País dos Ursos, 15:21 da tarde.
*Hinata’s POV on*
— Comece a próxima batalha! — Pain gritou e naquele momento eu senti um frio enorme na minha barriga.
No instante que começou a batalha, eu ativei o meu Byakugan, agora com mais precisão eu poderia notar os pontos de chakra do meu adversário, ao contrário de antes, em que observava de longe... Para a minha tristeza, o que Konan disse sobre esse ninja, Kisame Hoshigaki, estava totalmente certo, não, talvez fosse até pior... As reservas de chakra desse cara eram assustadoras, não consigo nem dimensionar a quantidade de Ninjutsus que ele pode ser capaz de realizar...
— Ei, menina. — Ele me chamou e me fez observá-lo sem ser no seu interior. — Desista dessa luta, você vai ter sorte por continuar viva. — Ele deu um sorriso de lado e segurou em sua espada.
Aquela espada... Se não me engano, o nome dela é Samehada, ela é uma espada dos Sete Espadachins da Névoa, e para piorar a minha situação, não é uma espada comum, ela devora o chakra da pessoa com quem ele luta, para mim que sou uma lutadora corpo a corpo ela pode ser perigosa... Mas ao mesmo tempo... Se eu não conseguir bloquear seus pontos de chakra, ele com certeza vai me atingir com algum Ninjutsu do Estilo Água.
— Não faz parte do meu estilo desistir assim... — Sorri debochada sem desfazer o Byakugan, e me posicionei em posição de defesa.
— Que escolha infeliz... — Vi Kisame dar um sorriso de lado e correr em minha direção.
Ele corria até mim ao mesmo tempo que agarrava a Samehada, ele com certeza iria tentar roubar meu chakra com ela...
— Hakke Kūhekishō! — Quando ele estava bem próximo a mim, e prestes a me golpear com sua espada, usei o jutsu Oito Trigramas: Palma da Parede de Vácuo.
Como o ataque foi repentino e surpreso, Kisame acabou sendo atingido, sua alta resistência e porte físico não o permitiu que caísse no chão, mas eu consegui desequilibrá-lo e perder um pouco da concentração.
— Mas o que foi... — Ele tentou entender o que estava acontecendo, mas antes que ele terminasse seu raciocínio eu iniciei um novo ataque.
— Hakke Rokujūyon Shō. — Minha única chance de conseguir afetá-lo é utilizando a técnica dos Oitos Trigamas, então eu espero que essa distração tenha dado certo... — Dois golpes! — Consegui atingir dois dos seus pontos de chakra nos braços. — Quatro golpes! — Continuei na região da clavícula. — Oito golpes! — Agora também consegui atingir a região peitoral. — Dezesseis golpes! — Desci para o abdômen. — Trinta e dois golpes! — Agora o resto dos membros. — Sessenta e quatro golpes! — No meu último ataque, o corpo de Kisame acabou sendo chocado com a parede que estava atrás dele, eu aproveitei o atrito para pegar todos os pontos restantes.
Depois de realizar todos aqueles ataques eu tomei um pouco de distância para analisar se ainda havia alguma reserva de chakra, para que eu acabasse com ela antes dele poder recuperar seus movimentos.
— Ora, ora... Parece que você é um pouco melhor do que eu esperava... — Como ele pode estar falando!? Com os golpes que o dei ele não deveria ter forças para isso tão cedo...
Arregalei meus olhos quando meu Byakugan conseguiu focar melhor a visão em seu interior.
— Mas... Isso não é possível... — Estava pasma, nunca aquilo havia acontecido: eu atingi todos os seus pontos de chakra e seu fluxo continuava o mesmo!
— Veja bem, garotinha... — Kisame desencostou da parede e se aproximou um pouco de mim. — Você não percebeu que eu não soltei a minha espada por nenhum momento?
Quando ele disse aquilo eu olhei para sua mão direita, a Samehada estava posicionada perfeitamente eu seu punho, e ela aparentava se movimentar um pouco.
