Garuda não estava em seus melhores dias, houveram momentos tensos com Manigold e deixaram de se falar. O espectro havia decidido não ir ao Bar por um tempo, visto que o cavaleiro de Câncer trabalhava lá e queria evitar as situações tensas. Decidiu aceitar uma missão de Hades de reconhecimento e acabou topando com Kárdia, o atual cavaleiro de Escorpião. Conversaram por um tempo, o Escorpião dizia algo como mudar de lado e começar a servir a Hades, no submundo, que havia sido muito propício encontrar o Juiz ali e gostaria que o levasse com ele.
Os tempos estavam mudados, Hades e Sasha haviam se entendido e pouco se falava sobre guerras e afins, não havia motivos para desconfiança e Aiacos sempre estaria de olho nos passos do Imperador. Levando-o para o submundo, havia descoberto que Kárdia se tornara imperador em seu local de nascimento e assim desejava ser chamado, que havia voltado ao Santuário fazia pouco tempo e nada ali o agradara, desejando assim fazer parte do exército de Hades. Para Garuda algumas coisas faziam sentido, até concordava, o tão digno santuário havia se tornado uma terra sem lei, que um ou outro cavaleiro se dispunha a colocar ordem, não que isso incomodasse Aiacos, pelo contrário. Decidiu leva-lo á Segunda Prisão da Guidecca até conseguir conversar com Hades sobre sua entrada ao exército. Plasmou um trono para que ele se sentisse bem e lhe serviu uma bebida que havia em seu estoque.
Como estava com a cabeça cheia, não havia reparado na beleza afiada do homem a sua frente, não da maneira que sempre fez, porém, ver seu porte, seus cabelos, as roupas que lhe era justas no torso e seu olhar nada discreto ao seu corpo, ele decidiu atacar.- Me diga, meu caro, já se deitou com um homem? - Ainda longe, segurou um sorriso curto nos lábios e sorriu com a resposta audaz:
-Da mesma forma que vives, vivo a caçar presas fortes que façam meu coração queimar, não dispenso uma boa oportunidade de me divertir.
Aiacos sorriu com a impertinência, havia orgulho ali. Deixando seus pensamentos de lado, Garuda bebericou de seu uísque. -Sinto muito, queimar corações não é a minha especialidade -sorriu de canto num flerte seguro -Mas a pele, sim.
Os lábios finos se mexiam enquanto ele falava, tanto que se aproximando devagar, murmurou um 'entendo' e já bem perto, escorou seu corpo no encosto do trono chegando próximo de seu ouvido. -Serei mais específico, Imperador. Um homem já te proporcionou prazer? O real prazer?
Liberando um sorriso perigoso, o tom de voz do cavaleiro se mantinha ousado, assim como seu olhar que ainda não haviam trocado nessa pequena distância. - Um Imperador não se curva, Meritíssimo. Eu que faço minhas presas se curvarem e nenhuma reclamou até hoje. - Sentindo uma mordiscada em seu lóbulo, ele se conteve para não atacá-lo ali mesmo, o cheiro de seus cabelos azuis, junto com a fragrância de maçãs frescas eram demais para controlar, mas fazia um bom tempo que Aiacos não jogava um jogo. Decidiu aceitar o desafio após escutar as afiadas palavras: -Por que? Está achando que consegue que eu abaixe minha cabeça para você?
Movimentando o rosto para ficar de frente para o cavaleiro, Garuda diz que, assim como ele, adorava um bom desafio, deixando em seguida, uma lambida em seus lábios. -A cabeça eu não sei, Majestade, mas o meu nome eu farei até o impossível para que saia em um tom bem entregue de sua boca. -Sua voz era quase inaudível.
