História NoMin - (My Dear Nerd) - Capítulo. 69

Duas horas e trinta minutos se passou, Minseok operou seu pai Jiyong com o auxílio do diretor do hospital, não precisava de ajuda, mas o homem se ofereceu a lhe ajudar. O dava muito apoio pois entendia muito o lado de Minseok, quando era mais novo passou por pressão parecida ao ter que operar um parente seu.

_ O que foi, mãe? - Minseok chegou nervoso no quarto hospitalar onde seu pai já estava descansando da cirurgia.

Estava nervoso pois sua mãe o ligava sem pausas mesmo vendo que não iria ser atendida. Minseok chegou a colocar seu celular no silencioso, mas antes preferiu ir ver o que a mais velha queria.

_ O seu pai acabou de passar por uma cirurgia, ele tá com sono. Isso é normal?! Tô preocupada.

_ Mãe, você me chamou pra isso?! - Questionou se aproximando a passos rápidos de seu pai ouvindo os batimentos do mesmo com seu estetoscópio. _ Ele tá bem. Só está com sono porque ainda está sobre o efeito da anestesia. - Mesmo estando nervoso, Minseok ainda sim conseguiu tranquilizar a mais velha.

_ Min! - Moonbyul na qual estava mais afastada, encotada ao lado da janela, chamou por seu sobrinho juntamente de um aceno. _ Você não vai ligar pro Mark pra saber como ele está? - Perguntou assim que o mesmo se aproximou de si.

_ Não! - Disse decidido. _ Ele sabe muito bem que eu gosto de ter toda a atenção pra mim, ai o cara vai e some o dia todo ontem e me aparece quando vou entrar em operação?! Não quero saber dele.

_ Ele é asmático? - Questionou querendo ter certeza do que havia visto mais cedo.

_ Como você sabe disso? - Perguntou franzino as sobrancelhas, já se mostrando confuso.

_ Ele saiu daqui muito mal. - Moonbyul agora podia ver seu sobrinho pegar seu celular com desespero do bolso de sua calça enquanto a ouvia falar. _ Acho que estava sentindo dores também porque ele levou a mão ao peito com uma carinha nada boa.

_ Tá. - Disse discando o número do mais novo, já levando seu celular em sua orelha.

_ Mark!

📲 _ Fala!

_ Está em casa?

📲 _ Sim!

_ Vem aqui pro hospital. Precisamos conversar.

📲 _ Não!

_ Não dificulta as coisas mais ainda. Porque não me disse que estava tendo crise de asma?

📲 _ Você disse pra mim não encher sua cabeça, então achei melhor não falar nada.

_ Caralho, Mark! Eu falei em relação das suas explicações por ter sumido. Claro que eu daria um jeito se você me falasse que não estava bem.

📲 _ [Choro ao fundo]

_ Tá, tá. Não chora. Vem aqui pro hospital pra gente conversar e se resolver.

📲 _ Não quero. Eu tô magoado.

_ Tá, eu sei. Me desculpa. Você sumiu ontem o dia todo, me deixou extremamente preocupado. Tinha que vir atrás de mim bem quando eu vou fazer algo importante?

📲 _ [Choro ao fundo]

_ Você esperava o quê de mim?! Não, me fala.. Um beijinho?! Eu estava sobre pressão, estressado e ainda estou porque mesmo já tendo operado, o corpo do meu pai tem que reagir bem a cirurgia.

📲 _ Então eu não vou aí, você vai me maltratar de novo.

_ Maltratar pra mim é bater, xingar. Até onde eu me lembro eu só gritei com você, e nem foi tão alto.

📲 _ Não vou.

_ Mark!

📲 _ Tô com medo.

_ De mim?

📲 _ De você gritar de novo comigo.

_ Eu quero me resolver com você. Tem como você vir, ou vai preferir deixar do jeito que está?

📲 _ Você vai pagar o táxi.

_ Tá, eu pago. Quando estiver chegando me liga e me avisa.

📲 _ Tá, te amo. Tchau.

_ Amo você. Tchau.

Ao desligar a ligação, Minseok retirou seu celular do silencioso e logo se virou na direção de seus pais na qual estavam prestando a atenção em sua conversa no telefone.

_ Mark é meu namorado. - Disse andando em direção a saída daquele quarto, pegando os mais velhos de surpresa.

_ Desde quando você tem interesse por homens? - Surpresa, Sohee perguntou bastante curiosa.

_ Desde quando eu conheci o Mark. - Minseok respondeu a pergunta já abrindo a porta daquele quarto.

_ Mark não é aquele amigo do Yuta? - Jiyong mesmo com sono, mostrava ter uma boa memória.

_ Yuta e ele não são amigos. Estão mais pra colegas. - Explicou Minseok pois era o que via na relação entre seu filho e namorado.

_ E porquê ele nos disse que era amigo do Yuta? - Perguntou Sohee confusa, não entendendo o porque do canadense ter mentido.

_ Não sei. - Disse saindo porta a fora do quarto.

_ Filho.. - Sohee o chamou antes do mesmo fechar a porta. _ A vida é sua, os interesses também, mas.. Será que podemos conhecer esse rapazinho melhor?

_ Pra quê? - Minseok não via a necessidade de ter que apresentar seu namorado para seus pais quando estava começando a criar laços com os mesmos agora.

_ Minseok! - Moonbyul o chamou num tom de repreensao, não via a necessidade daquela ignorância.

_ Tá. Vou ver com ele. - Sem mais, Minseok fechou a porta e saiu a passos apressados.

Estava ocupado aquela manhã, tinha outros pacientes pra atender. Trinta minutos se passaram e Minseok desceu para buscar o canadense em frente ao hospital. Ao pagar o táxi, viu Mark descer do mesmo e lhe abraçar de forma bem apertadinho enquanto chorava.

_ Não chora. - Pediu abraçando o mais novo de volta, lhe dando uma sequência de beijos em seus cabelos. _ Vamos subir e conversamos lá em cima. E meus pais querem te conhecer melhor também.

_ Não quero. - Mantinha seu rosto sobre abraço do mais velho, falando num som mais abafado. _ Eu menti pra eles, e eu tenho medo do seu pai. Ele tem cara de ser muito bravo.

_ Bravo sou eu, Mark. - Minseok viu o mais novo erguer o seu rosto choroso para olhar em seus olhos. _ Meu pai é um pão doce. Vamos?

Mesmo não querendo por se sentir envergonhado pela pequena mentira que contou aos mais velho, Mark confiava em seu namorado, confiava que de bravo Jiyong só tinha a cara.

_ Vamos. - Aceitou já se agarrando ao abraço do mais velho. _ Você fica diferente com essa roupa. Parece mais pelado.

_ Eu me sinto pelado, parece que eu estou de pijama. - Disse Minseok ao passar a mão por sua roupa de trabalho.

_ Tá usando cueca? - Perguntou o canadense o vendo apertar o botão do elevador.

_ Que pergunta mais aleatória. Vamos. - Indagou assim que as portas do elevador se abriram.

_ Tá ou não?! - Insistiu mark em sua pergunta. _ Tô com a impressão de que não está.

_ Óbvio que sim, Mark. - Disse apertando o botão para o segundo andar.

_ Me chama de amor. - Dizia num tom embargado de choro, lhe dando um tapinha em seu braço.

_ Tá.. - Minseok lhe deu um beijo em sua testa, enquanto o tinha ainda agarrado ao seu braço. _ Desculpa, amor.