'Cause we're the masters of our own fate
We're the captains of our own souls
There's no way for us to come away
'Cause boy, we're gold, boy, we're gold
Não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Há um mês atrás, as atitudes que vinha tendo eram impensáveis. Mas eu queria mudar, certo? Se continuasse a fazer sempre a mesma coisa continuaria no mesmo lugar. Dentre as decisões que tive, acho que a mais importante foi o fato de eu ter desistido de esperar alguém ou que algo simplesmente acontecesse. Além disso, também tinha decidido me divertir mais e aproveitar tudo que estivesse ao meu alcance.
Essa sequência de decisões me levaram ao acontecimento de quarta à noite. Eu queria experimentar coisas novas e sair do marasmo que estava a minha vida, mas também tinha de reconhecer que esse era o primeiro passo para que eu seguisse em frente definitivamente. Me permitir ter relações físicas com alguém era uma forma de ir rompendo aos poucos aquilo que me prendia ao Sasuke. Afinal, sempre que me imaginava fazendo algo do tipo era ele, sempre. A ideia de que fosse outro era simplesmente inconcebível, eu só tinha olhos para o Sasuke, eu era dele, meu coração, meus sentimentos e meu corpo.
Os sentimentos e o coração são mais difíceis de controlar, mas quanto ao corpo… Eu poderia fazer algo, quanto ao restante só me restava entregar nas mãos do tempo. Só de pensar em deixar de amá-lo ou, quem sabe, passar a amar outra pessoa me soava algo extremamente complicado. Havia culpa envolvida por deixá-lo e medo do que poderia acontecer se eu me apaixonasse novamente. Mas isso era algo que não estava sob o meu controle, o que estava sob minha responsabilidade era ser feliz e viver a minha vida independente desse sentimento.
Apesar das minhas decisões ousadas, preciso reconhecer que eu tinha algumas limitações consideráveis. Eu estive tanto tempo fechada pro mundo a minha volta que me jogar para ele de uma vez me dava certo pavor. Decidir que queria usufruir dos prazeres carnais desse mundo já era um passo mais do que significativo, agora me entregar para alguém que eu simplesmente não conhecia ou então, ter que sair “à caça” de alguém me pareciam obstáculos intransponíveis. Além do mais, eu não estava preparada e nem queria lidar com todas as preocupações e estresse em ter que fazer isso.
Nesse contexto, o Shikamaru não poderia ser mais perfeito. Eu o conhecia e o admirava, sabia seus defeitos e suas qualidades, ele me inspirava confiança e sua presença me fazia tão bem, mas o principal, meu corpo respondia a ele. Eu me sentia atraída por ele, por isso não me importava nenhum pouco de que meu primeiro beijo fosse com ele. E depois daquele beijo, descobri que algo em mim o desejava mais do que eu imaginava e eu realmente estava afim de dar o passo seguinte com ele.
Ele estava assim como eu fugindo de problema e parecia estar atraído por mim também. Então por que não tentar? Na pior das hipóteses ele me diria: “Sakura, é melhor não.” E tudo bem, seguiríamos em frente como se nada tivesse acontecido e eu pensaria em um plano B. Mas ele aceitou, claro que reforçando os termos que também eram imprescindíveis para mim. Então aquele era o momento, eu queria e ele tinha aceitado, não havia mais empecilhos. Por isso, logo fiz o meu primeiro movimento para que nenhum de nós tivesse chance para arrependimentos.
Muitas pessoas criam grandes expectativas para a sua primeira vez essas expectativas acabam causando nervosismo, ansiedade e preocupações desnecessárias. Por incrível que pareça eu não sentia nenhum tipo de sentimento ruim, havia uma ansiedade claro, mas não uma ansiedade sufocante, uma ansiedade de entusiasmo. No mais, eu estava tranquila. Shikamaru sabia muito bem o que fazer e estava ciente da minha inexperiência então se eu fizesse algo “errado” ele entenderia. Sempre tive muitas inseguranças com relação ao meu corpo, mas naquele momento essas inseguranças nem vieram a minha mente. Se ele já se sentia um pouco atraído por mim, então o que eu era já o agradava, não tinha qualquer preocupação se eu seria o suficiente para ele ou se o que ele estava vendo o agradava, afinal esse não era nem de longe meu objetivo.
Tudo fluiu tranquilamente, foi natural, leve e muito, muito, muito bom. Shikamaru definitivamente sabia o que fazer! Olhando para ele em qualquer outra situação nunca seria capaz de imaginar o que ele seria capaz de fazer entre quatro paredes, como alguém tão quieto e preguiçoso poderia causar sensações tão intensas quanto as que ele me fez sentir aquela noite? Minha escolha não poderia ter sido mais acertada.
