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História Naruhina em : "GORDELICIA" - Infancia e fundamental - História escrita por Hina_2020 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Naruhina em : "GORDELICIA" - Infancia e fundamental


Escrita por: Hina_2020

Capítulo 2 - Infancia e fundamental


Fanfic / Fanfiction Naruhina em : "GORDELICIA" - Infancia e fundamental

Hinata Hyuuga é uma garota simples, vem de uma família de formação meio mista nos costumes, sua mãe Hannah, é americana, seu pai é de origem japonesa, se conheceram quando ele se mudou para america com a família, então aqui se tem muitos hábitos diversificados, diferentes do oriente.

Ela é a filha caçula da casa, tem um irmão mais velho chamado Neji Hyuuga, ele sempre foi o queridinho do papai, um prodígio nas artes marciais, ganhava todas as medalhas em competições, seja pela academia de seu pai ou pela escola com ajuda do professor que sempre lhe considerava.

Hinata ao que diz, desde que se entende por gente, vive de dieta e vive ouvindo seu pai dizer: 

 — Assim você não chegará a lugar algum, será um fracasso, só vive para comer, assim você nunca terá uma família, isso se não morrer de infarto antes disso acontecer. Ele vivia por dizer que bastava fechar a boca e malhar que tudo mudaria, falam "os especialistas" de plantão que reproduzem as balelas que ouvem no telejornal local, aí já sabem, ansiedade vinha com tudo, ela chorava e comia ainda mais, talvez ele até tivesse boas intenções e só não soubesse se expressar, mas ao invés de ajudar, piorava o que já estava ruim, sua mãe dizia para ela não aceitar isso, mesmo que venha de boa vontade, porque esse tipo de gente bem intencionada, o inferno já estava cheio. 

Hannah era sábia, apesar de nunca ter frequentado uma universidade. As pessoas precisam entender que a obesidade tem diferentes causas, nos afeta de diferentes formas e todos acreditam que sabem o que é melhor para você, e não, não sabem, pode acreditar, a não ser que você seja da área, endocrinologista, uma nutricionista talvez.

Ela ouvia calada, engolia a seco cada palavra, cada gracinha, bem intencionada ou não, aí vocês se perguntam: 

— O que você fez para mudar sua condição? — Sua resposta era sempre a mesma: NADA, apenas corria para o seu quarto e chorava, era sempre assim, chorava muito e cada vez que ouvia isso, ela acreditava, e não foram poucas, acreditem, mais e mais aquilo se tornava a sua realidade, mesmo que sua mãe dissesse o contrário, que ela era sua princesa, que era linda, mas a realidade que chegava aos seus ouvidos, lhe dizia coisas muito diferente: "Gorda", "feia", "anormal", "monstra", era assim que se via no espelho, foi assim por um bom tempo, acredite, isso tem jeito!

Alguns com terapia, outros com pessoas boas que lhe apoiam, Hinata era amante da boa leitura, lia muitas estórias infantis, sua rota de fuga, sonhava um dia ser como elas, as princesas dos livros, qualquer uma, linda, com um príncipe encantado salvando-lhe de tudo de ruim desse mundo pavoroso e cheio de neuroses.

Mas infelizmente existem pessoas como nos livros que são verdadeiras "bruxas", maltratam e humilham sem nenhuma dor na consciência. Um certo dia no jantar tinham uma visita, a vizinha com sua filha e seu marido, era amiga de sua mãe, e a anos não se viam e agora moram pertinho, coincidência, senhora Tsunade Senju, ela é médica aqui do posto de saúde do bairro e do Hospital geral, seu esposo é escritor, perguntei se eu poderia ler suas obras, ele riu, — Você gosta mesmo de livros, não é mesmo? Mas anos depois descobri porque eu não poderia naquela época, o danado era escritor de livros erótico, putaria das boas, se é que vocês me entendem, e o danado era bom nas entrelinhas.

A filha do casal Senju, era uma garotinha bonita de olhos verdes e cabelos róseos, ela era bonita, como as princesas dos livros, mas também cruel, pode se dizer, falou para sua mamãe quando chegou a mesa, que já havia lido cinco livros de estórias no mês, suas notas eram impecáveis, como sempre.

Tsunade perguntou-lhe: — Hina querida, você gosta de alguma obra em específico? 

Ingênua como era logo respondeu: — não, são tantas estórias maravilhosas e todas tem lindas lições de vida super interessantes, eu seria qualquer uma delas, tia Tsu, — Falou alegre ...

A sala estava em silêncio durante o jantar, foi quando todos ouviram um riso ao fundo da mesa.

— Você não poderia ser nenhuma delas, — disse Sakura, que segurava a barriga de tanto rir.

A pequena Hyuuga perguntou inocentemente:

 — Porque não? — Todos à mesa esperavam alguma gentileza por parte dela, já que ela estava em casa alheia.

Faltou bom senso, e Sakura não parou ali e direcionou sua fala infeliz e grosseira à perolada: — Você conhece alguma princesa gorda? Olha pra você garotinha, você é balofa e desajeitada, estranha, não tem amigos e ninguém gosta de você.

