História O amor é complicado - Sentimentos

Ouvia- se perfeitamente o barulho de água no laboratório, no lado de fora a tempestade, no de dentro, o banho de Ash. Este demorou bastante no cômodo, estava aproveitando cada gota de água quente que caíra do mesmo jeito que aproveitou cada segundo ao lado de Gary. Tais pensamentos não saiam de sua mente, ficavam lá fixos.

Terminado o banho, o treinador veste a roupa que separara e sai do banheiro. Seu movimentos pararam ao abrir a porta, Gary estava esperando- o do lado de fora. Em seu pés, uma enorme poça de água,  que significa que estava esperando ali por certo tempo. Seus olhos  ainda continham aquele misto de emoções, destacando- se, agora, as duvidas.

- A- Ash... o que foi tudo aquilo? Perguntou corado ao lembrar do beijo.

- Serio isso?

- Sem brincadeiras! Por que você fez aquilo?

- Pelo mesmo motivo que você, naquela manhã.

- Como assim?

- Você me provocou bastante naquele dia, eu te provoquei hoje também né? Perguntou com um sorriso no rosto.

- ..... Sem respostas, o garoto estava triste. "Tudo aquilo foi só uma brincadeira?" pensou.

- A gente conversa depois, agora vai banhar que você está molhando o chão. Falou empurrando o rival para o banheiro.

O moreno seguiu para a sala, precisava guardar todas aquelas pokébolas que estavam jogadas por ali, como não tiveram tempo de organiza elas, apenas capturavam os pokémons e os guardavam na sala para evitar perda de tempo.

Enquanto isso no banheiro.

- Só uma brincadeira? O jovem de cabelos castanhos estava controlando- se para não chorar, nunca havia chorado por ninguém e ele não seria o primeiro. Levou seus dedos a boca, ainda podia sentir os lábios macios do rival, sentir seu gosto, seu cheiro. - Ash...  você lembrou do primeiro beijo? eu usei a mesma desculpa, "provocar". " Talvez ele tenha apenas se vingado" pensava o rapaz quase chorando. - Mas não precisava ser tão bem. Jogou- se embaixo do chuveiro aproveitando sua terapia.

Já estava saindo do banho, seus olhos ainda marejados estavam sem o brilho de costume, as vezes negar as lágrimas e pior que libera elas. Saiu na direção de seu quarto, trocou de roupa e jogou- se em sua cama.

- Se eu não tivesse feito aquilo... Mordeu o lábio inferior acalmando- se. - Talvez hoje tivesse sido diferente... Assustou- se com a porta abrindo e  na entrada um moreno.

- O almoço está pronto, vai almoçar?

- SAI DAQUI ASH!!!!!!!!!!! Gritou o rapaz atirando um travesseiro no rival.

- Nossa, você está zangado mesmo. Vitória. Dizia o moreno após fechar a porta.

- A culpa é sua!!! Gritou novamente para que o treinador escutasse. - Mas é minha também... Sussurrou para si mesmo e logo após adormeceu.

O moreno realizou a refeição sozinho, concluiu que pelo tom de voz do rival, ele estava muito zangado. Missão cumprida. Depois do almoço, enquanto o rival dormia, o moreno fez os trabalhos domésticos, já era costume ajudar sua mãe em casa ali não seria diferente. Limpou, limpou, limpou e parecia que o laboratório ficava mais sujo. Depois de algumas horas terminou e foi de encontro a cozinha para um lanche.

- Ahhhhhhhhhhhhh.

O treinador de cabelos castanhos havia acordado assustado, não tivera seus sonhos de costume, desta vez teve um pesadelo. A única coisa que se lembrava era de Ash lhe repetindo as mesmas palavras. "Eu te odeio, eu te odeio" Rapidamente pulou da cama e correu para fora de seu quarto, percorreu os corredores e por instinto foi a cozinha. Encontro seu amado na frente do fogão, este logo o fitou curioso. Aproximou- se devagar dele e simplesmente o abraçou.

Um abraço calmo, carinhoso e terno. Envolveu Ash com seus braços trazendo- o para mais perto de seu corpo e afundou seu rosto no pescoço do rival, ali poderia sentir claramente o cheiro dele.

Ash estava sem palavras, nunca esperara tal ato do rival, uma coisa tão simples e tão perfeita como um abraço. Gary ainda ouvia as voz de Ash no sonho, "Eu te odeio, eu te odeio". Precisava provar para si mesmo que isso era mentira, precisava do calor do moreno, do seu cheiro, dele em si.

- M- Me desculpa. Sussurrou o maior.

- Uhn?

- Me desculpa... por todas as vezes que te deixei com raiva.

