Regina terminava de preparar seu jantar, enquanto assistia à um seriado no celular apoiado no balcão da pia.
Quando ela colocou sua comida no prato e caminhou até a sala, antes que se sentasse, a campainha tocou.
Regina bufou, querendo saber quem bateria na sua porta àquela hora. Não que fosse tarde, mas não era mais um horário comum para visitas numa Segunda-feira.
Ela foi até a porta, e ao abri-la, a morena abriu e fechou a boca sem saber o que dizer.
"Graham? Está fazendo o que aqui?" Regina, sem ao menos perceber, arrumou o cabelo e passou a mão na camisola rosa.
"Hora ruim?" Graham perguntou.
Regina o encarou e negou.
"Não, é só que.." A morena parou quando notou o que fazia. "Graham, o que veio fazer aqui?" Ela perguntou mais dura e cruzou os braços.
O olhar de Graham desceu para os peitos de Regina, que se esmagaram, e a morena continuou o encarando com raiva nos olhos.
"Então?"
"Você não estava atendendo minhas ligações. Nem minhas mensagens, então, resolvi vir aqui. Até por que, seria uma baita falta de respeito não atender a porta." Graham explicou e Mills revirou os olhos.
"Eu respondi suas mensagens." Regina disse. "Na qual eu dizia que não iríamos mais sair." Ela completou.
'Ah, qual é, Gina? Eu me atrasei e achei que seria melhor nem dar as caras." Graham deu de ombros, se aproximando dela.
"Não importa. Você me deixou plantada por um tempão aqui." A morena reclamou.
"Então, deixa eu me redimir." Graham chegou mais perto. "Tenho certeza que irá me agradecer mais tarde."
Ele passou a mão pela cintura dela, fazendo a camisola subir um pouco. Regina continuava estátua de braços cruzados ali.
"Deixa eu entrar, Gina." Graham beijou o pescoço da morena, que fechou os olhos com o força devido ao contato. "Não quer que seus vizinhos vejam isso, né?" Ele disse perto do rosto dela.
"Merda, Graham." Regina murmurou.
A morena puxou ele para dentro e com os pés, Graham bateu a porta.
Mais tarde, naquela mesma sala, havia apenas respirações ofegantes.
Regina descansava sob Graham, que passeava com seus dedos pelos sedosos fios de cabelo dela.
"Desculpa pelo bolo de Sábado." Graham começou. "Mamãe realmente me prendeu em casa, e aí mais parentes chegaram lá e eu não podia simplesmente ir embora." Ele se explicou e Regina levantou a cabeça e se ajeitou no colo de Graham.
"Tudo bem." Mills sorriu de lado. "Mas, por favor, me avise antes dessas coisas." Ela pediu. "E talvez.." Regina desenhava círculos invisíveis no peitoral de Graham. "Da próxima vez, eu possa conhecer a sua família. Então, você não precisaria ficar se redimindo toda hora." Ela deu de ombros.
Graham riu fraco.
"Claro. Talvez." Ele disse e Regina o abraçou.
[...]
Robin saía apressado com Roland em seu colo, segurando sua pasta do trabalho e a mochila do filho.
Locksley descia as escadas do prédio quase que na velocidade da luz, tirando boas risadas de Roland.
"Papai, você está andando muito rápido." Roland, que segurava o pescoço do pai, disse.
"Estou andando rápido por que um certo mocinho resolveu me enrolar para se levantar." Robin disse, e ao chegarem no estacionamento do condomínio, ele colocou o filho no chão.
Roland deu de ombros, como se alguns minutos dormindo a mais não fosse fazer diferença.
Ao chegarem no carro, Robin prendeu Roland na cadeirinha e depois jogou seus pertences no outro lado do banco, entrando no lugar do motorista.
"Eu vou chegar atrasado, papai?" Roland perguntou balançando seus pequenos pés.
"Um pouquinho." O loiro disse e ouviu um suspiro de Roland.
"Estou ansioso para ver a Tia Gina." Seu filho disse.
Robin balançou a cabeça rindo.
"Tenho certeza que ela também."
O loiro havia tentado falar com Regina na noite que tinha passado, para eles falarem sobre a coincidência, porém a morena não atendeu a porta.
Robin sabia que o filho iria azucrinar sua professora se tivesse o conhecimento de que ela estava há alguns metros de sua porta, e resolveu não comentar nada.
Ao chegarem na escola, Robin não teve tempo de observar o recinto para achar Regina. Ele estava completamente atrasado e perder tempo procurando pela morena não estava em seus planos.
Quando chegou em seu escritório, se sentiu feliz por saber que não precisava mais correr.
"Chegou cedo para o almoço, Locksley."
Robin olhou para trás, vendo Will.
"Scarlet! Bom dia." O loiro caminhou até o moreno. "Eu tenho uma criança de cinco anos em casa, que quando quer, consegue passar a perna em mim. Hoje foi um dos dias."
Will Scarlet era melhor amigo de Robin desde que eles se lembram, e mesmo quando Robin foi embora para New Jersey com a esposa grávida, eles continuaram próximos. Will também era padrinho de Roland, então, a relação entre eles era ótima.
"Eu preciso ver Roland." Will declarou e eles passaram a andar até a sala de Robin. "Ele não está chateado de eu não ter ido ver ele ainda, né?" O padrinho perguntou preocupado.
"Bem, se estava, não me disse. E agora tudo que ele quer é ir para a escola." Robin disse e eles entraram em sua sala.
"Como assim? Ansioso para estudar?"
Robin riu, se sentando.
"Ele tem uma professora bonita." O loiro disse e Will semicerrou os olhos.
"Que moleque safado, Locksley! O amigo disse rindo. "E você já viu ela?" Scarlet perguntou.
"Já. Somos vizinhos." Locksley disse e encarou o amigo, vendo uma feição de surpresa nascer em seu rosto.
"O que? Isso é muita coincidência." O moreno se sentou animado. "E na minha percepção, coincidências não existem." Will relaxou na cadeira.
"Eu não vou pegar a minha vizinha, Will."
"Eu nem disse nada!" Ele levantou as mãos, rindo. "Mas ela é gata mesmo?"
Robin balançou a cabeça rindo.
"É. Bem bonita."
"Gostosa?"
"Ela parece ser muito inteligente. Ainda mais usando óculos." Locksley ignorou a pergunta.
"Ela é gostosa, Robin?" Will persistiu e Robin bufou.
"É. Muito."
"Porra, você está feito, cara! É sua vizinha, professora do seu filho e é gostosa!" Scarlet exclamou.
"E são por esses motivos que eu não vou ficar com ela. E acho que ela tem alguém."
"Como você sabe disso?"
"Na primeira semana que estávamos no prédio, eu bati na porta dela para perguntar algumas coisas e ela estava toda arrumada. Parecia estar pronta para um encontro." Locksley se explicou.
Will suspirou, negando.
"Pode não ser isso. Ela pode ser uma professora solteira muito gostosa que está na espera de seu arquiteto inteligente e seu filho danado."
Robin negou rindo.
Regina era realmente muito linda e não devia estar solteira, e mesmo que tivesse, Robin não botava muita fé que ele poderia ser um pretendente.
Após Will desistir, momentaneamente, da ideia de fazer Robin ficar com a sua nova vizinha, eles começaram a trabalhar.
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