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História .noch zehn tage - Hyewon au!i - Vier - História escrita por candle_jiwoo - Spirit Fanfics e Histórias
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História .noch zehn tage - Hyewon au!i - Vier


Escrita por: candle_jiwoo

Capítulo 8 - Vier


— Chaewon! Pode abrir a porta por favor?!— perguntara a senhora Park, num tom parcialmente desesperado, o que fez a loira se assustar.

Não fora nem preciso pedir para que Hyejoo se transformasse em lobo, a mesma já havia feito isso.

Antes de abrir a porta, a loira sorriu de canto para a lobinha deitada em sua cama. Era incrível como a mesma já havia de acostumado a se "esconder" da mãe de Chaewon.

— A polícia está em casa.— dissera a mulher mais velha. Seu corpo estava tenso, seus dedos mexiam impacientemente na blusa que usava, e o seu semblante era capaz de deixar qualquer pessoa preocupada.

— O que?!— indagou, arregalando os olhos. Já sentia certo nervosismo invadindo seu corpo. 

Seus dedos começaram automaticamente a tremer de nervoso, e em questão de segundos, começou a suar frio.

— Lembra daquele ladrão de ontem? Ele realmente chamou a polícia, e com todas as informações que ele deu, os policiais perguntaram provavelmente pra vizinhança toda se eles já haviam visto um lobo andando com uma garota, e obviamente os vizinhos responderam.— dizia desesperadamente. — Agora eles estão na porta de casa, e querem investigar.

Estavam mesmo sem saída? O que aconteceria com Hyejoo agora?! Chaewon precisava pensar em alguma coisa rápido. Tinha ótimos planos de última hora, e agora que precisava, não estava fazendo nem força para pensar em algo, afinal, sabia que seus planos surgiam em sua mente de uma forma natural, sem forçar nada.

— Certo...— suspirou frustrada. Não fora questão de cinco segundos para uma ideia vir em sua cabeça. — Mãe, me dê apenas alguns minutos, tente enrolar os policiais, por favor!— pedira, querendo sorrir antecipadamente por ter uma ideia genial em sua mente.

No final das contas, aquela arma que havia guardado ia realmente servir para alguma coisa.  

— M-mas eu- antes mesmo de terminar sua frase, a loirinha a interrompeu.

— Por favor! Por mim e pela Olivia, mãe.— fizera um biquinho, olhando no fundo dos olhos da mais velha.

— Tudo bem, vou tentar.— soltou um breve suspiro e foi em disparada para a porta. Precisava dar um jeito de enrolar aqueles dois brutamontes agora.

— Hyejoo!— chamou pela lobinha, vendo a mesma vir até si. — Rápido, se transforme em humana!— como sempre, não fora preciso repetir um vez sequer.

Em um piscar de olhos, Hyejoo já estava, nua como sempre, de pé em sua frente.

— Vamos, se troque!— apressou a lobinha, sentindo seu coração palpitar de nervoso, ansiedade e mais uma mistura de outros sentimentos. — Pegue qualquer coisa, e não se esqueça de colocar uma touca e esconder sua cauda, eu já volto!— saiu correndo de seu quarto, indo até a porta.

— Senhora, já dissemos que apenas vamos revistar sua casa, apenas para ter certeza de que a senhora não mantém um animal selvagem aí.

— Animal selvagem?— a loirinha apareceu na porta, forçando uma risada que fora bem convincente. — Não tem anda selvagem aqui em casa... A não ser que vocês deixem minha mãe irritada.— sussurrou, soltando uma gargalhada.

— Bom, se não tem nada... Acho que não se importa em deixar nós dois revistar a casa, sim?

— Claro, podem entrar. Se importa se eu acompanhar vocês?

— Fique a vontade.— deu de ombros.

No momento em que o olhar da loirinha se cruzou com o olhar de sua mãe, a baixinha pôde perceber o quão desesperador era o semblante de sua progenitora, e sussurrou um "Não se preocupe."

Os dois adentraram a casa, sendo acompanhados por Chaewon atrás, e um pouco mais atrás, caminhava sua mãe, que brincava nervosamente com seus dedos.

O primeiro lugar que entraram, fora a sala, vasculharam tudo, depois foram pra cozinha.

— Então... O que exatamente fez vocês pensarem que tem um animal selvagem em casa?— perguntou a loira, como quem não queria nada, apenas queria puxar assunto.

