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História No Choice (2Chaeng) - Capitulo III - História escrita por tipanyul - Spirit Fanfics e Histórias
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História No Choice (2Chaeng) - Capitulo III


Escrita por: tipanyul

Notas do Autor


desculpa a demora hihi

Capítulo 3 - Capitulo III


Fanfic / Fanfiction No Choice (2Chaeng) - Capitulo III

— Você... — a voz fria de Wendy foi ouvida no quarto junto as tentativas falhas de respirar de Chaeyoung — Como você se atreveu a colocar o seu sangue sujo em alguém como a Rosé?! — perguntou a Son do meio empurrando Chaeyoung mais uma vez contra a parede, fazendo a mais nova gemer de dor por conta da força utilizada pela irmã. Ela ficou possessa e com ira nos olhos ao reparar nos curativos nos braços de Chaeng e Rosé, além da falta de cor no rosto de ambas.

— Já chega, Wen-

— Solta ela. — Eric foi interrompido antes de terminar de falar por Roseanne, que apesar de ainda estar fraca, não deixou de ser extremamente fria com Wendy, até Chaeyoung que estava quase inconsciente pôde sentir a frieza da famosa rosa dos Park. Apesar de querer muito, ela não podia tentar se libertar de Seungwan, pois uma bastarda jamais poderia levantar a mão para um Son legítimo, apenar para proteger um Park, o que não era o caso no momento.

— Rosé, essa bastarda colocou o sangue imundo dela em você, ela deve pagar por isso! — Wendy respondeu olhando para Rosé com incredulidade, esta que acordou com o barulho alto de Chaeng se chocando contra a parede. Apesar da ordem de Rosé, Wendy ainda não havia largado Chaeyoung, que já estava revirando os olhos pela falta de ar, vendo que a Son do meio ainda não havia largado a menor, a Park olhou com os olhos cheios de frieza para Wendy e ergueu uma das sobrancelhas.

— Uma Park acabou de lhe dar uma ordem, você vai ter a audácia de desrespeitá-la? — Rosé disse calma e friamente.

— Rosé essa bastarda não é digna de ter o sangue dela correndo nas suas veias e-

— Oh, sério? Primeiramente, eu só estou nesta situação por sua culpa, porque você não seguiu as minhas ordens ontem. Ela salvou a minha vida, diferente de você que quase acabou com ela. É a última vez que irei dizer isto: Solte ela. — se antes Chaeyoung achou que a rosa estava sendo fria, agora ela poderia dizer que Rosé estava como uma própria pedra de gelo, mas o aperto em seu pescoço só pareceu ainda mais forte depois que a Park falou o que Wendy fez de errado.

Isso era realmente algo que nunca aconteceu, uma Son irregular concertar os erros de uma Son pura. Chaeyoung estava quase desmaiando quando caiu no chão assim que seu pescoço foi libertado do braço de Wendy, se apoiou no chão com uma mão enquanto colocou a outra sobre o peito e passou a buscar ar desesperada — Wendy, nós precisamos manter este lugar abastecido e seguro, vá atrás de mantimentos para o apartamento de Chaeng e roupas para Rosé, já que a cobertura dela está fora de questão por enquanto.

— Você só pode estar brincando comigo! Eu sou uma Son pura E auxiliar da Rosé, o papel de fazer compras no supermercado é da Chaeng e não o meu que no caso é proteger a Rosé! — Wendy disse indignada para Eric, que apenas revirou os olhos com a infantilidade da irmã. Por poucos segundos só se ouvia Chaeyoung inspirando o máximo de ar que ela conseguia, que agora já estava mais calma e recuperando os sentidos, mas ainda tendo olhar preocupado de Rosé, que não parou de lhe olhar desde que caiu no chão em busca de ar.

— Wendy, isso não foi um conselho ou um pedido, foi uma ordem. — Chaeyoung nunca viu seu irmão ser tão frio assim em toda a sua vida — Sem mencionar que você quase matou Chaeyoung, a única pessoa que pode manter Rosé viva até que ela possa ir para uma das clínicas da Blacks. Deixe de ter essas atitudes infantis, você não está em boas condições de estar com Rosé no momento. — Eric se aproximou de Chaeyoung e a ajudou a sentar na cama, tomando cuidado para não piorar a situação atual da menor — Vá. — Eric voltou a olhar para a irmã, que bufou antes de sair do quarto consumida pela raiva — Aproveite e livre-se dos panos do sofá. — a única coisa que foi escutada foi o rasgar de panos serem rasgados por algo afiado e logo depois o baque da porta de saída, que foi fechada bruscamente.

