POV Midoriya
Sábado
Acordo com o barulho de algo caindo e um berro de Kacchan em seguida:
_ SAI DAÍ NOAH!
_ Aish, oito da manhã de um sábado e Katsuki já está gritando..
Vejo que Laice e Belinha estão na cama comigo ainda, a gata é mais apegada a mim, e Laice, bom, ela ama dormir.. Já Noah se identificou mais com Kacchan, e vive atrás dele, porém ele é tão bagunceiro quanto o humano que ele segue e isso resulta em alguns gritos e arranhões durante o dia. Resolvo levantar, vou para o banheiro, escovo os dentes e lavo o rosto. Volto pro quarto pego as duas princesas no colo e vou para a sala, deixando as duas no chão e indo para a cozinha.
_ Bom dia Kacchan.
_ Bom dia Deku.. NOAH, JÁ FALEI PRA SAIR DAÍ. - pego o gato que estava tentando mexer nos temperos que estavam na parte aberta do armário e o coloco no chão, ele cresceu tanto, sua pelagem é toda preta como a da mãe, porém seus olhos são verdes e os da mãe cinzas.
_ O que faz acordado cedo e fazendo o café em pleno sábado Kacchan?
_ Se esqueceu? Temos um treinamento hoje, preciso te alimentar bem para você receber pancadas..
_ Haha, vai nessa babe.. - O abraço por trás e dou um beijo em seu pescoço. - O que está fazendo?
_ Ovos mexidos com bacon.. Quer fazer as panquecas pra mim?
_ Okay.. - pego a massa ja pronta, uma frigideira, e começo a fazer o preparo delas. Depois de tudo pronto, coloco a comida dos babys enquanto Kacchan arruma a mesa. Tomamos café e depois fomos para a empresa para treinarmos lá, já que mesmo com o espaço do quintal, não queríamos correr o risco de que queimasse ou quebrasse algo durante o processo. Colocamos nossas roupas de treinos (nada de uniformes, eles são feitos para agir de perfeito acordo com as nossas individualidades, e não queríamos essa ajuda que elas dão no treinamento) e nos dirigimos para a sala especial e extremamente resistente, afinal, o "big three" treinava ali..
Assim que entramos na sala a atmosfera muda, ficamos sérios e ali somos parceiros de treinos, e não namorados. Vamos até o centro da sala e nos comprimentamos em sinal de respeito, e começamos. Katsuki vêm pra cima de mim em posicionamento de ataque, eu espero seu ataque frontal mas ele agilmente aparece atrás de mim para me atacar, mas eu raciocínio rápido e dou uma rasteira o derrubando no chão e o imobilizado usando a força dos meus braços pra segurar suas mão e seu rosto. Ele da dois tapinhas em sinal de rendição se levanta. Começamos de novo, porém agora eu parto para o ataque, dou o primeiro soco e ele desvia, então entramos numa sequência de socos e chutes e defensivas, e por um descuido meu ele solta um explosão perto da minha cabeça e me deixa com o ouvido esquerdo meio danificado momentâneamente e eu reclamo pelo incômodo.
_ Aish..
_ Precisa melhorar seus reflexos Izuku. Está doendo? - eu o puxo e passo meus braços por cima dos seus e pelo seu pescoço o imobilizado.
_ E você deixar de ser convencido e abaixar a guarda. - o solto - Não, só me deixou com a audição um pouco afetada mas logo volta o normal. Vamos continuar. - Voltamos a posição inicial e continuamos o treinamento.
Ficamos quase quatro horas lutando sem descanso, e resolvemos parar e ir pra casa já que era quase o horário do almoço e nossas barrigas estavam começando a roncar de fome. Saímos do prédio e entramos no nosso carro e partimos para casa. Quando chegamos fomos recepcionados por dois gatinhos manhosos e uma cachorra mega feliz pelo nosso retorno. Dou um beijo em cada um e puxo Katsuki para nosso quarto fechando a porta em seguida. Ele se dirige pro banheiro enquando eu tiro o celular do bolso pedindo uma entrega de um tepan e depois largo o celular em cima da cama e vou para o banheiro também.
Quando entro Katsuki está terminando de encher a banheira e jogando sais, parece que alguém quer me mimar hoje.. Eu vou me despindo em silêncio, ele entra e deixa um espaço óbvio que era pra eu me encaixar ali, eu entro e encosto as costas em seu peitoral e a cabeça no seu ombro enquanto sinto seu carinho em minha pele. Eu tenho alguns arranhões pelos braços como prova do treinamento árduo, e Kacchan se preocupa em depositar um carinho mais delicado com os dedos por eles. Terminamos o banho, nos trocamos a tempo da comida chegar. Depois da entrega recebida e paga, ajudo Katsuki a alimentar nossos filhos famintos e colocamos as coisas na mesa para nos servimos.
_ Quais os planos pra hoje à tarde?