— Um garoto ligou para a delegacia... Ele estava no hospital.— dissera, revirando a cozinha inteira da casa. — Ele disse que estava andando na rua, e que viu uma garota e uma senhora andando ao lado de um lobo, e quando ele se aproximou, o lobo mordeu ele. 

— Inacreditável!— a loirinha arregalou os olhos, levando uma das mãos até a boca, que estava entreaberta.

— Nós pensamos o mesmo, até que ele nos mostrou a mordida no pulso dele.— deu de ombros.

— Eu disse inacreditável, pelo fato de que o rapaz mentiu!— a Park dissera, recebendo um olhar confuso dos dois. — Aquele cara tentou nos assaltar, ele apontou uma arma pra minha mãe!— forçou seu tom de voz irritado. — Nós apenas fomos salvas por um cachorro!— "Um cachorro?!" começou a sentir o nervosismo invadir seu interior mais uma vez. Era realmente péssima com mentiras, e precisava contar uma agora. — O cachorro era muito grande! Ele estava correndo na rua quando quase fomos assaltadas, e quando nós menos esperamos, ele mordeu o cara, e saiu correndo.— dissera.

— Tem certeza disso?

— Absoluta, e tenho provas de que o bandido usava uma arma! Por que quando o cachorro mordeu ele, o revolver voou pra longe, e então eu peguei, só pra garantir que ele não ia tentar fazer algo contra nós.

— Você guardou a arma?— arqueou a sobrancelha.

— Sim, eu ia denunciar ele ainda hoje, mas vocês foram mais rápidos e vieram até mim.— riu. — Venham por aqui!— fizera um gesto com a mão, para que os policiais a seguissem.

Fora até seu quarto, sendo acompanhada pelos dois.

— Espero que não se importem com a bagunça... Minha amiga veio dormir aqui, então nem me preocupei em arrumar o quarto agora...

— Sem problemas.                               

A senhora Park ficou completamente confusa ao ver a garota sentada na cama. "O que TaeHee faz aqui agora?! Como?!" olhou para Chaewon, ainda confusa, e a garota fez um sinal de que explicaria depois.

— Olha aqui.— revelou o revolver.

— Como podemos saber que ele não é seu?!

— Oras, pensei que vocês checassem as impressões digitais!— dissera como se fosse óbvio, revirando os olhos. — Olha, pode ter alguma coisa minha, mas foi porque eu tive um contato direto com ele, mesmo assim, tem as impressões do ladrão, eu tenho certeza!

  — Tudo bem, iremos ver sobre isso depois... Porque ainda não terminamos de investigar a casa!

— Certo, levem o tempo que quiser.— deu de ombros. — Se não se importam, eu vou ficar no quarto com a minha amiga...

[...]

— Mais uma vez, nos perdoe por incomodar a vocês.— dissera o policial, já na porta da casa. — Devíamos ter acreditado em vocês.

— Não se preocupem, vocês apenas fizeram seu trabalho.— a loirinha sorriu compreensiva.

Continuou tendo uma breve conversa com os policiais, enquanto ao fundo, a senhora Park continuava boquiaberta, tentando entender pelo menos metade do que havia acontecido.

— Chaewon?!— a mulher encarou a filha, se sentindo completamente confusa. — A TaeHee? Como ela...? A Olivia...— não conseguia formar uma frase sequer, afinal estava confusa demais com tudo aquilo.         

— Hyejoo!— a loirinha chamou em um grito, soltando um suspiro trêmulo de medo. 

A híbrida apareceu entre as duas, estava sem a touca dessa vez, o que deixava as suas orelhas de lobo completamente a mostra. Timidamente, correu até a Park mais nova, grudando em seu braço esquerdo.

Chaewon fechou os olhos por breves segundos antes de passar suavemente sua mão na cabeça da mais nova.

— Mãe, essa não é a TaeHee... Essa é a Olivia.

— O que?! Como assim?!— inclinou a cabeça pro lado, ainda confusa.

— Chaewonnie... Você tinha dito que era um segredo só nosso...— murmurou bem baixinho, com certo tom de mágoa.

— Mas foi preciso contar isso pra minha mãe, bebê... Se não, você podia ter sido levada pra longe de mim...— murmurou de volta. — Não quer ir embora, quer?

— Não.— sussurrou, apertando mais o braço da garota, enquanto fitava o chão.

