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História Nate - O Pequeno Espírito Guerreiro - O Conselho manda Joshua à caça - História escrita por Jasmine10k2 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Nate - O Pequeno Espírito Guerreiro - O Conselho manda Joshua à caça


Escrita por: Jasmine10k2

Capítulo 8 - O Conselho manda Joshua à caça


— Você é um pé no saco hein garoto. — resmunguei ao entrar no trailer

Nate não disse nada, apenas deu de ombros.

— O padrinho vai dar uma força para gente?

— Sim, as runas da estão ativadas. — respondi. — Nate, antes de irmos. Eu gostaria de pedir para manter todo esse negócio de ser um guerreiro dos espíritos em segredo por enquanto.

— Sim, senhor.

— O que significa não dizer não dizer nada para a Charlotte. — Charlotte era vizinha de Nate no tempo em que ele vivia em Forks, eles eram amigos.

— Eu entendi, senhor.

Senhor

Nate estava me chamando assim desde a última noite, significava que ele estava chateado comigo. Um comportamento infantil e previsível vindo dele, era a maneira dele de expressar sua raiva. Logo passaria e ele voltaria ao normal. Ele era uma criança, crianças são feitas de fases e e momentos, assim que a poeira baixar tudo ficará bem de novo.

— Bom. — proferi.

— Forks, aqui vamos nós. — eu o ouvi murmurar.

Dei partida no carro e em segundos eles estavam em Forks.

A Cidade de Forks

Te dá boas-vindas.

Nate abriu um enorme sorriso ao reconhecer a vizinhança dos meu avós, estávamos finalmente chegando. Estacionei em frente a uma casa pintada em um azul desbotado e buzinou algumas vezes.

— Eles chegaram! — Ouvi Charlotte gritar de dentro da casa.

— Acho que alguém sentiu sua falta. — brinquei.

Nate não me respondeu, desceu do carro em disparada na direção de Charlotte, Liz e seus avós.

— Nate! — Charlotte praticamente pulou nele o abraçando. — Por que demorou tanto para chegar? Estamos esperando vocês desde de cedo, já está de tarde!

— Oi Lottie! Como soube que eu viria?

— Seu pai ligou ontem à noite.

— Ah que pena. — Eu o vi olhar para mim de relance. — Eu estava pensando em fazer uma surpresa.

— Bom, talvez na próxima vez. — Deu de ombros. — Trouxe alguma coisa para mim? — perguntou Charlotte, cheia expectativa.

— Sim.

— Você mal chegou e a Charlotte já está te cobrando presentes?

— Ela nem disfarça. — Liz o abraçou.

— Bom ver você Nate. — Ele sorri para ela. — Cadê o sem noção do seu pai?

Liz era uma mulher negra, alta e muito magra, seus lábios eram grossos e seus olhos e cabelo castanhos, liso e longo indo até a metade das costas. Assim como Damian, Liz era uma bruxa. Nós nos conhecemos por meio de Damian que era amigo de Liz muito antes de nós nos conhecermos. Confesso que a princípio não nos dávamos bem. Eu era arrogante e Liz tinha um certo complexo de superioridade quando lidava comigo. Com o tempo aprendemos a conviver e até mesmo nos tornarmos amigos.

— Eu trouxe doces. — falei, saindo do trailer várias sacolas em mãos. — Damian que os mandou. — Charlotte correu até mim. — Esses são para você e sua mãe, esses são para você e Nate dividirem e esse aqui é para Jen e Phil.

— Obrigada tio Josh! — Charlotte recebeu os doces alegremente e saiu saltitando para dentro da caso dos meus avós.

Charlotte era uma garota mestiça de olhos claros e cabelo castanho cacheado bem cheio, melhor amiga de Nate e um garotinha muito encantadora. Seu pai era um nativo da região que acabou falecendo durante uma viagem mal sucedida enquanto trabalhava nos barcos de pesca.

Não demorou muito para que meu filho fosse atrás de Charlotte dentro da casa dos avós. Inicialmente Nate e Charlotte eram amigos porque Liz e eu éramos amigos, mas aparentemente o laço que aqueles dois tinham era muito mais forte do que qualquer relação que eu tenha construído com Liz nos últimos anos.

Nate adorava Charlotte, ela era de fato adorável. Porém, desde de o dia em que eles de fato se conheceram o jeito o qual Nate a tratava, como olhava para ela era totalmente diferente de como ele fazia com qualquer outra pessoa. Talvez nem mesmo o próprio Nathaniel percebesse isso, a maneira como o fato de Charlotte estar por perto o deixava tão mais vivo, mas eu percebia. Me lembro do dia em que se conheceram os olhos arregalados de meu filho quando a viu pela primeira vez.

Havia algum tipo de adoração vinda de Nate. Eu suspeitava de algum sentimento platônico da parte de meu filho, apesar de nunca termos falado sobre isso.

— Eae cabeção? — Liz me abraçou. — Como está o Damian?

— Oi Liz. Damian está ótimo, acabamos de vê-lo.

— Eu sei.

— Tem um colar de lobo pendurado no pescoço do meu neto. — Foi a primeira coisa que Jen disse ao me ver, ela andou apressadamente até mim segurando a barra da enorme saia que usava.