“Desagradável, sem noção ou só maldosa”, pensou a mãe, olhando a filha fazer um vexame tremendo diante de sua melhor amiga.

"Caralho, queria um buraco para enfiar minha cabeça". Pensou a loira Senju.

Naquele instante Hinata saiu da mesa literalmente correndo, nem havia começado a comer ainda, não tinha mais clima, ela largou tudo e foi chorar sozinha, sua mãe veio triste e a abraçou, pedindo para ela não se importar, pois era linda como uma boneca de louça, mostrou meu rosto bonito no espelho, ela tinha grandes olhos de lua, pele muito branca, bochechas rosadas, mas isso não mudou sua opinião, se virou para Hannah e disse: — Olha bem para o meu corpo mãe, a garota de cabelos róseos tem razão, nenhuma delas são como eu... — Eu sou uma "coisa feia", mãe, ninguém vai me amar. Sua mãe estava de olhos marejados, pois não sabia mais como ajudar sua filha, ela não conseguia ver a realidade, o quão linda era, gentil, bondosa e muito carinhosa, não merecia nada disso.

Tsunade nem teve coragem de permanecer ali, deixou seu esposo com Hiashi e arrastou sua filha aos gritos pela casa, cheia de vergonha e pena de Hinata, mas ela não desejava a pena das pessoas, só queria que elas a respeitassem e a aceitassem como ela era, assim, gordinha…

Hinata perguntou-se por anos, o porquê, porquêeee? Nunca teve respostas para nenhum dos questionamentos que se fez durante a maior parte de sua vida .

Mas isso era normal, nada do que ela já não escutava na sua própria casa, seu pai até tentou falar algo, mas foi abruptamente interrompido por sua mãe: 

— Escute aqui Hiashi Hyuuga, acho bom você a partir de agora falar direito com nossa filha ou mesmo amando você, eu o jogarei porta a fora desta casa e da minha vida, sem perdão.

— Mãe, não fale isso! 

— Não o defenda, Hinata, Já deu pra mim e o mesmo vale pra você, Neji Hyuuga, — freiem sua língua ao falar com a Hina ou não respondo por mim, vocês estão me ouvindo? Apontou com o indicador, estava furiosa.

— Mas…

Tentou falar o patriarca, mas ali a última palavra é de Hannah. 

— Shiuuu.... calado, — Falou a matriarca para o primogênito e para o pai principalmente, disse olhando nos olhos deles, você destrata nossa filha como se fosse uma anormal, ela é inteligente, linda e está sim acima do peso, nada absurdo, nada que possa prejudicar a saúde, mas e daí? Isso não a torna diferente das outras garotas, ela é especial, bondosa, super inteligente e só quer a merda do SEU reconhecimento, seu idiota, ela dedica 100% da existência dela para te agradar e ao moleque do nosso filho que só sabe por apelidos e zombar dela 24h do dia, quando pode.

— Cansei de ver tudo calada, vocês estão proibidos, ouviram bem…

— Sim mãe, me desculpe!

— Não é pra mim que deve desculpas, rapazinho. — Disse Hannah.

Ele pensou em tudo que sua esposa havia lhe dito e em como poderia ajudar Hinata, tentou levá-la para treinar com ele e Neji, ela era boa em tudo que fazia realmente, percebeu ele, mas não era isso que ela queria, ela tinha um sonho e ele sabia disso, cantar!

Hannah freqüentava a igreja das nações, la ela aos poucos colocou Hinata no coral da igreja, o pastor ficou impressionado com a voz da garota, era a realização para Hinata, ela se sentia de bem consigo ao ouvir elogios da sua voz, talvez fosse o único lugar onde tinha verdadeiramente paz.

“Quem sabe Deus não me ajuda a realizar meus sonhos”. Pensava ela.

Lá não a julgavam pela sua aparência, lá ouvia a palavra, fazia alguns amigos, um pouco estranhos às vezes pelo excesso de proibições, mas no geral, ouvia pessoas que apreciavam sua conduta moral, sua alegria de estar ali e da educação ao tratar as pessoas como iguais.

Sua mãe era uma grande cozinheira de um dos homens mais ricos do estado, o senhor Minato Namikaze, sua esposa era dona de uma das escolas mais conceituadas do país, era escola de ricos, mas senhora kushina tinha grande admiração por Hannah e presenteou a Hinata e Neji com bolsa de 100% das mensalidades e ela ainda arcaria com os livros da instituição que não eram nada baratos. Se a pequena Hyuuga achava sua vida uma piada de mal gosto, então a partir daí tudo ficou muito, muito pior.

No primeiro dia nessa escola Hinata e Neji foram deixados por seu pai na porta da escola, uniformizados e com as devidas mochilas nas costas, logo Neji fez amizades, ela, ah! Ela continuou como antes, o de sempre, isolada, se sentiu ainda pior, diferente de antes, ela agora tinha ainda mais receio do que poderia vir, agora além de gorda, era bolsista, a festa das patricinhas sem coração.