— Como você tá? — Eric pergunta a irmã que finalmente estava conseguindo controlar a sua respiração. A morena ainda sem forças para responder aperta a coxa de seu irmão para provar que estava melhor. Com o alívio de saber que a morena estava bem, Eric e Rosé se olharam. — Me perdoa, Rosé. Wendy parece que não está sabendo lidar bem com a pressão. Ela está cometendo erro em cima de erro. Mas logo ela desperta das frustrações dela, ela é sempre assim, não é? Enfim, como você está?

— Eu espero dessa vez tenha razão. O que ela fez ontem foi desastroso, ela vai ser advertida ou pior. E tenho certeza que isso já deve ter chegado na ouvindo do meu pai e do seu também. — pelo pequeno suspiro de Eric respondeu melhor que muitas palavras, até porque foi ordem do pai de Rosé, que ela fosse trazida para o apartamento de Chaeyoung. Esta última ao ouvir falar sobre o seu pai, se forçou a voltar a dominar seu corpo e voltar a realidade. Com certa dificuldade se levanta da cama, tentando ignorar a conversa dos dois se apressando em direção a escrivaninha, ela ainda tinha que cuidar de Rosé, ainda que pudesse desmaiar de exaustão.

— Sinceramente? Estou me sentindo uma droga, mas agora posso dizer que já sei o que é levar um tiro e ser costurada sem anestesia. Será que os velhotes agora vão se conscientizar que eu dou conta do recado? — Rosé brincou com Eric, sem tirar os olhos da morena, podendo ver os arranhões que ela mesmo deixou nos ombros e braços da mais baixa, quando tentava controlar a sua dor na hora dos pontos. Logo desviou os olhos de raposa para o rapaz. — E a situação como um todo? — Chaeyoung odiava ter que ouvir sobre os negócios da máfia, mas simplesmente não tinha muito onde ir quando estavam no seu apartamento. A morena tentou se focar nas dosagens nas seringas, nos comprimidos que daria a mulher deitada na cama.

Eric riu da brincadeira de mais alta, mas logo suspirou pesado, enquanto mandava uma mensagem para alguém. Por fim, voltando o olhar para Rosé, mostrando preocupação. — A situação não é nada boa, Rosé. A polícia e aqueles bastardos estão em meio um caça às bruxas em cima do nosso pessoal, tem policiais perto de todos as nossas clínicas, até mesmo nas clandestinas. Alguns dos nossos não sobreviveram a emboscada por não conseguirmos tratamento para eles, outros escaparam por muito pouco. — ouvir aquilo deixou a morena um pouco tensa, de fato se não houvesse a ordem de trazer Rosé para seu apartamento, possivelmente a princesa da máfia poderia ter morrido. Por um momento, sentiu orgulho do próprio esforço naquela madrugada. — Existem pessoas suspeitas em lugares estratégicos, como perto do seu apartamento. No momento aqui é o lugar mais seguro para você, pelo menos até a gente resolver isso, seu pai já tem a lista de quase todos os culpados disso, faremos uma limpa em breve.

Chaeyoung soltou um suspiro em ouvir aquilo, o fato dela ser obrigada a pertencer a máfia, não significava que ela gostava do lado mais negro que aquilo envolvia. Por isso se apressou em seguir para perto da cama, com duas seringas e alguns comprimidos em mãos. — Eric, pode pegar água pra mim? — Eric concordou rapidamente, caminhando para fora do quarto, a morena sabia que o mais velho saberia onde estava as coisas no seu apartamento, já que frequentava a medida do possível. A morena terminou a conversa, mas agora não sabia bem como agir já que diferente de ontem, agora estava sozinha com uma Rosé consciente, e querendo ou não elas haviam se conhecido de uma forma nada sociável. — Como se sente? — A morena tentou se manter profissional, enquanto a mais velha parecia apenas olhar para ela fixamente. Avaliando Chaeyoung, talvez?

— Diríamos que preferia ter acordado com ressaca. — O tom divertido da mais velha lhe chamou atenção, ela não parecia tão arrogante quanto a noite anterior, muito menos a garota gelada de minutos atrás, o que foi um alívio para a morena.