- Tudo bem Gary, amigos são brigões assim mesmo. Falou retribuindo o abraço. - Só que a gente briga um pouco mais que o normal.

- Amigos. Aconchegou- se nos braços de seu rival, o pesadelo agora não representava mais nada. A amizade dele já era mais que o suficiente para ser feliz.

- Então.... eu fiz chocolate quente, quer? Questionou o garoto tentando escapar do abraço quase interminável do maior.

- Quero sim.

A partir deste abraço voltaram a serem amigos. Sentaram- se a mesa cada um com seu copo. Aquele chocolate quente vinha na hora certa, o tempo estava frio pois ainda chuviscava um pouco. Ash fitou o rival, seu rosto estava contente. "Ele parecia uma criança segurando o copo com as duas mãos" pensava. Decidiu sanar uma pergunta que queria fazer- ló a um certo tempo.

- Gary, hora de pagar sua dívida. Falou serio assustando o maior.

- D- Divida? D- Do que e- esta f- falando?

- Você disse que estava me devendo uma por eu ter lhe levado a toalha durante a manhã.

- AH simm. Suspirou aliviado. O que você quer?

- Quero saber o que aconteceu naquela noite.

-Bommmm, eu tentei capturar um Arcanine e ele queimou todas as minhas coisas, tipo a mochila, a barraca. Então entrei na mata correndo procurando um local seguro para ficar mas... Fitou o amigo a sua frente. - O único local seguro era onde você estava.

- Você poderia ter pedido ajuda! Corou com a última frase dita pelo amigo. - Nós poderíamos ter dado um jeito para você não ter passado a noite na chuva!

- Isso não importa mais. Sorriu.

- Idiota.

- Você limpou o laboratório todo!? Só agora percebeu a limpeza ao redor.

- Sim, por que?

- Eu não tenho nada para fazer!

- Tem sim. Sorriu o jovem apontando para uma caixa cheia de pokébolas. - E que eu não sei organizar isso tudo.

Ficaram novamente sem ter o que fazer, após ter organizado todas as pokébolas. Conversaram um pouco, tinham muita coisa para por em dias, nem perceberam quando a chuva parou e a campainha e tocada.

- Eu atendo. Dizia o moreno indo em direção a porta.

Ao abrir a porta, o garoto tem um pequeno surto de alegria, já fazia tempo que não via um rosto conhecido de sua jornada.

- Ritchie! O moreno dizia surpreso. - Oi.

- Oi Ash, como vai?

- Eu vou bem... entra! Falou dando passagem para que o garoto adentra- se. - Onde está seu Pikachu? Questionou procurando o roedor.

- Ficou na cidade com sua mãe.

- Ash, quem é? Questionava o garoto de cabelos castanhos ao se aproximar da sala.

- Um amigo que conheci na minha jornada. Falou sorrindo para ambos. - Gary esse é o Ritchie e Ritchie esse é o Gary.

- Oi Ritchie, prazer em conhece- ló.

- O prazer é meu. Então você é o Gary, Ash falava muito de você?

- Falava é? Seu olhar ganhou um toque de malícia sendo totalmente direcionado a Ash.

- Eu falava só o suficiente Ritchie, não exagera. Disse o moreno coçando a cabeça visivelmente envergonhado. - Mal pergunte, como você chegou aqui? E como assim o Seu Pikachu ficou na cidade com a mãe dele?

- Você falava tanto de Pallet que eu resolvi conhece- lá. Afirmou sorrindo. - Quando entrei na cidade, perguntei a algumas pessoas sobre "Ash Ketchum" e acabei encontrando sua mãe, conversei um pouco e ela me disse que estaria aqui. Eu vim para cá mas o Pikachu ficou lá dormindo.

- Vamos pular essa parte. Falou o maior com um sorriso malicioso. - O que o Ash falava de mim?

- Que você era o rival dele. Que ele não gostava de você. Que queria te vencer em uma batalha. Falou o mais rápido possível.

- Típico do Ash, não falou nada de bom! Reclamava o maior

- E você tem  alguma parte boa? Questionou o moreno.

- Deve ter, a senhora Ketchum disse que vocês estavam aqui por dois dias. Olhou para os quatro cantos da sala. - E esse lugar ainda esta de pé. Sorriu com seu comentário.

- Onde você vai passar a noite mesmo? Questionou o moreno.

- Na sua casa, sua mãe disse que eu poderia ficar.

Conversaram pelo resto da tarde sem que percebessem, o por do sol não seria visto naquele dia pois as nuvens, ainda carregadas, ilustravam o céu. Quando o ruivo percebeu que já era tarde fez menção em sair, já estava no lado de fora quando Ash e Gary foram cumprimenta- ló.

- Tchau Ash, Tchau Gary. Disse o ruivo balançando a mão.

