“Esse é o meu ano e as coisas finalmente vão dar certo”
Foi o que eu disse no começo do último ano no colegial. Foi o que eu disse no ano anterior. Foi o que eu disse em 2009. Eu dizia essa merda todos os anos e nada mudava. Minha vida continuava um fracasso e eu ainda não tinha tido coragem de falar com Park Jimin - o cara por quem eu era apaixonado a tanto tempo que nem me lembro mais - nem mesmo um “bom dia”.
“É o último ano do colegial, Yoongi. Ele vai debutar, talvez você nunca mais o veja.” Hobi dizia isso pra mim quase todos os dias e juro por Deus que eu tentava de verdade falar com o garoto. Sei lá, chamar para um café. Não era tão difícil assim. Somente ir até ele e falar. Simples.
Bom, na verdade não tão simples assim. Jimin tinha a alma de um idol, garotas eram loucas por ele e até uns caras - me incluindo nisso - tinham uma paixão secreta nele. Com seu debut tão próximo, se envolver com um rapaz estava fora de questão, o que fazia todas as minhas esperanças lentamente morrerem.
Não era como se ele fosse inalcançável também, ele falava comigo. Sempre com seus “Oi, hyung”, “Bom dia, hyung”, “Até mais, hyung” e o máximo que eu conseguia fazer era sorrir. As vezes nem isso, eu simplesmente travava todas as vezes que olhava-o.
Então eu me formei no colegial. Jimin debutou solo. E eu não disse que gostava dele.
E mais uma vez não foi o meu ano e as coisas continuaram dando errado.
Três anos depois, Park Jimin era um dos maiores solistas da Coreia. Eu estava no MAMA quando ele ganhou o daesang de álbum do ano. Ele passou pelo corredor e acenou pra mim. E só. Durante esse tempo acompanhei sua carreira fielmente. Tinha todos os seus álbuns. E mini-álbuns. E fotos. E figuras de ação. E de acrílico também. E stands de papelão do photoshoot para a Dispatch. E pôsteres na parede da sua performance no especial de fim de ano, o cabelo laranja era meu preferido.
Mas eu não sou um fanboy.
Nem sou louco por ele, não é como se eu tivesse lendo fics e me frustrando com o fato da maioria das protagonistas serem mulheres e eu não poder me imaginar corretamente no lugar delas. Longe disso.
Eu o vejo com admiração. Nenhum desejo envolvido. Já superei essa fase.
De qualquer forma, estava começando minha carreira como produtor, contudo estava sendo um ótimo começo já que meu pirralho, também conhecido como Jeon Jungkook, ganhou todos os prêmios que um rookie poderia conseguir. Até comecei a trabalhar para alguns grupos, e quase chorava de emoção quando via uma das minhas músicas no topo dos charts.
Mas no todo eu estava bem, apenas segui com a minha vida.
— Seguiu porra nenhuma! — Hobi disse e tentei entender do que ele estava falando — Você fez de novo!
— O que?
— Reservou um quarto no mesmo hotel que ele só pra olhá-lo feito um fanboy ridículo e não dizer sequer um “oi” pro garoto. Qual o problema, Yoongi-hyung, não é possível que depois de três anos você não consegue encará-lo?
— Eu fico nervoso, ok? E não me hospedei no hotel porque ele vai estar lá, todos que vão se apresentar no Music Bank vão pro mesmo hotel. Meu quarto é do lado do pirralho, eu tenho que tomar conta dele, não flertar com Park Jimin.
— Como se você sequer fosse capaz disso. — ironizou — O garoto se oferecia numa bandeja de prata e você nem notava!
— Se oferecia coisa nenhuma.
— “Yoongi-hyung é tão legal. Bom dia, Yoongi-hyung.Yoongi-hyung eu fiz uma coreografia, vai na minha casa ver” — tentou, falhamente, imitar a voz de Jimin enquanto dizia as frases — Ou você é muito burro, eu se faz.
— E se não fosse nada? E se ele fosse só gentil? E se quisesse só me mostrar a coreografia? — usei os mesmos argumentos que usei três anos atrás.
Hoseok só olhou pra mim em sua mais profunda decepção.
— Você se sabota. Tá confirmado, não há nada que eu possa fazer. Continua então sendo o fanboy e chora mais um pouquinho pq ele tá loiro agora, diga adeus ao cabelo laranja.