Para Kardia, aquilo estava melhor do que esperava, assim como o espectro, há muito não via uma boa oportunidade de desafiar e ser desafiado. Garuda era mordaz no que fazia e estava louco para ver e sentir qual seria a próxima resposta tratando com desdém cada uma delas mas sentindo, dentro de si o fogo começar a queimar. Tentando não perder a pequena disputa que mantinham ali, o Imperador cobrou atitudes do juiz mantendo por fora sua pose e segurando por dentro as labaredas ardentes. Sem esperar mais, beijou o Juiz de forma lenta, saboreando seu gosto, de um lado, Kárdia sentia o gosto de álcool, queimava e era intenso. Do outro, Garuda aproveitava o aroma e sabor de maça recém-colhida, um sabor vivo, algo que ficaria em sua mente por muito tempo. O cavaleiro passava a mão ousada pelo corpo ainda curvado do juiz, sem deixar o contato entre as línguas cessarem, porém, Aiacos ainda estava no jogo e não 'perderia' assim tão fácil. Balançando a cabeça negativamente, passou a mão pelos fios azulados, sem muito alarde, apenas para segurar-lhe os fios e levantar a cabeça do Imperador, expondo seu pescoço enquanto sua boca resvalava pelo local em suas falas -Imagino que saiba, Majestade, está cobrando de mim uma intensidade que nem você mesmo está tendo. -Mordendo sua orelha e passeando por ali com a língua e firmando um pouco mais os fios em seus dedos, Aiacos verbalizou o jogo em que estavam, partindo assim para o ataque.
Beijou-o intensamente, dedicando-se ao máximo a esse jogo. Sentia que, a qualquer momento o veneno do escorpião escorreria por suas bocas cortando o gosto de maçã. Viu que após um tempo, o Imperador cortou o beijo na necessidade de respirar, rindo em deboche mas sentindo-se ótimo. Deslizou as unhas pelas costas cobertas do juiz, causando-lhe visíveis arrepios e adorando ouvir os rosnados baixos e graves, afinal estava lidando com um homem que apenas seguia seus instintos. E seguindo a visão da camisa entreaberta no torso curvado, ousou deixar uma trilha de beijos e lambidas por ali.
Kárdia deixava os pensamentos fluírem junto de seus movimentos, para ele, o Juiz era como um fruto proibido no qual estava se envolvendo e com muita satisfação. Quanto mais beijava, mordia, tocava, mais queria. Era viciante o calor, sabor e toque que ele possuía. Sentia novamente as carícias que a boca ardente deixava em sua orelha até que viu um sorriso diferente nos lábios alheios. A mão que estava em seu cabelo, agora descia por seu corpo passando por sua clavícula, peito, abdome até chegar no cós de sua calça, onde colocou apenas a ponta do dedo observando a expectativa alheia –O que houve, Imperador? Me diga, não seria ótimo que se você estivesse nesse trono, com as pernas ao redor de minha cintura enquanto eu te faço o homem mais feliz desse universo? -Aiacos não sabia brincar, voltando a resvalar sua boca no cavaleiro, mordeu seu ombro apenas para provocar.
Sem deixar-se abalar com as atitudes provocativas e apelativas, Kárdia o provocou comentando sobre seu fraco por unhas ao arranhá-lo o peito e ver esse se arrepiar. Dizia algo como vários outros e seu desejo por controlar o juiz e tentou ataca-lo cobrando-lhe o motivo pelo qual ainda não havia feito de si, submisso. Sorrindo pela pressa, Aiacos atacou sua impaciência e ouviu da boca do azulado que fariam isso mais vezes, não negou, o Imperador era um homem e tanto e, apenas para complementar seu ataque ao impaciente cavaleiro, abriu sua calça e retirou seu membro teso delas, observando o Imperador fechar os olhos ao ser tocado dessa forma, soltando o ar pela boca. Era uma bela visão, o Juiz admitiria isso. Mas mesmo que fosse linda, poderia melhorar, firmando o aperto no membro, Garuda provocava: - Controlar? Certo, controle - O sarcasmo era quase palpável no ar –Peça para mim, diga o que você quer que eu faça com você tão duro na minha mão. - Abaixou a voz deixando-a mais grave e perigosa - Peça, Imperador...
Cansando de manter a postura e mal aproveitar aquela mão que o massageava tão bem, mordeu o lábio, fechando os olhos desfrutando da cena. Falou coisas sobre bebidas e bom menino mas seu foco estava na cena que se seguia de Garuda descendo seus lábios por sua pele, abrindo os botões de sua camisa, deixando um rastro de beijos e chupões pela pele branca. Ainda que queimando, sorriu sem se importar, estava louco para sentir aquela boca e já estava desistindo de lutar contra o prazer intenso que aquele homem estava lhe proporcionando. E vendo a pequena batalha interna dentro do olhar avermelhado, Aiacos não se conteve, lambeu seus mamilos, mordiscando-o e ao chegar perto do membro teso e pulsante, Garuda joga-lhe sua cartada final. -Deixe seu orgulho de lado e sinta o prazer.