Ash iria aproximar- se do amigo para despedir- se mas topou em alguma coisa. Caiu nos braços do amigo, este o segurou para que não caísse no chão. Entreolharam- se por alguns instantes e logo Ash abraçou- o, um abraço rápido. Separou- se e despediu- se.

Sem que os dois percebessem, um certo treinador atrás dos mesmo, encarava a cena com vários rostos possíveis: Raiva, inveja, ciúme. O jovem de cabelos castanhos apenas observava aquele abraço com os braços cruzados e um olhar sinistro, quase queria matar eles. "Quem ele pensa que é para abraçar o meu Ash?" o primeiro pensamento foi puro ciúme. " Por que o Ash se jogou nele?" o segundo foi raiva do moreno. "Eles devem ter uma amizade grande e eu só voltei a ser amigo..... hoje" agora era um pouco de inveja do laço entre o ruivo e o moreno.

O ruivo já distanciava- se do laboratório e Ash ainda se despedia na porta do mesmo, Gary por sua vez entrou no local e jogou- se no sofá. Depois de alguns minutos, quando não dava mais para ver o ruivo, Ash entrou no laboratório. A primeira coisa que viu foi o rival com uma cara de poucos amigos.

- Ótima visita! O moreno sorria. - Não acha?

- Mais ou menos, eu não conhecia ele lembra- se.

- Chato. Fez uma careta e voltou aos questionamentos. - Tá assistindo o que?

- Tv, olha. Apontou para a mesma.

- O que aconteceu contigo? A poucos minutos era amigo, agora já quer brigar.

Ash era mesmo um cabeça dura, se tivesse prestado bem atenção, veria que o rival estava sentindo ciúmes. Essa seria uma prova mais que irrefutável de que o rival gostava dele.

- Desculpa Ash. To vendo o noticiário, não tem nada de bom passando.

- Tá bom, vem cá Pikachu. O pequeno roedor atendeu o pedido se seu mestre e pulou em seu colo, recebendo várias carícias.

Passaram o resto da tarde e um pequeno pedaço da noite assistindo, poucas palavras foram ditas. O jantar também foi do mesmo jeito, poucos olhares, poucas palavras. Até mesmo Ash já via que seu rival estava diferente, talvez fosse hora de o provocar um pouco mais.

Depois da refeição, foi banhar. A noite estava fria, já começara a chover novamente e um clima polar se fez ali. Ash saiu do banheiro tremendo por conta do frio, foi direto para seu quarto trocar -se, a última coisa que viu foi o rival entrando no banheiro.

Trocou- se, pois a roupa mais curta e folgada que achara e logo depois jogou- se na cama. Por alguns minutos imaginou o rival banhando. A água tocava seu cabelos de leve para logo depois acariciar sua pele alva e macia. Tais pensamentos lascivos continuaram até o ponto em que Ash percebeu que estava excitado.

Parou os pensamento e concentrou- se nos barulhos do banheiro, queria saber exatamente quando o moreno saísse. Todos os ruídos cessaram e ouve- se a porta do mesmo abrindo, Gary havia acabado. Deveria estar de toalha e com aquela pele macia toda molhada, pensando nisso Ash quase corre para ver seu rival mas segurou- se o máximo que pode.

Depois de alguns minutos foi em direção ao quarto do rival, bateu na porta de leve. Foi recebido pelo mesmo já vestido, com roupas parecidas com a suas. "Perfeito" pensava o moreno.

- O que foi? Disse coçando os olhos, estava com sono.

- Vim conversar. Posso entrar? O rival liberou a passagem para seu quarto.

-O que você quer? Perguntava com uma voz sonolenta enquanto andava pelo quarto.

- Eu queria saber por que esta estranho?

- Não é nada Ash, vai dormir. Já tá tarde e está frio, quero me esconder nas cobertas. Disse isso de costas para Ash.

- Já que é assim. O moreno deu alguns passos e abraçou o rival por trás, surpreendendo- o.

Enlaçou o rival com força apertando- o contra seu corpo e deitou delicadamente sua cabeça no ombro do rival. Este não entendia o que estava acontecendo, esse abraço não era comum, era estranhamente gostoso. O moreno acariciou levemente o rosto do amigo, friccionando sua bochecha nele. A pele de Gary era quente normalmente agora estava em chamas. "Eu não vou ter problemas com o frio hoje." pensou o moreno.

Em um gesto provocante como da última vez, Gary mordeu seu lábio e confirmou que novamente era tudo real. O moreno não viu com clareza mas percebeu o gesto e resolveu provocar o rival.

