Minseok assim que o canadense desceu de seu carro, travou o mesmo e saiu andando na frente com raiva do mais novo e por saber quem era seu ex.
_ Yuta! - Chamou entrando em sua já colocando as sacolas com o que havia comprado sobre a mesa. _ Yuta!!!
_ Oi, papai. - Yuta ao descer correndo as escadas, foi diretamente para a cozinha daquela grande casa.
_ Guarda essas coisas. - Ordenou logo dando meia volta e saindo daquela cozinha.
_ Você comprou o doce que eu pedi? - Perguntou o japonês já olhando sacola por sacola a tudo o que tinha em casa uma delas.
_ Sim. - Disse, parando seus passos na sala de estar, olhando diretamente para a saída de sua casa. _ Vai ficar parado aí?
_ Você não me convidou pra entrar. - Disse o canadense um tanto birrento.
_ Você quer entrar, Mark? - Perguntou Minseok num tom irônico.
_ Ah, eu aceito. - Abrindo um sorriso bobo, Mark entrou porta a dentro daquela casa e fechou a mesmo atrás de si.
Minseok subiu escada a cima e o mais novo saiu o seguindo logo atrás. Yuta largou as compras feitas sobre a mesa e foi até a sala, passando a olhar escada a cima. Doyoung voltou sua atenção para seu notbook e para os diversos e-mail que lhe enviaram pedindo de sua opinião, algum conselho que pudessem aplicar em suas vidas amorosas.
_ Olá! - Lia em voz alta o e-mail sobre a tela do notbook. _ Meu nome é Lya e tenho vin- - Doyoung deu uma pausa na leitura para olhar a mensagem que havia chegado naquele instante em seu celular.
Ao ver de quem eram, abriu um enorme sorriso em seu rosto, logo fechando a tela de seu notbook e indo até aporta de seu quarto. Ao abrir a mesma, deu de cara Yuta na qual escondido de seu pai, decidiu fazer uma visitinha ao seu amado na casa do mesmo.
_ Vemmm! - Doyoung o puxou para dentro de seu quarto e ao fechar a mesma, começou a beijar e ser beijado pelo japonês na qual aproveitava para abraça-lo bem apertadinho.
Já na casa ao lado, por enquanto Minseok não desconfiava de nada, nem sonhava que seu filho não havia guardado as compras como havia ordenado e ido para a casa ao lado.
_ Muda essa cara. Já te disse que eu não pretendo voltar com o Chenle, o que eu tive com ele passou no mesmo instante que peguei ele trocando mensagens com outro cara.
_ A minha raiva não é nem você continuar amigo dele, mas sim que ele vai saber que estamos juntos e não vai nos deixar em paz, e eu não vou ter paciência com ele. - Disse se sentado sobre sua cama.
_ O Taeil também não vai nos deixar em paz e eu tô tranquilo. Eu confio em você. - Mark se deitou sobre o copo do mais velho na qual sentado sobre sua cama, tinha suas costas encostadas sobre a cabeceira.
_ Confia porque já me viu dando fora nele, você sabe que não tenho interesse no Taeil.
_ Mas eu não tenho interesse no Chenle além de amizade, criatura. - Insistiu Mark em algo que vinha dizendo a Minseok a alguns minutos. _ Confia em mim, tá? - Recebeu o silêncio como resposta, mas ainda sim queria ouvi-lo. _ Tá?
_ Tá. - Concordou Minseok após soltar um ar pesado de seus pulmões.
_ Tá. - Mark entre os braços do mais velho, levou sua mão e deixou ali sobre o peitoral do mais velho. _ Me conta um pouco mais de você, até agora só eu que falei de mim.
_ Não tem nada de mais na minha vida. Sou neurocirurgião, vivo disso. Tive filho muito cedo e não foi por acidente, eu quis ser pai novo mesmo. A mãe do meu filho na época também era nova, só era um ano mais velha. Nossas famílias brigaram e como a família dela é humilde, eu fiquei com o Yuta. Fui expulso de casa pelo meu pai.
_ Nossa, ele te expulsou de casa tendo um bebê nos braços? - Questionou Mark ouvindo tudo aquilo tendo em seu rosto uma carinha de choque.