— Vai se foder, me deixa em paz — gritei, mas nem adiantava já que Hobi tinha saído do estúdio de qualquer forma. Eu tinha muito mais com o que me ocupar, tipo finalizar a música do primeiro comeback do pirralho e não tinha concluído a letra ainda. “Droga de música de amor, quem precisa disso? O moleque nunca nem se apaixonou, provavelmente.”
Suspirei, exausto dos meus pensamentos e como mesmo melhorando ainda não era o meu ano, e as coisas não iam melhorar de nenhum jeito.
— Eu não amo Park Jimin. Ele é um fucking idol, que eu vejo na TV e talvez com sorte produza uma música pra ele. Eu preciso de alguém real, não uma idealização romântica baseada em porra nenhuma. — verbalizar aquilo me fazia sentir mais determinado em minha árdua tarefa de superar o fantasma que Park era em minha vida — Mas eu gostava tanto do cabelo laranja…
— Tá proibido de comer chocolate. Nada de álcool. E está tendo uma festa no hotel, nem ouse passar sequer perto da porta — Jungkook murchou como um boneco de posto furado, tentei não rir da sua cara de decepção, mas era impossível não rir de seus olhos enormes e pidões — Você quer que eu chame, Jin-hyung?
— Não, não, não — Seokjin, o preparador vocal, era o único que o pirralho realmente respeitava — Prometo ficar aqui. Nada de festas. Ou álcool.
— Nem chocolate.
— Mas…
— Já conversamos sobre isso.
— Chocolate faz o corpo produzir mais saliva e atrapalha o canto — recitou a informação já repetida mil vezes por Seokjin — Isso é um saco.
— Bem vindo ao mundo do entretenimento, filhote. Agora boa noite, que eu tenho mais o que fazer.
— Onde você vai?
— Pra festa. — sua expressão era de pura indignação.
— Isso não é justo, porque você pode ir e eu não?
— Porque eu não tenho 19 anos e não tenho um show amanhã. Boa noite, Jungkook.
(…)
Eu odeio festas. Qualquer uma, eu fugia até das minhas festas de aniversário - apesar de aceitar o bolo - então é óbvio que eu só tinha ido na festa do hotel por um único motivo: Park Jimin estaria lá. E também, a maioria dos produtores das Big3 estariam também, e seria burrice não tentar me enturmar com essa gente.
De qualquer forma, só começaria dali a algumas horas e por enquanto, deviam ter apenas alguns hóspedes e funcionários na área do restaurante aproveitando para beber antes da festa começar. Eu bem poderia esperar no meu próprio quarto, mas queria me enturmar com algumas pessoas e...
Ok, era só por Jimin que eu estava ali, mas eu não era um fanboy ridículo, como Hobi disse. Eu sou um fã perfeitamente normal que quer ver o ídolo e ex colega de escola, o que tem de errado nisso?
Infelizmente havia uma barreira enorme no meu caminho - muito maior que minha total falta de coragem de sequer lhe dirigir a palavra - a barreira conhecida como Lee Taemin.
Eu os vi sentados juntos logo que entrei, já devidamente arrependido de não ter usado a jaqueta de couro que me fazia parecer muito mais legal do que eu realmente era, e eles falavam tão perto. Como se fossem se beijar a qualquer instante. Tá, talvez eles não estivessem tão perto, talvez estivessem á uma cadeira de distância. Mas era a mesma mesa! Isso obviamente queria dizer que eles iam se beijar a qualquer momento. Claro que isso não ia acontecer ali já que a imprensa acharia um escândalo e iria destruir a carreira de ambos, mas era óbvio que havia algo mais ali. É a mesma mesa!
“Viu, ele achou alguém melhor. E mais bonito. Você é um otário, Min Yoongi” xinguei a mim mesmo, e me dirigi ao bar que era o único lugar onde eu poderia distrair o meu sofrimento. “Se eu dançasse como o Taemin teria mais chances?”, eu dançava meio como um pato, mas conseguia pegar coreografias quando queria.
— Eu quero uma vodka, por favor.
— Uma dose, senhor?
— A garrafa toda. — rebati, o barman arregalou os olhos — Só enche o copo. De verdade. — dois dedos de bebida era o caralho, se é pra ficar bêbado, eu vou ficar de verdade.