— Eu estou bem também Jen, obrigada por perguntar. — disse sarcástico. — Sim, você notou isso.

— Eu não perguntei se você está bem, não me importo. — replicou Jen. — Tem um colar de lobo pendurado no pescoço do meu neto! Eu quero explicações! Ele está manifestando aqueles poderes de novo, não está?

— Jen, querida, vamos nos acalmar. Vamos para dentro, vamos conversar em um local mais reservado. — Phil tentou acalma-la.

— Não! Eu quero saber! Meu neto está virando um demônio ou não? — perguntou Jen afobada.

— Não. — respondi secamente. As suposições de Jen eram infundadas e desesperadas, típico dela.

Jen pareceu voltar a respirar, ela colocou a mão no peito e respirou fundo.

— Graças a Deus! Venham vamos entrar, eu fiz chá. — A velha virou e caminhou em direção a casa.

— Bem-vindo ao lar. — Liz deu uma batidinha em seu ombro.

— É sempre bom estar em casa. — murmurei.

Charlotte e Nate estavam discutindo sobre doce e outras coisas bobas até a Velha Jen se cansar e praticamente expulsa-los da cozinha. Ela virou-se imediatamente para mim e ordenou para que eu conta-se a ela tudo sobre o que estava acontecendo com Nate e assim eu fiz do meu próprio jeito desleixado e um pouco mentiroso. Jen era uma avó super protetora, eu não a julgo, os Colleman perderam a filha de um jeito trágico. O garoto era seu único neto, a última lembrança viva de Eileen Colleman.

Temo que o jeito dela possa prejudicar o aprendizado de Nate de alguma forma, portanto é melhor tranquiliza-la do que realmente lhe falar a verdade.

As únicas pessoas que eu realmente daria o trabalho de compartilhar informações importante seriam o conselho Quileute compostos por Billy Black, Quil Atera III, Harry Clearwater e meu avô Joseph Uley e possivelmente Liz. Ninguém além deles precisava saber sobre a situação atual de Nathaniel. Eu iria a Reserva amanhã, por hoje iria descansar.

— Você vai cuidar dele não é? — perguntou Phil. — Vai ensina-lo a lidar com isso.

— Ele é uma causa perdida. — exclamou Jen. — Se o pobre Jonathan é única esperança para o meu neto, então estamos perdidos!

— Joshua. — eu a corrigi.

— Que seja, Jeremy!

Jen não gostava de mim.

— Eu vou cuidar do Nate, venho fazendo isso nos últimos seis anos e me saí muito bem até agora, obrigado. — refutei.

— Ah sim! Você o deixa aqui ou com o seu namoradinho pecaminoso em Nova Orleans sempre que pode para "ir caçar"! — implicou Jen.

— Damian é o padrinho de Nate! Ele o adora! E eu venho levando Nate comigo nos últimos dois anos para todo o lugar em que vou, inclusive nas caçadas! Além que ganhamos uma boa quantia por cada missão cumprida.

— Você quer dizer por cada cabeça decepada de vampiro ou qualquer outra pobre criatura que entre no seu caminho! Você é um assassino e está ensinando meu neto a ser como você! — acusou-me.

— De novo essa história de assassino Jen, pelo amor de Deus!

— Não fale o nome do Senhor em vão Jeremy! — gritou ela. — Daqui a pouco meu neto vai ser tão pecador quanto o pai dele!

— Ei vocês dois! — disse Phil tentando apaziguar a situação.

— E qual vai ser o próximo passo? Ensinar meu neto que está tudo bem fazer um filho e depois fugir como se nada importa-se?

Um silêncio se instaurou naquela cozinha, eu não tinha nada a dizer apenas encarei Jen com desprezo. Ela estava falando de Sam, eu sabia disso e ela que meu filho mais velho tópico sensível para mim. Eu sabia muito bem o que tinha feito com Sam e Alisson, ele se arrependo por tê-los deixado da maneira que fiz. Infelizmente não posso desfazer o que fiz e eu gostando ou não, isso ainda doía.

— Sua velha desgr-

— Josh. — Liz segurou-me pelo braço. — Vamos conversar na minha casa. — Ela tentou me puxar, mas eu não movi um músculo. — Joshua. Não me faça te levar arrastado.

— Vadia. — xinguei, antes de sair.

Eu sabia que Jen o odiava. Ela me culpava pelo desaparecimento de sua filha, Eileen, um caso meu de uma noite. Em algum lugar de sua mente idosa e delirante, ela tinha que do que aconteceu com ela era minha. A culpa era sempre minha não importa o que acontece-se. Confesso que na época em que nos conhecemos eu definitivamente era um babaca, não era alguém que presta-se para sua filha ou para qualquer outra pessoa.

Acontece que pessoas mudam e eu mudei. Amadureci da melhor maneira como consegui, Damian, Nate, Liz todos me ajudaram nisso. Aprendi tardiamente, sobre o peso de minhas ações e minhas responsabilidades, mas aprendi e lutava para provar isso a Jen todos os dias. Phil era mais fácil, ele era mais gentil e flexível, percebeu minha mudança e o me apoiava quase sempre, no entanto Jen mantinha fixa a sua crença sobre o meu caráter.

