História Nothing like us - Jeon Jungkook - Bochechas rosas

" I'm gonna love you

Trying something new with you

I'm gonna trust you

'Cause I want to"

Aqui estava eu fazendo as questões passadas sozinho. S/n não queria papo comigo e até pediu para eu ficar quieto pois queria se concentrar na matéria. Eu fiquei surpreso na hora e confuso mas depois eu fiquei mais triste do que outra coisa.

Tentava resolver aquela questão de matemática mas parecia impossível. Ângulos não são 'pra mim. Quer dizer, matemática inteira não é pra mim já que eu não sou bom nem em álgebra. Só passei nas matérias por causa de uma pessoa... S/n me ajuda desde que soube que eu tinha dificuldades, e ainda ajudava quem precisava sempre que pediam. Ela sempre foi gentil com todo mundo, até com quem a odiava — quase todo mundo — ela tratava com respeito e simpatia.

Ela é tão boa...

Eu sabia que a gente já tinha estudado essa matéria, mas eu não conseguia me lembrar. Bufei jogando meus cabelos para trás e li mais uma vez.

É. Não dá.

Joguei a lapiseira no caderno desistindo e me espreguiçando com um bico nos lábios. Abaixei a cabeça desanimado por não conseguir fazer a questão, mas mais por S/N estar me ignorando e não me ajudando como sempre faz.

Tudo culpa daqueles dois fofoqueiros. Mas no que eu estava pensando também? Contando da minha primeira vez para dois bobos que não conseguem manter a boca fechada.

Aish... Agora S/n está brava e eu não sei o que fazer.

Estou um pouco envergonhado pela situação. Medo de alguém ter escutado o que aqueles dois falaram — faltando gritarem.

Em meio aos meus pensamentos de como matar aqueles otários, vi uma mão pousar em cima do meu caderno e olhei em direção da dona.

– Não conseguiu? - S/n me olhava com um olhar arrependido, deve estar se sentindo mal por não ter me ajudado. Tão gentil... Neguei com a cabeça a encarando com o olhar pidão. – Eu te ajudo... - fez um pausa para voltar a falar – A relembrar porque você sabe muito bem como fazer. - Falou tentando ser séria.

Ri do jeito que falou sabendo que era verdade o que arrancou um sorriso de sua parte. Coloquei minha mão em cima da sua enquanto nos olhávamos sorrindo.

Nosso momento foi interrompido pelo sinal indicando o intervalo. Os alunos afobados já saíam apressados pela porta. Me levantei e estendi a mão para ela.

– Vamos, madame? - ela soltou um riso pelo nariz e assentiu cordialmente com um sorriso brincalhão.

Caminhamos até o refeitório, pegamos nossos lanches, nos sentamos em uma mesa vazia e começamos a comer.

– A gente tem que conversar, não acha? - ela se pronunciou depois de ter bebido seu suco.

Soltei um suspiro.

– Manda.

– Primeiro quero que me diga a verdade, Jeongguk. - disse séria. – Você contou pros seus amigos sobre nós?

Houve um silêncio, ela continuou me encarando esperando uma resposta.

– Sim... - curto e direto. Ela respirou fundo tentando se acalmar e sua bochechas ganhando uma cor rosada — eu não sabendo se era por raiva ou vergonha, ou os dois.

– Você... contou até que parte? - agora complicou...

– Até... hã...

– Jeongguk, você deu detalhes?! - S/n já estava começando a ficar mais nervosa e eu com mais medo.

– Não! Quer dizer... mais ou menos.

– Mais ou menos?! - ela tentava falar baixo mas com o tom de voz duro e raivoso.

– Eu não descrevi tudo ok?!

– E o que exatamente você descreveu, Jeongguk? - ela já começava a falar um pouquinho mais alto.

– S/n... Vamos conversar em outro lugar, é melhor. - toquei na sua mão mas ela nem se mexeu.

– Jeongguk... Você descreveu o que exatamente? - tremi um pouco com a pergunta ponderando se eu contava ou não. – Jeongguk!

– Calma, S/n. Tá muito nervosa.

– Por que você não simplesmente fala?!

– Eu falei tudo! - exclamei falando de uma vez.

Ela parou me olhando surpresa e sua face imediatamente se avermelhou mais. Esperei por mais alguma ação sua. S/n simplesmente se levantou da mesa e caminhou em passos rápidos até a saída do refeitório.

Levantei também, meio confuso, a seguindo. Por que ela saiu desse jeito?

– S/n, espera!

Apressei meus passos para lhe alcançar mas ela começou a correr até o lado de fora para logo ir até o "seu lugar isolado" como ela gosta de chamar. Esse lugar era atrás da estufa do clube de jardinagem, ninguém ia lá. Ela se refugiava ali no intervalo, pois as crianças faziam bullying com ela.

Andei em passos calmos até lá, quando cheguei perto a vi sentada na grama com a cabeça entre a pernas. Me agachei para sentar ao seu lado e a encarei preocupado.

– Ei... O que houve?

– O que houve?! - levantou a cabeça rápido me olhando com os olhos arregalados. Pude perceber que seu rosto estava todo vermelho. – Eu 'tô morrendo de vergonha! Como que eu vou encarar eles agora?! - quis rir mas ela fez uma expressão de brava e revirou os olhos virando a cara. – Você 'tá achando isso bobo...

– Não... Não tô...