Kárdia gemera alto, arqueando as costas e encostando a cabeça no encosto do trono ao sentir a língua passar de seus testículos a cabeça de seu membro, logo sumindo de sua visão ao entrar na cavidade quente. Para Garuda, o jogo havia acabado e Kárdia havia vencido. Sua batalha não era sobre quem se entregaria primeiro, e sim, sobre conseguir proporcionar o que desejava. Havia de fato começado agora, e não pararia tão cedo. Não houve nada mais belo que a boca entreaberta num arfar tão prazeroso como aquele quando Garuda desceu sua língua até a entrada do Imperador, fazendo-a entrar macia e molhada. Os movimentos de sua mão no membro alheio não paravam, mesmo quando fechou os olhos com força ao ouvir seu nome na voz rouca do escorpiano. Naquele momento seu dedo entrou procurando ali seu ponto de prazer intenso enquanto voltava a suga-lo e só na adição de mais um dedo, que ele veio em sua boca. Gozou forte em sua garganta e voltou a ouvir seu nome enquanto suas costas eram impiedosamente arranhadas.
Com o membro pulsando pelas provocações de mais cedo, Garuda o segura pelas coxas o levantando-o e sentando em seu lugar, deixando-o em seu colo. Não tirando-o do topor do prazer, sugou e mordeu seu pescoço e ombros, vendo as vestes caírem secas e os arroxeados tão belos que havia deixado em seu corpo, Aiacos ainda o provocava –Um trono para vossa alteza. Venha, Imperador, dite seu ritmo como desejar. - Arrodeava seu braço por sua cintura enquanto a outra mão direcionava seu membro para a entrada intocada.
Sem pudores e com o orgulho caído ao chão junto a suas roupas, o Imperador começa a cavalgar, descia e subia em um ritmo lento, ainda tentando se acostumar, sem parar um minuto de gemer, o que enchia os ouvidos de Aiacos de prazer. Ele era um espécime incrível principalmente quando acertava seu próprio ponto intenso gemendo alto e arranhando o peito do espectro enquanto a velocidade de suas cavalgadas aumentava. Garuda moveu seu corpo para frente, para que o cavaleiro pudesse prendê-lo entre suas pernas. Sua pélvis impulsionava-se para cima de encontro ao corpo quente do escorpiano enquanto este rebolava em si, sua cintura ondulava fazendo seu membro que gotejava resvalar sobre seu abdome e o espectro não pode deixá-lo vir sozinho. Com isso, sua mão apertou a cintura do homem que sentava em si indo em direção a seu mastro que implorava por atenção e massageou o membro, estava quente, pulsante, era uma delícia senti-lo assim, tão necessitado e ouvir o som estridente que soltou ao sentir sua mão, fora a maior prova disso. Gemera seu nome como o Juiz ele tanto gostava.
Ambos gozaram, o cavaleiro se desfez no abdome do juiz enquanto ele rosnava em seu ouvido –Vem, Kardia. Goza para mim.
Vê-lo se desfazer em espasmos em seu colo fora incrível, ele era um homem incrível e fariam isso mais e mais vezes. Dito e feito, após se juntar ao Império de Hades, Kárdia e Garuda se encontraram mais vezes para saciarem seus desejos. Como também era um homem dominante, conseguira que Aiacos aceitasse dois dedos dentro de si até gozarem juntos. Em suas conversas, Aiacos descobrira que Kárdia possuía uma doença cognitiva grave, que morreria logo e não se privaria do que desejasse. Informou, também, conhecer o Antigo Mestre do Santuário, Degel, o que o fez pensar se ele já havia comentado algo com o Imperador.
Para Garuda, a mudança de Kárdia para o Submundo fora bem-vinda, assim como o próprio Imperador dizia –Fora minha melhor escolha – Enquanto beijava o espectro.
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