Liliane de Bocaiúva Monteiro.
24 dias.
"Aurora de Bocaiúva Monteiro, era uma garotinha tão meiga e tão cheia de vida."
Joana chegou em nossa casa com a pequena em seus braços, seu olhar oculto pelos cachos de sua avó. Era uma constatação de timidez, seus olhos azuis mesclados se destacavam entre os fios negros que usara como escudo.
- Boa Tarde. - sorrindo meio-envergonhada, á Senhora estende a mão em comprimento. - Sou Joana da Silva.
- Muito Prazer, Liliane. - desviando seu olhar da pequena, direciona um sorriso amigável. - Seja Bem-Vinda.
- Germano. - cumprimentando ao enlaçar á cintura de sua esposa. - Sinta-se a vontade, Senhora Joana.
- Obrigada. - seu olhar recai na pequena em seus braços. - Diga Oi, meu anjo.
Admirando sua beleza angelical, parecia estar em um déjà-vu ao ver em seus traços, ás semelhanças de suas filhas. Ela era tão pequeninha, suas bochechas coradas e suas vestes claras, lhe davam o ar de ser um anjo em forma de gente.
- Oi. - acenando tchauzinho como cumprimento, antes de abraçar a mulher pelo pescoço com força.
- Aurora. - acariciando seus cabelos, á mesma, atrai sua atenção. - Lembra que conversamos em casa? - á criança acena em concordância com a cabeça. - Então não precisa ter medo, eles são as pessoas que a mamãe ama.
Incentivando para que a menina desça de seu colo, a Senhora ajoelhasse ao seu lado para que possa lhe dar apoio, dando a oportunidade para que o casal tenha seu primeiro contato com a neta recém descoberta.
- Oi Aurora. - seu marido ajoelhasse para nivelar seus olhos com os da criança. - Meu nome é Germano.
- Voche é meu vovô? - suas sobrancelhas se unem ao olhar para á mulher e o homem em sua frente. - Ela é minha vovó?
- Sim. - confirma ao sorrir encantado. - Como sabe que somos seus avós?
- Minha mamãe, teim uma foto de vocheis no quadulo. - responde meio tímida. Ela olha diretamente para sua nova avó. - Ondi está minha mamãe?
- Sofia está no banho. - responde com a voz embargada pela emoção. - Logo virá vê-la.
- Ah - encostando seu minúsculo corpo ao de sua avó.
Poderia ser visto que Aurora, estava com vergonha e medo por encontrar-se em um novo ambiente. Ela admirava a sua volta, com fascínio em uma nova chance de explorar um novo mundo. Porém, não desgrudava de sua tão amada avó com medo de estar diante de dois desconhecidos para ela.
Liliane sentia um aperto no peito ao admirar á menina, deixando que suas emoções tomassem conta e não permitindo que tivesse forças para conversar sem que ás lagrimas fossem derramadas.
Quando Sofia havia contado sobre sua existência de sua filha, tudo parecia um sonho sem sentido. Como em um conto de fadas que lemos para uma criança dormir, entretanto, á chegada da menina com sua avó. Após alguns dias, tinha diante de si, uma menina que andava e falava como a prova que tudo era real.
Sua mente vagava entre a realidade e a ficção, estava vivendo um momento em sua vida que achava que não era real. Neste momento, pensava o quanto tudo aquilo parecia uma cena de novela, aquelas que víamos em cenas emocionantes e tendo em mente que na vida real seria impossível.
- Que tal, comermos um lanche ? UH! - encorajando ás visitas, ele indica a mesa repleta de guloseimas preparadas por Dona Euzébia. - Creio que tenha um bolo de banana com canela.
"Sofia tinha contado que este era seu bolo favorito."
Os olhinhos azuis mesclados brilham de contentamento ao olhar para Senhora Joana com esperança, ou melhor, aquele olhar pidão que suplicava para que tenha autorização.
- Creio que sua mãe, irá perder a hora do chá. - segurando a mãozinha gordinha, ela caminha com o casal até a mesa.
O olhar do casal recai sobre a menina ao admirar o quanto é bela, sua delicadeza e suave são como uma brisa fresca ao entardecer. Ela tinha um sorriso encantador, contagiando quem quer que estive a sua volta, fazendo que involuntariamente sorrisse sem ao menos perceber.