— Irei garantir de ter algo mais forte da próxima vez, já que você acabou com a minha vodka e nem parece que bebeu. — A morena assobiou em resposta, enquanto preparava o braço da mais velha para as injeções.

Um sorriso presunçoso surgiu nos belos lábios de Roseanne, tal ato fez a morena levantar suas sobrancelhas em um belo arco, mas entendia melhor do que nunca a fama de beleza mortal na princesa da máfia. — Está querendo dizer que eu te devo uma bebida, Son? — Os olhos negros de Roseanne ainda estavam fixos nela, aquilo por um lado deixou a jovem um pouco inquieta. Estava se divertindo? Ela estava frustrada com Chaeyoung da mesma forma que Wendy? Ela estava planejando a sua morte? Daria qualquer coisa para saber o que se passava na mente daquela Park.

— Quem sabe. Eu nem tive o prazer de provar aquela vodka, eu estava aguardando alguma ocasião especial. — pôde notar a curiosidade brilhar naqueles olhos de raposa, mas Chaeyoung preferiu ignorar e continuar o seu trabalho, tentando não ficar intimidada com o olhar intenso que recebia da grande herdeira. — E vou querer um sofá novo também. — Pode ver as sobrancelhas da beleza a sua frente se erguerem surpresa com a ousadia das suas respostas, fazendo a princesa abrir um sorriso divertido e ainda maior, mas rapidamente muda para uma pequena carranca quando foi aplicada a primeira injeção. A morena pôde até mesmo ouviu alguns resmungos, o que fez a mais nova massagear o local até notar o humor alheio melhorar um pouco. O quarto modesto de Chaeyoung foi tomado pelo silêncio, enquanto a morena tentava manter sua atenção apenas no que fazia, tentando ignorar a intensidade que era avaliada.

— Dói? — A pergunta repentina tirou atenção da morena da próxima seringa para cair na beleza a sua frente, a olhando com total confusão com a pergunta. Ao perceber que a jovem não havia entendido, Rosé aponta para a garganta da médica. Está lentamente levanta o olhar para o espelho podendo encontrar marcas evidentes em seu pescoço, que marcavam quase que perfeitamente onde as mãos de Wendy estavam minutos atrás. Um pequeno nó surgiu na sua garganta, ao se perguntar se um dia seria fria o suficiente para se acostumar com isso.

— Não se preocupe, ainda sou capaz de distinguir o seu braço da sua testa. — A jovem brincou imaginando que a preocupação seria se a jovem ainda tinha uma boa linha de raciocínio. Por mais acabada e cansada que estivesse, quando estava no modo médica, se sentia indolor para o próprio corpo.

— Não foi isso que eu perguntei. — O tom da mais velha agora pareceu frio e até frustrado com a resposta que recebeu, aquilo fez Chaeyoung erguer a sobrancelha por um momento. A morena se debruça levemente por cima de Roseanne, sentindo seu olhar ainda mais fixo no pescoço machucado. A mais nova faz tudo para ignorar as sensações que esse olhar lhe trazia, antes de finalmente aplicar a outra agulhada agora no outro braço da jovem, ganhando alguns resmungos de resposta.

— Não se preocupe, não é como se isso fosse a primeira vez que isso acontece. — a morena dá de ombros com o seu comentário tão despreocupado. Chaeyoung poderia ver nos olhos alheios a surpresa como se perguntasse como poderia reagir assim depois que a sua própria irmã quase tentou matá-la. Quase como se perguntasse como algo como aquilo era “normal” para a jovem. Mas no mundo de Chaeyoung qualquer tipo de agressão física ou mental era mais que comum, especialmente nas memórias que conseguia lembrar de Wendy ou de parte da sua infância. — Isso é normal. Isso é ser um irregular. — para a sua surpresa os olhos de raposa pareciam ficar mais afetuosos depois da sua curta explicação, mas tinha certeza que era apenas um delírio diante da sua exaustão, nenhum Park sentiria pena de um irregular, apenas seria tolerante a ele.