Assim que ele saiu do meu apartamento, tive uma noite de sono tão boa que nem me lembro quando foi a última vez em que dormi tão bem, meu corpo estava tão relaxado. Tudo o que a teoria dizia sobre os benefícios do orgasmo eram reais, na verdade, era ainda melhor. Tudo o que eu conseguia pensar era o porquê de não ter feito isso antes.
No dia seguinte almocei com a Tenten novamente e lhe contei o que aconteceu, não com a riqueza de detalhes que Ino costumava ter. Aliás, me sentia um pouco mal por não compartilhar esse momento com ela que sempre estava ao meu lado e era minha confidente para todas as horas, mas apesar de não ter combinado explicitamente com Shikamaru, imagino que ele, assim como eu, preferiria manter o que aconteceu em segredo. Assim que o encontrasse, precisaria acertar esse detalhe. No mais, meus dias seguiram tranquilos e normais, mas só de lembrar daquela noite sorria à toa.
Como havíamos marcado, sábado à tarde vsitaríamos 3 prédios para escolher um onde a clínica pudesse funcionar. Sempre me esforcei bastante para ser pontual, o que quase sempre resultava em uma Sakura extremamente adiantada que sempre tinha que ficar esperando. Shikamaru não costumava se atrasar por isso o esperei por pouco tempo, estava encostada em uma árvore me escondendo do sol quando o vejo andando vagarosamente com as mãos nos bolsos. Geralmente, aquele jeito calmo de andar me estressava, mas agora eu já tinha me acostumado e até achava charmoso. Assim que ele me viu sorriu e eu fiz o mesmo.
Assim que ele chegou até mim nos cumprimentamos e entramos no prédio, o sol estava tão quente que qualquer segundo a menos sob ele era valioso. Quando encerramos a visita eu sabia que minha escolha já seria aquele, além de ser perto do hospital e da minha casa, era praticamente igual a planta que tinha idealizado para a clínica. Mesmo assim, visitei com ele os outros 2 prédios só para desencargo de consciência. Durante o caminho conversávamos sobre os prós e os contras de cada prédio e ele me contava como ia o treinamento do Naruto para assumir o posto de Hokage. Aquele baka estava enlouquecendo o Shikamaru e o Kakashi-sensei, não conseguia conter o riso quando ele me contava as trapalhadas do Naruto.
- Então… Vai ficar com o primeiro, não é? - Disse Shikamaru assim que findamos as visitas. Ele se ofereceu para me acompanhar até em casa, uma vez que era caminho para a sua.
- Exatamente! Como você sabe?
- Bem, ele é praticamente igual àquela planta que você tinha desenhado e eu vi como os seus olhos brilharam quando estávamos lá, você já estava planejando onde colocar cada coisa. Acho até que você já estava se imaginando lá, não é?
- Sim… Você é mesmo perspicaz. - Disse rindo. - Muito obrigada por ter me levado até lá. E desculpa por ter tomado seu sábado à tarde.
- Por nada. E não se preocupe com isso, não é como se eu tivesse coisas interessantíssimas para fazer. - Ele deu de ombros. - Provavelmente estaria dormindo.
- Finais de semana são tediosos quando não se tem nada para fazer. Tenten está em missão, Ino já tem compromisso com o Sai e Naruto e Hinata estão curtindo o primeiro mês de casados. Então meus planos para o final de semana é ficar jogada no sofá lendo ou assistindo alguma besteira na televisão. - Era exatamente por isso que eu preferia ficar no hospital durante os finais de semana.
- Meus planos não são muito diferentes. - Ele disse entediado. - Mas… por que não fazemos algo? Assim não ficamos entediados em casa fazendo nada. - Antes que ele concluísse, respondi:
- Nossa, Shika, que ótima ideia! Eu adoraria.
- Certo. Pode ser naquele mesmo bar?
- Sim, lá é ótimo. Nos encontramos lá às 8h?
- Pode ser.
Continuamos o caminho, assim que chegamos em frente ao meu prédio nos despedimos. Aproveitei o restante da tarde para estudar um pouco sobre o funcionamento da mente humana para montar os protocolos de tratamento para a clínica. Quando me dei conta já estava na hora de me arrumar. Com certeza hoje eu não iria tão bem produzida quanto da última vez, já estava razoavelmente atrasada. Por isso, tomei um banho rápido, sequei os cabelos apenas para não ficarem molhados, vesti um vestido branco simples que sempre usava quando precisava sair para algum lugar do tipo. Ele era justo, de alças e levemente decotado. Quanto a maquiagem, passei apenas um batom claro para dar um cor. Calcei um sapato preto de salto que achei no meu guarda roupa, peguei minha bolsa e fui o mais rápido possível para não me atrasar muito.