– Tá sim... - fiquei em silêncio sem saber o que falar mais. Ela suspirou e abaixou a cabeça. – Era um momento só nosso, Jeongguk... Eu não tô brava por você ter comentado que fez... aquilo... Estou chateada por você ter contado tudo! É a nossa privacidade... Que era pra ficar só entre nós dois... - abaixei os ombros me sentindo um pouco culpado.

– Eu... S/a... Me perdoa... - continuei encarando mas ela não olhava pra mim e sim para grama. Segurei em seu queixo com o dedo indicador e o levantei para me olhar, seus olhos brilhantes me encararam procurando algo que eu não sei, sua vermelhidão já tinha se dissipado. Me aproximei um pouco de seu rosto sem desgrudar de seu olhar. – Quer saber o que eu contei? - sussurei.

– Você quer piorar a situação, Jeongguk?! - se alterou um pouco emburrando a cara de novo.

– Calma! Não. - ela bufou fazendo o vento bater na minha cara o que arrancou um pequeno sorriso dela que tentou esconder. – Quer ou não?

– Vai logo... - revirou os olhos.

– Eu contei que no início eu tava nervoso pra caralho, com medo de fazer algo errado mas que em nenhum momento eu pensei em desistir, porque a única coisa que eu tinha certeza é que tinha que ser você. - fiz uma pausa oberservando sua feição que estava com aquele olhinhos levemente arregalados e a boca entreaberta prestando atenção em cada palavra que eu dizia. – Que nós dois estávamos nervosos, você mais que eu, e que eu tentei dar o meu melhor pra te relaxar mesmo eu estando da mesma maneira. Mas que quando chegou a hora eu me senti completo, você sentia dor e eu me controlando enquanto beijava sua boca. - suas bochecha iam ficando vermelhas gradativamente de novo. – Quando caiu algumas lágrimas de seus olhos, fiquei um pouco desesperado e quis parar com tudo mas que você não deixava. Quando você se acalmou e me permitiu ir mais além foi como fogos de artifícios explodissem em meu peito e foi a melhor sensação que já senti na vida. Ver você me acompanhando nas sensações foi o paraíso... - ela me deu um sorriso doce e já estávamos presos em uma bolha que era como se o tempo parasse. – E que você é a pessoa mais linda que já vi na vida.

– Aish! - ela soltou um risinho fazendo seus olhos se fecharem um pouco e eu só sabia sorrir grande lhe observando que nem um bobo. – E eles? O que disseram?

– Ficaram me zoando por ser um idiota apaixonado. - nós rimos ainda nos encarando. – O que não é uma mentira... - ela encolheu os ombros envergonhada. – E... você? Como se sente? - ela sorriu grande lindamente.

– Eu me sinto especial. A pessoa mais feliz do mundo, é como se o mundo estivesse nas minhas mãos... - colocou os braços ao redor do meu pescoço. – Bom, o meu mundo realmente está em minhas mãos. – disse baixinho bem perto do meu rosto e meus olhos dilataram e quase certeza que brilharam.

Ela fechou os olhos lentamente, esperando... Aproximei nossos lábios e os encaixei em um selinho. Ela suspirou quando sentiu e eu coloquei as mãos em seu quadril. Seus braços no meu pescoço me apertaram me trazendo mais pra perto e ela aproveitou para sentar no meu colo. Pedi passagem com a língua e ela entreabriu os lábios, o beijo ficou mais intenso que fazia até barulhos de estalos.

Acariciei suas costas em um carinho e ela remexeu em cima de mim me fazendo soltar o ar pelo nariz. Pressionei sua cintura pra baixo para ela não se mexer muito, mas ela começou a acariciar meu peitoral e abdômen por cima da camisa, o que não me ajudava em nada mas eu não conseguia parar. Colei mais nossos corpos por já estar começando a ficar excitado. Ela separou nossos lábios para começar a beijar meu pescoço, joguei minha cabeça pra trás lhe dando mais espaço e encostando na parede atrás de mim. Ela lambia, as vezes cheirava me fazendo arrepiar e chupava. Ela subiu para meu maxilar e depois para o lóbulo da minha orelha o mordendo.

S/n pulou no meu colo em um susto assim que escutou o sinal tocando e eu resmunguei de dor porque foi bem no meu consagrado...

– Ai, S/n... Assim você desanima o coitado. - falei colocando a mão entre a pernas. Ela já tinha saído do meu colo e estava sentada na grama agora.

– Ah! Desculpa. - falou tentando segurar o riso.

– Tá querendo rir porque não é com você! - ela fez uma cara se fingindo de ofendida.

– Eu?! Nunca que iria rir de uma tragédia dessas! - continuei sério. – Ownt... Tadinho dele... Quer um beijinho? - ela falou acariciando meu rosto.

– Bom... Agora não dá porque estamos na escola mas mais tarde quem sa- - fui interrompido por um tapa no braço.

– Na boca, seu tarado!

– Aish, só me agride. - falo com um bico e virando o rosto. Escutei sua risada e sua aproximação.

– Desculpa, neném. - virou meu rosto e deu um selinho. – Vamos voltar para sala antes que dê ruim para a gente. - se levantou batendo em sua saia para tirar a sujeira e depois estendeu sua mão pra mim.

Segurei e me levantei fazendo o mesmo que ela fez antes. Quando já estávamos no corredor perto da sala, eu disse:

– Pelo menos ele desmontou se não eu teria que voltar para sala de pau duro! - ela gargalhou alto colocando a mão na barriga.