Ele demorou alguns minutos escolhendo uma garrafa, muito possivelmente a mais cara - mas foda-se, eu nunca dei gasto nenhuma a empresa, uma garrafa de vodka não era muito - e encheu o copo até perto da borda. Eu era muito bom com bebida para ficar bêbado com apenas aquele copo, mas já seria um bom começo.
— Dia difícil?
— É — respondi no automático até reparar que não era a voz do barman, olhei para o lado somente para que meu coração começasse a bater de forma errada, com Park Jimin sentado bem ao meu lado — É… é…
— Oi. — ele sorriu — Você lembra de mim, hyung?
— É… Jimin. Jimin é… claro, eu claro que eu… eu é… eu lembro. — “fala direito, caralho!”
— Você não mudou nada — ele riu um pouco — Gostei do cabelo, loiro combina com você.
— O-Obrigado. É… o rosa ficou ótimo em você — era bem verdade, era um tom bem forte, mas ficou bonito nele, ainda mais com as luzes ambiente no mesmo tom.
— Não. — riu um pouco mais — Não é de verdade — segurou uma pequena mecha entre os dedos e puxou lentamente, fazendo parte da tinta se soltar, revelando o loiro por baixo.
— Não acredito que fui enganado.
A risada dele ainda era maravilhosa. Oh, céus, Park Jimin era minha ruína.
— Todo mundo achou que fosse real — bagunçou o cabelo para esconder a mecha — Vou precisar retocar para a apresentação amanhã. Ah, eu vi o show do Jungkook em Hong Kong, ele é muito bom, parabéns pelo bom trabalho com o garoto.
— Você viu? Podia ter falado com alguém da equipe, o pirralho ia adorar te conhecer.
— Eu pensei nisso, mas… eu estava nervoso.
— Nervoso?
— Fazia um tempo desde que o vi, hyung. Se não lembrasse de mim, seria constrangedor.
— C-Como eu poderia esquecer de você. — okay, isso foi um pouco sentimental demais, diga algo melhor — Você é Park Jimin. — emendei com uma risada horrível.
— Não lembrar como o cantor Park Jimin, como…
— Eu entendi — cortei-o — Realmente nunca esqueci de você. Nenhuma vez sequer. — sorriu, daquela forma adorável que fazia seus olhos se fecharem e meu coração falhou mais uma vez. Antes do fim daquela conversa eu morreria de um ataque cardíaco. Vê-lo tão de perto só faria meus sentimentos estúpidos voltarem - se é que um dia me deixaram - e no fim somente eu sofreria sozinho e amargurado. E sozinho e amargurado eu já era sem levar um fora de Park Jimin, e eu podia muito bem me poupar dessa dor.
“Mas talvez você nunca mais possa falar com ele de novo. É só uma conversa”
Só uma conversa. É, só isso.
(...)
— E por que ele não desceu com você? — no momento estávamos falando sobre o pirralho, que para o bem dele esperava que estivesse dormindo e sonhando com coelhos saltitantes.
— Jungkook é muito animado com tudo, iria ficar acordado a noite toda se eu deixasse que fosse a festa. — que estava acontecendo nesse exato momento em outro lugar do hotel enquanto continuávamos no bar. Minha vontade de ir para lá já estava bem na minha frente de qualquer forma.
— Ninguém da minha staff quis descer comigo, foram todos dormir, mas é bem provável que batam na porta do meu quarto às três da manhã só pra me acordar e ver se estou lá.
— Já são duas e meia, melhor correr — ele riu, apertando aqueles olhos adoráveis. Meu deus eu só queria ver esse sorriso todos os dias, nem é pedir muito.
— Yoongi-hyung é tão legal. — ele soltou, estava na segunda ou terceira taça de coquetel. Talvez na quarta ou a quinta? Eu estava ainda no meu segundo copo de vodka. Jimin jogou os fios de cabelo para longe da testa e inclinou um pouco mais pra perto — Sabe… sua música é incrível, de verdade. O álbum do Jungkook é maravilhoso. Tem personalidade e letras com mensagens boas. Eu gosto disso.
— O-Obrigado. Mas eu não fiz tudo sozinho, os outros merecem muito mais mérito que eu — ele inclinou o rosto e sorriu.
— Você sempre foi tão modesto assim?