 

 

 

 

 

— Ela ainda me odeia. 

— Eu percebi. Aceita café? — perguntou Liz. — Como estão indo as coisas com o Nate? De verdade agora.

— Sem açúcar por favor. — Café era a minha salvação. — Ele é um bom garoto, eu o levei ao pântano e o conduzi em sua primeira viagem espiritual, ele se saiu bem. Entrou em harmonia com o pântano fácil, quase não vi dificuldades em se acostumar com a sua forma espiritual. Eu também o levei ao cemitério Saint Louis N.1.

— Levou ele para ver a Rainha? — assenti. — Como estão as crianças?

— Ele conseguiu vê-las e ouvi-las com muita facilidade, elas o convidaram para brincar e eles jogaram pega-pega pelo cemitério. Damian e eu os acompanhamos de longe. Uma neblina tomou conta do lugar e Nate comunicou-se com o vento e usou-o para dissipar neblina, tudo o que ele precisou fazer foi liberar uma rajada. Tão fácil, é como se ele tivesse nascido para isso. — Liz me deu uma caneca de café.

— Então ele é talentoso.

— Sim, mas trata tudo é bobo e brinca demais.

— Ele tem onze anos. Nate sempre foi uma criança alegre e brincalhona.

— Eu sei, mas isso diferente. De qualquer forma ele tem a benção da Rainha, ele está marcado agora. Também dei a ele o colar do meu pai, Nate é o guerreiro da nova geração, o colar é dele por direito. Liz, você ainda tem algum maço guardado por aí não é?

— Eu parei de fumar já tem quase um ano Josh, você também deveria. — aconselhou-me.

— Parabéns. Não é como se eu fosse um fumante ativo. — Eu apenas fumava de vez em quando para relaxar.

Um estrondoso ronco de motor foi ouvido, pude observar pela janela da cozinha de Liz uma picape vermelha parar na casa de Charlie. Uma garota de uns 17 anos desceu do carro, ela era branca e cabelo castanho, movia-se de um jeito meio desengonçado e pareceu ficar meio atordoada quando Charlotte veio correndo falar com ela.

— Quem é a garota? — perguntei.

— Essa é Bella Swan, a filha do Charlie. Ela veio morar faz mais ou menos um mês eu acho, ela é uma garota tímida e tranquila. Ele se ofereceu para tomar conta de Charlotte uma ou duas vezes que eu precisei ficar no hospital até mais tarde em troca de alguns dólares, Charla pareceu gostar muito dela.

Estreitei os olhos observando-a conversar com Charlotte e Nate, eu tinha uma sensação sobre aquela garota. Alguma coisa me dizia que ela seria um problema.

 

 

 

 

 

Durante a noite, Joshua acordei de supetão. O cheiro do Frio foi trazido pelo vento deixando minha mente, meus sentidos indicavam que um vampiro estava por perto. Levantei-me da cama e andou silenciosamente pelo trailer, mas já era tarde demais. Quando sai do trailer o cheiro não estava mais por perto e tudo o que vi foi Nate na janela de seu quarto olhando para algum lugar na floresta, seus olhos estavam cintilando em um azul brilhante.

— Você vai a Reserva? — perguntou Nate. — Posso ir com você? Eu queria ver o Sam.

— Avisou ele que estaria indo vê-lo?

Me deixava feliz saber que a minha péssima relação com Sam não afetara de maneira significativa a relação dos dois. Nate admirava o irmão mais velho e gostava muito de passar tempo com ele, sempre que vinha para Forks ele corria para ver o irmão. Sam não era diferente, ele adorava Nate. Passava tempo com ele sempre que podia, eles se divertiam juntos, na floresta, na praia ou até mesmo dentro de casa.

Sam preferia ficar longe de mim, eu respeitava isso, era direito dele não querer me ver. Mesmo tentando várias vezes me aproximar dele conforme ele crescia, ele nunca me permitiu ficar perto demais. Sam nunca foi capaz de me perdoar por deixa-lo, nem eu mesmo fiz isso.

— Não. — respondeu simplista. — Mas ele se graduou ano passado, hoje é domingo, são oito e meia da manhã e a tia Alisson me adora. Conhecendo meu irmão ele ainda nem levantou da cama. — Nate deu o sorriso mais brilhantemente falso que eu já vi.

— Entra aí garoto. — Me dei por vencido.

A viagem até a de Forks até a Reserva Quileute foi em sua maior parte silenciosa, Nate estava observando a natureza com a cabeça quase para fora do carro enquanto eu mantinha a vista na pista. Eu queria falar com ele, perguntar se ele ainda estava chateado pela discussão que eu e Damian tivemos em Nova Orleans, mas eeu sinceramente não sabia se devia. Eu não sou o melhor cara para lidar ou falar sobre sentimentos.

— Ei garoto. — chamei sua atenção. — Você está bem? Está chateado comigo pelo o que eu disse em Nova Orleans.

— Não, senhor. — Nate mantinha a cabeça nas árvores, nem sequer olhou para mim quando respondeu.

— Não precisa me chamar de senhor o tempo todo, só quando estou te ensinando algo. — falei tentando amenizar o clima.