— Mas qual a diferença que isso faz? Eu tenho certeza que te atingi... — Olhei incrédula para minhas mãos, era como se eu estivesse machucada e ele não. Kisame estava de pé naturalmente, como se não houvesse sofrido nada, e eu já estava um pouco ofegante e mais cansada do que o normal quando usava esse jutsu.
— Você realmente me atingiu, mas enquanto você me golpeava, a Samehada substituiu todo o chakra que você retirava de mim pelo seu próprio chakra! — Ele me explicou me fazendo entrar em choque. — Essa sua técnica... Ela é muito perigosa, e por mais que você seja uma Hyuuga, eu não sabia que as habilidades de seu Clã chegavam tão longe assim, de qualquer forma... Eu não vou ser atingido por isso de novo.
Eu tremi um pouco e cheguei a ficar um pouco tonta. Como eu pude ser tão burra? Pensei que tivesse criado a distração perfeita para Kisame, mas ele não soltou a Samehada em nenhum momento... Eu estava tão focada em atingir seus pontos que não me preocupei com sua estratégia... Ele não baixou sua guarda em nenhum instante, e agora ele descobriu uma das minhas principais estratégias e para completar, conseguiu levar boa parte do meu chakra com ele...
— Droga! — Praguejei a mim mesma quando ele voltou a correr em minha direção e eu estava completamente despreparada para receber o ataque.
Consegui desviar muito mal de seus golpes, e o último deles a Samehada acabou atingindo o meu braço esquerdo.
— Parece que você não conseguiu se livrar dessa... — Dito isso vários espinhos saíram da parte enfaixada de sua espada.
Claro... Eu não posso esquecer que aquilo não é uma espada normal, além de devorar meu chakra, ela tem escamas de tubarão que podem me ferir fisicamente... Essa arma é demoníaca, eu estou ganhando muita desvantagem...
— Ai... — Gemi de dor quando senti aquela pele espinhosa da espada perfurar a carne do meu braço, em um ímpeto de adrenalina eu consegui pular para trás.
O estrago feito não era tão grande, mas era o suficiente para piorar minha situação... A Samehada cortou meu ante-braço esquerdo, e várias gotas de sangue começaram a escorrer pela minha pele e caírem no chão, não era profundo, mas estava doendo demais...
— Não sei o que a Konan pensou ao te colocar para lutar comigo... — Kisame me encarou sério. — Ela deve te odiar para ter feito isso com você... — Deu uma risada seca, ele estava debochando de mim bem no meio da luta, e ele estava louco se pensava que eu ia ficar quieta e só ouvindo.
Eu já fui muito covarde e inocente, mas não serei mais.
— Não me subestime, seu babaca. — Disse séria o fazendo me encarar surpresa, ignorei toda a dor insuportável e fraqueza que sentia no momento para tentar outra técnica. — Jūho Sōshiken, Punhos dos Leões Gêmeos! — Usando o chakra que me restava, concentrei minhas forças em meus punhos e intensifiquei a visão do meu Byakugan. — Você ainda não viu nada. — Abruptamente, o meu chakra concentrado nas minhas mãos tomou forma de dois leões, um em cada membro, no meu braço esquerdo, especificamente, aquela corrente de chakra que passava feria a minha pele, mas eu não podia deixar isso afetar a minha estratégia... Dei uma risada fraca e iniciei o ataque.
Essa técnica me permitia ter mais velocidade e agilidade, e percebi a surpresa no olhar de Kisame quando eu me aproximei dele mais rápido do que o normal.
— Sua... — Ele rosnou defendendo um de meus socos com sua mão.
— Eu não faria isso se fosse você... — O encarei sarcástica e ele observou nossas mãos que se encostavam, a minha como um punho e a dele a segurando.
O leão no meu punho começava a inibir o chakra de seu braço, e acho que ele percebeu quando foi ficando sem forças para se defender do meu punho, aproveitando seu susto e fraqueza, o golpeei em seu estômago, mas ele não foi nocauteado... Apenas se agachou segurando a região danificada, ele tinha uma resistência incrível e aquilo iria me dar trabalho...