Na verdade eu não era não. Eu só não queria fazer meu ego afastá-lo, mas sim eu merecia todos os méritos tirando a parte vocal, isso podia ficar com Kookie e Jin. Qual é, eu produzi o álbum todo sozinho! Compus quase tudo. Deus só não me deu uma voz boa porque não queria fazer um ser humano perfeito e porque Park Jimin já existe.
— Eu comecei a compor também — ele continuou — São minhas primeiras letras, mas acho que tem futuro, sabe? A empresa até aceitou ouvir as demos — assenti, realmente interessado nisso. Era bem raro ver idols compondo, gostei de saber de seu esforço — Você quer ouvir?
— As demos? Claro, pode me mandar quando quiser.
— Eu tenho elas aqui. Sempre levo comigo. A gente pode subir e eu te mostro.
“É um convite. Ele quer você. Aceita logo!” minha voz interior estava gritando internamente comigo. Claro que podia não significar nada, mas não era a cabeça de cima que estava no comando no momento.
— Claro. Porque não. — deu de ombros como se não fosse nada. Talvez não fosse mesmo. Talvez ele fosse apenas me mostrar a música e só. Afinal ele é Park Jimin e podia ter quem quisesse, provavelmente caras bem mais bonitos. E com um corpo melhor também.
Arrastei a mim e minhas inseguranças junto com ele em direção ao elevador. Vazio. Seu ombro tocando no meu. Resisti ao impulso de olhar para o lado. As portas se abriram e o seguimos em direção a primeira porta, logo diante do elevador. Ele entrou primeiro e me deu passagem pra entrar.
— Bebe alguma coisa se quiser, eu já volto. — entrou por outra porta, que deixou aberta, podia ver a cama de casal gigante, porém senti minha esperança ir embora. Ele não me queria coisa nenhuma, eu que como sempre estava vendo coisas onde não tinha.
Fechei os olhos tentando raciocinar sobre meu próximo passo. Ouvir a música e ir embora? Só ir embora? Decididamente ir embora e rasgar todos os meus posters porque olhar pra cara dele - mesmo que em foto - depois de tudo isso era inadmissível? Eu era um idiota, por isso Hoseok sempre estava rindo de mim. “Você não é gênio coisa nenhuma, Min Yoongi, você é um otário!”. A cara de badboy era só a cara mesmo porque por dentro eu era um idiota apaixonadinho pelo crush do colegial e que tinha diversos posters dele colados na parede, o quão humilhante isso era?
— Hyung… — a voz de Jimin era um breve sussurro em meu ouvido, abri os olhos, vendo-o diante de mim, a camisa com os botões quase todos abertos, sua respiração alta perto do meu rosto — Achei que viria atrás de mim — meus olhos desceram para seu peito liso, a pele tinha um tom diferente do meu, mais vívido e quente. E era lindo — Acho que sou ruim em te mandar dicas. Nem no colégio você notava.
— Não? — foi só o que minha mente surpresa conseguiu processar — Quer dizer que no colégio, você…
— Me beija logo, Yoongi.
E eu fiz. Os lábios eram doces graças ao coquetel e tão macios quanto sempre achei que fosse, suspirei, sentindo sua língua mover-se lentamente junto com a minha, me provocando. Desci as mãos por sua cintura até as nádegas que eu sempre tive vontade de apertar. Jimin gemeu surpreso quando pressionei seu corpo contra o meu.
Aquele gemido. Puta merda. Todo meu desejo reprimido por anos ganhou vida, precisava tirar mais gemidos dele. Puxei-o comigo quando me guiei para o sofá atrás de mim e levei-o ao meu colo.
— Tira isso — pediu, ajudando a puxar a camisa para fora do meu corpo, seus lábios foram até meu pescoço, distribuindo seus beijos úmidos e marcados. Sentia seus dentes raspando contra a pele, a língua provando-me, seus quadris se moveram em contato com o meu, mesmo com o jeans criando uma barreira. Eu estava rapidamente envolvido, não que precisasse muito, apenas seu beijo lento e provocador foi o bastante para começar a me deixar duro.
Minhas mãos se mancharam da tinta rosada quando segurei seus cabelos, guiando sua boca de volta para a minha, desci os dedos para terminar com sua camisa e ele me ajudou a atirar longe. Queria chupar cada centímetro daquela pele.
— Vamos pra cama — sussurrei entre seus lábios.
— Ok.