— Sinto muito, senhor. É difícil saber quando o senhor está ou não me ensinando algo, principalmente se não sou comunicado sobre. Eu posso estar comendo suas panquecas venenosas de manhã, chama-lo de "Pai" e posso tomar uma brinca, pois era uma aula de "Como sobreviver a comida de um espírito guerreiro". — ironizou.

Tudo bem. Eu mereço isso.

— Cordialidade não combina com você. — resmunguei.

— Desculpe, senhor. Vou parar de tratar isso como se fosse uma grande brincadeira! Afinal, nós não vivemos em um grande mundo de fantasia. — Strike 2. — Tenho certeza que a habilidade de não morrer comendo panquecas mal feitas vai ser útil um dia.

Minhas panquecas não são tão ruins assim.

— Tá bom. Eu entendi o recado.

— Que bom, senhor.

— Nate. — O tom de minha voz agora era de repreensão.

— O que você sabe sobre os Cullen? — Uma pergunta repentina.

— Quem? — Eu sabia exatamente quem eram os Cullen.

— Os Cullen, uma família que se mudou para tem pouco menos de dois anos. — Nate deixou de observar as árvores e passou seu olhar para mim. — Parece que um deles trabalha no hospital da cidade.

— Onde quer chegar?

— Charlotte acha que eles são vampiros. — Nate estreitou os olhos esperando alguma reação minha. — Eu não os conheço, mas concordo com ela. A descrição dos Cullen bate com a de outros vampiros. O que eu quero saber é se eles são perigosos ou não.

— Todos os vampiros são perigosos. — respondi.

— Então são vampiros? Bom saber. — Nate deu um sorriso convencido.

— Não foi o que eu disse.

— Mas foi o que eu entendi.

Chegamos a casa de Alisson, mãe de Sam, buzinei para indicar que estava aqui.

— Juízo, garoto.

— Juízo é meu sobrenome. — Ele praticamente correu para fora do carro.

Pude ver a imagem de Alisson com seus longos cabelos pretos brilhantes esperando ele na porta, acenei para ela com a cabeça e ela levantou brevemente a mão em retribuição. Nossa relação era um tanto quanto cordial, eu sabia que Alisson não me odiava, mas também não éramos próximos.

— Me liga quando for para eu te buscar.

— Tá. — gritou ele.

 

 

 

 

 

Dali parti para a casa de Billy Black. Eu tinha conhecimento dos Cullen por meio de uma história contada por meu avô na infância, assim como todos as lendas que ouvi estas também não eram apenas histórias. Eu sabia que os Cullen voltaram a Forks quase no mesmo período de tempo em que tirei Nate da cidade, os Quileutes e os Cullen tinham um tratado. Eles não poderiam entrar em terras pertencentes a nós e nós não entraríamos em suas Terras, a cidade era território neutro.

A principal regra era que os Cullen não poderiam matar ou transformar ninguém. Então o que houve para que Charlotte desconfia-se deles? Ela era uma bruxa, era óbvio que sabia da existência de vampiros. Sua história tornava impossível que ela não tivesse conhecimento deles, porém assim como Nate, por sua própria segurança, ela não deveria saber nada sobre os Cullen. A não ser que Liz tenha lhe contado algo, o que eu duvido muito.

Charlotte era muito esperta e astuta para idade dela, era verdade. Porém mesmo trabalhando no hospital com um deles, Liz nunca deixaria Charlotte chegar perto deles. Também tenho certeza que essas suspeitas não viriam do nada. Conversaria com Billy sobre isso. Pude ver a casa vermelha dos Black, não era lá que nos encontraríamos e sim na casa de meu avô, Joseph, na minha casa.

A casa não era grande, era feita de carvalho maciço e fora totalmente construída por meu avô em seus tempos de juventude, tinha espaço suficiente para acomodar bem três moradores.

— Espero não estar muito atrasado para a reunião. — falei ao entrar na casa.

— Joshua. — Billy acenou com a cabeça.

— Billy. Harry. Quil. — Dei um aceno de cabeça para os três. — Joseph.

Billy é corpulento, com um rosto avermelhado escuro e pele profundamente enrugada com olhos negros. Atualmente, ele está numa cadeira de rodas, como resultado da lesão do nervo devido a complicações de diabetes. Harry era um homem de meia idade, com pele avermelhada e enrugada. Cabelos pretos e olhos castanhos escuros.

Os dois mais velhos eram Quil Ateara III ou só velho Quil e o meu avô Joseph Uley. Eles tinham quase a mesma idade, talvez meu avô fosse poucos anos mais velho. Balançando em uma cadeira de madeira antiga, o ancião de cabelo grisalho enrolado em duas tranças, o rosto quadrado, os olhos pequenos e profundos me encarando com uma calma seriedade. Esse era meu avô. Ao seu lado estava Quil, cabelos curtos e tão grisalhos quanto o de meu avô, usava boné verde desbotado e um óculos por conta da idade.

— O garoto? — Pude ouvir a voz de Joseph, porém sua boca não se mexeu.

— Eu o deixei com o Sam, Nate queria vê-lo.

— Não é o que eu perguntei. — replicou.