- Vovó, quelo bolo e cházinho. - sua cabeça repouso entre suas mãos em cima da mesa, ela agradava ser servida ao admirar toda a mesa. - Pô favour.
- Aqui está. - servido um pequeno pedaço, ela lhe entrega a colher de sobremesa. - Creio que tenham perguntas. - servindo-se de duas xícaras de chá. - Sei como pode ser chocante ter este tipo de revelação.
- Sim. - confirma ao enxugar uma lágrima rasa que insiste em rolar.
- Passamos por tantas coisas, Senhora Joana. - beijando a mão de Lili, transmitindo forças. - Que mau, temos tempo de processar ou formular opiniões.
- Somente Joana, por favor. - suspirando. - Eu sei como pode ser difícil, ás vezes, parece que tudo não passa de um sonho. - olhando para seu lado, ela passa ás mãos nos cabelinhos castanhos meio aloirados da menina. - Posso lhes contar, sobre está garotinha sapeca.
- Por favor. - suplica a dona da casa. - Sofia tem nos dito tão pouco.
- Vejamos. - sorrindo cúmplice com a garotinha, ela olha para o casal ao dar inicio á sua versão. - Há mais ou menos três anos, meu filho teve a chance de estudar fora do Brasil. Ele cursava e estagiava gastronomia em Nova York. Em julho ocorreu o feriado da Independência, onde teve uma feira de comida. - em uma xícara, ela passa a colher em círculos para que possa esfriar. - Foi onde Jorge conheceu a filha de vocês, ele disse que foi amor a primeira vista. Eles começaram a se encontrar as escondidas com a ajuda das meninas, elas tinham um plano para os pombinhos. - entregando o chá morno a menina que comia seu bolo. - Sofia tinha Aurora no pacote, dando ao meu filho o dilema que envolver-se com uma mãe solteira, no entanto, Jorge envolve-se de cabeça e de braços abertos e aceitou Aurora como uma filha em seu coração. - seu olhar ganha um certo brilho de admiração. - Ele pode não ser o pai, mas a ama como se fosse.
- Mas o Joige é meu papai. - afirma a pequena.
Para a pequena Aurora, nunca tênia existido em vida a existência de Rafael como seu pai de verdade. Dentro de sua cabecinha, ela sabia que possuía um papai que morava no céu, e outro papai de verdade que esteve ao seu lado desde que todo seu amor e carinho era dedicado a ela. Sua figura paterna, era idealizada por Jorge e seus ensinamentos desde que a aceito como uma filha, quando mal tinha proferido suas primeiras palavras completas.
- Claro que é. - dando continuidade. - Jorge me contou tudo que estava passando nos últimos anos, recordo do aperto no peito em todas as viagem que fiz perante o sigilo para que nada de ruim acontecesse. - tomando um pouco de seu chá. - Meu único conforto, era ver esta preciosidade e estar com cada um . Quando Sofia me disse que precisava voltar ao Brasil, não pensei duas vezes, ao pedir para tomar conta de Aurora. Sabia que tempos ruins estariam por vir e poderia ser útil ao cuidar desse belezura. - seu olhar é carregado de amor. - Dês de que conheci Aurora, soube que não haveria nada que não pudesse fazer por está garotinha.
- Ela é uma preciosidade mesmo.
- TIAAAAA MALU.
Saltando da mesa, ela corre aos gritos e gargalhadas de felicidade para os braços de sua adorada Tia, a mesma, estava sentada nos degraus da escada de braços abertos para receber sua sobrinha com lágrimas nos olhos.
- Que Saudades, gatinha. - diante de um abraço apertado.
- Tava com saudades tanbém - seus bracinhos rodeiam o pescoço da jovem que não para que arrancar-lhe gargalhadas ao salpicar sua bochechas de beijos.
- Tia. - seus olhinhos enchem d'água. - Pô que, voche tá machucada? - suas mãozinhas gordinhas, passam por alguns hematomas ainda rosados na pele de Maria Luíza.
- Sabe como à sua Tia é. - sorrindo, ela limpa às lágrimas que escorrem da menina. - Eu cai da escada, aí à Titia ficou com estes machucados que logo vão sarar.
- Voche quê que eu dê beijinhos pla sara?
- Vindo da minha gatinha manhosa. - fazendo que a menina sorrir. - Com absoluta certeza.
