Todo mundo resolveu dormir aqui hoje.
Havia colchões espalhados pelo chão da sala e inúmeros travesseiros também. Os meninos estavam conversando e bebendo enquanto as meninas dançavam no meio da sala.
Colocaram Runaway - Galantis para tocar, e todo mundo começou a dançar.
— vamos! — disse Taylor, me puxando. Eu estava deitada de bruços no sofá observando as pessoas.
— não — falei manhosa, me segurando no sofá. — me deixe aqui.
Taylor balançou a cabeça em sinal de "não" sorrindo e me puxou. Ela pegou minhas mãos e começou a me girar, dançando para mim para me incentivar. Eu não estava com a mínima vontade de me divertir, só queria ir para o meu quarto e dormir.
A parte eletrônica começou e eu me rendi a música, subindo no sofá junto com a Taylor, pulando com os braços para o ar. Os meninos também se juntaram a nós e começaram a dançar, curtindo a música. Havia umas quinze pessoas no total.
As luzes estavam apagadas. Pegaram os travesseiros e começaram uma guerra, fazendo penas voarem pelo ar.
Cameron desceu as escadas e parou no topo delas olhando tudo aquilo assustado. Ele se virou para voltar para o quarto, mas um dos meninos o puxou e o levou para baixo.
Agora ele participava da bagunça, rindo e se divertindo como eu não via há um tempo.
Eu não estava muito animada, mas só de vê-lo feliz, por pelo menos aquele momento, não tive como não ficar feliz também.
Estava com os olhos fechados, enquanto pulava no meio daquelas penas junto com Taylor.
Os abri e lá estava ele, sorrindo lindamente para mim, com os olhos brilhando e o cabelo cheio de penas. O contraste da sua pele bronzeada com o branco das penas ao seu redor me deixou extasiada.
Acho que foi a cena mais linda que já vi.
Tudo parecia estar em câmera lenta novamente, como sempre acontecia quando estávamos juntos. Parecia que havia apenas nós dois ali, como se nada ao redor importasse.
Ele começou a vir na minha direção, parecia determinado a fazer algo. Estávamos a dois braços de distância quando Sofia apareceu, se metendo na minha frente e puxando Cameron para longe.
Ela não estava aqui antes. Foi ele quem a chamou?
Cameron olhou para mim por cima do ombro enquanto a garota o puxava para longe de mim. Ela cumprimentou Matt, e ele sorriu para ela. Desde quando eles são amigos?
De repente, Nash apareceu na minha frente interrompendo minha visão e sorriu, me puxando pela cintura e me beijando.
Cam ainda estava olhando, e parou de andar quando viu nós dois.
CAMERON DALLAS.
Depois de toda aquela bagunça, todos estavam deitados nos colchões, em cima de todas aquelas penas mesmo.
Ninguém se propôs a limpar.
Sofia estava sentada do meu lado, falando sobre algo que eu não prestava a mínima atenção. Ela tinha uma perna por cima da minha.
Eu não chamei ela para cá. Não sei como ela veio parar aqui.
Skyllar havia bebido. Muito, aliás. Estava fora de si e eu estava preocupado.
É isso que acontece quando não estou por perto.
— aqui está calor, né? — disse ela, entrando na sala junto com Shawn, sorrindo e levantando a camiseta que vestia.
— NÃO — gritaram Nash, Matt, Taylor e eu.
— SIM — gritaram os outros, sorrindo maliciosamente. Idiotas.
Ela sorriu e abaixou a blusa novamente.
— estou brincando. Apenas o...
— vamos, Sky — falou Nash, levantando do sofá e a puxando para as escadas.
Soltei o ar que eu prendia. Puta merda, ela quase falou merda.
— não, não e não — ela disse meio enrolado, balançando um dedo no ar. — só vou com o meu irmãozinho. Só ele pode me levar para o quarto. Ninguém mais.
Minha cara estava a mais assustada possível. "só ele pode me levar para o quarto". Puta merda, Skyllar. Espero que ninguém tenha sacado o duplo sentido nessa frase.
Todos olharam para mim esperando que eu levantasse. Que droga.
— eu levo — disse Sofia levantando e me entregando seu copo de bebida.
— por acaso falei seu nome? você é uma intrometida mesmo, né? — perguntou Sky, com as mãos na cintura.
Até bêbada ela continua linda, que porra!
Todos seguraram o riso, inclusive eu.
— o que falou, pirralha vadia?
— não fale assim com ela — falei irritado.
— e vou deixar ela falar assim comigo? — perguntou indignada.
— claro — disse Taylor. — você não tinha nem que está aqui — ele disse e logo em seguida tomou um gole da sua bebida.
Sofia bufou e olhou para mim.
— vamos, quero ir para casa.
— vá, tenho uma irmã pirralha para cuidar, como você disse — levantei, entreguei o copo de volta para ela e fui até a Sky.
Sofia saiu irritada, batendo a porta principal com força.
(...)
— você transou com ela? — perguntou Sky, enquanto a levava para o seu quarto com certa dificuldade.
— não — respondi simplesmente, estava tentando trocar o mínimo de palavras possíveis com ela.
— então por que você saiu com ela naquele dia?
— ela é minha amiga — respondi, entrando no seu quarto. — você vai tomar um banho, okay?
Sky sentou na cama e fechou os olhos, parecia que ia dormir sentada. Ela assentiu e levantou os braços, como uma criança pequena.
Ela usava uma lingerie preta de renda. Parece que o trabalho vai ser um pouco complicado...
— você me odeia? — perguntou, me olhando e fazendo biquinho.
Tirei sua camiseta e a joguei de lado. Ela parecia um bebê, e aquilo só aumentou a vontade que eu tinha de beijá-la.
— claro que não. Levante — falei e ela levantou, segurando nos meus ombros para não cair. Me abaixei, tirando seu shorts jeans junto.
Pisquei várias vezes e balancei a cabeça rapidamente, tentando me concentrar.
A levei até o banheiro e a coloquei embaixo d'água. Ela ficou quieta, enquanto a água molhava seus cabelos escuros. Skyllar se segurava em meus ombros, enquanto eu observava cada detalhe de seu rosto. Seus olhos estavam fechados.
De repente, em um movimento rápido, ela abriu os olhos e me prendeu contra a parede do banheiro, fazendo eu me molhar todo.
— porra, Sky! Minha roupa...
Parei de falar quando percebi que ela me encarava com aqueles olhos azuis e sua boca rosada.
— se não me odeia, por que não me beija? — sussurrou, aproximando seu rosto cada vez mais do meu.
Ela encarou meus lábios e mordeu os dela. PORRA.
A segurei pela cintura e inverti as posições, a colocando contra a parede gélida.
Ela sorriu vitoriosa.
— porque. eu. não. posso — falei entredentes, com o rosto à centímetros do dela. — não torne isso pior do que já é, por favor — sussurrei, encostando nossas testas e fechando os olhos.
A soltei e sai do banheiro.
Abri a porta no mesmo instante que Taylor tinha colocado a mão na maçaneta.
— pode ajudar ela por favor?
Ela assentiu confusa e eu entrei no meu quarto. Mas que porra! Por que tem que ser tão difícil?
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