— Pensamos que o feitiço do bruxo duraria mais tempo. — disse Billy.

— Eu também. Infelizmente não podemos controlar a vontade dos espíritos, os ancestrais decretaram que é tempo. Tudo o que posso fazer é ensiná-lo do jeito que eu puder.

— Quero que traga-o para mim. — ordenou Joseph.

Joseph não falava. Não que ele não pudesse falar como os outros anciões, ele apenas escolhia não falar. Guerreiros dos espíritos não são exatamente criaturas sobrenaturais, estamos mais para paranormais. Humanos com habilidades sobrenaturais. Alguns de nós desenvolvem essas habilidades melhores que os outros, há um leque de possibilidades para o que guerreiros como nós podemos fazer.

Infelizmente não existem muitos de nós para explorar essas possibilidades. Com a ascensão de Nate somos três no total. Joseph tem uma habilidade que eu nunca consegui desenvolver, ele pode comunicar-se telepaticamente com as pessoas. Em outras palavras ele fala pelos pensamentos, mas não é capaz de escutá-los, pelo menos não em sua forma humana. Os guerreiros podem compartilhar seus pensamentos livremente uns com os outros em sua forma de espírito, um ato praticamente involuntário.

É possível aprender a controlar os pensamentos, mas não a ligação psíquica. Quando Nate entrou no mundo espiritual pela primeira vez em Bayou, eu pude senti-lo. Pude sentir seu medo, sua confusão e sua admiração. O alegria e o pavor do primeiro contato com o mundo espiritual. Tenho certeza que ele nem notou essa conexão, ele estava tão anestesiado com as novas experiências que nem prestou atenção em mim.

— Ele já começou a desenvolver? — perguntou Quil, tirando-me de meus pensamentos. Assenti com a cabeça. — Como ele é?

— Talentoso. Aprende rápido. — falei. — Mas ainda assim é apenas um garoto. Idiota como um garoto, brincalhão como um garoto, inconsequente como uma garoto.

— Tão forte quanto da primeira vez que vimos acontecer? — perguntou Harry. — Quanto Eileen nos mostrou que era?

— Eu não sei. — respondi.

 

 

 

 

 

 

Minha cabeça estava latejando, eu estava enlouquecendo com aquele telefone tocando. O trailer estava uma zona total, a ressaca estava me matando. Chutei uma das garrafas para o lado e pequei o celular do chão.

— Joshua Uey.

— Josh? Onde você está? Eu preciso que você venha para Forks o mais rápido possível! — A voz de Eileen parecia desesperada.

— Calma aí Leen! Fala mais baixo, a minha cabeça está explodindo! Eu estou em Portland agora, não tem como voltar para Forks, estou trabalhando.

— Eu não ligo para o seu trabalho você precisa voltar agora! — O tom do voz aumentou mais ainda. — É o Nate. Ele está...diferente.

— Como assim diferente? Ele está doente?

— Não! É outro tipo de diferente. — murmurou. — Precisa vir, é urgente.

— Desculpa Leen. Não vai rolar. Se o garoto está mal leve-o ao médico ou qualquer coisa assim! Fale com o Joseph, talvez ele possa ajudar! Eu estou realmente ocupado agora.

— Joshua, é sério! Eu preciso de voc- — Eu desliguei na cara dela.

A princípio não levei a sério as tentativas de Eileen de me dizer o que estava acontecendo. Não estava mentindo quando disse que estava ocupado trabalhando, na época eu estava caçando um vampiro chamado Victor, a recompensa pela cabeça dele era boa. Não podia deixar a oportunidade passar daquele jeito. Infelizmente demorei mais do que o eu podia para pegar o desgraçado, eu confrontei algumas vezes e ele escapou.

Alguns dias depois meu telefone tocou mais uma vez.

— Joshua Uley.

— Para casa. Agora. — Era Joseph.

— Merda. — murmurei assim que ele desligou.

Nate tinha por volta de cinco anos quando seus poderes começaram a aparecer pela primeira vez. Foi um choque para mim, um choque para Eileen que nem se quer desconfiava da existência do mundo sobrenatural, um choque para os anciões, para todos nós.

— Impossível! Ele tem cinco anos, é muito novo. — argumentei. — Eu mesmo só comecei a desenvolver aos 14 anos.

— A idade é um fator irrelevante para os guerreiros espirituais. — disse Joseph.

— Ele não vai conseguir aprender. É só você olhar para ele. — Apontei para o garoto dormindo no colo de Eileen.

— Tem alguma ideia melhor?

Não, eu não tinha.

— Alguém me explicar o que está acontecendo aqui? — Eileen nos interrompeu.

— Cadê o garoto? — perguntei,

— Está em casa, com a minha mãe. — respondeu.

Eileen era uma mulher muito bonita, alta e esguia com um longo cabelo ondulado castanho. Ela era jovem, mãe de primeira viagem e um tanto quanto super protetora. Separar ela do filho era uma tarefa muito difícil, ela devia estar mesmo desesperada.

— Você não disse nada para ela? — perguntei a Joseph.

— Ela é a mãe do seu filho. Você explica.