Ver Maria Luíza interagir com Aurora, dava-lhe a visão que dias melhores iriam florescer. A sintonia da criança com a mais velha, mostrava que nada é impossível quando à amor envolvido. Era uma questão de prioridade, somente devíamos colocar peso naquilo que realmente importa e enterrar o mais fundo às más lembranças.
Seu coração de mãe/avó era um poço transbordando de amor, um amor imensurável que chegava à ser surpreendente. Naquele instante, viu-se amando de uma forma que um dia tênia questionado ser capaz.
Diante de tantos atos falhos, tantas tragédias, tantas lutas; e vida lhe deu uma nova chance para se reerguer e ter tantas pessoas para amar.
- Que saudade desse cheirinho de neném.
- Não sou nenê. - tentando desvencilhar dos ataque de beijos ao rir. - Sou uma mocinha.
- Que chato. - sorrindo, ela olha para mesa e seu ocupantes. - Boa Tarde. - pegando a mãozinha na sua, elas caminham devagar de volta para mesa. - Como vai, Tia Joana?
- Vou indo, minha filha.
Joana era uma senhora tão simpática, ela mostrada em seu olhar todas as emoções. Que instantaneamente, sentia que seriam amigas com respeito mútuo.
Seus braços acolhedores, envolvem sua filha ao ouvir pequenos sussurros dê um agradecimento aos céus.
- Não deveria estar na cama ?
- Estou de saco cheio de tanto repouso. - demonstrando uma careta. - Não sou uma inválida, odeio ficar parada.
- Foi uma luta mantê-la na cama dês da sua alta no hospital. - confidência Germano, ao fiscalizar cada movimento dela. - Mas o médico autorizou que ela pudesse locomover-se pela casa.
- Agora tenho carrapatos grudados em mim. - olhando para Joana ao indicar as escadas. - Nem no banheiro tenho paz.
Os passos rápidos pelos assoalho é ouvido, antes que pés descansos fossem vistos pelas brechas da escadas. Vestida com um conjunto casual, Sofia descia às escadas com seus olhos arregalados.
- Você quer me matar só pode. - desce resmungando. - Eu pedi pra você me esperar.
- Vou muito. - sarcástica.
Sofia perde o compasso ao ver sua adorável filha, sem que ao menos palavras fossem ditas, o reencontro de dias é visto com lágrimas teimosas embaçam à visão de todas.
Sofia correu até a mesa, tomando em seus braços à pequena. Envolvida como um polvo e grudadinhas como uma só, lágrimas escorriam em meio a sorrisos.
- My Love. - admirando a filha, ela senta-se para admirar a beleza de seu bebê. - Como você está linda.
- Obigada mamãe. - sorrindo, ela mostra sua pele. - Agola eu tô molena pô causa da plaia que à Vovó me levou.
- Comportou-se direitinho com à vovó. - balançando em afirmativo com seus cachinhos. - Que bom. - olhando para à Sogra, ás duas se cumprimentam. - Oi Sogra. - olhando para filha, ela volta seu olhar à mulher. - Obrigada por cuidar dela.
- Sabe que não tem que me agradecer, minha filha . - sorrindo, batendo de leve em seu braço. - Eu amo cuidar da minha netinha.
- Quer dizer que esteve na praia este tempo todo, mocinha? - figindo estar magoada. - Nem levou à Tia.
- A mamãe não deixou, Tia. - justifica em sua Inocência. - Eu quelia todo mundo.
- Claro que queria. - fazendo cócegas na filha que gargalhava e se contorcia. Beijando suas bochechas, ela ajeita a filha em seu colo. - Você falou com seus avós?
- Sim.
- Mesmo ? - com o ar de duvidosa.
- Naum. - escondendo o rosto. - Tô com vegonha.
- Deixe ela Sofia. - interfere o matriarca - Somos completos estranhos, com o tempo ela irá se soltar.
- PAPAI.
A chegada de Shirley e Virgílio com Jacaré, foi primordial ao clima que era um turbilhão de emoções. Eles traziam calmaria e conforto para todos, concedendo uma nova atmosfera.
- Creio que deva ser, Senhora Joana. - sendo um cavalheiro, ele beija sua mão. - Sou Virgílio Monteiro.
- Ora. - envergonhada.
- Sou Shirley, mãe de Germano e mulher deste velho aqui. - dando uma risadinha no final. - Não sei por onde devo começar, a agradecer por tudo que fizeste por nossa família.
