Minhas mãos estavam frias e dormentes, com certeza deviam estar roxas devido à falta de circulação e eu já não sentia mais as pontas dos dedos. Meus pulsos haviam sido amarrados com tanta força que eu já sabia que ficariam hematomas.
Eu respirava lentamente, me concentrando pra não me mexer, mas senti uma forte cãibra na panturrilha esquerda por ter ficado muito tempo na mesma posição e não pude evitar encolher o corpo de dor.
Imediatamente senti uma forte pancada em meu braço esquerdo. Como não me levantei, logo seguiram mais duas pancadas no mesmo lugar.
Com certo esforço voltei a ficar na posição inicial, de joelhos. Ainda sentia uma dor forte na perna e agora o braço latejava onde recebi as pancadas.
Ouço-o andar ao meu redor e parar atrás de mim. Um pouco depois sinto a primeira pancada em minhas costas.
-Um... Dois... Três... Quat-tro... Minha voz falha na quarta pancada devido o choro que preciso conter.
Ouço uma risada baixa.
-Já está assim? Nós mal começamos.
-Cinco... Seis... Sete... Oito... Nove... Dez... Onze... Doze... Inclino o corpo pra frente bruscamente tentando escapar do próximo golpe.
Sinto algo gelado em meu pescoço. Ele aperta o cinto ao redor do meu pescoço me sufocando por alguns agoniantes minutos.
Quando estou a ponto de desmaiar ele me solta e caio de cara no chão.
-Você está muito desobediente hoje. Está merecendo uma punição mais severa não acha?
Não respondo, ainda tentando recuperar o ar.
Levo um chute nas costelas.
-Quando eu fizer uma pergunta você tem que responder entendeu?
-Sim, mestre. -Falo o mais claro que consigo apesar da falta de ar.
-Você está merecendo uma punição?
-Por favor, mestre. Eu não aguento mais. Eu juro que vou me comportar.
-Mas eu não quero que você se comporte. O que eu mais gosto é de punir você.
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