História No Broken Hearts - Libertação.

DIAS DEPOIS

P.O.V. ANNABETH CHASE

 -Cada dia que passa, eu percebo que se torna um dia a menos aqui. -disse para Thalia, ela ergueu os olhos do celular, enquanto observávamos Silena e Clarisse treinando, Silena parecia extremamente cansada, mas ainda não tinha baixado a guarda.

 -Isso te preocupa? – perguntou sorrindo e depois arqueou a sobrancelhas. –Ah, é claro! Fim do acampamento, seu Percy irá ficar longe, que dó! – brincou fingindo limpar uma lágrima inexistente do olho, enquanto balançava as pernas que estavam penduradas na poltrona que ela tinha na varanda do chalé dela.

 -Não, idiota! – respondi, mesmo que isso tenha me preocupado. –Também, mas não é isso. Eu aprendi a gostar daqui, não sei. É tão calmo, quase como uma fuga da vida real, dos problemas. –dei um suspiro e Thalia me olhou com o cenho franzido, parecia preocupada.

 -Seu pai? –perguntou arrumando sua postura, assenti e seu olhar mudou para algo mais fraternal. –Amiga, a tia Athena uma hora vai ter que deixar você ir se encontrar com seu pai. Já faz muito tempo. –acenei concordando, mas será se fazia tanto tempo assim para minha mãe? Será se ela já seria capaz de reencontrar o homem que partiu o coração dela? –Você parece tão séria.

 -Eu... nada. Eu só sinto falta dele. –resolvi mudar o rumo da conversa para algo mais animado. –Hoje tem a definição dos grupos, não é? – perguntei e Thalia acenou.

 -Eu vou ter que me reunir com a Clarisse, Jason e Connor para cada um decidir seu lado definitivo, acho que os Stoll´s continuam com você. –respondeu. –Eu ainda estou me decidindo junto com os outros dois, tudo seria mais fácil, se os dois finalistas não fossem um casal agora. –respondeu me alfinetando e a olhei desafiando.

 -Não é porque eu estou com o Percy que as coisas serão facilitadas para ele, eu quero ganhar, Thalia. –ela acenou mais confiante. –Não faz parte da minha natureza perder.

 -É isso que eu gosto de ouvir, eu fiz uma aposta com Luke e espero ganhar. -respondeu e sorri, Percy me contou que Luke havia pressionado ele para ganhar, eles se davam bem e Annabeth sentia que estava cada vez mais próxima de se perder nele e como ela nunca tinha se machucado antes, não tinha medo. –Meu Deus, você gosta mesmo dele. –Thalia disse me olhando com puro divertimento.

 -Para de querer me deixar constrangida. –rebati e ela acenou descaso com as mãos.

 -É tão estranho, vocês são a porra de um casal. E pelo que Luke me disse, Percy também está igual um idiota por você. –antes que eu pudesse perguntar mais, ela me interrompeu. –não vou dizer mais nada, nem adianta. Só que eu estou feliz por você e pelo meu primo também, claro.

 -Eu também, nunca...

 -Annabeth? – olhei para frente e vi Calipso me encarando e parecia constrangida, Thalia me encarou perguntando se deveria fazer algo, e acenei negando com a cabeça, desci da varanda. –Eu tenho a sua resposta. – disse e assenti, não havia porquê fingir que não sabia o que ela dizia.

P.O.V. LEO VALDEZ

O dia estava bom, à noite iria acontecer a separação das duas equipes, afinal estava próxima, Athenas e Paestum eram as cidades que iriam se enfrentar e eu não posso ficar mais orgulhoso da minha amiga, Annabeth parece estar em uma ótima fase, está indo bem no acampamento, mesmo contra minha vontade está com o Percy, e tenho que admitir que eles estão felizes, de vez em quando pego Percy olhando para ela enquanto ela faz alguma coisa e, se aquilo não for amor, eu não tenho ideia do que seja. Então eu não poderia pedir algo mais, todos s meus amigos parecem estar felizes, até Jason e Piper, mesmo que separados. Calipso e eu não nos falamos e eu acho que vai ser assim até o fim do verão, mas nem todos podem sair ganhando.