— Você é mesmo uma menina cheia de surpresas, não é mesmo... — Me deu um olhar ao mesmo tempo macabro e irônico, e se levantou rápido, mais rápido do que deveria... — Se não fosse pela minha enorme reserva de chakra, esse golpe poderia ser quase que fatal, é, eu tenho que admitir... Você é mesmo boa, mas vamos ver o quanto aguenta. — Ele fez um sinal de mãos.
— Droga... — Sem desfazer o meu jutsu, entrei em posição de defesa.
— Suiton: Dai Bakusui Shōha! — Depois de Kisame terminar de falar o jutsu, ele começou a vomitar uma enorme quantidade de água, os membros da Yoake e da Akatsuki começaram a buscar lugares mais altos para observarem a luta, e eu não fiz diferente, haviam pilastras e colunas quebradas, e me posicionei em uma delas, o local estava inundado... — Suiton: Goshokuzame.
— Outro jutsu assim tão rápido? — Arregalei meus olhos com as habilidades de Kisame, ele já estava fazendo outro jutsu, e dessa vez eram vários tubarões, 5 para ser mais exata, eles começaram a nadar na minha direção.
Eu desviei do ataque de um tubarão, mas no que me esquivei, outro se aproveitou para me agarrar pelo mesmo braço que eu havia me machucado antes, e me levou para o fundo da água. Eu sentia muita dor, e o tubarão continuava me arrastando para baixo, eu já estava quase sem fôlego...
A última coisa que vi antes de fechar meus olhos foi Kisame nadando até mim, ele com certeza ia aproveitar essa situação totalmente a seu favor para me matar, era isso... Eu estava morta, não consegui vencer, decepcionei Konan e as meninas, e agora vou pagar isso com a minha vida.
Já estava quase desmaiando pela falta de ar.
Mas, de repente, senti meu corpo emergir, e logo o ar estava em contato com meu rosto, antes de abrir meus olhos respirei profundamente e tossi bastante, e, pouco a pouco, meus olhos foram se abrindo, para a minha total surpresa, eu estava sendo carregada por Kisame em seus braços, ainda estávamos dentro da água, ele me segurava em seu colo, e a primeira coisa que vi foi seu rosto, ele me encarava de uma forma estranha, ele não parecia bravo, ou com vontade de me matar, apenas me olhava sério e nadava para perto de um local seco.
*Hinata’s POV off*
*Kisame’s POV on*
Pain não exigiu que matássemos os nossos adversários, apenas ordenou que ganhássemos a luta. Eu sempre fiz questão de matar qualquer um que entrasse em meu caminho, e planejava matar essa garota quando ela estava prestes a desmaiar no fundo d’água, no entanto, não consegui fazer isso... A verdade é que ela não me fez nada de ruim, não tenho motivos para matá-la, Pain está sedento pela vitória apenas porque quer mostrar para Konan que ele é o melhor mesmo sem a ajuda dela, isso não é motivo o suficiente para que eu tirasse a vida dessa menina...
— Qual o seu nome? — Coloquei a menina em um local seco, afastado da Akatsuki e das subordinadas de Konan.
— Hinata... — Ela respondeu com um pouco de dificuldade entre tossidas.
— Hinata. — Fiquei de pé a sua frente, ela ainda estava sentada e tossindo, mas me olhou quando a chamei. — Eu não quero matá-la, não tenho razões para isso... Por favor, desista da luta, eu já provei a você que sua ideia de tentar acabar com meu chakra não vai dar certo, vamos colocar um fim amigável nisso, você não precisa sofrer mais. — Estendi minha mão para ajudá-la a se levantar, ela ficou encarando por alguns instantes antes de tomar alguma iniciativa.
Ela deu um sorriso simpático e foi a primeira vez em muito tempo que eu admirava a feição de alguém. Ela segurou a minha mão firmemente com seu braço bom, haja vista que o esquerdo tinha sido ferido duas vezes.
Mas a sua simpatia não durou muito tempo.
Assim que ela se pôs de pé, ela me recebeu com um chute no abdômen, e começou a fazer vários ataques sem sentido, ela estava muito lenta, e aqueles golpes eram mais fracos do que os de uma criança.