Encarei Eileen que ainda me olhava confusa e com um certo nervosismos em seus olhos. Respirei fundo e fiz um sinal para que ela me seguisse.

— Eu te levo para casa. Vou explicar tudo no caminho.

— Seus olhos são azuis. Um azul claro muito brilhante. — contei.

 

 

 

 

 

— A cor azul clara está ligada a pureza da alma, a positividade e honestidade. Ele é uma criança que está começando a entender este mundo, está certo que sua alma seja como é. Mais do que isso, o azul associado a conexão com o mundo dos espíritos e com a habilidade de clarividência. Você tem uma joia rara em suas mãos Joshua.

— Ele tem sonhos. Sonhos que se tornam realidade.

— Uma habilidade rara entre nós, o último com tal capacidade foi o seu pai, ele também era um azul.

Era verdade. Nunca vi isso pessoalmente em um guerreiro, nem eu e nem Joseph prever o futuro. Contudo, eu já li sobre isso.

O livro de lendas contava que eram poucos que nasciam com tal habilidade. Joseph e eu por exemplo não podemos fazer isso. Meu pai por outro lado conseguia, eu nunca cheguei a conhece-lo porém li o diário que ele escreveu sobre ser um guerreiro dos espíritos. Tal qual aprender a usar a telepatia com pessoas comuns e fora do estado de espírito, prever o futuro não era para qualquer um.

Eu mesmo não sabia fazer nenhuma dessas duas coisas, o que era o pena. Porém eu me destacava em outras áreas, sou um ótimo caçador. Entendo a natureza como ninguém, aprimorei minhas habilidades com a flora da melhor maneira que pude e aprendi a ver por meio dela. Isso nem mesmo meu avô ou pai faziam.

— Eu deveria me preocupar?

— Por enquanto, não. — Assenti em consentimento.

— Os Cullen voltaram a cidade tem algum tempo, alguma novidade? — perguntei a eles.

— Ninguém se transformou ainda se é o que quer saber. — disse Harry.

— Está preocupado com Sam. — disse Joseph. — Ele é um bom garoto e totalmente normal, pelo menos por ora.

— Ele nunca demonstrou nenhuma tendência a ser um guerreiro dos espíritos, eu penso que talvez ela possa estar destinado a ser outra coisa.

— Se algo acontecer, você será o primeiro a ser informado. — garantiu Billy.

— Ótimo.

Aparentemente Sam deu a sorte grande. Um humano totalmente normal. O Sam deu nenhum sinal de ser como eu ou Nate, acho difícil que ele mostre isso agora que está com quase vinte anos. Na melhor das hipóteses ele é um humano normal, na pior torçamos para que ele não tenha alergia à pelo de animal.

— Há vampiros na cidade além dos Cullen, estão causando problemas. — disse o velho Quil.

— Tem certeza que não são nossos amigos do outro lado do rio? — perguntei.

— Não são eles. Esse são mais selvagens, relaxados e cruéis. Mataram pessoas na cidade, pessoas boas. — disse Harry.

— Vocês querem que eu dê um jeito neles?

— É o seu trabalho não é? Matar vampiros. — Billy inclinou sua cadeira de rodas em minha direção. — Não há protetores além de você.

— Tudo bem. Eu vou ver o que posso fazer.

— A última vítima foi Waylon Forge, ele foi encontrado morto em seu barco no píer. — Harry entregou-me um jornal. — Tive um caso semelhante em Mason com um guarda de segurança sendo morto em uma fábrica.

— Waylon está morto? — Harry assentiu com a cabeça.

Eu o conhecia. Trabalhamos juntos nos barcos de pesca por um tempo, ele era um bom homem. Todos na cidade o conheciam e gostavam deles, até mesmo as crianças. Waylon não merecia morrer desse jeito.

Geralmente eu caço vampiros por dinheiro, há recompensas por aqueles que quebram as regras, aqueles que tem muitos inimigos. A verdade é que os meus empregadores pagam muito bem para que eu faça o trabalho sujo, somente fazendo-o com as próprias mãos quando é de seu interessante. Contando que continuem me pagando eu não me importo em fazer o que eles não querem.

Porém esses novos vampiros, nômades imagino eu. Estão invadindo o território dos nativos errados e vão pagar por isso.

— Considere o serviço feito.

— É o mínimo que eu espero de você. — Joseph fez um sinal de mão como se me dispensa-se. Significava que a reunião acabou.

 

 

 

 

 

 

— Como isso é possível? — perguntou Eileen, me encarando abismada. — Guerreiros dos espíritos? Vampiros? Isso é loucura!

— Nesse caso estamos todos loucos! — Estacionei na frente da casa azul. — Nosso filho de cinco anos também está louco?

— Eu até mesmo considerei esquizofrenia infantil, mas isso? Isso é muita coisa para absorver! — Os olhos de Eileen estavam perdidos, ela olhava para frente depois para mim e em seguida para a casa dos Colleman.

— E esquizofrênicos fazem plantas crescerem em segundos o que cresceriam em semanas e até mesmo meses? — Apertei o volante encarando-a. — Pense nisso.

— E o que fazemos agora? —

— Eu não sei. Ele é novo muito novo, tudo que posso fazer é monitorá-lo, ver como se desenvolve e ensina-lo a lidar com isso. Ele parece muito assustado com essas mudanças?