- Não é necessário. - responde ao trocar um aperto de mãos. - Família é para isso, tenho suas netas como filhas.
- Eu também tenho esse Jaca como neto. - responde o Senhor, arrancando risos. - Mesmo que eu não aproveite esse namorico sem compromisso, eu gosto desse garoto. - todos olham para o jovem que abaixa a cabeça envergonhado pelo elogio. - Somente o terei como filho, quando o mesmo se casar com minha neta.
- Vovô. - Sofia repreende ao rir.
- Voche tambéim é Vovô ? - franzino as pequenas sobrancelhas.
- Ele também é Vovô. - afirma o pai para a pequena. - Ele é Vovô da mamãe e da Tia Malu, e é seu Bisavô. - explica de forma sutil. - E a Senhora é sua Bisavó.
Olhando de forma incógnita, a pequena avalia todos a sua volta no colo do pai. Ela simplesmente, vê que sua família é grande e cheia de pessoas que mal conhecia, mas que agora, parecia fazer parte da sua vida.
- Eu tenho um montão de vovôs e vovós. - ela sorri alegre. - Agora eu possu dizer pla feia da Bia que ela não tem um montão de vovôs e vovós como eu.
- Menina.
Todos gargalhando de sua inocência, ela parecia feliz que sua família tinha crescido e ainda mais, que talvez haveria alguém com quem pudesse contar que ganhará novas pessoas que iriam lhe amar.
- Vamos comer. - incentiva Germano. - Creio que saco vazio, não para em pé.
Durante o café da tarde, soubemos que Joana tinha levado Aurora para sua cidade Natal de Fortaleza. Onde passou todos os dias, tentando se proteger e dar estabilidade para a criança pudesse viver uma vida normal em meio aos dias que luta que sofremos.
Antes disso, as mesmas contaram que moravam no Bairro de Fátima desdém que chegaram ao Brasil, onde soubemos que a tal "Bia" era uma amiguinha que viviam brigando e se acertando.
Saber que sua neta estava ao lado o tempo todo, foi chocante de como seus caminhos não havia se cruzado.
"Sua briga com Germano, visitando sua enteada ou em suas ações pelo Bairro."
As vezes o mundo é pequeno, porém, à um penhasco que nos separa.
Após uma mesa repleta de iguarias e conversas, caminharam até o longo jardim para descansar e outros gastarem a energia com a nova exploradora.
Aurora era uma garotinha que era tímida à princípio, porém, aos poucos ia se soltando e desvendado cada pedacinho que fosse possível.
Ela corria no jardim com sua mãe pelo jardim, caindo ao rolar pelo gramado e começar tudo de novo. Ela levanta-se, limpava suas mãozinhas na calça legging e voltava a correr.
- Amiga.
Olhando para o cercado, Yohanna corria com suas maria chiquinhas balançando pelo jardim. Atrás de si, podia ver sua mãe e irmã caminhando em meio à risos.
Aurora e Yohanna se abraçam apertado, quão forte seus bracinhos permitiam, dando à visão tão meiga da beleza de uma amizade.
- Eu tava com saldade. - responde, ao pegar sua mão. - Vem blincar comigo, à minha Bisa me deu uma picina de bolinha.
- Ispera. - tirando seus pezinhos do chinelo, ela acena para nós em comprimento. Mas seu foco logo muda, ao se juntar com sua amiga. - Vamo.
Às crianças correm até Sofia e Jacaré, onde estava montada a piscina de bolinhas. Gritando em plenos pulmões as duas se jogam em meio as bolinhas coloridas.
Maya comprimenta todos com beijos no rosto, antes de deitar-se ao lado de Malu na espreguiçadeira no Deck na piscina e engatar uma conversa delas.
- Melhores amigas?
Teresa senta-se ao meu lado, após dizer olá para todos que encontrava-se ali, ela faz um coque em seus cabelos.
- Malu e Maya? - questiona.
- Yohanna e Aurora. - indicando as crianças que pulavam e jogava bolinhas para o alto.
- AH, Sim. - confirma. - Estás duas são quase como irmãs, dês do berço.
- Fico feliz que Aurora tenha uma amiga. - sorrindo, Liliane assiste à cena. - Elas são maravilhosas.
- Sonha, minha Querida. - apontando para ás mesmas. -Essas duas juntas, são um perigo nacional. - suspira ao rir. - Lembra de quando à bonita se pendurou no lustres lembra que te disse que precisava de um Colégio militar ou camisa de força?