Depois de um banho, decido ficar um pouco no chalé, falar com Cristine, estou morrendo de saudades dela e do Festus, do meu pai... bom, eu nunca sei o que sentir em relação a ele. Depois de uma conversa longa e repleta de latidos e sermões por não ter ligado antes, vejo que a cerimônia está prestes a começar, decido ir para a fogueira mas então ouço batidas na porta e me levanto para abrir, dando de cara com a pessoa que fez meu coração parar por um milissegundo e voltar a funcionar em seguida com toda a força e velocidade. Ela é linda. É a única coisa que consigo pensar. Sinto minha garganta seca.

 -Você tem um minuto? – pergunta e ela parece hesitante. Logo meu impulso é dizer “claro, entre de novo, mesmo que quando sair, você vá levar junto o resto da minha dignidade e deixar aqui um idiota com o coração partido novamente”, mas penso melhor, eu estou disposto a passar por tudo de novo? Toda aquela conversa que não nos leva a nada? –É importante. –completa e sinto minha pulsação aumentar, droga!

P.O.V. JASON GRACE

Estamos reunidos na mesma sala que viemos para receber nossos medalhões, estamos tentando decidir as equipes e sinto uma nova discussão começar.

 -Olha aqui seu idiota, nós podemos ganhar, mas vamos ter que agir como eu estou dizendo, isso se você me quiser do seu lado. –Clarisse disse irritada e Percy revirou os olhos, enquanto respondia-a de forma nada educada, Connor parecia se divertir com a situação e Annabeth discutia com Thalia, pareciam muito entrosadas.

 -Ninguém vai me perguntar que lado Creta fica? – Connor pergunta sorrindo, enquanto analisa seu medalhão. Annabeth se vira para ele.

-Athenas ficaria feliz em reafirmar nosso acordo, afinal nós trabalhamos bem juntos e, se você não lembra, temos acordos antigos. –disse enquanto tomava água. Percy ouviu e decidiu se meter.

 -Calma aí Chase, acordos duram um período apenas. Pensei que soubesse disso. –disse provocando a Annabeth, tenho certeza.

 -Claro que eu sei, e o nosso acordo dura até o fim da competição. –respondeu encarando Connor, que semicerrou os olhos.

 -Não tenho certeza disso, Chase. –disse e Clarisse bufou.

 -Jackson! Foco aqui, precisamos acertar nosso acordo, se eu pudesse me aliar a Chase, não tenha dúvidas que eu faria, mas a Grace está lá e sinceramente eu acabaria estrangulando aquela garota. –Clarisse disse e em seguida me olhou, quase como que se pedisse desculpas, dei de ombros olhando para Thalia.

 -Tudo bem, eu também sinto isso às vezes. –respondi e ela acenou.

 -Foda-se. –Thalia disse examinando as unhas.

 -Eu fico satisfeita. –Annabeth respondeu e se virou para Connor, que parecia avaliar a situação. – Eu lembro perfeitamente do nosso acordo. –seu tom foi leve, mas até eu senti a ameaça. Connor novamente estreitou os olhos.

 -Eu não posso fazer acordo com Paestum, mas que tal com Esparta ou Olímpia? –perguntou e Annabeth arquejou, Percy parecia divertido. –Você não deveria ter me imposto regras, eu gosto tanto de quebra-las. –avisou e Annabeth o encarou séria.

 -Então podemos ter outro aliado, isso é ótimo! – exclamou feliz e Connor sorriu. Até mesmo Clarisse parecia pensar na situação.

 -Eu sinceramente gosto de como a Chase trabalha, mas não sei, essa união de vocês dois, ela pode estar mais... sensível. –Connor avaliou e Thalia riu.

 -Eu estou com Athenas, assim como meu irmão vai ficar do lado de Paestum, então quem tem que decidir são vocês dois. – Thalia apontou para Connor e Clarisse. Não disse nada, afinal, ela estava certa, eu escolhi o lado de Percy, questão de estratégia. –Eu também não gostaria de trabalhar com um barril de pólvora. – Clarisse pareceu rosnar, juro que a ouvi rosnar. –Stoll, eu tenho as pessoas com as melhores miras, além disso eu tenho a parte de ginástica e os maratonistas da escola, isso é um complemento para as pessoas que vocês têm, Annabeth sabe liderar como ninguém, eu escolhi ela não por ser minha amiga, mas porque eu não iria querer ser comandada por um cabeça de algas, se você quer descobrir o lado fraco, olha para o seu lado. –Thalia disse muito confiante, já que Percy estava ao lado de Connor.