Chegando lá pude avistar Shikamaru sentado no balcão conversando com uma moça bem bonita. Aquele ali só era preguiçoso para trabalhar mesmo, para outras coisas ele era bem espertinho… Fiquei ali na entrada parada por um momento refletindo se eu deveria interromper a conversa e atrapalhar os futuros planos dele ou deveria deixá-lo terminar o que quer que estivesse fazendo.
Antes mesmo que eu pudesse tomar uma decisão ele me viu e acenou para mim, logo em seguida ele se levantou se despediu da mulher com quem conversava e veio em minha direção.
- Oi, Shika! Como vai? - Disse lhe cumprimentando com um abraço. - Desculpe, não queria atrapalhar, se quiser ir, pode continuar conversando com ela. Não quero estragar seus planos da noite.
- Estragar meus planos? Você foi uma boa desculpa para uma fuga! Algumas mulheres realmente são problemáticas e estava difícil me livrar daquela ali. - Ri do seu comentário, será que havia alguma mulher no mundo que Shikamaru não achasse problemática?
- Quem manda fazer sucesso com as mulheres? Acaba atraindo várias delas e eu imagino que as não-problemáticas seja uma pequena minoria, certo? Então matematicamente falando, você deve esbarrar com muitas “problemáticas” por aí. - Disse fazendo sinal de aspas com os dedos.
- Apesar de sentir um pouco de sarcasmo no seu comentário, não posso dizer que está errada. Vem, vamos nos sentar. - Ele disse me guiando até uma mesa.
- Sarcasmo? Eu seria incapaz de ser sarcástica com um julgamento de tamanha importância como esse. Até porque “problemática” é uma boa forma de resumir toda a complexidade das mulheres. - Disse enquanto me sentava, ele me olhou intrigado como se tivesse acabado de ser repreendido. - Mas já parou para pensar que talvez você só não saiba lidar com essa complexidade? - Ele me olhou um pouco incomodado com meu sarcasmo proposital. - Pode ficar tranquilo, Shika, nem a gente se entende seria demais exigir que vocês, homens, nos entendessem. - Dei uma risadinha no final para disfarçar a provocação, ele detestava ser subestimado por mulheres.
- Mulheres…- Acho que alguém tinha ficado sem argumentos me diverti internamente com isso. - O que vai querer?
- O que sugere?
- Nada que seja o puro açúcar. - Ele pensou um pouquinho. - Saquê?
- Pode ser.
Ele chamou uma garçonete que descaradamente flertou com ele, Shikamaru realmente tinha um dom para esse tipo de coisa.
- Você deveria me dar umas dicas. - Era notório o sucesso que ele fazia, era extremamente charmoso e até eu me sentia atraída por ele.
- Sobre bebidas?
- Claro que não! Sobre isso, sabe? Como atrair a atenção do sexo oposto. - Disse enquanto gesticulava as mãos no ar com os cotovelos apoiados sobre a mesa.
- Ah, Sakura, você não precisa fazer muita coisa. - Fiquei um tanto intrigada com sua resposta.
- Acha que sou tão caso perdido assim? - Disse um pouco frustrada.
- O quê? Não! Claro que não! O que eu quis dizer é que você não precisa fazer absolutamente nada para chamar a atenção do sexo oposto, isso é algo que você já faz naturalmente.
- Eu? Sério? - Quando éramos mais jovens Naruto e Lee meio que tinham algum sentimento por mim, mas nada que me fizesse bem sucedida com os homens. Nunca fui o tipo de garota que chamava a atenção pela beleza, minha testa sempre foi gigante e meu corpo não tinha nenhum atrativo. Tinha outras qualidades, claro, mas essas só eram evidenciadas com o tempo.
- Sakura, você é uma mulher linda. - Quando ele disse isso corei instantaneamente e fiquei um pouco sem graça.
- Ah, Shika, claro que não… mesmo se fosse, existem mulheres tão mais atraentes: Ino, Hinata.. Bem, a lista é enorme. Eu definitivamente não me destaco no quesito beleza.
- Sakura, por favor, não diga um absurdo desses, você é a mulher mais linda em quase todos os lugares em que você vai. - Fique um tanto quanto chocada com seu elogio, não estava acostumada a receber elogios e isso meio que me pegou de surpresa.