Recordando de seu telefone no meio da noite, lembrava-se de sua narrativa da façanha de sua filha mais nova ao quebrar o Lustre de Cristal, enquanto estávamos no telefome e ainda, poderia rir ao ouvir sua reclamação dramática a noite ao dizer que o Lustre não tinha concerto.
Naquele mesma noite, Maria Luíza voltou para a casa com Germano e um bando de bagagem à tira colo. Ela chegou como uma surpresa de Natal, mostrando que os anos que havia passado.
Moldou uma jovem mulher com seu amadurecimento precoce, que na época, acreditava ser por causa dos anos de distância. Entretanto, hoje tinha conhecimento que era pelo simples fato que à vida deles corria perigo.
Olhando para sua filha Maria Luíza, via o quanto madura e serena encontra-se agora. Ela floresceu em meio a tempestade que vivemos e com à benção do Senhor, ela estava de pé e recuperando-se de tudo aquilo que um dia se tornaria uma lembrança.
Além disso, por obra ou desastre do destino. Dentro do seu ventre, carregava uma criança que era à prova que em meio a notícias ruins; à boa notícia iriam ter nome e sobrenome.
Liliane coloca descalça uma das mãos ao ventre, sentindo o bebê mexer em uma provável luta por mais espaço. Ele ou ela, nos últimos dias estava em uma constante guerra com seus órgãos ao roubar-lhe o ar, num movimento a procura de espaço.
- Amiga, não se desespere. - retirando-a dos seus devaneios. - Essas duas não vão pregar no Lustre ou algo assim, nem que eu cole a bunda das duas no chão.
- Que horror, Teresa. - deixando escapar uma risada.
- Horror nada, você não viu estas duas juntas. - responde ao erguer as mãos pro céu. - Pai sou eu de novo, sei que ando te comprando umas coisinhas aí. Mais tem como o Senhor, me ajudar à permanecer com sanidade.
- Nada Dramática. - sendo sarcástica.
- AHH! Quero só ver, quando você ver o que estás duas aprontam. - relata. - É uma questão de segundos, elas cegam a gente que você nem vê.
- Não vejo à hora. - alisando o barrigão. - Só este bebê resolver nascer que tudo ficará fácil.
- Vai é complicar. - levantando três dedos. - Serão três crianças, Lili. Três. - sacudindo a cabeça. - Ou melhor, serão quatro crianças. Já imaginou quatro crianças chorando no pé do ouvido. - lamentando. - Olha se filho fosse ovo, eu tinha engolido às minhas tudo de volta.
- E ficaria sem elas? - questiona irônica.
- Não. - admite ao olhar para o jardim. - Eu amo demais pra isso, não me vejo sem elas. - sorrindo. - Na verdade, não me vejo sem todas elas. - admite. - Da minha barriga saiu duas, mas do meu coração tenho cinco filhas.
- Somos uma grande família. - olhando com carinho para a amiga. - Você foi à mãe delas, quando eu não pude e agora à espaço para nos duas sermos suas mães delas. - admitindo para si própria, o qual importante ela é na vida delas. - Se me permite, posso tentar ser 1/3 da mãe que você é pras minhas, porque amo suas filhas como se fossem minhas afilhadas.
Pela primeira vez, vê que acaba de fazer Teresa chorar. Suas lágrimas caem ao mesmo tempo que toma uma lufada de ar. Sem mais ou menos, ela lhe abraça apertado.
- Eu te odeio, Liliane. - abismada ela dá uma risadinha. - Você não precisa ser 1/3 do que eu sou, isso seria um desastre ao termos noção de como sou mãe. - olhando no fundo dos seus olhos. - Seja você mesma, acredito que assim, você será uma excelente mãe para todas e de quebra me ajuda a não enlouquecer.
- A gente não escolhe à família. - sorriu. - Mais acabamos tendo amizade que se tornam uma, fui abençoado por tê-la aqui, sendo uma irmã que tanto me fez falta. - sentindo seu coração mais leve. - Quero que sempre seja à maluca que me arranca da cama, que me telefona às noites com conversa, aquela que se for pra ser presa. Sejamos juntas e acabe lembrando que esquecemos metade das crianças no McDonald's. - acabamos rindo, lembrando do episódio tão inusitado que vivemos. - Que seja á mulher que jogue a verdade na cara, doa a quem doer.
