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História Naufrágio - Capítulo 3 - História escrita por itsbellaah - Spirit Fanfics e Histórias
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História Naufrágio - Capítulo 3


Escrita por: itsbellaah

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Naufrágio - Capítulo 3

Um turbilhão de pensamentos invadem minha mente. O que essa menina está fazendo aqui? Como chegou até aqui? A quanto tempo está aqui, sem que tivéssemos percebido…

Analiso a feição de Vante, o mesmo analisa a garota desacordada ao chão, com uma expressão nada boa.

-O que faremos, capitão?

-Vamos esperar ela acordar… Pelo seu estado, deve estar desidratada e com fome.

-Certo! A deixaremos aqui? 

-Sim! Não deixe ninguém vir aqui embaixo!

-Sim senhor!

Pego a garota no colo, sentindo um cheiro bem ruim vindo dela. Ela deve estar a semanas sem tomar um banho…

A ponho deitada em um canto, em uma posição em que a mesma não fique tão desconfortável. A observando bem, seu rosto, cabelo… A, que bobagem! Pensei que fosse uma pessoa, mas, não pode ser possível…

Balanço a cabeça em negação e logo me lembro das coisas que Seok me pediu. Me levanto e vou até uma das caixas, procurando os ingredientes.

Depois de encontrá-los, subo, pego a lamparina que pus no chão e subo as escadas, encarando mais uma vez, a menina com feição familiar, deitada no chão. Apago a lamparina e a ponho em seu devido lugar, fechando e trancando a porta em seguida.

Vou até a cozinha e entrego os ingredientes à Seok, que me recebe com uma voz rude. Confesso que demorei bastante, compreendo sua irritação, o capitão odeia atrasos, fora os marujos que ficam extremamente irritados com o atraso das refeições. Bando de esfomeados.

Vou até o convés e procuro o capitão. O vejo observando o horizonte sozinho. Vou até seu encontro.

-O que foi capitão? Creio que, deva estar tendo os mesmos pensamentos que eu…

-Se você pensou em como, quando é por que aquela garota está aqui, então, sim, penso o mesmo que você… - diz sério, ainda observando o horizonte.

-Bom… São dúvidas que, devemos esperar para serem tiradas.

-Carl, sendo bem sincero, não terei piedade.

-O que quer dizer com isso, capitão?

-A lançarei ao mar!

-O que?!

-Essa maldita deve ter nos roubado! Além de que, invadiu nosso navio! Sabe se lá o que mais ela fez! Com certeza é uma espiã francesa! 

-Como pode pensar numa coisa dessas capitão?!

-Não viu sua aparência?! Claramente é francesa! Você sabe muito bem que a guarda francesa está atrás de mim faz anos! Sempre deram vários jeitos de me encontrarem e isso, só pode ser armação deles!

-Capitão, acho que está sendo um pouco irracional! Como iriam contratar uma mulher para ser uma espiã?!

-Eu estou sendo irracional, intendente?! Você que não está sendo racional o suficiente para pensar que, eles poderiam usar uma jovem e inocente mulher, para seduzir um marujo e invadir nosso navio, logo depois, os avisar sobre quais rotas estamos tomando ou onde é como nos encontrar! - diz já alterado. - Não darei a chance de me acharem e acabarem com minha tripulação e meu navio intendente! Assim que ela acordar, a lançarei no mar! Ou melhor, não darei chances para ela nos atacar! A lançarei enquanto dorme!

-Não capitão! Por favor, pense direito! Estará condenando a morte uma possível civil inocente! Por favor! De a ela uma chance de explicações pelo menos! 

-Intendente! É idiota? E se ela já tiver avisado onde estamos para a guarda?!

-Por favor, capitão! Deixe-a se explicar! O senhor acha mesmo que vai conseguir viver, depois de matar uma pessoa que talvez seja inocente? 

-Quer mesmo que eu responda? - me encara, apertando as sobrancelhas.

-O senhor talvez consiga, mas eu não! Não conseguirei viver com essa culpa de ter o deixado matar uma pessoa, sem saber sobre sua inocência! Eu lhe peço capitão! A deixe se explicar! Por favor! - o mesmo respira fundo e me fuzila com o olhar.

-Tá! Que seja! - diz alterado e sai em direção à sua cabine.

Solto o ar pesarosamente. Ar esse que nem percebi que havia prendido. Vante as vezes é impulsivo... É meu capitão, mas ainda sim, o vejo como um garoto perdido, procurando seu lugar e propósito nesse mundo... Não o culpo, sua vida, não foi uma das melhores... 

Prometi que iria cuidar dele e, com isso, também preciso garantir que não fará besteira... 

Analiso  o convés, e percebo que estou sozinho. Me debruço na madeira, observando atentamente o mar a minha frente, tentando decifrar de onde reconheço aquele rosto, tão suave… Eu não estou delirando, a reconheço de algum lugar…




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