguns salgadinhos, está bom pra você?. Henry desceu do colo de sua mãe totalmente ansioso para encontrar seu irmão.
-So um fardo? Acho pouco, da última vez Misao tomou um sozinho
-Misao e nível bebum Tomoe, não dá pra comparar não é?. Deu de ombros.- Se ele quiser mais, pôs que vá comprar...
-Mamae?. Henry puxava o jeans largos de sua mãe em total ansiedade, não tinha encontrado seu irmão, aguardou pelo olhar de sua mãe e quando o teve.- A onde está o imao? Henry não achou
-Querido eu...
-Henry, Hiro está com Nanami, já que ele volta. Disse Tomoe em tom calmo.- Nanami ligou e pediu para levar açúcar e mel para ela, e Hiro pediu para levar, como ele sempre leva não vi mal nisso...
-Hiro está com Nanami?. Questionou a miko, sentiu que algo estava errado, estava se esquecendo de algo.- A onde está Nanami?
- Ué, trabalhando! Na sala três...
-A sim, sala três. Tentou puxar na memória oque tinha esquecido, bom não tinha nada demais, Hiro adora ajudar principalmente quando ele pode se sentir útil e se estiver ao lado de sua amada Nanami, já que ele mesmo era grudado com sua amiga, então não tinha mal não é? Oque poderia ter de errado na sala três? E foi exatamente ai que sua memória veio a tona.- Kami-sama Tomoe, a quanto tempo o Hiro está lá?
- Tempo? Ah, Hiro acabou de entrar no elevador, atento que mais um pouco e você o en... Ei kagome, a onde vai correndo?
-Escadas! Preciso subir as escadas. Disse sem olhar pra trás.- Tomoe fique com Henry, e não o deixe subir. Olhou pra trás a procura dos olhos castanhos.-Por nada. Ao ver a afirmação de Tomoe em um simples balançar de cabeça se pôs a subir os degraus sem sequer se preocupar em pegar fôlego, nada a deteria, nem mesmo seus pulmões sem ar, ou suas pernas, precisava garantir a paz de seu pequenos.
Seu coração se apertou, seu instintos de mãe gritavam para correr mas depressa pos seu filhote precisava dela, precisa de seu colo.
O som de vidros quebrados invadiu seus tímpanos, e junto a ele a adrenalina em suas veias lhe deu o impulso para chegar ao terceiro andar como se apenas tivesse dado um pulo.
Seus olhos percorreram o chão de piso frio branco, que agora tinha pontos brilhantes junto a uma área branca cintilante junto a um líquido amarelo. Seus olhos avistaram o tênis branco com o símbolo da Nike em preto, tamanho 18 era seus pezinhos. Então o viu, e mais uma vez seu coração acelerou e pesou.
Os cabelos que batiam no ombro em um cinza escuro estavam em uma dança agitada no ar, sua pele ardia em contato com o youki do pequeno, não a repelia apenas era forte demais para um filhote.
-Mama?. Perguntou Hiro ao se virar em uma voz dengosa e temerosa.- Desculpa mamãe, Hiro não queria quebrar o vasinho
E foi quando seu pequeno virou que ela viu, seus olhos que sempre eram de um azul caribé estavam em carmim brilhante, em sua testa brilhava a lua crescente em azul escuro, as estrias vermelhas se faziam presentes em suas bochechas. Duas de cada lado, marcantes, enquanto o pequeno falava pode ver seus caninos brancos que estavam se destacando do restante da arcaria dentária.
-Mama. Kagome se aproximava em passos lentos, não o queria assustar.-Mamae está brava?. Perguntou ainda temeroso
-Não pequeno, mamãe não está brava
-mas Hiro quebrou...
-Não tem problema, mamãe compra outro.
-Mas Hiro não queria quebrar. Disse indignado consigo mesmo.-Hiro queria ajudar mama. Tsuhiro erguei o olhar em busca dos azuis escuros de sua mãe.-Hiro não queria quebrar mamãe
-Querido? Está tudo bem, o importante e que você está bem. Disse com calma, ao chegar a passos de distância perto kagome viu a porta da tão temida sala três se abrir, e graças a Kami-sama era um rosto conhecido e reconfortante. Nanami
-Hiro meu amor, você está bem?. Nanami soava assustada, mas nada que fosse perceptível para o pequeno.
-Hiro quebrou. O pequeno ainda se sentia indignado com sua "artimanha"
-Ei está tudo bem?. Perguntou kouga ao sair pela porta.- Ka, você precisa acalma-lo. Hiro por sua vez encarou o Okami como se fosse um invasor, e então kagome percebeu oque o incomodava, o ciúmes Kouga nessa visão era visto como um macho que se aproximava de sua hahaue, e mesmo que o pequeno tenha afeto pelo Okami ao se transformar não o veria com afeto nenhum.
-Kouga, Ele te vê como ameaça. Afirmou em um tom ameno e calmo.- Não da pra ficar.... HIRO. não teve tempo, o Yoki do pequeno cresceu tanto que o pequeno corpo do filhote não foi capaz de suportar.
Tsuhiro caiu nos braços de sua mãe, que tinha lágrimas nos olhos em desespero pelo estado do pequeno, sabia que esse dia iria chegar, mas não estava preparada para o tal dia. Pois o esperado era isso acontecer apenas na adolescência ou na pre-adolescencia, pois sua gravidez já fora terrivelmente assustadora nessa questão, mas agora seu pequeno estava ali, em seus braços desacordado.
-Miko. Não deu tempo de pensar seu corpo adquiriu uma tremedeira que a fez pensar que estava ocorrendo um terremoto de nível oito na escala de riscos, sua espinha foi tomada por arrepios sombrios e seu peito se inflou, o ar não passava por suas narinas, porem podia sentir seu peito descer e subir, mas ainda não parecia respirar.
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