— Sim e não. — Eileen passou a mão no cabelo jogando-o para trás. — De dia ele parecia mais feliz e animado, ficava mais tempo no quintal e perto do borda da floresta. O problema era durante a noite. Nate nunca teve nenhum problema em dormir sozinho, mas nas últimas semanas ele corria para o meu quarto no meio da noite e ficava agarrado em mim até o amanhecer.

— Ele falou o motivo?

— Ele dizia que tinham pessoas no quarto dele — Eileen recostou-se no banco cruzando os braços. — Dizia que elas estavam perdidas, tristes e sozinhas, dizia que elas precisavam de ajuda mas ele não sabia como ajudar. — Ela parou de falar por um minutos parecendo refletir sobre os fatos. — Não havia ninguém no quarto dele.

— Não que você pudesse ver. — respondi. — Muitas pessoas quando morrem não sabem que morreram, elas continuam indo ao trabalho, morando em casas que eram suas quando eles vivos. Alguns pensam que escaparam da morte por um fio, só que eles não escaparam. Outros apenas não conseguem partir por terem algum assunto inacabado e ficam vagando por aí, sem rumo.

— Tem mesmo pessoas na nossa casa? Tipo fantasmas? — Os olhos de Eileen pareciam que iriam saltar das órbitas a qualquer momento. — E o Nate pode ver essas pessoas? Você pode ver essas pessoas também?

— Sim. — afirmei. — Eu sei como essa experiência pode ser perturbadora, por isso eu uso um colírio especial que de certa bloqueia essa visão. A essa hora — Eram quase dez da noite. — Ele já deve estar dormindo, mas posso deixar um frasco com você. — Abri o porta luvas e tirei de lá um frasco de vidro com um conta gotas. — Pingue uma gota do colírio em cada olho dele todo dia ao acordar e dê adeus aos mortos.

— Tem certeza que isso vai ajudar?

— Eu costumo usar quando não tenho nenhuma caçada para fazer.

— Você caça vampiros! Eu estava quase me esquecendo disso. É daí que vem o dinheiro que manda para nós todos os meses? — Balancei a cabeça em concordância. — Meu Deus, Josh! Isso não é perigoso? A Alisson sabe?

— É um pequeno risco a se correr para o conforto dos meus filhos. Alisson não sabe de nada, pelo bem dela e do Sammy. Você é a única que sabe, eu gostaria de pedir para manter em segredo. Eu faço tudo o que posso pelos meus filhos Leen, com as minhas habilidades esse trabalho me todo o dinheiro que eu preciso para ficarmos bem. — Estendi a mão com o frasco para que ela o pega-se. — Vai funcionar, confie em mim.

— Obrigada.

— É o mínimo que eu posso fazer.

 

 

 

 

 

 

ʜᴏᴍᴇᴍ ᴇ́ ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴀᴅᴏ ᴍᴏʀᴛᴏ

ᴇᴍ ʙᴀʀᴄᴏ ɴᴀ ᴄɪᴅᴀᴅᴇ ғᴏʀᴋs

 

Era o que a manchete dizia.

Dirigi até o píer onde Waylon foi morto. Passara mais de uma semana de seu assassinato, haviam faixas da polícia por todo o lado. Coloquei minhas luvas — para não deixar digitais na cena do crime — e caminhei pelo extensão de madeira até o que reconheci ser o barco de Waylon. Entrei no veículo e sentei-me lá, respirei fundo buscando qualquer resíduo de odor vampírico.

Não era difícil de reconhecer o cheiro deles. Era doce e enjoativo, me fazia querer vomitar. A chuva e o vento levaram a maior parte do aroma com eles, contudo em alguns pontos específicos do barco ainda restou alguma coisa. Três pontos separados e em seguida uma pequena mistura de cheiros onde o sangue seco de Waylon ainda estava marcado, eles o mataram ali.

Estavam caçando em grupo, um trio de vampiros nômades.

Eu já tinha os cheiros que eu queria agora tudo o que eu precisava era dos rostos. Corri até a plataforma do píer e saltei de lá, usei o vento para impulsionar o meu salto para cima e para mais longe. Pousei do lado oposto do píer, a parte repleta de árvores e da natureza que eu precisava.

A natureza está por toda a cidade, as raízes das árvores se estendem por quilômetros e quilômetros, está tudo de sua única e preciosa maneira conectado a elas. As árvores são seres vivos como os humanos, elas ouvem e veem mais do que as pessoas imaginam. Elas viram o que aconteceu com Waylon em primeira mãos, a natureza é a minha testemunha.

É uma pena que nem todos a entendam como eu faço, algumas pessoas deveriam agradecer a Deus que as plantas não nasceram com bocas ou línguas para falar. Por que tudo o que é preciso fazer para que elas mostrem o que sabem é pedir.

Encostei minha mãos sobre o tronco de uma das árvores e fechei os olhos.

Ela me mostrou tudo o que eu precisava ver. O assassinato de Waylon, aqueles três desgraçados brincando com ele antes de morrer, divertindo-se com seu pavor. Eu senti raiva. Quando os encontra-se eu arrancaria seus membros e os jogaria em uma pira de fogo, sorriria ao observá-los queimar.