Do mesmo jeito que antes, deslizou a ponta do nariz pelo pescoço do amigo. O contato do frio de Ash com o calor de Gary fez o último arrepia- se. Lambeu delicadamente o pescoço do rival, a sensação do toque e o barulho molhado próximo a seu ouvido, fizeram calafrios percorrerem o corpo de Gary. Pequenos suspiros começaram a escapar dele quando Ash mordeu levemente sua nuca.

- Ashhhhh o q- que e- está f- fazendo? Aquela pergunta já estava bem marcada em seu vocabulário.

- Te provocando. Respondeu colado ao ouvido do maior com um sussurro.

- P- Por que? V- você já n- não me irritou bastante de manhã? Sua voz saia chorosa.

- Acho que você entendeu mau o sentido de "provocar". Falou novamente em um sussurro enquanto levantava a camisa do maior. - Eu não queria te irritar, queria te excitar. Terminou de falar arremessando a camisa do amigo em qualquer canto do quarto, voltando a abraça- ló.

- M- Me excitar...... Só agora percebeu que sua barraca estava armada e também percebeu que um volume se formava atrás de si. " O que está acontecendo aqui? Quem é esse Ash?"  pensou e ignorou, só queria curtir o momento.

Mais e mais mordias foram distribuídas pelo pescoço do garoto resultando em leves suspiros. As mãos de Ash agora deslizavam pelo peito e abdômen do amigo. Acariciou novamente o rosto do amigo, este desviou levemente o rosto na direção do amigo.

Um pequeno selinho se fez, entreolharam- se e logo um beijo aconteceu. O barulho do beijo ecoava pelo quarto excitando ainda mais os adolescentes. As línguas batalhavam por espaço, os lábios tocavam - se ferozmente. Gary segurou a cintura de Ash e ergueu sua blusa, livrando- se dela imediatamente.

Agora os corpos poderia se tocar. Ash selou novamente seus lábios com os do amigo, sua mão foi de encontro a nuca do mesmo, já Gary, deslizava as suas pelas costas do moreno. Passo a passo, chegaram na cama de Gary, este e jogado lá pelo amigo que já subia em cima do rival.

Mais caricias e mais selinhos, até que novamente um beijo aparece. Primeiramente calmo mas logo torna- se feroz. O motivo? Ash deslizava sua mão pelo peito, depois abdômen até chegar na bermuda, onde acariciou de leve o membro do amigo. Tal ato fez o garoto de cabelos castanhos gemer baixinho entre os beijos.

Fixaram seus olhos, Gary parecia assustado. A mão de Ash entrou devagar na box do amigo, acariciando o membro pulsante dentro dela. Pequenos movimentos apenas para provocar o rival. O rapaz de cabelos castanhos estava ofegante e em um impulso buscou os lábios de seu amante.

Um beijo louco e apaixonado começou, aproveitando o ato, Ash retirou o membro do amigo para fora da box e começou a masturba- ló. Os movimentos de vai e vem seguiam no mesmo ritmo do beijo. Separaram- se pelo ar mas logo o moreno achou o pescoço do amigo, deixou por lá mordidas e lambidas que iam descendo gradativamente até encontrar o membro ereto.

Gary o olhava corado e ofegante, parecia estar esperando algum ato da parte do moreno, ele já estava controlando- se a muito tempo.

Tocou a glande de leve com a ponta da língua, ouviu um gemido alto se seu rival. Lambeu toda a extensão do membro ouvindo um gemido mais alto ainda. Estava tudo tão rápido, Gary excitava- se com poucos estímulos.

Abocanhou aquele membro, um ritmo lento de vai e vem começou, o moreno não conseguia colocar tudo na boca, então usou a mão para complementar. Poucos minutos e o garoto de cabelos castanhos já estava gemendo o nome do amigo. Contorcia- se em cima da cama enquanto tinha seu membro sendo sugado fortemente, já estava perto de seu ápice.

- Ashhhhhhhhh Ahhhhhhhh.... Gary gemeu alto.

Ao ouvir isso, o moreno engoliu o membro todo de uma vez recebendo vários jatos de sêmen em sua garganta. Sorveu tudo que podia depois limpou bem o membro do rival e o cobriu de volta com as roupas, amanhã precisaria delas.

O garoto de cabelos castanhos estava super suado e ofegante, o cansaço o dominava e estava quase dormindo. Uma das últimas coisas que sentiu, foi Ash deitando sobre si.

- Eu te amo Ash! Exclamou o maior antes de entrega- se ao sono.

Tal atitude surpreendeu o moreno, nunca imaginara ouvir isso do rival. Uma felicidade enorme envolveu seu corpo juntamente com o cansaço e a última coisa que disse foi.

- Eu te amo Gary! Boa noite!

Dormiram juntos naquela noite chuvosa, com certeza não sentiriam frio pois compartilhavam calor, suor e desejo.