A dupla ouviu um barulho na porta, lá estava Eric com um copo em mãos e um olhar triste encarando as marcas presas na pele sempre branca e lisa de Chaeyoung, dando a certeza que o recém-chegado havia escutado a conversa. — Chegou na hora, Bear. — A jovem quebra o silêncio que se instaurou ali, mesmo que soubesse que a sua resposta havia feito ambos os mais velhos pensarem sobre aquilo, ela mesma fingia que não ligava mais, não depois de 23 anos vivendo da mesma maneira, mesmo que existisse mudanças da sua infância para a sua adolescência, ela sabia se defender, mas isso não se aplicava a um Son, especialmente sendo a sua irmã. — Preciso que você tome isso aqui agora. — Ofereceu as pílulas e a água para a mais alta que ainda a olhava com um ar avaliativo, mas logo ganha um sorriso um pouco malicioso.

— O que eu ganharia com isso? — A mais velha brinca, enquanto passa a mão sobre o braço de Chaeyoung até segurar bíceps da morena, se surpreendendo o quanto era atlético, até demais para uma simples médica. A morena não tem muita dificuldade e puxar com cuidado a mulher de cabelos ruivos até que se sentasse o suficiente para tomar o remédio.

— Um passo mais perto de se livrar de mim. — a mais nova observou até que Rosé revirar os olhos com a resposta, antes de tomar os comprimidos oferecidos, logo depois a água. Ao notar a feição de dor da mais velha e ergueu a sobrancelha. — Você perdeu a consciência antes que eu pudesse terminar de avaliar seus ferimentos ontem, então eu posso fazer um exame mais criterioso agora? — auxiliou Roseanne a se deitar mais uma vez, ficando um pouco intrigada com o sorriso que surgiu nos lábios da princesa.

— Você é sempre tão sexy falando com seus pacientes? — a mais velha disse de forma divertida, fazendo a morena ficar sem palavras diante do flerte descarado que acabara de receber. — Fique à vontade, Doutora Son.

— O-O que? Quem diabos é você?! Ontem apontou uma arma para minha cabeça, hoje está toda engraçadinha... Você bateu a cabeça ou algo assim? Ou sofre de transtorno dissociativo de identidade? — olhava para Roseanne ainda mais curiosa com a mudança de comportamento, já a princesa da máfia parecia ainda mais divertida com o comentário de Chaeyoung.

 

— Olha a boca, Chaeng. Não é porque você não tem os atributos que o resto dos Son têm, que significa que não tenha que respeitar a Rosé, mesmo que ela não seja o parâmetro mais normal de Park. — Eric repreende a irmã, mas não pode negar que também está surpreso com o quanto Roseanne estava sendo sociável com sua irmã, já que dificilmente ela mostrava quem realmente era para pessoas que não confiava, mesmo sendo um Son. Normalmente Eric, por terem idades próximas e serem criados praticamente juntos, era uma das poucas pessoas que conhecia o lado mais dinâmico e completamente diferente do lado frio que Rosé utilizava para não ser questionada por ser uma jovem Park.

— Deixe, Eric. Eu prefiro assim. É divertido finalmente ter um Son que pode me responder. Vocês normalmente são muito sem muito sem graça nesse sentido. — Os irmãos reviram os olhos antes do mais velho se sentar no lado desocupado da cama, querendo entender a melhor amiga. Já Chaeng resmungou sem acreditar que virou o brinquedo de diversão de um Park. — Então você não tem que obedecer às regras de condutas dos Son? Nenhuma delas? — Chaeyoung podia ver a curiosidade mais uma vez brilhar nos olhos negros diante de si.

— É claro que ela tem algumas, Rosé. Caso não, ela não poderia ter acesso a você. — O Son mais alto se deixa acomodar melhor na cama, podendo assim observar aquela movimentação sem qualquer interesse já que não entendia nada de medicina, mas estava interessado em ver a irmã interagir com um dos Parks mais peculiares da máfia.

— Você realmente está curiosa sobre um irregular? — aquilo era algo meio sobrenatural ainda mais vindo de um Park. O aceno positivo acompanhado de um sorriso divertido trouxe uma teoria para jovem, só algo podia justificar aquela curiosidade, a mais velha estava no limite da loucura do seu tédio. E a expressão divertida e até mesmo curiosa do irmão deixava aquilo mais óbvio. — Se sentir algum incômodo me avise, ok? — tentar ser profissional diante de Park Roseanne era um pouco mais difícil do que poderia imaginar, com seus olhares e sorrisos fáceis, mas tinha certeza que por mais que estivesse bem acessível a Chaeng, nenhum dos seus movimentos eram deixados de fora de uma avaliação de Rosé. Não era atoa que os Park normalmente eram associados a uma raposa por sua astúcia e esperteza.

