História O amor é complicado - Explicações

Enquanto o moreno se dirigia a seu quarto ouviu um barulho, tal qual um objeto caindo. O som vinha na direção do quarto de Gary. Abaixou- se e espiou o que acontecia pela fechadura. O rival vasculhava seu guarda- roupas até encontrar uma caixinha verde com um laço vermelho. "Aquela caixa é familiar." pensava o moreno na tentativa de lembrar onde vira a tal caixa. Surpreendeu- se quando seu rival falou "Acho que ele não vai poder te usar", tentou ver o que o mesmo segurava e corou quando avistou.

- Ah que garoto Kawai. Sorriu levemente e levantou- se em direção de seu quarto. - Vou perder de propósito com certeza.

Adentrou o cômodo, jogando- se na cama imediatamente. A ansiedade o corroía mas teria que suporta- lá mais um pouco. Finalmente havia percebido que estava apaixonado por seu rival, com enormes chances de ser correspondido, queria que o dia que viesse fosse perfeito para compensar o idiota que fora esse tempo todo. Despertou de seus pensamentos ao toque de seu pokémon.

- Pikaa pi.

- Oi pikachu. Disse o jovem alisando o pelo do roedor. - Com essa história toda nem tive tempo para ficar com você! O roedor aninhou- se próximo a cabeça de seu dono recebendo afagos e carícias do mesmo até cair no sono.

Cansado de esperar, o moreno decide investigar o quarto do amigo. Adentrou- o calmamente para não acordar o jovem adormecido no mesmo e corou ao vê- lo dormindo. Seus suspiros leves, eram melodias para o moreno, a boca entreaberta era insuportavelmente convidativa ao paladar, o cheiro dele pairava todo o cômodo atiçando o menor e sua pele comprovadamente macia e inebriante alucinava- o.

Suportou todas as tentações e direcionou- se ao guarda- roupas, encontrou rapidamente o objeto que procurava, bem como a misteriosa caixinha verde. Abriu- a por curiosidade e surpreendeu- se com o que encontrou: um pequeno caderno vermelho. "Será..... um diário?"

Decidiu não toca- lo, já havia feito muito besteira, uma a mais poderia acabar com tudo. Algo lhe chamou a atenção, o cartão preso a tampa da caixa. "Mesmo você sendo um chato ainda é meu amigo. Feliz Aniversário Gary" assim estava escrito, em letras falhas e retorcidas que lhe lembravam...... "MINHAS LETRAS" concluiu. Por fim lembrou- se, aquela pequena caixa foi o recipiente de um presente de aniversário, há muito esquecido.

- Você guardou isso por tanto tempo? sussurrou para si mesmo. Alegremente, guardou a pequena caixa e rapidamente foi ao seu quarto, guardando assim o outro objeto. Voltou ao quarto do rival e já eram 13:40h, pensou em acorda- lo mas foi dominado pelas tentações do corpo do rival.

Do jeito mais casto e carinhoso possível, tocou os seus lábios com os do amigo. Separou- se imediatamente com medo te ter despertado- o. Gary continuava dormindo. Sem controle de suas ações, o moreno delicadamente passeou com seus dedos pelo o rosto do amigo, sentindo a pele cálida e macia do mesmo. Um suspiro mais profundo o interrompeu. Mesmo assim Gary continuava a dormir.

- Ei Gary, já está na hora. Toco- o em seu peitoral balançando- o levemente. - Vamos Gary acorda!

- ahnnnnn? Bocejou timidamente, abrindo os olhos gradual ao tempo. Por algum motivo sentia- se estranho, uma sensação muito boa, que logo mudou ao ver Ash.

- "Tão fofo o meu Gary!" pensou o moreno em reação ao ato do maior. "Pera ai, MEU?"

- O que é Ash? A timidez já sumia, dando espaço a magoa.

- B- Bom.... eh q..... eu vim te acordar. Falou envergonhado.

- Tudo bem, já estou indo me espera lá fora.

Apos poucos minutos os dois estavam do lado de fora do laboratório, Ash com seu inseparável pikachu e Gary com um dos taurus de do rival, pois o professor havia levado seu evee.

- Muito bem, eu vou procurar na parte norte da floresta e você na parte sul. Dizia o garoto de cabelos castanhos.

- Tudo bem, prepare- se para perder Gary.

- Já falei que não estou a fim de competir!

- Tá tudo bem eu já entendi.

Separaram- se e cada um foi para o lado que decidiram antes.

Correndo pela parte sul da floresta, o moreno revirava cada arbusto que encontrava atrás de algum pokémon inicial, sem obter sucesso. Gary caminhava tranquilamente por um caminho na parte norte da floresta, percorreu seus olhos pela floresta e encontrou um Bubasaur.

- Vamos nessa Taurus. Lançou a pokébola e o touro saiu dela, assustando o pequeno pokémon verde que agora estava preparado para a batalha.

- Taurus, use a investida. O touro correu em direção ao pequeno sapo. Em resposta o pokémon lança várias folhas acertando o touro, este sofreu poucos danos e acertou o adversário derrotando- o imediatamente. Gary apenas lançou outra pokébola capturando o pokémon.

- Muito bem Taurus. Acariciou o touro. - Bem vindo a família Bubasaur.

Assim prosseguiu- se a tarde, Gary capturou rapidamente o trio de pokémons iniciais, sua mente, sem nenhuma distração, voltou a pensar em Ash. Rapidamente o beijo entre o moreno e o ruivo veio a sua mente. Sentia várias coisas em relação a isto, tal qual, as brincadeiras que Ash fazia com o mesmo.

