“… tomara que ele não tenha me visto entra nessa rua, aí minha filha essa é hora de você chegar? ”
Para começar essa história de um modo que vocês entendam melhor tenho que voltar mais ou menos há 5 anos, quando vim para Los Angeles estudar inglês.
Bom eu era maquiadora no Brasil e na época comecei a atender muitas americanas e para melhora a minha comunicação com elas, fiz um intercâmbio aqui em Los Angeles e acabei me apaixonando por esse lugar, voltei para o Brasil me organizei e vim mora aqui, sem ter nada e nem uma grande quantidade de dinheiro. Depois de um tempo eu me estabilizei, e há 3 anos realizei um sonho de ter a minha linha de maquiagem e de cosméticos, que foi bem difícil no começo, mas que atualmente me dá uma boa renda e consigo viver bem, e bem lá no começo da minha empresa conheci o meu atual marido o Theo.
O que posso dizer desse homem? Não tem aquele homem que você idealiza? Sim, o Theo era esse homem, sempre sendo romântico me trazendo flores, me levando em lugares bonitos, me dava toda a liberdade de eu ser quem eu queria ser, me deu muita força nos meus momentos ruins ou quando quis desistir do meu sonho aqui e voltar para o Brasil ele me ajudou, enfim… Melhor não tinha, e como não o amar? Como negar um pedido de casamento tão esperado depois de 2 anos? Não existia essa possibilidade, fiz de tudo para essa união.
Em um espaço muito curto depois do casamento engravidei e isso era a realização de outro sonho eu vivia nas nuvens de algodão-doce rosa, só que na vida do pobre nada é tão bom a vida toda. No começo eu não percebi, ele veio com a história que ia me ajudar na empresa pq eu não poderia me estressar e que ele tinha tempo livre para me ajudar também, e cada vez eu me envolvia menos em assuntos sobre trabalho e passava o dia “descansando”, ele tomou conta das negociações com novos fornecedores, resolvida sobre a entrada e saída de dinheiro da empresa, demitia e contratava pessoas, enfim de tudo… E eu? Ficava em casa cuidando da casa e dando ideias de novos produtos. Bom ele tomou conta de tudo, sempre com a desculpa de me deixar o mais calma o possível. Sei que tudo isso é muito complicado e realmente era bem estressante para mim, mas eu gostava bastante, só que eu tinha 31 anos e estava gravida da minha primeira filha queria me preserva o máximo possível. Até que eu com 6 meses de gestação o “bem” se transformou no “mal”, ele começou a não me deixar sair com algumas amigas e quando eu ia ele se transformava em uma pessoa agressiva, eu não podia pergunta nada sobre a minha empresa que ele ficava ignorante e não me dava informação de nada, gente é MINHA EMPRESA, questionei tanto que foi aí que começaram as agressões físicas que sempre eram justificadas por ele esta muito estressado com os problemas da empresa e que eu não entedia e obrigava ele a fazer essas coisas comigo. Só que de um tempo pra cá as tapas estão sendo com mais frequência e ficando mais fortes e todas às vezes que quis me separa fui ameaçada em perde a minha filha, que ele iria me queimar com os meus fornecedores e que faria da minha vida um inferno, ele já me trancou em casa por vários dias para não ter o risco de “ eu fica nervosa e querê fazer besteira com a nossa vida”, só que agora estou com quase 9 meses e não aguento mais ser mal tratada e agredida por esse homem, acabamos tendo mais uma discussão e percebi que ele ficou muito nervoso e antes que ele pudesse fazer algo comigo eu fugir de casa.
Estou na rua bem transtornada e não sei para onde estou indo já conseguir despistar ele por 2x mais ele sempre me acha e o que me resta é fica onde estou, aqui atrás de uma caçamba de lixo tentando se esconder e a minha pequena quer nascer agora…
Bruno
Bom depois de um dia estressante eu geralmente dou umas voltas com o meu carro, gosto de ligar o som e sair dirigindo sem rumo pelas ruas, mas como sei que os ‘paparazzi’ não sai do meu pé prefiro lugares mais afastados, e depois de passar quase a madrugada toda rodando por aí decidir ir em uma cafeteria 24 h e voltar pra casa. Quando eu estava voltando para o meu carro escuto alguém geme de dor, o som vinha de um beco escuro e parecia ser de uma mulher, fui até onde ouvir o gemido e vi uma preta, linda, pequena, de cabelos cacheados negros e com uma enorme barriga, toda encolhida de dor.
