Depois de um dia completamente lotado de trabalho na revista, eu estava andando pelo campus da universidade atrás área dos dormitórios, eu preciso falar com o Cole e o Dylan sobre a mãe deles, tinha me esquecido o quão grande é essa universidade, quando eu estudava aqui tinha impressão de não ser tão grande assim, tinha avisado ao Dylan que viria falar com eles, depois de alguns minutos andando eu encontrei a fraternidade dele, eu pedi que chamassem os dois.
- Carol. – O Cole quem veio me receber. – O Dylan está no quarto vem. – Ele me deu um abraço e entramos na casa fomos para o quarto dos dois.
- Carol você chegou. – Esses dois são idênticos que chega bugar o meu cérebro, vou ter que me acostumar com isso. Dylan estava lendo alguma apostila.
- Espero não estar atrapalhando vocês.
- Que isso, você será sempre bem-vinda, só não repara na nossa bagunça, a gente ainda está organizando as coisas. – Cole olhou pra mim.
- Sem problemas, eu vim saber se vocês estão bem, precisando de alguma coisa.
- A gente está se virando bem não se preocupe.
- Qualquer coisa que vocês precisarem podem falar comigo, ainda estou surpresa com essa notícia de ter irmãos, mas nem por isso eu vou deixar vocês sozinhos aqui.
- Inclusive mais uma vez eu quero pedir desculpas por chegar assim na sua vida sem dar o menor sinal, é porque quando a gente soube que você estaria aqui a gente só pensou em ir atrás de você, esperamos tanto por esse momento que nem pensamos direito no poderia acontecer. – O Dylan estava olhando pra mim.
- Foi uma surpresa e tanto, mas eu até que gostei. – Eu olhei em volta tinha um porta retrato dos dois ainda crianças, eles eram mais difíceis de identificar, parecia dois Cole ou dois Dylan. – São vocês? Tem certeza que vocês não são a mesma pessoa.
- Tínhamos uns 9 anos. – Cole olhou o porta retrato.
- Se agora é difícil de identificar vocês, imagina nessa época.
- Tem esse daqui. – Ele mostrou eles ainda mais novo.
- Era nessa época que você trocavam de lugar um com o outro só pra confundir a Laura não é? – Eu perguntei, sempre tive essa curiosidade com gêmeos idênticos, eles começaram a rir. – Fala sério, daria pra vocês fazerem isso tranquilamente.
- A gente já fez isso, foi bem engraçado. – Dylan confessou.
- Eu sabia, só não fazem isso comigo, eu sou principalmente nisso,
- Não se preocupe, não faremos com você. – Cole me encarou. Eles fariam isso comigo com certeza, só irão esperar o momento certo, talvez estejam fazendo agora e eu não sei.
- Sei. – Eu o encarei desconfiada. – Vocês tem mais irmãos? – Eu estava curiosa pra saber coisas sobre eles.
- Pela parte de mãe só você, mas temos um irmão mais velho por parte de pai, mas a gente não se fala.
- Entendi, como vocês descobriram que eu era irmã de vocês? – Essa era a pergunta mais importante.
- Um dia a gente pegou a nossa mãe olhando uma revista que você estava com seu pai, ela sempre vi coisas relacionadas a vocês dois escondida da gente, nesse dia era uma matéria sobre o seu pai algo assim, dele falando como foi difícil criar você sozinha. – Cole se sentou ao meu lado. – A gente perguntou quem era daí ela disse que vocês eram a outra família dela.
- Outra família? – Perguntei.
- Ela falou algumas poucas vezes sobre a vida dela no Brasil, sempre se referiu a outra família, não é algo ofensivo, apesar de ela nunca falar exatamente que família era, só nosso pai sabia sobre o que se tratava essa outra família, pra gente era tipos os pais dela ou algum outro parente. – Cole continuou a falar.
- E... – Eu olhei pra ele.
- Nesse dia a gente viu ela olhando a foto de vocês e perguntamos quem eram vocês, foi ai que ela disse que você era a filha dela e que o cara da foto era seu pai.
- Faz quanto tempo que vocês souberam a verdade?
- Tem uns 5 anos, nós dois já tentou outras vezes encontrar você, mas a nossa mãe sempre proibiu a gente de ter algum contato com você. – Dylan me encarou. – Uma vez a gente chegou comprar passagem pra ir te ver no Brasil, mas ela descobriu dias antes da viagem e proibiu nós dois de fazer viagem pra falar com você.
- Porque ela fez isso? – Perguntei.
- Ela diz que não era o certo e que você era uma outra parte da vida dela que não pertencia a gente. – Dylan olhou pra mim, ouvir aquilo doeu.
- Então porque vocês não fizeram o que ela disse?
- Porque você é parte da nossa família, a gente não tem culpa nenhuma do que aconteceu, nem você e nem nós dois, somos irmãos e os erros do passado da nossa mãe só pertence a ela e não a gente, o que ela fez não tem nada a ver com a gente não Acha?
- Vocês sabem o que aconteceu? – Eu perguntei.
- Ela disse que foi embora porque era preciso. – Cole estava com os olhos brilhando e cheios de lágrimas.
- É, talvez ela tenha os motivos dela, motivos dos quais não saberei nunca, só tenho a lembrança dela saindo pela porta na noite de natal. – Eu disse a eles.
