Adrien on:
Acordei no dia seguinte morrendo de dor na coluna. Sério eu não conseguia levantar da cama direito.
Com muito esforço e muita dor peguei meu telefone no criado mudo e liguei para Nathalie, expliquei para ela o meu estado atual e ela concordou quando eu disse que seria melhor eu ficar em casa.
Depois que desliguei voltei a ficar deitado. Alguns minutos depois alguém bateu na porta. Mandei que entrasse, Marinette entrou com um copo de água de um comprimido.
- Nathalie me falou como você tá, vim te trazer o remédio. - diz ela colocando o copo e o comprimido no criado mudo.
Me sentei com dificuldade e peguei o comprimido e logo em seguida o corpo. Coloquei o comprimido na boca e bebi.
- Obrigado Marinette. - agradeço colocando o copo vazio no criado mudo.
- De nada, aqui, se quiser posso fazer uma massagem nas suas costas antes deu sair, aí na volta faço outra o que vai ajudar a doer menos.
- Você sabe fazer massagem? Tá aí uma coisa que não sabia.
- Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim.
- Espero um dia descobrir.
Ela corou e virou o resto. Depois que eu pensei no que eu disse, eu corei.
- Ah... eh… você vai querer a massagem ou não? - pergunta Marinette toda embolada.
- Vou. - digo envergonhado.
Ela corou mais ainda.
- Eu preciso que você tire a blusa. - diz praticamente em um sussurro.
Respirei fundo e tirei a blusa. Me virei e fiquei deitado de barriga para baixo.
Ela começou a fazer a massagem.
Eu não queria xingar, mas CARALHO velho é muito bom. Nossa Senhora, parece o paraíso...
Tá beleza exagerei, mas é muito bom mesmo. Sério, melhor que as massagistas que eu já fui.
Depois de alguns minutos ela terminou.
Me sentei e coloquei a blusa de novo.
- Nossa você é mesmo boa. - digo com um sorriso nostálgico.
- Ah valeu. - diz ela sem graça, ela olhou a hora no relógio do criado mudo - PUTA QUE PARIU! Tchau Adrien, até mais tarde! - grita saindo correndo.
Começo a rir. Deito de novo e fico mexendo no telefone.
Depois de quase meia hora deitado descido ler um livro. Me levando parecendo um velho. Vou até a biblioteca do meu pai procurar alguma coisa pra ler.
Vou andando lentamente pelas estantes repletas de livros. Não encontro nada que me interessasse, suspirei.
- Ei garoto! - grita Plagg segurando um livro. - Acho que você vai gostar desse.
Ele coloca o livro encima da mesa e leio o título "Guardian of an Angel".
- Guardião de um anjo? Parece bom.
Pego o livro e volto pro meu quarto. Me deito e abro na página do Prólogo.
"Minha vista já estava falha e meu corpo não respondia as minhas ordens. A única coisa que consigo fazer é arrastar meu quase falecido corpo.
Vou me arrastando. Quando não aguentei fui de encontro ao chão.
Quando eu não via mais nada sorri de maneira fraca e irônica.
-Acho que finalmente chegou meu fim... quem diria que eu morreria assim…
Quando meus olhos estavam quase se fechando uma luz forte veio na minha frente, uma luz branca e pura.
Será que isso é possível? Isso seria um anjo? Mas por que um anjo estaria aqui? Ou melhor, por que um anjo me ajudaria?
A luz se aproximou e tomou a forma de uma mulher. Ela sorri gentilmente para mim e estica a mão e bota no meu rosto.
Fecho os olhos com seu toque. Suas mão são tão macias.
Um calor tomou conta do meu corpo, senti minhas energias voltarem e minha força se restaurar.
Quando ela tirou as mão de mim me ajudou a levantar.
Olhei pra ela. Ela sorriu e se virou.
Ela foi andando mancando quase caindo. Me levantei e fui atrás dela… Ela desapareceu "
- Nossa, pesado. - digo lendo.
- Gostou? - pergunta Plagg devorando um queijo. Não me pergunte da onde saiu esse queijo.
- Gostei.
Fiquei lendo durante horas. Quando eu cheguei em mais da metade do livros fui olhar a hora. Era 11:00. Tomei um susto e me levantei da cama.
Percebi que minhas costas melhoraram um pouco. Estão quase boas, acho que até a noite elas vão ter melhorado.
Fui tomar um banho, decidi que vou junto com o gurila buscar a Marinette.
Coloquei a roupa habitual e fui para o carro.
12:00
Eu e Gurila estamos na frente da entrada da escola, eu voltei a ler aquele livro.
Quando eu abri o livro escutei uma barulheira dentro da escola. Desci do carro e fui até lá.
Entrei na escola e no meio do pátio estava Nathanaël ajoelhado na frente de Marinette.
- Marinette eu sempre te amei, desde que te vi pela primeira vez, você sempre foi a luz que me guiava na escuridão e sempre te achei a mais linda. Na minha vida não existe mulher alguma que supere sua beleza, mesmo que você não se ache tão bonita saiba que você é. Levei meses para tomar coragem de fazer isso, então ajoelhado aqui com o coração na mão eu te pergunto. Marinette Dupain-Cheng você daria a chance desse pobre pintor de ser feliz ao seu lado?
MAS QUE PORRA É ESSA?! COMO ASSIM?! EU FALTO UM DIA E ELE APROVEITA!
Olhei pra Marinette que estava tão chocada quanto eu.
Ela vai dizer não, com certeza. Pelo amor de Deus onde já se viu, Marinette e Nathanaël? NUNCA!
- Sim! - diz ela sorrindo.
Eles se abraçaram.
Minha vontade ela de meter um soco na cara de Nathanaël, pega a Marinette e sair dali. Mas o que eu fiz foi sorrir. O sorriso mais falso da minha vida inteira.
Marinette olhou na minha direção e parou de sorrir. Sorri pra ela e me aproximei.
- Parabéns Marinette, estou muito feliz pelos dois, espero que sejam muito felizes. - digo. Nunca fui tão falso, acho que a Chloé é menos falsa que isso.
- Obrigada Adrien. - diz ela sorrindo meio incomodada.
- Parabéns Nathanaël. - digo sorrindo forçando pra ele.
Alguém me tira daqui por favor.
- Obrigado Adrien. - diz ele sorrindo sem graça.
- Bom vou voltar para o carro, vamos Marinette, se a gente demorar meu pai vai ficar nervoso. - digo fingindo estar sem graça e fingindo me preocupar com a opinião do meu pai, tudo que eu quero é sair dali.
- Vamos, tchau amor. - diz Marinette dando um selinho nele.
Nunca senti tanta vontade de sumir como depois de ver aquela cena.
Tá eu confesso, eu estou começando a gosta da Marinette, o que tem de mais nisso? Principalmente agora que ela tá namorando.
Voltei para o carro. Marinette entrou logo depois e voltamos pra casa. Pra evitar conversa eu coloquei meus fones e fiquei olhando para a rua.
Quando chegamos em casa fui para meu quarto.
- A propósito, não preciso mais que você faça massagem, minhas costas já estão bem melhores. - digo sorrindo.
- Se você diz, mas qualquer coisa é só pedir.
- Ok.
Voltei para meu quarto e me deitei na cama, ainda com os fones e comecei a olhar para o teto.
Quando fui dar por mim as lágrimas já escorriam pelo canto dos olhos.
- Ei garoto. - diz Plagg preocupado.
- Agora não Plagg. - digo com a voz pesada e virando na direção oposta.
Ele se deitou na minha bochecha e ficou fazendo carinho com as patinhas.
- Droga Marinette, por quê?
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