Bruno: Moça, a senhora está bem? Que ajuda?
— A minha filha vai nascer me ajuda.
Não pensei 2x e coloquei essa desconhecida no banco de trás do meu carro e fui até a maternidade mais próxima, só que no meio do caminho ela começou a grita muito.
— VAI NASCER, ELA VAI NASCER.
Parei o meu carro e por sorte eu sempre tenho uma mochila com roupas e uma toalha limpa, então peguei a minha toalha e só amparei a criança com a mão, pq realmente o bebe já estava saindo, quando peguei aquela garotinha no colo e ela começou a chora se mostrando está bem e com um belo pulmão, eu me emocionei de uma forma inexplicável, eu sentia muitas coisas e todas elas eram boas era uma paixão por aquele ser que não sei explicar, mas quando olhei para a mãe dela a moça estava sangrando e ficando pálida, eu imediatamente dei a bebe para ela, coloquei o cinto nela e fui o mais rápido para o hospital.
Bruno: Pelo amor de deus mulher segura a sua filha não desmaia, sua ela está aí nos seus braços aguentam só mais um pouco.
Ao chegar no hospital a mulher estava com a identidade dela, e graças a deus eu não tive que me identificar de começo, e como pensaram que eu era o pai acabamos entrando juntos, os médicos diziam que ela não estava bem e então decidir não ir embora, conversei com o diretor do hospital e pedir sigilo total, paguei por toda a estadia delas lá e me sentei na sala de visita que foi reservada só para mim.
Primeiro veio a notícia da menina.
— Bom senhor, a bebe está bem e nem precisou de oxigênio ela já foi por berçário se quiser ir lá pode vê-la, o senhor tem passe livre aqui no hospital e no meu coração também — a enfermeira passou a mão no meu peito e foi embora toda se rebolando. Em outra situação eu iria lá e comeria ela até cansar mais a minha mente estava focada em outra coisa agora.
Acabei realmente indo ver a menina, e a garotinha era linda, gordinha, morena dos cabelos negros e lisos, quando cheguei ela não parava de chora e ninguém estava conseguindo a fazer para até que a enfermeira perguntou se eu queria tentar fazer ela para de chora e por incrível que pareça quando ela veio para o meu colo ela parou de com o choro e a enfermeira conseguiu dar a mamadeira para ela.
— Nossa nesse colo gostoso eu também pararia de chora na mesma hora, já pequena e tão sortuda.
Não disse nada só estava em estase com a sensação de calmaria que essa bebe me dava e preenchia o meu coração, não acredito muito no divino, creio que tem certas pessoas foram feitos para está na sua vida, às vezes são uma namorada, um amigo e até um filho, e o que tenho certeza e que eu tenho uma conexão muito forte com essa criança, depois de fazer ela dormi deixei no berçário e voltei para a sala de espera, pois, já tinha se passada 1 horas e não tive notícia da moça, mais 10 minutos e veio uma médica me informa que ela teve uma leve hemorragia e desmaiou, mas que agora ela já estava bem e que eu poderia ir vê-la, só que ela estava dormindo já que ela estava com um nível de cansaço alto e que teria que descansar, mesmo assim decidir entra e ver como ela estava.
Ao entra ela estava já com uma aparecia melhor do que antes e mais corada também, devo admitir ela é muito bonita e sei de onde a bebe puxou os seus encantamentos já que se eu visse a mãe dela em uma balada eu com certeza daria em cima dela e passaria o tempo todo com ela, afastei esses pensamentos, pois, naquele momento estava ali pra ajudar às duas em qualquer coisa, me acomodei no sofá e acabei dormindo.....
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