- Ela foi embora no Natal?
- Sim, é por isso que eu não gosto muito dessa data, não me remete a coisas boas sabe.
- Seu pai o que aconteceu com ele? – Dylan perguntou.
- Ele quem me criou, dedicou a vida dele a mim, ele é o cara mais incrível do mundo.
- Ele parece ser legal.
- Sim, ele é, uma vez a gente foi pra Itália e a gente acabou vendo a mãe de vocês.
- O que você fez? – Dylan perguntou.
- Eu não falei com ela, foi em Capri, a gente viu ela passando na rua, enfim não consigo mais ter uma imagem dela sendo a minha mãe, pra mim é só a mulher que foi embora.
- Em Capri? A gente mora lá. – Dylan estava surpreso.
- Não acredito que perdemos essa chance.
- Faz muito tempo, acho que vocês não sabiam ainda dá minha existência.
- Você odeia ela não é? – Cole questionou.
- Eu não posso odiar uma pessoa que não significa mais nada pra mim, ela é a minha mãe, e eu não a amo e nem a odeio, ela só é uma pessoa que não faz parte da minha vida mais.
- Você acha que consegue perdoa-la um dia?
- Não sei, de verdade, eu não sei se eu serei capaz de estar frente a frente com ela sem lembrar do que aconteceu e ouvir tudo que ela tem a dizer, talvez leve um tempo, mas não sei se eu vou conseguir ter algum sentimento por ela.
- Acho que eu entendo você. – Cole se ajeitou do meu lado. – deve ser difícil ter que crescer com a imagem da pessoa que deveria ter amar indo embora, ela também não foi a mãe mais presente do mundo.
- Mas você tiveram ela por perto.
- Não o bastante, ela sempre trabalhou muito a vida toda só por conta da empresa, mal tinha tempo pra gente, passamos mais tempo com os empregados do que com ela, quando ela estava em casa ela e nosso pai ficavam brigando.
- Sinto muito. – Eu disse a eles.
- Quando nosso pai morreu há dois anos, ela tentou uma reaproximação. – Eu não sabia o que dizer, ela não mudou muito. – Mas não é a mesma coisa sabe, parece que ela só se deu conta da gente depois que ele morreu. – Dylan olhava para o chão, com certeza ele não queria que eu viesse ele chorando.
- Por isso a gente quis se mudar da Itália quando soube que você estava aqui. – Dylan olhou pra mim.
- Estão fugindo dela é isso?
- Um pouco disso sim. – Ele respondeu.
- Ela foi até a revista ontem. – confessei.
- O que? Como assim, o que ela foi fazer lá? – Cole pareceu surpreso.
- Queria falar comigo, mas não foi nada legal. – Eu disse a ele.
- Não te julgo.
- Foi bem difícil olhar pra ela e ouvir que ela queria recuperar o tempo perdido.
- Ela sempre diz isso, mas acaba não cumprindo com a promessa. – Dylan olhou pra mim. – Acho que nem ela acredita nela mesma mais.
- Mas agora a gente tem um ao outro, nos três. – Cole me abraçou de lado.
- A gente pode tentar ser irmãos, não é? – Ele perguntou.
- Claro que sim, não temos culpa de nada sobre a Laura, nos três somos uma família agora. – Eu disse a ele e abracei o Dylan também. – Se vocês quiserem é claro.
- Claro que a gente quer. – Dylan me abraçou. Nós três precisamos um do outro agora, temos dores um comum causada pela mesma pessoa, prova de que a Laura não mudou muito. Meu celular começou a tocar era o Chris. – Só um minuto. – Eu atendi o telefone.
- Oi baby.
- Oi Chris, como está?
- Estou bem e você? Estou no seu prédio, Ally disse que não está em casa.
- Eu estou bem, sim eu estou com os meus irmãos. – Era engraçado falar meus irmãos.
- Atrapalho o momento família?
- Não, estavam falando sobre a vida.
- A vida chamada Laura?
- Exatamente, temos muitas coisas em comum sobre esse assunto. – Cole e Dylan me encaravam desconfiados.
- O que acha de nos encontrarmos, já que não vou conhecer o meu sogro agora, pelo menos os cunhados não é, você já conhece o seu. – Ele era demais.
- Pode ser, eu acho que eles topam. – Eu olhei para os dois e eles concordaram sem saber o que seria.
- Ótimo o que acha de ser no do hotel?
- Onde ser, não estamos muito longe.
- Perfeito, encontro com vocês lá.
- Até daqui a pouco.
- Beijo se cuida. - Ele desligou o telefone.
- O que acham de irmos encontrar um amigo? – Eu perguntei a eles.
- Mudou o nome agora? – Cole me encarou com deboche.
- Um amigo sim. – Eu olhei pra ele.
- Chris Hemsworth não é só seu amigo a gente sabe. – Como eles sabiam de quem eu estava falando.
- Como sabe disso?
- As notícias correm, melhor elas voam. – Dylan olhou pra mim. – Mas a gente acredita que é só amizade e profissionalismo. – Ele me encarou querendo rir.
- Vão trocar de roupa pra gente ir logo que vocês ganham mais vão. – Eu disse a eles, depois de um tempo já estávamos prontos pra irmos encontrar com o Chris.
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