— Você... Não vai... Acabar comigo... Tão facilmente... — Ela tentava me acertar com socos e chutes mas era inútil demais, a segurei em seus ombros e a joguei no chão para que ela parasse com aquilo.
— Por que está lutando por uma batalha perdida? — Perguntei um pouco irritado por estar tendo aquele trabalho todo com ela.
— Porque... — Ela começou a chorar e aquilo me incomodou bastante. — Eu não posso decepcioná-las... — Foi a última coisa que disse, seus olhos começaram a fechar lentamente, e as lágrimas ainda percorriam seu rosto. Ela desmaiou, provavelmente de dor e cansaço, o ferimento em seu braço ainda sangrava, ela corria perigo...
A segurei novamente em meus braços e desfiz o jutsu, logo a arena voltou a ficar totalmente seca, então carreguei seu corpo até onde Konan estava.
— Você... A matou?... — Uma menina de curtos cabelos negros me encarou de boca de aberta.
— Ela só está desmaiada, mas precisa ser curada, se não vai ter problemas. — Respondi olhando para Konan, ela se aproximou de mim e pegou Hinata desacordada de meus braços.
— De certa forma, obrigada por não tê-la matado... — Konan disse quase que de forma inaudível já de costas para mim e levando Hinata para seu grupo.
Apenas me afastei e fui ao encontro da Akatsuki, os quais estavam um pouco longe de Konan.
— Bom trabalho, Kisame. — Pain disse um pouco orgulhoso, eu sabia que ele não estava nem aí para a minha vitória, ele só queria ganhar pontos nessa disputa sem sentido contra a Konan...
Não disse nada a Pain, apenas me aproximei de Itachi, até porque, além de meu parceiro em missões, ele é um dos poucos na Akatsuki com quem consigo conversar.
— Você não matou a menina. — Itachi falou em tom que só eu pudesse escutar, apesar de sempre ser indiferente em relação a tudo que acontece, Itachi parecia um pouco surpreso pelo fato de Hinata estar viva.
— Não... Realmente não matei. — Falei pensativo.
Eu realmente não tinha motivos para matar Hinata, mas poupar vidas também não é do meu estilo, se fosse outro inimigo, ele morrendo ou não seria muito indiferente... Por que eu me preocupei em salvá-la?... De qualquer forma, espero que Konan tenha uma médica ninja muito boa capaz de curá-la...
*Kisame’s POV off*
*Konan’s POV on*
— Ela vai ficar bem, o ferimento foi grave mas foi tratado a tempo. — Sakura disse sorrindo a mim enquanto aplicava seu chakra curativo em Hinata.
— Hinata... — Suspirei seu nome triste, eu estava preocupada com ela, acho que ela não estava pronta para as habilidades de Kisame, ela evoluiu tanto... Pensei que pudesse pelo menos ter uma chance...
— Konan. — Levei um susto quando uma voz familiar me chamou. Pain se aproximou de mim e eu nem percebi, estava com Hinata na cabeça. — Tem certeza que planeja continuar isso? Você pode desistir agora... — Ele debochou olhando para mim e para as meninas.
— Não seja tão convencido, só tivemos duas batalhas até agora e o placar está empatado, ainda tem muita coisa para acontecer. — Disse convencida.
— Você quem sabe... — Deu um riso falso e se afastou. — Kakuzu, você vai agora. — Pain disse alto para que todos pudessem escutar.
Kakuzu começou a seguir para o campo de batalha, e antes mesmo que eu olhasse para Tsunade, ela já passou por mim a passos largos até o encontro de Kakuzu.
— Tsunade... — Disse a mim mesma admirada com sua determinação e coragem, Tsunade era definitivamente uma das mais brilhantes ninjas que existiam...
— Que comece a terceira batalha! — Pain disse sem muita enrolação.
*Konan’s POV off*
*Tsunade’s POV on*
— Kakuzu,essa batalha será rápida... Mas não vou destruir muito o seu corpo, afinal, de acordo com o Livro Bingo, você vale bastante... — Já entrei em posição de ataque, embora agora eu estivesse na Yoake, eu não deixei de ir atrás de alguns criminosos para conseguir recompensas, além de eu ser a tesoureira da organização, matar pessoas por dinheiro é muito mais lucrativo do que apostar...