A tentativa de alcançar o outro cômodo seguiu-se em tropeços enquanto tentávamos não apartar o beijo. Eu inevitavelmente o fiz, incapaz de dar mais um passo sem tirar o jeans do garoto de uma vez e esquecer até meu nome vendo suas coxas. Tão perfeito.
Park Jimin se eu não te amasse tanto, eu te odiaria por ser bom demais pra ser real.
— Tira também, hyung — ele pediu quando me levantei, depois de diligentemente friccionar minha palma contra sua ereção ainda contida, já desatando o cinto, pressionou um beijo longo em meus lábios, afastando apenas para sussurrar — Eu sempre quis chupar você.
Eu não tava esperando por essa.
Estava quase considerando se alcançaria o orgasmo apenas ouvindo-o falar. Tropecei para fora do meu jeans e meus sapatos, e desta vez alcançamos a cama, engatinhando para a cabeceira, me sentei apoiando a ela, enquanto Jimin mais um vez sobre mim, agora com bem menos impedimentos.
O garoto rebolou em meu colo, bem devagar, fazendo minha ereção friccionar contra suas nádegas ainda cobertas, Jimin tinha os olhos fechados, a testa apoiada na minha e a boca entreaberta, gemendo num suspirar quando sentia seu pau roçar no meu. Escorreguei a mão para dentro de sua cueca puxando para fora, e empurrei a peça para baixo, até o limite permitido pelas coxas.
— Yoongi-ah… — gemeu quando circundei a glande com o polegar tão lento e torturante quanto seus quadris. Movi a mão, espalhando líquido pré-gozo, para cima e para baixo no espaço comprimido entre nossos corpos, sentindo esquentar rapidamente. Seus gemidos eram contidos contra minha pele, os dedos apertando meus cabelos com força eram um incentivo para que o provocasse um pouco mais — Tão gostoso, hyung. — chupou a curva do meu pescoço, a língua quente sabia exatamente o que fazer, minha mão se perdeu no ritmo enquanto a mente imaginava aqueles lábios grossos e avermelhados chupando meu pau.
Tão bom. E tão sujo.
Como se tivesse lido meus pensamentos, ele saiu do meu colo, livrou-se da última peça, repeti o gesto, quase suspirando alto pelo alívio de não ter mais nenhuma roupa e quis muito não ficar afetado pelo modo como ele me olhava, mas era impossível. Parecia que eu era a pessoa mais bonita em que ele já pôs os olhos. Se colocou no meio das minhas pernas e puxei seu rosto para mais perto, tomando num beijo desesperado. Suas mãos pequenas seguraram meus fios, o envolvi pela cintura e segurei as duas ereções com a mão livre, masturbando-nos juntos.
— M-Min Yoongi-ah… mais... — sua voz estava mais grave porém manhosa, provocando um arrepio gostoso pela costas, então aumentei o ritmo somente para ouvir mais, o som molhado de nossos lábios e sua língua envolvendo a minha, saliva escapando por entre o beijo. Por deus, era tão bom.
Suspirando antes de afastar seu rosto, ele segurou minha mão impedindo que continuasse e tomou distância, deixou um beijo úmido em meu pescoço. Outro em meu peito. E por último na glande, sugando devagar. Puta merda. Ele riu baixinho quando me ouviu gemer. Apertei os olhos sentindo sua língua percorrer o comprimento de baixo para cima, circundar a glande com a ponta e depois lentamente colocar em sua boca. Deixei meus olhos fechados, delirei tanto com essa cena antes, que se eu o visse chegaria ao ápice mais rápido. Ele abocanhava o quanto podia e se retirava chupando a glande com vontade e aprofundou de novo, sua mão estimulando o que não alcançava.
Meu peito se contraiu enquanto tentava conter gemidos mais altos e agarrar seus cabelos com força, eu estava ainda mais duro e me concentrava em não gozar rápido. Talvez eu nunca mais tivesse a chance de tê-lo novamente, não podia arruinar tudo. Mas era tão bom… a língua dele envolvia minhas bolas para depois ir num vai e vem pelo comprimento, a sensação quente de sua boca e as mãos num ritmo tão gostoso. “Se concentra, agora não.”