Guardei seus rostos como fiz com o de muitos outros antes deles. Uma mulher ruiva com um casaco de pele branca. Um homem loiro com um jaqueta de couro marrom. Por último, um homem negro com dreads. Todos eles estavam marcados para morrer.

— Obrigado. — Desgrudei a minha mão do tronco agora coberta por musgo e algumas raízes. Meu telefone tocou.

 

"ᴊᴏsʜᴜᴀ ᴜʟᴇʏ", atendi.

"ᴏɪ ᴘᴀɪ", ouvi a voz de Nate do outro lado da linha.

"ᴏɪ, ɢᴀʀᴏᴛᴏ. ᴊᴀ́ ᴇ́ ᴘᴀʀᴀ ɪʀ ᴛᴇ ʙᴜsᴄᴀʀ? ᴇsᴛᴀ́ ᴍᴇɪᴏ ᴄᴇᴅᴏ, ɴᴀ̃ᴏ ᴀᴄʜᴀ?"

"ᴇ́. sᴏʙʀᴇ ɪssᴏ, ᴇᴜ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴘᴇɴsᴀɴᴅᴏ ᴇᴍ ᴀʟᴍᴏᴄ̧ᴀʀ ᴄᴏᴍ ᴏ sᴀᴍ ᴇ ᴅᴇᴘᴏɪs ᴇʟᴇ ᴅɪssᴇ ǫᴜᴇ ᴍᴇ ʟᴇᴠᴀʀ ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀsᴀ. ᴛᴜᴅᴏ ʙᴇᴍ ᴘᴀʀᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂?"

"ᴘʀᴏʙʟᴇᴍᴀ ɴᴇɴʜᴜᴍ. ᴀᴄʜᴏ ʙᴏᴍ ǫᴜᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂s ᴘᴀssᴇᴍ ᴜᴍ ᴘᴏᴜᴄᴏ ᴅᴇ ᴛᴇᴍᴘᴏ ᴊᴜɴᴛᴏs"

"sᴀᴍᴍʏ, ᴇʟᴇ ᴅᴇɪxᴏᴜ!", Nate gritou."ᴠᴀʟᴇᴜ ᴘᴀɪ, ᴛᴇ ᴠᴇᴊᴏ ᴍᴀɪs ᴛᴀʀᴅᴇ."

"ᴀᴛᴇ́ ᴍᴀɪs ᴛᴀʀᴅ-", ele desligou.

 

Tive a sensação de estar sendo observado. Fiz um pequeno gesto com a mão direcionando o vento para mim, pude sentir o aroma adocicado invadir minhas narinas. Senti o meu peito aquecer e meus olhos acenderem em um verde brilhante, ato involuntário ao coletar a energia que eu precisava para meus próximos passos.

Virei-me na direção que meus instintos me diziam estar vindo aquele olhar. Meus pés moveram-se, meu corpo impulsionado pelo vento dando-me uma velocidade sobre humana capaz de alcançar um vampiro. Era a mulher ruiva. Eu a persegui pela mata tentando alcança-la, confesso ter tido uma certa dificuldade em segui-la e ver seus movimentos.

Interferindo em meu caminho o vampiro loiros apareceu empurrando-me para longe da mulher com sua força e velocidade combinadas. Pelo menos foi o que ele tentou fazer. Infelizmente, eu não era tão forte e resistente quanto eu era rápido. Minhas capacidades físicas eram melhores do que a de um humano comum, porém não tão boas quanto as de um vampiro.

Dessa forma tive que me proteger de minha própria maneira. O vento era muito mais útil do que parecia, usei o para estabelecer uma fina porém resistente barreira entre nós. Ele não me tocou ao empurrar-me, eu o fiz pensar que sim. Assim não me feri ao ser arremessado por ele. Girei no ar e caí fincando novamente os pés no chão.

O vampiro não estava mais lá. Não importava. Eu tinha seus rostos e agora seus cheiros.

 

 

 

 

 

— Você deveria conversar com ela. — disse a Liz, acendendo um cigarro. — Ela acha que os Cullen estão por trás dos assassinatos, sabe que são vampiros.

— Ela contou isso ao Nate? — perguntou Liz.

— Sim. — Baforei a fumaça. — Por que não me contou dos assassinatos? Dos vampiros?

— Eu planejava te contar Josh, só não no seu primeiro dia aqui. — explicou-se. — Eu vou conversar com a Charlotte. Sei que os Cullen não mataram ninguém.

— Não eles não mataram. Foram os nômades.

— Você quer ajuda para encontra-los?

— Melhor não. — Depois do fenômeno da Inquisição ou a famosa caça às bruxas iniciada por vampiros. Essas duas raças mão se davam bem. — Você veio para Forks para viver em paz, longe do sobrenatural. A última coisa que eu quero é envolver você ou a Charlotte em problemas.

— Essa cidade também é nossa Joshua, se precisar de algum feitiço, qualquer coisa para acabar com esses monstros...

— Obrigado, Liz. Vou cuidar deles.

 

 

 

Vou faze-los deixar a cidade ou vão morrer.



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