 -O seu medo é minha sensibilidade?- Annabeth riu, e vi Percy sorrir a encarando. –Eu vou acabar com a pose do Percy de vencedor, eu quero que ele saia dessa competição arrasado e quero ver a cara dele quando Athenas ganhar os louros, quero isso desde que eu o conheci, depois que eu ganhar, minha sensibilidade pode até voltar e eu me tornar uma namorada excelente, mas até lá, talvez a Thalia seja mais solidária com ele que eu. –respondeu e senti a seriedade dela, até Clarisse pareia impressionada. Connor parecia analisar Percy, que estava vermelho de raiva.

 -Pode ter certeza que temos mais essa vontade em comum. –respondeu firme para Annabeth e não sei se eles poderiam no momento se estrangular ou acabar transando na mesa.

 -Que propostas interessantes, estou pendendo para Athenas. –avisou e Clarisse pareceu se aliviar.

 -Isso é ótimo, aliás, Valentina vai ficar uma fera, eu já tinha conversado com ela. –minha irmã poderia ser diabólica. Vi Connor sorrir nervosamente.

 -E tem a Bianca, ah sim! A Bianca. –Annabeth acrescentou prestativa. Thalia parecia se deliciar com a cara de espanto de Connor.

 -Acordos são acordos. –disse rapidamente. Suspiros de alívio foram ouvidos, com um pequeno resmungo de Percy, Clarisse parecia mais tranquila e acho que Percy, mesmo reclamando, só não queria perder a batalha para namorada.

[...]

Eu não ficava sozinho com a Piper há um tempo e como a cerimônia foi rápida graças ao Srº D. que disse que sua partida de baralho era mais animada e importante, saímos antes das nove, mas Verônica não largava de mim e, suas unhas pareciam garras nos meus braços, estávamos conversando com meus amigos, e não entendo porque ela fazia questão de estar presente, já que todo mundo deixava claro que ela não era bem vinda.

 -Verônica, eu preciso ir ali. –disse tentando tirar suas mãos de mim, mas ela apenas me apertou mais.

 -Para onde, meu amor? –perguntou docemente, quase sussurrando. Vi que Piper nos encarava, mas o resto do grupo parecia estar se divertindo com uma conversa sobre os grupos.

-Preciso respirar. –respondi sucinto e ela negou enquanto sorria inocentemente.

 -respirar onde? Na boca daquela vadia que não para de te encarar? –perguntou olhando para Piper, que não desviou o olhar, ela parecia muito incomodada. Suspirei devagar.

 -Verônica, não esqueça que nosso namoro é falso. –disse e ela revirou os olhos.

 -Eu quase não noto a diferença, você sempre foi um morto-vivo. –respondeu e me puxou para mais perto. –mas é uma pena que você tenha se apaixonado pela pimentinha azeda ali, cuidado Jason, começou querendo fugir da escola, depois se apaixonou por uma criminosa... –não a deixei continuar, eu já tinha sido muito idiota com a Piper, ela não merecia ser julgada por mais ninguém, muito menos pela Verônica.

 -Você não tem moral nenhuma para julgar ninguém, muito menos a Piper! –disse e acho que dessa vez falei alto, quando vi, mus amigos estavam nos encarando.

 -Alguma coisa errada aí? –Leo perguntou, percebi feliz, que a mão de Leo estava na cintura de Calipso, que parecia radiante. Acenei que sim, mas não pareci convencer ninguém.

 -Na verdade Leozito-Verônica disse ignorando a cara de nojo de Leo- Meu namorado parece estar querendo se livrar de mim.

 -Eu me surpreendo que ele ainda te aguenta. –Thalia reclamou e Verônica me encarou com um olhar de “eu sei segredos”, suspirei cansado.

-Thalia, por favor! – repreendi minha irmã, que bufou e fingiu nem me ver.

 -Então Jason, para onde você queria ir? – perguntou para mim e tentei não mandar ela a merda.

 -Respirar, andar. –respondi e ela negou com um “tsc tsc” e olhou para meus amigos, parecendo achar a situação cômica. –Alguém acredita? – perguntou encarnado Annabeth, Percy a abraçou, já que ele estava atrás dela, não sei para proteger quem.

 -Verônica, vamos conversar isso em outro lugar? – pergunto e ela nega me empurrando levemente.

 -Não meu amorzinho, você quer esconder alguma coisa? Por acaso tem segredo com seus amigos?- perguntou cínica.

 -Não tenho ideia do que você ‘tá falando, eu só quero conversar com você em particular. –respondi e ela ficou me encarando e quando eu achei que ela vinha até mim, negou.