— Jimin-ah… — chamei, abrindo os olhos e vendo a expressão confusa de seus olhos inocentes, a boca entreaberta com um fio de saliva ligando seu lábio inferior ao meu pau. Por deus, eu queria foder aquele garoto até que não conseguisse andar no dia seguinte. Derrubei-o contra a cama quando tomei-o num beijo afoito, como se precisasse disso para continuar vivendo, Jimin soltou um murmúrio manhoso quando comecei a estimulá-lo novamente, estava pronto para ser tão bonzinho quanto ele foi comigo, porém mais uma vez, Park Jimin usou seus poderes telepáticos para antecipar minhas ações.
— Tem um vidrinho de lubrificante bem ali — apontou para a cômoda ao lado da cama, pressionou um selinho em meus lábios. Será que a cada mínima ação dele um pouco da minha sanidade iria embora?
Ele se apoiou nos cotovelos para me assistir esfregar o líquido frio por todo o comprimento, não que precisasse muito quando ele fez um trabalho tão bom, o puxei com uma mão, o derrubando de volta na cama, fazendo-o rir, afastei mais suas pernas, deixando-o bem aberto pra mim. Jimin estava respirando alto em excitação, esfreguei um pouco mais de lubrificante em sua entrada, suspiramos em uníssono quando pressionei dois dedos para dentro, indo tão fundo quanto podia, o interior apertado e quente se contraiu entre meus dígitos. Retirei quase totalmente e afundei mais uma vez, repetindo o gesto num ritmo lento até roçar um terceiro dedo, ele grunhiu alto, sua cabeça jogada para trás com o tronco contraído. Será se estava doendo?
— Hyung… por favor — pediu, mordendo os lábios grossos e pressionou os quadris em direção aos dedos que ainda estavam dentro dele. Park Jimin implorando para me ter de uma vez?
Precisei beijá-lo novamente, retirando os dedos e posicionamento meu pau, empurrando apenas um pouco, afastei os lábios, concentrando apenas para me afundar um pouco mais, sua coxa tocou a minha e empurrou meu corpo para que colocasse de uma vez. A sensação era maravilhosa, era tão apertado e quente, parei ouvindo-o gemer baixinho, enquanto mexia os quadris involuntariamente. Só a sensação de estar dentro dele estava me enlouquecendo.
Seus olhos buscaram os meus por um momento e lentamente se fecharam quando comecei a me mover, seguimos o beijo, o som de nossas bocas estalando era tão excitante quanto da minha pele em contato com a dele. As mãos pequenas abraçaram minhas costas e as unhas curtas deixariam um estrago considerável.
Tentei manter um ritmo agradável, ouvindo-o gemer contra minha orelha, seus pequenos lábios inchados murmuravam palavrões a cada vez que o atingia no lugar certo, mordiscando a ponta. Saber que ele estava assim por minha causa me fez contrair em desejo. Quis ir mais rápido, queria ouví-lo gritando por mim.
E foi o que fiz, envolvendo suas mãos e afastando de minhas costas, dessa forma eu poderia fazer o que queria. Soltei-as segurando a cintura e aumentei o ritmo, o som úmido dos nossos corpos se chocando e de como seus lábios tremiam enquanto sufocava gemidos mais altos temendo que alguém pudesse escutar, me arrastaram ao limite. “Não goza, Yoongi. Não goza”. Fui mais firme, a boca estava seca pelo tempo aberta e mais um pouco não teria voz no dia seguinte, mas era tão bom, suas unhas descontava em meus braços enquanto ele gemia tão alto. Sua bunda vermelhinha pelas minhas mãos e a força das estocadas me excitava tanto. Eu estava desesperado para gozar, mas eu queria ele alcançasse antes.
Comecei a masturbá-lo enquanto ainda me movia freneticamente, meu corpo estava começando a ficar exausto, mas seu rosto corado, coberto de suor enquanto chamava meu nome era todo o estímulo que precisava. Tudo em seu corpo pequeno exalava sexo.
Jimin se desfez entre meus dedos, sujando mais seu abdômen que minha mão, diminui o ritmo apenas para vê-lo tentando recuperar o fôlego e um sorriso se abrir em seu rosto.
— Continua… — disse, ainda ofegante — Quero você dentro de mim quando gozar. — suas mãos pequenas se uniram em minhas costas, puxando-me para ele. Fechei os olhos e me concentrei em continuar me movendo, não que precisasse muito, um arrepio percorreu minha coluna, meu corpo contraiu e acabei gemendo alto demais - praticamente urrando - gozando dentro dele, porém continuei estocando até o último segundo, quando não tinha forças nem pra respirar como deveria. Só abri os olhos novamente quando Jimin pressionou os lábios nos meus num selinho demorado.