- Como pode ser tão cretina. - sorrindo em meio ás lágrimas. - Nem que o mundo se rache ao meio, eu vou te perturbar o resto da vida. Posso ter cometido à perjúria no começo, por não ter lhe dito os reais motivos. Mas isso não impediu que fossemos amigas, você é uma irmã pra mim e vou te proteger. - ela levanta o dedinho mindinho. - Promessa de dedinho.
- Você é tão infantil. - entrelaçando. - Promessa.
- Acho que vou me hidratar. - secando às lágrimas. - Você soube acabar comigo, nem a Alaor tem essa capacidade de me desidratar. - ela caminha pelo jardim. - Yohanna, não toque fogo em nada.
- Tá bom, mamãe. - ela sorri ao chegar de mãos dadas com sua amiguinha. - Tia Lili, num é vedade que à senhola tem um bebê na sua barriguinha.
Às duas crianças olhando em expectativa para Lili.
- Sim. - sorriu ao secar vestígios de lágrimas. - Tenho um bebê aqui.
- Mas como vovó?
- Papai do céu, me deu este bebê de presente. - responde da melhor forma possível para à criança. - Agora ele está crescendo aqui.
- Como o papai Noel no Natal ?
A lógica de uma criança era surpreendente, eles não tinham o poder de complicar as coisas, somente associava a coisas que via ou conhecia através de histórias ou desenho.
- Sim. - afirmo, estendo a mão. - Dei-me à mão.
- Eu sei, amiga. - sorrindo, ela coloca à mão na própria barriga. - À Tia Lili, vai coloca sua mão ondi o bebêzinho está se mexiendo.
- O bebê se mexi? - afobada, ela da mão e começa à dar risadinha ao sentir as vibrações de sua barriga. - Que legau. - ela senta-se no sofá que descansava para deitar sua cabecinha no lugar, onde mais movimentos era dado. - Oi Bebê.
- Eu pedi um pla minha mamãe, Tia Lili. - cruzando os bracinhos, ao fingir uma carinha de emburrada. - Mais ela dissi que eu num tô, nem doda pla quele um bebê.
- OH! Meu amor. - imaginando o choque que Teresa tenha levado, poderia apostar que à mesma começou a quebrantar as palavras.
- Tia Lili, pode me dá um bebê pla mim. - seus olhinhos brilham com esperança. - Eu quelo se irmã mais véia.
- Há Tia não pode te dar um bebê. - vejo a tristeza, porém, logo remenda suas palavras. - Mas eu posso dividir este, você pode considerá-lo como seu, assim, poderá vir brincar com ele ou ela. - com coração transbordando de amor. - Dessa forma, sua mãe não irá enlouquecer.
- Eu quelo. - ela bate palminhas.
- Eu tabém quelo um irmão. - olhando para sua avó, ela sorri ao sair correndo. - MAMÃE. MAMÃE. EU QUELO UM IMÃOZINHO. À VOVÓ FALOU QUE É COMO PEDI PLO PAPAI NOEL.
- Não amiga, é pro papai do céu. - correndo para ajudar.
- Nossa família irá aumentar? - rindo, Germano senta-se ao seu lado.
Sorrindo para seu marido, ela vê toda o cenário em sua volta, estava com às pessoas que amava e a vida seguida seu curso em perfeita harmonia ao final da tarde.
- Obrigada.
Liliane permanece calada ao deixar às lágrimas de alegria fluírem, permitindo que toda aquela barreira que seu coração guardava. Desse vazão a toda as emoções vividas, vendo diante de si, todos aqueles que amava.
- Meu Amor. - sua voz preocupada, aconchegando em seus braços. - Tudo bem, estou aqui. - beijando seus cabelos, ele admirar o pôr do sol. - Eu Te Amo.
Sem que ao menos as palavras fossem proferidas, sabia que Germano tinha consciência que este choro era à sua forma que dar um ponto final ao passado. Estás lágrimas era seu último ato de tristeza, permitindo que seu coração e alma aceitassem às alegrias e prosperidades que estavam por vir.
- Eu Te Amo.
Selando seus lábios quentes à uma doce carícia de amor, um beijo que prometia ser um novo amanhecer de uma nova vida.
Um novo ciclo começava em vossas vidas, e neste, somente caberia à felicidade de momentos bons e inesquecíveis.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.