— Mãe, eu sei que é confuso e estranho entender, mas ela é a Olivia. Na verdade... O nome dela é Hyejoo.— explicou. — Eu descobri que ela podia se transformar em humana, já faz muito tempo... Mas achei melhor manter isso em segredo... Eu nunca soube como você iria reagir, e você sabe que na maioria das vezes, eu penso de forma negativa, então eu imaginava que tanto suas reações quanto as do papai, poderiam sem completamente negativas...— abaixou a cabeça, sentindo algumas lágrimas de preocupações juntarem antecipadamente no seus olhos. — Não tire ela de perto de mim.— sussurrou em tom de desespero, abraçando disfarçadamente a lobinha.

A senhora Park deixara que um suspiro confuso abandonasse seus lábios, massageou as têmporas com as postas dos dedos, encarando sua filha abraçada fortemente com a figura feminina que até cinco minutos atrás, pensava ser TaeHee.

— Não vou tirar ela de perto de você.— dissera, andando em passos calmos até as duas. — Eu nunca faria isso, porque eu sei que ela te faz bem, e que você é feliz com ela.— abraçou as duas garotas. — Você devia ter me contado antes...

— Eu sei... Me desculpe.— passou um braço pela cintura da mãe, a abraçando fortemente enquanto deixava algumas poucas lágrimas de alívio escorrerem por suas bochechas avermelhadas.

— Não precisa se desculpar, eu entendo o medo que você sentiu de algo acontecer.— dissera simplista. 

Claro que demoraria um tempo pra realmente engolir o fato de que Hyejoo era uma garota com orelhas e cauda de lobo, mas levaria tudo numa boa, pela felicidade de sua filha.

— Mas eu já quero deixar claro que seu pai vai ficar sabendo disso também, Chae.— dissera calmamente, acariciando as costas das duas.

— Certo, contanto que não tirem ela de perto de mim, eu aceito.— sorrira aliviada. 

— Eu preciso trabalhar, mas no final da tarde, eu estarei em casa!— deixara um beijo delicado e suave na testa da baixinha, e ficou meio hesitante, mas fizera o mesmo com Hyejoo.   

— Nos vemos de noite, então?— Chaewon lançou um sorrisinho de canto pra mais velha.

— Claro.— afagou os cabelos da mesma. — Até mais Chae, e... Até mais Hyejoo(?)— ainda estava completamente confusa e desacostumada com a garota.

— Até mais, senhora Park.— sorriu meio incerta, acenando com a mão para a mulher.

Apesar de ainda estar confusa com tudo isso, a progenitora de Chaewon estava feliz por ter descoberto. E agora tinha quase certeza de que sabia o porquê da porta do quarto da loirinha sempre ficar fechada.

Tudo fazia sentido em sua mente, era como se tudo se montasse, como peças de um quebra-cabeças. 

Durante o caminho para o trabalho, a senhora Park começou a se perguntar se as duas tem algum tipo de relação. Apesar de já imaginar a resposta, poderia conversar direito com a filha mais tarde e acabar com todo tipo de dúvida.

Pensou seriamente em ligar para o seu marido, para explicar tudo o que acontecera, e contar o quão doido e estranho fora descobrir que Olivia na verdade era uma híbrida. Mas simplesmente deixou a ideia de ligar para ele, de lado, preferia contar quando já estivesse em casa.

Claro que seria confuso no começo, imaginava que não seria tão difícil o pai entender toda a situação. Afinal, ele sempre era compreensível, e as vezes, mais liberal que si.

[...]

— Bom...— a loirinha cortou o silêncio que se fazia presente na sala.

Apesar de não ser exatamente um silêncio, pelo fato da televisão estar ligada em um canal aleatório, as duas estavam quietas, prestando atenção na série que passava.

— Acho que agora, você pode ficar na sua forma humana, sem se preocupar com meus pais.— sorriu docemente, abraçando a garota de lado.

— Vai ser estranho...— comentou baixinho.

— Concordo... Nós sempre fazíamos de tudo para esconder isso, e agora, não precisamos mais nos preocupar.— encarou a garota em sua frente. — Então acho que... Vai ser um estranho bom.— com o braço livre, procurou pela mão da mais nova, e entrelaçou carinhosamente seus dedos.

— Com certeza!— sorriu aliviada.

As duas ficaram quietas por mais alguns minutos, apenas trocando olhares e sorrisos. Uma das únicas coisas que se passava na mente de Chaewon, era o quão feliz e aliviada ela se sentia por sua mãe não ter demonstrado nenhum tipo de reação ruim.

— Wonnie...— chamou em um murmúrio manhoso.

— Sim?— a Park já até mesmo conseguia imaginar o que poderia vir a seguir, sorrindo ansiosa.

 

 

 

 

— Me dá um beijinho?       

 



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