- Obrigada. - Agradeci timidamente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, minhas bochechas deveriam estar intensamente coradas. Como meu amigo, ele deve ter dito isso apenas para levantar minha moral, ele sempre fazia isso com a Ino ou o Chouji, ele era uma bom amigo e comigo não seria diferente. Mas tenho que admitir que aquilo mexeu com uma pequena parte em mim.
A garçonete retornou com nosso pedido e Shikamaru prontamente serviu uma dose para mim e ele.
- Mas… Por que esse desejo repentino de chamar a atenção do sexo oposto? - Ele me perguntou curioso, o que era natural, já que eu sempre quis chamar a atenção de uma única pessoa.
- Novas experiências. - Respondi enquanto bebia um pouco do líquido que causou uma queimação em minha garganta.
- Ultimamente você anda tendo várias novas experiências. - Ele estava querendo descobrir alguma coisa. Me parecia justo compartilhar o que estava realmente acontecendo com ele, já que ele estava sendo uma peça chave nesse processo, mas queria me divertir um pouquinho vendo ele fazer seu trabalho investigativo.
- Talvez.
- O que mudou? - Não sabia que ele era tão bom em interrogatórios.
- Nada mudou. - Ele me olhou com uma expressão de estranheza. Talvez eu devesse começar a facilitar um pouco as coisas. - E justamente por isso, eu resolvi mudar. Cansei de ficar parada esperando que algo mudasse para que eu fosse feliz. Então, decidi aproveitar minha vida por mim mesma.
- Isso tem a ver com o Sasuke, não é? - Ele disse enquanto nos servia mais uma dose.
- Exato. A minha vida inteira se resumiu a esperar que o Sasuke me notasse, que ele me reconhecesse e me correspondesse. Mas isso não vai acontecer, não é? - Apesar de tentar enterrar esse assunto, isso ainda era algo que causava um aperto no meu aperto.
- Então, você quer esquecer ele?
- Bem, eu não sei se algum dia eu serei capaz de esquecer o Sasuke ou me apaixonar por outro. - Meus olhos já estavam marejados, esse assunto realmente era bem sensível para mim. - Mas eu não posso parar minha vida por isso, então, vou vivê-la da melhor forma possível e tentar ser feliz apesar desse sentimento. - Uma lágrima desceu do meu olho direito e eu rapidamente limpei, chega de sofrer. - Viemos aqui para nos divertir, não é? Por que não me ensina a jogar bilhar?
Ele concordou e se levantou entusiasmado. Ele me explicou as regras e pelo que eu entendi, eu poderia ter um futuro promissor. Tudo se baseava em uma análise geométrica e precisão na hora de dar a tacada, além disso, também era necessário medir a força exata para que a bola branca fizesse a trajetória do jeito que tinha desenhado mentalmente. Ele me deixou começar e ficou impressionado com meu talento. De primeira, consegui encaçapar 3 bolas. Continuei acertando, até que restaram apenas 2.
- Sabia que você poderia ser boa, mas não que seria tão boa. Mas talvez seja só sorte de principiante. - Ele disse dando um sorriso de lado.
- Ou… que você tenha encontrado uma oponente à sua altura. - Respondi prontamente.
Continuamos jogando e nossos desempenhos estavam bem equilibrados, por fim resolvemos nos sentar e bebermos mais. Comentávamos sobre as pessoas no bar e ele me contava histórias sobre algumas mulheres com quem ele tinha ficado e que realmente eram problemáticas. Coitado, deu até dó de algumas histórias.
- Nossa, Shika! Que horror! Deve ser por isso que você é tão traumatizado com relação às mulheres. - Disse enquanto limpava algumas lágrimas que saíram dos meus olhos depois de mais uma crise de riso, minha barriga já estava doendo de tanto rir.
- Viu? Depois você diz que nós é que não conseguimos entender vocês, mas, sinceramente, prefiro não entender pelo bem da minha própria sanidade. - Sabia que ele não iria deixar aquela provocação sem uma resposta.
- Tem razão. Mas nem todas são assim, Shika.
- Eu sei que não. - Ele me disse me encarando fixamente, com aquele olhar que eu já havia aprendido que era extremamente sexy.
- Acho melhor irmos embora, está um pouco tarde. - Disse assim que consegui me libertar daquele olhar sensual que ele tinha, aquilo era quase como cair em um genjutsu! Se já não estivesse corada por conta do álcool, com certeza teria corado na hora.
Ele concordou, pagamos a conta e fomos embora, ele se ofereceu para me acompanhar e eu prontamente aceitei, a companhia dele era tão divertida que seria maravilhoso aproveitar dela mais alguns minutos.