- Drogaaa. A lamentação escapou por sua boca e seus olhos irritaram- se, controlou- se. - Eu não vou chorar!

- Oieeeeeee Garyyy!! Uma voz levemente conhecida ecoou pela floresta.

- Ritchie? Assustou- se.

-------------------------------------------------Quebra de Tempo-------------------------------------------------

Já eram 17 horas, o por do sol estava em um tom alaranjado no horizonte. O moreno caminhava cabisbaixo pela relva das colinas, sua ideia era perder propositalmente para Gary, mas levou a tarde inteira para procurar e capturar o trio de iniciais. Estava exausto.

Levantou o rosto e viu que seu rival estava sentado, de costas para si, na próxima colina. Aparentemente fitava o horizonte. O moreno aproximava- se lentamente, estava sem forças, até que o garoto de cabelos castanhos deita- se na relva e inclina sua cabeça para trás, vendo assim o moreno.

- ASH! Gritou o maior empolgado e logo correu em direção ou menor.

- Uhn? Assustou- se com a reação do rival.

Alguns passos e os dois se encontraram, o maior fitou o rosto do amigo e constatou o seu estado deplorável. Seu cabelo estava mais bagunçado que o normal e cheio de terra, suas roupas levemente enlameadas e seu rosto sujo, de terra também.

- O que aconteceu com você? Pensei que tinha morrido na floresta? Questionou e brincou.

- Exagerado, eu só não tive sorte na nossa competição. Riu baixo.

- Já disse que não tem competição nenhuma, agora vem cá. Levantou os braços gradativamente e agarrou o corpo do menor contra o seu. Não se importou com nada, muito menos com o estado que o moreno encontrava- se.

- O q- que v- você tem? Retribuiu o abraço levemente corado.

- Preciso de motivo para te abraçar?

- Idiota.

- Idiota né. Suas mãos desceram para a cintura do amigo assustando esse.

- Gary para. Sussurrou.

- Você vai ver quem é o idiota! Apertou firmemente a cintura do amigo fazendo cócegas no mesmo.

- Não, hahahaha. Para Garyyyyyyyyyy. Ordenava o moreno sem ser ouvido.

- Nem pensar. Aumentou o ritmo do ato.

- Por favor hahahhaahha para!! eu faço qualquer hahahah coisa. Tentou uma trégua.

- Só paro se você disser que me adora.

- Hahahaha nem pensar hahahaha. Recebeu como resposta um ritmo maior de cócegas, o moreno estava muito cansado, não tinha como soltar- se. - Tudo bem hahahahaha eu te adoro!

- Muito bem! Parou o ato fitando o amigo com um semblante levemente irritado.

- Você é um chato. Levantou- se e fitou o maior.

- Você também é. Agora vamos entrar, precisamos de um banho. Fechou os olhos e sorriu. - Você primeiro.

- Tudo bem. Corou e seguiu o rival para dentro do laboratório. - Por que você esta tão estranho ehm?

- Uhn? Lembrou- se da conversa com Ritchie. - Eu to normal!

Flashback On

- Oieeeeeee Garyyy!! Uma voz levemente conhecida ecoou pela floresta.

- Ritchie? Assustou- se.

- É sou eu, o que faz por aqui?

- Capturando pokémons. Respondeu friamente e voltou seu olhar para outro lado que não fosse para o garoto.

- Você ainda ta com raiva... por hoje mais cedo? Questionou já imaginando a resposta.

- Do que está falando? Perguntou normalmente.

- Bom, já vi que você não gosta de falar sobre isso. Levou as mãos a cabeça e sorriu. - Mas serio, o Ash não me beijou, eu que beijei ele.

- Uhn? Gary já estava mais confuso do que nunca. - Por que está falando isso?

- Por que você gosta dele, não é? Perguntou normalmente.

- ... Envergonhado pela pergunta Gary demorou para formular uma resposta. - Em que sentido? Sentou- se perto de uma árvore.

- Você sabe muito bem em que sentido falei! Exclamou o ruivo sentando ao seus lado.

- G- Gosto. A voz soou tímida e envergonhada.

- Ótimo, porque o Ash também gosta de você! Levantou- se e puxou o outro garoto, ficando quase colados.

- ... A mente do treinador estava mais bagunçada do que nunca mas voltou a si quando percebeu a falta de espaço entre os dois. - Ritchie?

- Acho que o Ash não vai se importar. Sorriu e tomou os lábios do rapaz, em um beijo curto e casto. - O Ash tem muita sorte. Afirmou logo após o término do beijo. - Agora vai atrás dele, por que espero que estejam juntos da próxima vez que vê- los.

- ... Gary ficou paralisado pelo beijo mas deixou escapar um sorriso.

- Tchau Gary! Gritou o ruivo, talvez já estivesse gritando isso há algum tempo.

- Ahn, tchau Ritchie! Acenou e depois seguiu em direção ao laboratório

Flashback Off

A noite seguiu normalmente no laboratório, jantaram, conversaram, assistiram e discutiram, tudo na mais perfeita "amizade". Algumas vezes Gary atacava Ash com mais uma sequência de cócegas até que o moreno implorasse para para.

No fim da noite Gary adormeceu, já Ash, sustentou uma insônia até a madrugada. Não conseguia dormir imaginando o dia que viria a seguir, não conseguia dormir pensando no melhor dia de sua vida.