— Que engraçado... Eu estava prestes a te dizer a mesma coisa... — Kakuzu já respondeu ficando na defensiva. — Tsunade Senju, você é neta do primeiro Hokage, um shinobi fantástico que tive a honra de enfrentar, e além disso, renegou seu título de Quinta Kage de sua Vila, me pergunto o quanto seu pescoço vale...
— Você lutou contra o meu avô? — Disse incrédula a mim mesma, quantos anos esse cara tinha?... — De qualquer forma, espero que nunca se esqueça que o Clã Senju não aceita a derrota. — Assim que terminei de falar já iniciei o meu ataque.
Kakuzu apesar de ser bem alto e musculoso, possuía uma velocidade maior do que eu esperava, e isso me deixava em desvantagem para acertar algum soco.
— Não seja tão convencida, Tsunade. — Pude ver um tipo de tentáculo saindo de sua manga do manto da Akatsuki, era daquilo que a Konan falava... Seu movimento foi rápido e inesperado demais, aquele tentáculo segurou em meu tornozelo e me jogou com força no chão. — Você não é tão boa assim. — Agora percebi que seu punho enrijeceu, como se estivesse se transformando em pedra.
— Estilo Terra, não é... — Disse para mim enquanto observava seus movimentos, ainda deitada no chão.
— Morra! — Ele tentou me socar com aquele punho amedrontador, mas eu apenas me esquivei e pulei por cima de seu corpo.
— Com quem você pensa que está lidando!? — Durante o meu salto eu estiquei minha perna direita e me preparei para chutá-lo em suas costas. — Você é quem morre aqui hoje! — Dito isso, eu consegui acertá-lo, o impacto do meu golpe fez a arena se quebrar por vários quilômetros, até a Yoake e a Akatsuki tiveram que se afastar mais devido o enorme impacto que causei no chão daquele templo.
Procurei um espaço entre os escombros para me posicionar e ver o estado de Kakuzu, depois que a poeira abaixou, consegui ver seu corpo já de pé me encarando com ódio.
— Você é então mais parecida com seu avô do que eu imaginava... — Seu manto da Akatsuki já estava um pouco rasgado, e ele o retirou. Arregalei um pouco meus olhos ao ver seu corpo repleto de cicatrizes e marcas, aquele jutsu dele era de fato único, nunca vi algo assim na minha vida... — A brincadeira acabou, Tsunade... — Seu tom de voz era um pouco assustador.
Seu corpo começou a tremer e ele parecia se concentrar, de repente, algumas figuras esquisitas saíram de suas costas, são seus outros corações... Os que Konan havia me alertado, eu preciso destruir todos eles, é como se eu enfrentasse cinco inimigos de uma vez...
— Isso pode ser perigoso... — Me preparei para correr quando vi o monstro de máscara vermelha começar a se mexer.
— Kimen no Bakuen! — Aquele monstro começou a expelir fogo, mas não era uma quantidade normal, havia muito chakra naquele jutsu, resolvi me esconder em umas das pedras que levantei quando destruí a arena, mas naquele local já havia outra criatura me esperando. — Raiton: Gian! — Que ótimo... Era a liberação de Relâmpago, o ataque quase me pegou, mas consegui saltar e os raios se chocaram na pedra ao invés de mim. — Você não vai conseguir fugir sempre, Tsunade! — Kakuzu disse começando uma série de ataques corpo a corpo comigo.
— Você tem razão... — Disse sorrindo, aproveitando que ele estava concentrado em me atacar, foquei meu chakra em meus pés e comecei a correr dele, indo de encontro ao monstro de fogo. — Pra te ganhar eu preciso matar essas coisas! — Corri o mais rápido que podia focando parte do meu chakra nos meus punhos também.
— Droga! — Percebi que Kakuzu tentou fazer o monstro da liberação de fogo me contra-atacar, mas eu já estava perto de mais.
— Agora é menos um! — Com minha força sobre-humana, acertei a máscara em cheio, a despedaçando em migalhas.