Ao notar a expectativa por uma resposta, Chaeyoung suspirou um pouco mais pesado, puxando as cobertas que cobriam a princesa gangster deixando exposto apenas até a cintura já que não havia nada mais que as peças íntimas e a blusa dada por Chaeyoung cobrindo a bela mulher. A morena faz o melhor para tentar ignorar o olhar interrogativo da mais velha quando a jovem começa a abrir os botões da sua camisa até a altura do busto, passando a tocar com a ponta dos dedos diretamente na pele alva e quente a procura de alguma reação ou contusão que tenha passado despercebido na adrenalina da madrugada. — Eu não tenho que lidar com a maioria das regras de condutas convencionais dos Son, mas consequentemente eu não tenho nenhuma das regalias os quais eles possuem. — Os olhos negros que acompanhavam seus movimentos, agora estão voltados para o rosto da jovem parecendo atentos. Seus olhares se encontram por um momento, mas logo os olhos da mais nova voltam para seus dedos que tocavam com cuidado e precisão toda a extensão do ombro direito. — Mas ao que se refere a proteção dos Park, ainda é uma regra que recai sobre mim.

— Por isso deu seu sangue? Mesmo que isso te deixe muito vulnerável fisicamente? Você não parece ter porte físico para doar sangue. — aquela pergunta faz Chaeyoung lembrar do comportamento de Wendy, o que fez a médica parar os movimentos, mas mantendo o toque sobre a pele aveludada e olhar diretamente para Roseanne buscando algum sinal de nojo ou raiva como enfrentou naquele mesmo quarto minutos antes.

— Você não parece irritada com isso...

O comentário conclusivo e até mesmo surpreso fez a mais velha erguer a sobrancelha, mas não demorou para entender o motivo do comentário. Os olhos negros instintivamente foram ao pescoço de Chaeyoung que começava a perder a mancha avermelhada que tomava quase toda a extensão de pele da região. — Não vejo motivo de ficar, eu não estou aqui graças a isso? — A morena estuda a tranquila princesa da máfia e aquele sorriso calmo nos seus lábios, dando de ombros, antes de voltar a sua atenção para o outro ombro da mulher, passando a tocar em pontos estratégicos da sua pele, aliviada por não sentir nada irregular, a não ser a maciez insana que aquela pele possuía. A mais nova balançou a cabeça, tentando ignorar essa ideia absurda que surgiu em sua mente, mordendo os lábios inferior de forma inconsciente, antes de deslizar a mão sobre todo o braço da mais velha até tocar seu pulso fazendo a mais velha soltar um suspiro irregular. O pequeno gesto chama atenção para o pulso, notando o mesmo levemente inchado, apertando exatamente no mesmo lugar que havia tocado, fazendo um grunhido rouco escapar dos lábios alheios. — Devagar...

— Uma leve torção no pulso, possivelmente o Wonwoo deve ter te machucado quando estava te puxando para fora do carro. — Comentou ao lembrar o modo desajeitado como o homem segurava o pulso alheio quando chegaram. Ao comentar sobre o homem que trouxe Rosé para lá, lembrou do comentário sobre o modo como os Son olham para os Park, involuntariamente os olhos desviaram para o seu irmão mais velho.

Por sua posição ao lado de Roseanne, o Son mais velho poderia ter uma visão bem interessante do corpo deitado na cama, até mesmo pelo decote que cobria a visão de Chaeyoung, mas seria bem sugestivo para Eric. Contudo ao avaliar os olhos de Eric, eles pareciam tão desinteressados, suas bochechas não possuíam nenhuma coloração extra, nem mesmo mostrava algum nervosismo, isso seria muito diferente se fosse outra mulher ali, já que uma das poucas fraquezas de Eric era a timidez em situações assim com muita pele exposta, que não fosse o dele. — Bear? Pega a atadura do seu lado? — os olhos desinteressados saem do corpo de Roseanne e vão ao criado mudo para pegar e jogar o tecido hospitalar para a morena.

A jovem se perguntou que tipo de treinamento mental os Son passam para se comportarem daquela forma, mas logo voltou atenção em imobilizar o pulso alheio. — Devagar... — A mais alta resmungou, fazendo um sorriso presunçoso surgir nos lábios de Chaeyoung.