_ Sim. - Confirmou. _ Ele fez um inferno tão grande durante toda a gravidez da Saori, que o meu filho nasceu cansadinho e teve que ficar um bom tempo no hospital. Se eu perdesse o Yuta, eu nunca iria perdoar ele. - Minseok ao se lembrar do que viveu no passado, balancava sua cabeça em negação. _ Não gosto nem de pensar nisso.
_ Então não pensa nisso. - Pediu o canadense também odiando pensar no pior, odiando fazer o mais velha se lembrar dessa parte dolorida de seu passado. _ Continua contando. O que aconteceu depois que você foi expulso, o quê você fez?! E sua mãe?! Ela não ficou com dó do netinho dela?
_ Minha mãe não tinha opinião própria. Ela era bem submissa ao meu pai. - Minseok deixou um beijo sobre a testa do mais novo, continuava a relembrar coisas de seu passado enquanto deixava carícias sobre os cabelos do mesmo. _ Tenho mágoa dela porque ela não foi firme, não lutou por mim e pelo neto.
_ Poxa.. - A essa altura Mark imaginava toda a cena em sua cabeça, só de pensar já achava que era ruim, era dolorido, imaginava como foi para Minseok ter passado aquilo tudo na pele.
_ A família da Saori é muito humilde como eu já falei, então eu assumi tudo mesmo sendo novo. Quando eu fui expulso, fui morar com o meu filho na casa da minha tia. Ela sempre me tratou e me trata como um filho, e até hoje ela e meu pai não se falam por minha causa. Fiquei na casa dela até ficar maior. Eu estudava de manhã, trabalhava a tarde e passava a noite com o meu filho. Eu não me queixo de nada disso, jamais.. - Minseok balançava sua cabeça em negação lentamente. _ Não me queixo porque eu escolhi ser pai cedo. Eu só queria que minha família me apoiasse. Acha que sou nervoso com todo mundo assim porque eu quero?! - Questionou num tom retórico, vendo a atenção do mais novo sobre si. _ Eu não era assim. Eu sofri muito, e eu só estava começando a viver a vida.
_ Mas.. - Mark tinha seus olhinhos cheios d'água só de imaginar tudo aquilo. _ Você tem contato com sua família?
_ Não! - Disse sem demorar. _ Nenhum tipo de contato. Tanto que o Yuta não conhece nem o rosto dos meus pais, e ele não faz questão também. - Quanto mais dizia, mais via o canadense fazer uma nova carinha de surpresa. _ Ele por já ser preocupado de natureza, quando ficou sabendo de tudo que passei ele se revoltou, não quer contato com ninguém. As únicas pessoas que temos contato é com a Saori, né?! Que é a mãe dele, os pais dela, e minha tia. Apenas.
_ Mas.. Você não tem curiosidade pra saber se eles estão vivos, se estão bem?
_ Sinceramente?! - Perguntou Minseok se voltando para o canadense em seus braços na qual assentiu para si. _ Não tenho. Fiquei sabendo pela minha tia que minha mãe a uns dias atrás estava perguntando do Yuta, como ele era fisicamente, se o comportamento me lembrava. Acho que ela nem deve saber que ele é famoso.
_ Nossa, que história! - Mark mentiria para si mesmo se dissesse que não estava um tanto traumatizado com tudo que Minseok passou sendo tão novo. _ Depois que você saiu da casa da sua tia, você veio morar aqui?
_ É. Minha tia comprou essa casa quando o Yuta tinha um ano e colocou no nome dele. - Disse Minseok recebendo o assentir do canadense na qual estava atento a tudo o que estava falando. _ No nome dele seria mais difícil meu pai tentar tomar da gente.
_ Ele tem muito dinheiro? - Perguntou algo aleatório. "Pra tomar uma casa que não era sua, precisava de dinheiro no mínimo" era o que o canadense pensava por agora.
_ Tem, ele é bastante influente. Felizmente eu fiz furtuna o suficiente pra bater de frente com ele, se algum dia ele aparecer, claro.
_ E.. - As perguntas do canadense já estavam quase no fim, só faltava uma que fazia um esforço para se lembrar. _ Ah! Lembrei de uma pergunta que eu queria fazer, mas acabei esquecendo. Porquê você não gosta da família do Jaemin?
Minseok se calou por breves segundos e fechou sua carinha imediatamente. Naquele momento se lembrou de seu filho, percebeu que a casa estava muito queita, então se levantou da cama num impulso deixando Mark pra trás confuso.
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