 -Quero que você perceba que errou comigo agora, que namorado deixaria a namorada sozinha?- pergunta e me seguro para não dizer nada e ela ficar mais estressada.

 -Tudo bem, desculpa. – respondo rangendo os dentes.

 -Por que você faz isso?? –Thalia me perguntou revoltada. –Você não precisa dela, meu irmão, se livra dela enquanto você pode, você é um cara tão legal, tão...- vi Verônica me encarando com um olhar de ameaça novamente e pedi desculpas para Thalia de alma.

 -Para com isso!! Não se mete nas minhas relações, não é porque somos irmãos que você pode decidir a minha vida!- disse elevando minha voz e Luke e Nico se intrometeram.

 -Não precisa disso, cara!- Nico disse vindo para perto de mim e o olhei estranho, eu nunca encostaria um dedo na minha irmã.

 -Jason! Eu quero um pedido de desculpas agora! –Verônica gritou e me virei para ela, meu limite estava próximo. Olhei-a incrédulo.

 -Eu não fiz nada!- me defendi e ela continuou me encarando. –Estou esperando, Jason. –respirei fundo diversas vezes, Annabeth me olhava com pena, Percy parecia preocupado e Bianca confusa. Eu não consegui olhar para ninguém mais, tive que fechar os olhos.

 -Desculpa.- pedi e ela sorriu e assentiu.

 -Eu não pedi nada de você benzinho, você não fez nada de mal, eu quero desculpas da sua irmã. – disse e Thalia arregalou os olhos;

 -Pois vai morrer esperando, sua vaca! – disse e a encarei suplicando, Thalia negou ao me olhar. –Não, Jason! – continuei a encarando e ela parecia não entender. –Não me peça isso. – repetiu e continuei a olhando e Verônica parecia prestes a falar.

 -Pela nossa mãe.- falei a única coisa que poderia fazer ela mudar de ideia, todos me encararam surpresos, até Thalia, não olhei para Verônica. Thalia continuava me encarando, até que se virou para Verônica, ela estava rígida, seus dentes cerados, eu sei que ela odiava que tocassem no nome da nossa mãe, ela abria a boca diversas vezes, mas nada saía e quando ela começou a pronunciar as palavras, Piper a interrompeu.

 -Chega! – disse alto, a encarei e ela estava vermelha, seus punhos cerrados e seus olhos apreciam faiscar.

 -Tem certeza que quer se meter nisso? – Verônica perguntou e Piper a encarou e parecia prestes a avançar nela. –Ah, eu quero muito, pode acreditar nisso! – respondeu e senti meu peito inflar de orgulho. Verônica pareceu se ofender.

 -Você acha que eu não tenho coragem? – perguntou e Piper riu, uma risada dura.

 -Não é preciso de um pingo de coragem para dizer que eu já fui presa, inclusive em um racha, em um carro roubado e com drogas. – disse em alto e bom som, assustando todos do grupo, inclusive a minha “namorada”.

 -Você é uma idiota! – acusou com raiva.

 -Idiota eu fui quando deixei você me controlar, controlar o Jason e fazer um inferno na vida dos meus amigos pela sua presença! Já deu! Vai para o inferno! Quer espalhar para a porra de uma árvore esse acontecimento, vai em frente! Eu juro que não me importo mais. –gritou e me assustei, nunca vi Piper falando palavrão, olhei para Silena e ela só parecia repetir a palavra “presa”.

  -Você acabou de ferrar com a carreira do seu pai! Eu vou me encarregar de amanhã estar estampado nos jornais! – respondeu de volta e Piper pela primeira vez pareceu temer.

 -Meu pai vai me entender, eu não poderia mais deixar as pessoas nessa situação. – respondeu firme. Verônica gargalhou.

 -Você vai acabar na sarjeta. Junto com seu pai e a sua irmã! – riu e Piper pareceu não se abalar dessa vez.

 -E aí seus pais vão saber que você transa com garotas e que além disso, você usa ervas para relaxar. –rebateu e Verônica parecia em choque, mas disfarçou. –A sua família, não é aquela tradicional, seu pai é um pastor, não é? Muito famoso por sinal.

 -Como você soube disso? –perguntou rangendo os dentes. Depois de tantos dias sendo torturado por aquela garota, agora a expressão dela de sofrimento era tão satisfatória.