Foi um ataque que tive que me esforçar bastante, confesso que me cansei um pouco, mas ainda haviam mais 3 monstros e o próprio Kakuzu, não seria uma batalha fácil...
— Acho que vou ter que pegar o seu coração para substituir o estrago que você fez... — Kakuzu disse com muito ódio e fazendo um selo de mãos. — Suiton: Suijinheki! — O monstro de água se aproximou rapidamente de mim, e começou a criar uma barreira de água a minha volta, me prendendo em uma espécie de cubo.
— Merda... — Havia uma corrente forte de água me cercando, eu não tinha como sair dali... E para piorar, vi a máscara de vento ficando a minha frente.
— Fūton: Atsugai! — A máscara do Estilo Vento começou a preparar um ataque, eu estava presa ali e com certeza não teria como desviar... O jeito seria concentrar o meu chakra para me defender e torcer para que o ataque não fosse muito fatal...
Logo uma corrente de ar cortante começou a me atingir, pus meus braços em meu rosto para tentar me defender ao máximo, sentia cada membro do meu corpo ser cortado, e uma poeira enorme foi levantada do chão, o que danificou a minha visão também... Por ser uma médica ninja, eu consegui diminuir os danos daquele ataque, eu com certeza teria morrido se não tivesse me protegido...
Quando o ataque terminou, a parede de água que me cercava também foi desfeita, eu conseguia ver aqueles dois monstros mas não enxergava Kakuzu por conta da poeira que ainda estava a minha volta, eu precisava aproveitar aquele momento para atacar de surpresa.
— Vão ser dois em um só golpe, dessa vez... — Disse baixo e com dificuldade, em um pico de adrenalina aproveitei que Kakuzu pensava que eu estivesse inconsciente por conta de seu ataque e destruí a máscara de água e vento em dois golpes consecutivos enquanto a poeira ainda danificava o campo de visão.
Os derrotei silenciosamente e fugi o mais rápido que pude para algum escombro que fosse capaz de esconder o meu corpo, concentrei chakra curativo para recuperar os ferimentos mais graves... Eu só tinha chakra restante para mais um jutsu, e ele tinha que dar certo...
*Tsunade’s POV off*
*Kakuzu’s POV on*
Eu não conseguia enxergar o que tinha acontecido, mas sei que Tsunade não conseguiu fugir... Não tinha como ela passar da parede de água, ela com certeza recebeu a rajada de vento, mas ela estava demorando muito para aparecer, será que ela morreu? Ela não morreria com um ataque assim, apenas ficaria mais fraca... Resolvi me aproximar para ver o dano que causei, para a minha surpresa, quando dei o primeiro passo senti uma dor insuportável em meu peito... Não era possível... Ela conseguiu destruir mais um coração meu!? Ignorei a dor e cheguei ao local em que a ataquei, havia algumas gotas de sangue no chão, mas seu corpo não estava lá, a única coisa que havia lá eram pedaços da máscara de vento...
— A máscara de água também!? — Perguntei assustado a mim mesmo, ela conseguiu matar dois corações meus depois de receber um ataque daqueles?... Que tipo de ninja era a Tsunade?... Ela era forte demais... Eu sinceramente estou começando a ficar preocupado... Eu e Hidan lutamos contra Yugito antes, mas não foi o suficiente para me cansar, acho que meu maior erra foi tê-la subestimado...
— Não vire as costas para mim! — Escutei a voz de Tsunade gritando e logo ela me recebeu com um soco, consegui desviar por um triz.
— Você é muito irritante... — Disse já puto com aquela luta toda e comecei a golpeá-la com mais intensidade, ela desviava de tudo, até que consegui socar seu estômago. — Você é forte, Tsunade, mas não vai me vencer... — Disse a olhando, ela, por outro lado, estava com a cabeça abaixada olhando para meu punho que havia a acertado.
— Ranshinshō... — Foi a única coisa que ela disse, aquilo com certeza era um jutsu, alguma artimanha dela, me afastei automaticamente com medo do que poderia ser, mas ela continuava parada, parecia estar fraca, seria uma armadilha?... Ela ficou muito tempo imóvel.