_ Não tenho nada específico em mente, você tem? - pergunta.
_ Oh, não! Amanhã almoçaremos na sua mãe, tudo bem? Ela disse que quer os netinhos lá também..
_ Tsc, eu não tenho escolha, tenho?
_ Não.. - dou um sorriso cúmplice.
O que Kacchan não sabe é que, amanhã farei um proposta à ele, o pedirei em casamento! Nosso aniversário de um ano de relacionamento está perto, mas não quis escolher essa data para o pedido porque a probabilidade de ficar óbvio demais minhas intenções são grandes, então com a ajuda das duas mulheres incríveis que eu tenho ao meu lado, organizei um almoço na minha sogra, e alguns de nossos amigos que foram essenciais para nossa história juntos estarão lá! Claro, não chamei muita gente, afinal Katsuki ficaria constrangido e não quero causar isso nele, quero que ele veja ao redor as pessoas que são importantes pra nós e que contribuíram pra chegarmos aonde estamos hoje. O almoço será feito com apenas nós quatro, e o plano mais clichê pra tira-lo de casa é pedir para que ele vá comprar algo no mercado, mas como eu sei que isso o deixará irritado a possibilidade dele desconfiar de algo é baixa. Terminamos de comer, arrumamos a cozinha em conjunto e depois pegamos os bebês e fomos para o quarto.
_ To cansado Kacchan, vamos dormir?
_ Hm, depois eu que sou preguiçoso..
Deixo Laice na nossa cama, mas coloco Noah e Belinha em suas respetivas caminhas.. Os dois felinos são mais independentes, apesar de serem muito carinhosos, eles ainda não necessitam tanto da nossa atenção contínua, e nem gostam tanto, porém a cachorra é o oposto, muito manhosa e carente. Deito de costas pra Bakugou esperando ele se encaixar atrás de mim e abraço Laice como se ela fosse um ursinho.
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_ KATSUKI, ELES SÃO DO NOSSO TIME, PARA DE MATAR ELES!
_ ESSES INÚTEIS NÃO FAZEM NADA! ATIRA PORRA!!
_ TO ATIRANDO CACETE!
_ Perdemos, CULPA SUA! Vai dar banho na Laice..
_ CULPA MINHA NADA!! Você que ficou matando os caras da nossa equipe..
_ ELES NÃO ESTAVAM FAZENDO NADA..
_ Vamos dar banho nela juntos então..
_ Aish, mas a culpa é sua..
_ NÃO É!
Levantamos deixando os controles do video game no rack e eu vou para o banheiro social preparar as coisas para darmos banho na bichinha que os pelos claros estavam escuros de tanta sujeira. Kacchan entra no cômodo com a Laice nos braços e a coloca no box, e eu ligo o chuveiro numa temperatura boa para não danificar sua pele e começamos a dar banho nela.
_ Ai fiha, olha a cor que a água está saindo, você está imunda.. - digo enquanto tiro o shampoo de seus pelos.
_ Vou pegar o secador..
_ Okay Kacchan.
Passo mais uma vez o shampoo nela e tiro, depois jogo condicionador pra deixar os pelos macios, tiro o excesso, desligo o chuveiro e enrolo a cachorra na sua toalha de banho. A levo até Katsuki que está esperando no chão do nosso quarto com o secador em mãos pra terminar a secagem dos pelos dela.
Saio do quarto indo para a sala dando de cara com dois gatinhos me olhando desconfiados..
_ Aish, vocês foram no pet ontem tomar banho, não vou dar banho em vocês, vão me arranhar.. - ambos balançam o rabo como se concordassem com o que eu dizia, mas acho que no fundo, era realmente uma afirmação.
_ O furacão ta indo..
Olho para baixo e passa um tufo de pelos (agora limpos) correndo. Ela para de frente para o Noah, e como se se comunicasse entre si, os dois começam a brincar juntos enquanto a mãe da as costas para os dois indo se encaixar entre as almofadas do sofá.
Katsuki passa por mim deixando um beijo em minha bochecha - o que me deixa com as bochechas quentes pelo ato repentino - e vai em direção a lavanderia com a tolha que usamos para secar Laice em mãos. Depois que ele pendura a toalha pra secar, eu agarro sua mão e o puxo para o sofá, o empurrando para que ele deitasse e me encaixo nele esperando que ele colocasse algo para nós assistirmos, e assim depois de uma manhã agitada e uma tarde de jogos de video game, a noite chega preguiçosa e eu a recebo de bom grado nos braços do meu loiro.
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Domingo
_ Calma querido, dará tudo certo!
_ Não acha precipitado demais?
_ Vocês já moram juntos, tem 3 animais e os tratam como se fossem filh-
_ NOAH NÃO ME ARRANHA!