- Quem diria, hein? Shikamaru Nara saindo de uma noitada desacompanhado… Parece que não sou só eu que estou mudando. - Disse enquanto andávamos pela rua a caminho da minha casa.
- Desacompanhado? Eu saí acompanhado pela mulher mais bonita daquele lugar. - Ele disse me olhando enquanto caminhava com aquele jeitinho tão Shikamaru de andar com as mãos nos bolsos.
- Ah, Shika… Não precisa ficar me elogiando sempre pra me deixar bem. - Disse sem graça.
- É a verdade. Quando te disse aquilo mais cedo, eu estava sendo sincero. Não sou de mentir, Sakura. - Dessa vez ele continuou olhando reto para o caminho. Não havia palavras para dizer, então ele realmente me achava bonita… Aquilo de alguma forma me deixou muito feliz, segui sorrindo o restante do caminho.
- Está entregue. - Ele me disse quando chegamos na frente do meu prédio.
- A noite foi incrível, Shika! Deveríamos repetir mais vezes. - Disse dando um abraço nele. Ele me abraçou um pouco mais apertado com a mão na minha cintura. Sentir suas mãos e o cheiro dele tão de perto, me lembrou da nossa noite quarta. - Deveríamos realmente repetir… - Não sei se foi o álcool ou o desejo que crescia em mim, mas nem me dei conta quando disse isso. Mas, eu realmente queria repetir aquilo com ele, queria sentir mais dele, assim como da última vez.
Shikamaru se afastou somente o suficiente para que me olhasse nos olhos, com aquele olhar penetrante dele ainda mantendo nossos corpos colados.
- Não me lembro de nenhuma parte do nosso acordo que proibisse repetições. - Ele sorriu maliciosamente quase como se tivesse fazendo uma proposta.
- Verdade… - Retribui o olhar e o sorriso.
- Então, o que me diz? Você quer?
- Vem comigo. - Disse me encaminhando até a entrada do prédio.
Assim que entramos no meu apartamento ele me encostou contra a parede e começou a me beijar profundamente, suas mãos passeavam pelo meu corpo. Ele parecia estar tão desejoso daquele momento quanto eu, minha noite de sábado não poderia estar sendo melhor.
Seu corpo pressionava o meu com força e a suas mão apertavam minha bunda e os meus seios com ansiedade, até que ele levantou meu vestido e eu estiquei meu braços para facilitar o processo.
- Eu queria tirar esse vestido há tempos. - Ele disse voltando a beijar meu pescoço. Dessa vez eu acho que não escaparia de algumas marcas.
Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas foi por tempo suficiente para sentir que já estava completamente molhada. Ele me pegou no colo e me levou até o sofá, eu fiquei sobre o seu colo como no nosso primeiro beijo. Ele abriu o meu sutiã e tomou um dos meus seios na boca se demorando ali por um tempo.
Eu também queria sentir mais do corpo dele, por isso puxei sua blusa com força para tirá-la e ele me auxiliou no processo. Depois ele me deitou no sofá e se levantou retirando o restante da roupa, enquanto isso eu mesma tirei minha calcinha. Tudo o que eu queria era sentí-lo dentro de mim de novo como na última vez e ele não se demorou até que estivesse sobre mim.
Nunca pensei que isso poderia ser tão prazeroso, seus movimentos eram ritmados, fortes e fundos. Aquilo estava tão intenso que eu não pude me conter enquanto arranhava suas costas. Já podia sentir aquela sensação maravilhosa se espalhando pelo meu corpo, e assim que aquela onda de prazer se espalhou gemi chamando o nome dele. Aquele homem realmente era bom naquilo. Logo após, ele também atingiu seu ápice, saindo de mim e se levantando de cima de mim.
- Na próxima faremos algumas coisas diferentes. - Ele disse sorrindo maliciosamente enquanto se vestia.
Passei minhas pernas ao redor do seu quadril o puxando para um outro beijo, desci meus lábios para o seu pescoço.
- Me mostre tudo o que você sabe então… Prometo que serei uma boa aluna. - Disse sussurrando em seu ouvido.
- Sakura… melhor não me provocar, tenho que ir. Já está bem tarde. - Ele se levantou novamente. Assim que estava vestido ele deu um beijo rápido na minha testa e me desejou boa noite.
Acompanhei ele até a porta e assim que ele saiu resolvi tomar um banho para dar uma esfriada no corpo, seria mais uma noite em que eu iria dormir maravilhosamente bem.
And he's cooler than ever
There's no more night
Blue skies forever
I told you twice
In our love letter
There's no stopping now
Green lights forever
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