 -Fiz meu dever de casa, meu pai tem muitos contatos, sabia? Bastou uma ligação. –disse cruzando os braços. –Eu não queria te avisar assim, sem provas nas mãos, mas elas chegam logo, agora se você está disposta a por as cartas na mesa, eu posso pedir para meu pai enviar direto para uma redação de um jornal as fotos. –disse como se desafiasse Verônica, que sustentou o olhar por muito tempo, até suspirar.

 -Você é uma vadia muito esperta. –disse e apontou com o indicador para Piper, que ergueu a sobrancelha. –Vai ter volta.

 -Vou estar esperando, senhorita Greender. – respondeu e Verônica ia saindo, quando Piper a chamou.

 -Verônica! –chamou e ela virou. Piper a acertou com as costas da mão com uma força considerável, Verônica teve seu rosto virado e quando ergueu o rosto, tinha cinco vergões vermelhos em seu rosto. –Isso foi por falar do meu pai e minha irmã. Agora estamos quites. –disse e quando Verônica se inclinou para brigar, Luke se meteu entre as duas, segurando Verônica.

 -Essa você perdeu, sinto muito gracinha. –disse e ajudou Verônica a sair de perto de nós com gritos e xingamentos. Piper se virou para nós, sorriu para mim e disse, como se estivesse quilos mais leves.

 -Tenho muito o que explicar.

P.O.V. PERCY JACKSON

 -Se me falarem que amanhã Taylor Swift vai dar um show aqui eu acredito. –Annabeth comentou ao meu lado. Sorri, eu sempre sorria com ela. Eu estou me tornando um idiota com ela, não consigo me controlar quando ela está perto, é um inferno, parece que ela sempre é mais importante que qualquer assunto.

 -Os dias estão bem loucos. –concordei e ela sorriu me encarando. –O que foi?

 -Nós estamos comentando de acontecimentos imprevisíveis, nós dois, enquanto casal. –disse e ri, quem imaginaria? –Acho que os dois se acertaram.

 -Quem? –perguntei confuso e ela bufou de um modo adorável.

 -Querido Deus! Leo e Calipso! Quem mais poderia ser? –perguntou como se fosse óbvio e a olhei como se fosse lógico.

 -Não sei, o mundo tem sete bilhões de pessoas e como são duas pessoas, seria uma combinação de sete vezes seis que daria...- enquanto ainda pensava, ela completou.

 -Quarenta e duas bilhões de possiblidades. – respondeu e a olhei chateado, não realmente chateado, mas ela era tão inteligente e rápida.

 -Exatamente, mas a questão são os dois. Não percebi nada. –comentei e ela bufou novamente. Percebi que ela ficava muito mais bonita de coque, realçava seu rosto e suas maçãs do rosto, que estavam coradas.

 -Caramba! Os dois estavam juntos e sem contar que eu não vi Leo na cerimônia, nem sua amiga e, ela veio me pedir ajuda mais cedo com ele. – ela disse a última parte mais baixo. Encarei-a e ela formou uma linha na boca enquanto arregalava os olhos.

 -A senhorita esperta não é tão esperta assim, não é? – perguntei e ela bateu no meu ombro. –Não adianta me agredir, porque eu sei que...- meu celular começou a tocar e olhei o número desconhecido, bloqueei a tela, ignorando a chamada.

 -Aquele número de novo? – Annabeth perguntou e assenti. Ela franziu o cenho quando o toque recomeçou quando peguei para colocar meu celular no silencioso, ela segurou minha mão. –Não é melhor você atender logo? Deve ser importante. –sugeriu e pensei, eu já tinha atendido uma vez e não ouvi nada, só uma respiração, sem contar que meu pai me disse para nunca atender ligações desconhecidas ou de números privados, mas Annabeth poderia estar certa. Decidi atender e me arrependi no instante seguinte.

 -Alô? – perguntei e em seguida uma voz feminina e hesitante respondeu.

 -Filho? – pergunta e sinto meu sangue gelar, desligo o celular na mesma hora e olho para Annabeth espantado, tenho certeza.

 -Foi engano. –disse e ela franziu novamente o cenho.

 -Tem certeza? –perguntou segurando meu braço carinhosamente, assenti.

 -Provavelmente um trote. –respondi e ela não parecia convencida, mas relaxou um pouco mais.

 -Senhor Jackson? – olhei para cima, já que Annabeth e eu estávamos deitados em uma espécie de rede em frente ao chalé da Thalia. Vi Zoe, extremamente formal me chamar e levantei da rede. –O senhor tem visita. –disse e me examinou. –Queira me acompanhar.