— Consegue rosnar comigo quando leva um tiro e agora fica resmungando por causa de uma luxação, sério isso?

— Ontem você foi mais atenciosa, me deu o que beber, foi delicada com as mãos, nem mesmo ficou tímida quando eu te arranhei, mas agora que me conseguiu na sua cama, você ficou toda bruta comigo. Todo Son é assim ou apenas você, doutora Son?

Chaeyoung a olhou sem acreditar no que acabara de ouvir, se a situação não fosse no mínimo impossível por muitos motivos, possivelmente Eric teria uma arma apontada ela, por estar “brincando” com os sentimentos de Rosé. — Morra, Park. — Disse simplista, arrancando uma gargalhada da outra mulher, terminando seu trabalho de enfaixar a mão alheia.

— A única maneira que eu aceitaria morrer é se fosse com seus toques, fora a isso você mesmo confirmou que tem o dever de me deixar viva. Espero que continue fazendo um bom trabalho, doutora Son. — a princesa da máfia piscou para Chaeyoung que a encarava com descrença antes de virar para o irmão.

— Eu salvei a vida dela, já posso expulsar de casa agora?

— Por mais que ela esteja um tanto faladora hoje, ela é a minha chefe, se comporte, Chaeng. — Eric repreende a irmã mais uma vez, mas ainda que não expresse, ainda está tentando entender o que estava acontecendo com Rosé e seus flertes para cima da mais nova. Era tão interessante assim para Roseanne ter alguém que não está ligada às regras tão costumeiras no dia a dia delas? Chaeyoung ia resmungar alguma coisa, mas se ouve uma batida na porta fazendo Eric sumir pela porta em segundos.

— Esperando visita? — Rosé pergunta um tanto curiosa, mas logo voltar seu olhar para Chaeyoung, ao sentir ela desabotoando a parte inferior da sua camisa. Não demora para que o corpo de Rosé esteja exposto quase por completo, a única coisa que protege a peça íntima preta superior são os dois botões que ainda prendem a blusa.

— Eu diria que as minhas visitas atuais não se importam muito se eu estou esperando ou não alguém. Elas são bem... Intensas quando estão chegando ultimamente, não acha? — ironizou mas logo se sentiu frustrada que nem mesmo um comentário assim tirava a diversão implícita nos olhos de Rosé. A morena estava tendo dificuldade em lidar com tudo que estava relacionado a Park Roseanne, ela não a estava tirando do sério com as suas provocações, mas a sua atenção ficava distorcida diante do belo corpo a sua frente. Chaeyoung sempre se orgulhou de ser profissional, e era muito elogiada por isso na faculdade, mas ali, diante da princesa da máfia, as coisas ficavam um pouco distorcidas.

— Gosta do que vê?

O olhar desvia do corpo para seu rosto encontrando um malicioso sorriso assim como seu tom de voz. Era evidente para as duas o que ela queria dizer com aquelas palavras, Rosé já tinha certeza que Chaeyoung não tinha passado pelos rigorosos ensinamentos dos Son, por isso ela conseguia de fato ver Roseanne como mulher. E a morena não era cega, não tinha como negar o espetáculo que estava diante de si, com um sorriso que não ajudava em nada em manter uma conduta anti pensamentos pecaminosos. Mas se Park Roseanne queria tanto provocá-la, esse jogo poderia ser para dois.

As mãos que tateiam as suas costelas em busca de algum desconforto, logo pararam de atuar, em seu lugar as unhas arranhavam levemente a pele alva, enquanto se debruçava lentamente sobre a mais velha. A expressão de Roseanne passou de risonha para surpresa com a mudança de comportamento de Chaeyoung. — Claro que eu gosto do que eu vejo... — a malícia preenchia o sorriso da morena, especialmente quando os olhos desviam do belo rosto para o corpo que cuidava, parando a ponta dos dedos sobre o umbigo da mais velha. — ... A cicatriz não vai ficar nem tão grande e nem tão evidente, quanto seu ego. — a médica sorriu ao se afastar puxando as cobertas até a altura do pescoço de Rosé, se divertindo internamente com uma expressão de decepção que facilmente a mais velha tentou esconder.

— Son Chaeyoung... Sem dúvida você é interessante. — Rosé ganha um sorriso malicioso quando vê a morena saindo do quarto ao ser chamada por Eric.



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