_ KATSUKI NÃO BERRA NA MINHA CASA - eu sorrio pra ela e pelo jeito que esses dois se tratam, é cômico, porém estranho se não os conhece e não sabe como os berros são as demonstrações - um tanto incomuns - de carinho um pelo outro - Então, fica tranquilo! O pessoal chegará aqui as 14, o mercado mais próximo que tem daqui aberto hoje é a 15 minutos de distância, dará tempo..
_ Mas e s-
_ Não me venha com essa de ele não aceitar, ele vai, o conheço suficiente pra saber que ele vai ficar vermelho porque não vai querer chorar, ai vai te dar um soco no peito e esconder o rosto ali.. - sorrio contido imaginando. - vêm, vamos sair daqui antes que ele venha saber do que falamos..
_ Eu já ia buscar você, o que vocês estavam fazendo? Não fica tempo demais com essa velha, a loucura dela pode te contagiar..
_ ME RESPEITA SUA CRIANÇA MIMADA!
_ Não gritem - pede meu sogro sentado em sua poltrona e com a gata em seu colo. - estão estressando a minha neta..
_ Aish - reclamam mãe em filho em uníssono.
POV Bakugou
_ Ah não velha, pede pro meu pai..
_ Não Katsuki, Izuku está ajudando seu pai com papéis que ele te pediu a muito tempo e você não foi ajudar..
_ Tsc, pra que você precisa de farinha de rosca? Pega pão velho e tritura, dá na mesma..
_ Porque você mesmo pediu bife "com casquinha" - sinto minhas bochechas ficarem quentes pela forma que ela fala.
_ Posso pedir pra Izuku fazer outro dia, assim não preciso ir comprar..
_ Largue mão de ser preguiçoso e vá comprar logo o que eu pedi.. - rosno
_ Saco! Cadê o dinheiro?
_ Como assim cadê o dinheiro? Pague com o seu..
_ VOCÊ É FOLGADA..
_ CALA A BOCA ANTES QUE EU TE BATA..
_ Tsc.. - pego o molho de chaves que contém a chave do carro e saio da casa.
Mando uma mensagem pra Izuku avisando que estava indo ao mercado para a minha mãe, e ele me responde com um "okay, não demore, te amo". Ligo o carro, piso na embreagem, engato a primeira e vou acelerando pela rua a procura de um bendito mercado.. Vou ao mais próximo que tem, e adivinha, FECHADO! Vou no próximo, e olha só, FECHADO. Eu vou matar aquela velha..
Acho um mercado longe para um caralho, pego três pacotes - vou socar farinha de rosca nela - e aproveito e pego um pacote de chocolate e salgadinhos pra comer mais tarde com o meu esverdeado. Pago e me dirigo de volta para a casa dos meus pais.
Estaciono em frente ao quintal, pego a sacola que tinha os pacotes da farinha e abro a porta. Deixo as chaves no móvel ao lado da porta, tiro os sapatos e coloco os chinelos - que mesmo não morando mais aqui, minha mãe faz questão de manter ali, e agora tem um pra Izuku também - e vou para a cozinha.
_ Cheguei velha.. - não obtenho resposta e acho estranho - Velha? - silêncio - Izuku? - e nenhuma resposta. Começo a verificar os cômodos, mas não encontro ninguém, nem mesmo meus filhos - mas que diabos? - Então eu vou ate o fim da casa e abro a porta que dá para a parte de trás da casa e arregalo os olhos. Há várias pétalas espalhadas pelo gramado, e elas formam um formato de coração, e no meio dele está Izuku em pé com a Laice sendo segurada por ele pela coleira e os dois gatos em seus braços, cada um sendo segurado por um braço. Olho ao redor e vejo meus pais abraçados, minha sogra com um Kirishima chorando em seu ombro, o ex herói n°1, Shoto e a peituda e papa-leguas e cara de bolacha (que são um casal a um tempo). Engulo seco.
_ Deku, o que é isso? - vejo Izuku se abaixar e soltar a guia de Laice que vem desesperadamente até mim, a pego no colo e vejo que tem uma caixinha preta presa na sua coleira na parte superior, arregalo os olhos e olho para Izuku - Deku..
_ Abra Kacchan.. - engulo seco e com a mão livre puxo a caixinha da sua coleira, a coloco no chão e abro a caixinha. Dentro dela há duas alianças douradas, finas e delicadas.
_ Izu-Izuku, o que? - ele entrega os gatos pros meus pais e começa a caminhar até mim.
_ Sabe Kacchan, eu chamei todo mundo aqui, porque se um deles não estivesse em nossas vidas, talvez não estivéssemos juntos hoje, e não me enxergo mais sem você, meu loiro explosivo. Eu te amo tanto Kacchan, amo tudo o que você me proporciona, amo nossa casinha, nossos filhos quadrúpedes - ele pega a caixinha das minhas mãos - e eu não sei uma forma melhor de expressar meu amor e minha gratidão por você a não ser lhe fazendo um pedido - caralho eu vou chorar. - Kacchan, aceita se casar comigo?
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