No início dava para se esconder, mas no momento que ela se tornou destaque, a melhor aluna da sala e da escola em notas, logo virou alvo, daqueles bem grandes nas costas, alvo de piadas grotescas de gente absolutamente sem noção, Hinata não tinha forças para se defender, para sair desse buraco negro que a engoliu.

Um dia estava embaixo das enormes árvore que tem no pátio da escola, era intervalo, estava apenas lendo um livro de romance desses bem clichê, água com açúcar como dizem por aí, e gratuitamente duas garotas, uma loira de olhos lilases chamada Shion, filha de uma magnata e uma ruiva chamada Karin, sobrinha da dona, tomaram o livro e começaram uma sessão humilhação totalmente gratuita:

— Só lendo mesmo, — Disse Karin, na forma de deboche.

— Quem vai querer você, baleia encalhada? — Continuaram a humilhá-la com termos pejorativos desnecessários: rolha de poço, barril de saias, bola 7, — disse Shion rindo e proferindo seu ódio por Hinata.

Elas a chamavam do que queriam, faziam o que queriam, simplesmente nada acontecia, ninguém se compadecia da sua dor, afinal de contas era só "brincadeirinha" e saíram gritando: — Você é ridícula sua nerd, se olha no espelho, garota feia — Foi a vez da ruiva ofendê-la.

Como se não bastasse toda humilhação sofrida com aquelas palavras ofensivas, para piorar, ela ainda jogou o seu livro no chão, "o que eu fiz a elas? Se perguntava se sua humilde presença ofende as pessoas. Devem estar se questionando agora, Hinata apenas chorava? Não reagia? Mas nessa hora já cabisbaixa a Hyuuga esperando outra ofensa, viu foi uma gentil figura pegar seu livro e a entregar-lhe, apenas disse: — Não liga pra elas, vai dar tudo certo, ele piscou e saiu com sua mochila nas costas.

"Eu acho que príncipes encantados existem", foi o que pensou quando olhou nos olhos dele e o viu sorrir para si, ele é o tipo do carinha perfeito, loiro, alto, algo em torno dos um metro e noventa, olhos azuis, sorriso enlouquecedor, corpo bem definido, desde então ela o acompanha com os olhos. 

Não pense que nossa amiga Hinata desejou tê-lo como algo mais que amigos ou em algum momento ela os imaginei juntos, não, não acreditou nisso nem por um minuto, se sentia pouco demais para aquele ser de exalava luz própria, lindo como os príncipes da Disney.

Passou o ensino fundamental dessa forma, fugia das garotas que faziam bullying consigo, olhava Naruto a distância, "comia" livros, pois eram sua rota de fuga da sua dura realidade.

Algumas vezes ela quis contar para sua mãe, mas não queria causar problemas pra ela, poderia se defender usando artes marciais, mas também seria outro problema, correria risco de perder a bolsa, sendo expulsa por agressão, nunca acreditariam nela, fora a decepção que daria a única pessoa que realmente parece lhe amar, então resolveu aceitar o seu destino calada, seria esses os desígnios de Deus pra ela? Mas essa resposta só foi respondida muito tempo depois e tudo ficaria claro como água cristalina na fonte. Quando de alguma forma soube, quis compartilhar essa história com vocês.

O tempo passava e via seu irmão se dando bem, ficava verdadeiramente feliz por ele, era o querinho de Gai, o professor de educação física, ele tinha muitas fãs pela escola, não era pra menos, garotas que disputavam e suspiravam pelos corredores da escola por Neji Hyuuga, chegou ao ponto de algumas meninas caras bem caras de pau se aproximarem só para conseguiram telefone, informações dele, mas depois pelas costas, ela voltava a ser só a cega, gorda ou a nerd idiota, ouvia isso pelos corredores, pela frente ou em piadas dentro da sala contadas pelos engraçadinhos de plantão, toda sala tem: Os populares, as tímidas, a turma do fundão, os nerds, e os piores, os piadista, sejam eles escroto ou não, sempre tinham uma anedota pra contar.

E foi assim nessa vida sem graça que ela entrou no ensino médio, completamente desacreditada em si mesma, como mulher ou como pessoa, sabia da sua inteligência, mas da capacidade de se amar, de se ver linda como "pessoa normal", essa visão não existia e se em algum momento ela pensou nisso, esse sentimento de amor próprio foi massacrado, pisoteado e praticamente não existia mais o pouco que insistia em nascer.

Podem se questionar, como ela se via? A resposta era óbvia, infelizmente era exatamente como meus algozes diziam, uma gorda, nerd e sem rumo, como sonhar com a fama na música se as pessoas querem apenas o belo e ela nada tinha a oferecer!

A cidade onde morava era de porte médio, São Francisco, e apesar de tamanha ignorância das pessoas, ainda ultrapassa qualquer barreira, mas no fundo Hinata sabia que mudar isso, só depende de nós mesmos, pensou decepcionada pois não encontrava forças para sair do buraco em que se encontrava.

“Como sair 

disso”? Se questionava e nunca tinha respostas.




Notas Finais


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