Parei um momento, porque naquele instante eu não conseguia sequer mover um dedo.
— Jimin…
— O que? — joguei meu corpo exausto ao seu lado na cama, virando o rosto para olhá-lo.
— Sua equipe não está no quarto ao lado, está? — ele riu alto virando-se pra mim.
— Vou ter muito o que explicar pra staff amanhã. — ri também, escondendo meu rosto com as mãos como se houvesse alguém ali além dele para me ver, ele as tirou para beijar meu rosto, estava começando a amanhecer lá fora, a noite vista pela janela já estava bem mais clara. Talvez já fosse o momento de começar a procurar minhas roupas — Dorme aqui. — se antecipou.
— Mas e se eles…
— Ninguém virá. Juro. — tentei de verdade não sorrir - e consequentemente encher meu coração iludido de esperanças - mas foi inevitável — Ainda temos o resto da noite. — assenti.
“Às vezes deus é muito bom mesmo”
— Tudo bem. Eu fico.
Jungkook estava em sua primeira turnê pela Ásia e alguns países da América do Sul o que me fez acompanhá-lo durante três meses. E eu não vi Jimin nenhuma vez. Não tive coragem de ligar e me sentia o mesmo fracassado de 2009 que queria que minha vida mudasse, mas não tomava atitude nenhuma pra isso. Mas não era como se eu fosse ligar e ele ia dizer o quanto sempre fora apaixonado por mim e seus sentimentos agora eram muito maiores depois de treparmos a noite toda e ele se apresentar no Music Bank com umas vinte doses de energético.
Eu apaguei nos bastidores no meio da apresentação de Jungkook e acordei 3 horas depois quando o programa acabou. Ouvi um bocado do Manager Yoo? Sim. Ele ameaçou me demitir? Totalmente. Se fiquei arrependido? Nem um pouco.
Mas era só isso, foi uma noite e só.
Era assim que as coisas funcionavam não é mesmo? Ele também tinha meu número e não ligou, então era bem óbvio que tinha acabado ali. Eu só seguiria para meu primeiro dia de volta ao estúdio e terminaria o álbum do pirralho como deveria ter feito três meses atrás, a não ser por um detalhe:
— Você não vai finalizar o álbum do Jungkook. — Manager Yoo disse de uma vez, antes que eu sequer tivesse tempo de me sentar. Acabei desabando na cadeira de seu escritório.
— O que? Mas… eu fiz tudo, tá quase pronto! — “Como eles ousavam tirar meu filho de mim?”. O filho no caso, o álbum, o pirralho era impossível me livrar.
— Sabemos disso, RM pode finalizá-lo, mas a JRP precisava de um produtor novo, eles são nossos parceiros, vai ser bom pra empresa. Eles pediram você, especificamente.
— Por que eu? Eu trabalho muito mais com rap e hip hop, eles só tem cantor de balada romântica. Que merda eu vou fazer lá?
— Talvez seja um artista novo. Pode ser um desafio bom para sua carreira.
— Eu tenho escolha?
— Não. — grunhi.
— A equipe deles já tá aqui, não tá? — assentiu. Claro que estava, ele só me falou agora para não me dar tempo de pensar um modo de escapar — Manda eles entrarem logo.
— Tenha algum respeito. — seguiu para a porta.
“Que não seja um grupo rookie com 20 caras, que não seja um grupo rookie com 20 caras.” até uns 13 dava pra aturar, “Sim universo, a indireta foi pra você me mandar o Seventeen, te adianta”. Espera… JRP? Essa não era a empresa do...
— Senhor Park, esse é Min Yoongi — virei de uma vez, acho que meu coração parou por um minuto inteiro — Ele está realmente animado para trabalharem juntos. — Jimin fez uma reverência, assim como os dois membros de sua equipe ao lado dele, mas o máximo que consegui fazer foi acenar a cabeça como um idiota.
— Olá, Yoongi-hyung.
— Ah… — foi o que eu disse.
— Vai ser ótimo trabalharmos juntos. — e deu o sorriso mais cheio de significados que poderia. “Esse é o meu ano, caralho! As coisas finalmente vão dar certo, porra!” obrigado, universo, nunca te critiquei.
— Sim, vai ser ótimo.
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