— Se você não vem... Eu vou até vo-... — Interrompi a minha própria fala quando tentei correr em sua direção, ao invés de movimentar a minha perna, movimentei o meu ombro. — Mas o que você fez... — Meu corpo não correspondia a nenhum dos meus movimentos, quando eu tentava mexer meus braços, meu pé respondia, quando eu tentava mexer meu pescoço, minha perna esquerda se movimentava, quanto mais eu tentava me movimentar, mais trocados ficavam meus movimentos. — Que porra você fez!? — Gritei revoltado a ela enquanto ela simplesmente deu um sorriso sarcástico de lado me encarando.
— Choque Desorientador do Corpo. — Ela respondeu. — É um jutsu meu que troca todas as coordenações do seu cérebro, no momento que você me golpeou o meu chakra entrou em contato com o seu sistema nervoso central, e eu troquei todos os seus impulsos nervosos. — Ela começou a caminhar em direção a minha última máscara, a de liberação de relâmpago, eu não conseguia fazê-la se movimentar... — Não é um jutsu que dura muito tempo... Mas é o suficiente para acabar com você. — Deu um soco com sua enorme força e destruiu mais um coração meu.
Agora só me restava o coração do meu corpo propriamente dito, e ela caminhava até mim pronta para me matar.
— Sua... — Eu me sentia totalmente indefeso, não conseguia me mexer, e se eu não fizesse alguma coisa logo, ela iria me matar... Eu não posso morrer para uma ninja assim... Ela já estava se preparando para me atacar...
— Morra! — Disse indo me atacar.
— Eu me rendo! — Gritei e fechei meus olhos, com medo de ter sido tarde demais.
Para minha felicidade, não senti nenhuma dor, ainda estava vivo, a única coisa que ouvi foi um som de corte, abri meus olhos e me surpreendi com o que vi. Hidan estava na minha frente e defendeu o ataque de Tsunade com sua foice, ela acertou uma das lâminas e perfurou levemente a sua mão.
— Ele desistiu da luta, se você insistir em atacá-lo, a Akatsuki vai intervir. — Hidan disse sério encarando Tsunade, era uma das poucas vezes que não via Hidan brincando.
— Tsc... — Foi a única coisa que Tsunade disse, ela puxou sua mão de volta e começou a curar seu próprio ferimento enquanto se juntava a Konan.
— Kakuzu, por que não se mexeu? — Hidan me perguntou se virando para mim.
— Aquela mulher... Ela fez algum jutsu que não me permite movimentar... — Respondi com raiva.
— Eu te ajudo, talvez Pain ou Sasori saibam o que fazer com você... — Hidan me levantou pelos ombros e me carregou até onde o resto da Akatsuki estava.
— Kakuzu. — Pain me chamou e eu sabia que ele iria querer me matar por ter perdido... — Você é orgulhoso demais para desistir, a Tsunade... — Pain focalizou sua visão no grupo de Konan, onde Tsunade estava perto de outra ninja que a curava. — É mais perigosa do que pensava... — Disse apenas isso.
— Espera aí! — Hidan berrou me jogando no chão. — Quando eu desisti você fez um escândalo! E quando o Kakuzu perde você nem briga com ele!? — Indagou revoltado.
— Hidan... — Pain disse sem paciência, e eles começaram a discutir, eu não dei muita atenção, porque além de não me importar com os chiliques de Hidan, ele me deixou jogado no chão, sem poder enxergar direito...
— Tem ideia do que Tsunade fez com você? — Sasori se aproximou de mim me deixando sentado.
— Ela disse algo como trocar meus comandos do corpo, como se confundisse o meu cérebro... — Respondi o olhando.
— Choque Desorientador do Corpo... — Sasori falou sério e eu confirmei com a cabeça. — Ela é uma excelente médica ninja para conseguir fazer um jutsu desses... Fique sentado aí e tente não se esforçar, o efeito desse jutsu não durará muito... — Voltou a se afastar.
Eu estava me sentindo humilhado... Tsunade vai me pagar por isso...
— Itachi... — Pain chamou baixo o Uchiha. — Você é o próximo.
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