Ikki chegou mais tarde em casa naquela noite, subiu as escadas do seu prédio e ao olhar para a porta do seu apartamento se assustou com a cena inusitada: viu uma moça dormindo.
Pandora estava sentada no chão, de cabeça baixa. Ikki foi em sua direção, intrigado com a cena:
- Pandora?
A moça acordou assustada.
- Ikki?
A morena se levantou com uma expressão bem irritada. Bufou e foi logo vomitando:
- Ikki como pode fazer isso comigo?
Ikki sentiu o cheiro de problema. A morena era geniosa, e ele sinceramente não tinha cabeça para aguentar mais uma discussão.
- Pandora... Desculpa, é que eu fui a um bar...
- Um bar? Ikki isso é um absurdo!
- Pandora é melhor você ir embora. Amanhã conversamos!
Mas a dama se aproximou e o calou com um beijo Apesar da surpresa, Ikki a agarrou, beijando-a intensamente. A dama correspondeu com intensidade. Dominados pelo desejo, o casal já não raciocinava mais e quando o ar faltou afastaram-se , Ikki abriu a porta de sua casa. Jogou Pandora porta adentro, e em meio a outros beijos mais aflitos, a jogou no sofá.
- Pandora que bom que você veio...
-Por quê? O que...?
Ele a beijou, e começou a massagear seus seios por cima da blusa.
-Estou com um tesão que nunca senti!
Pandora gemeu com o toque forte do moreno.
- Ikki...
Pandora gemeu roucamente:
- Isso... Isso meu...
Ikki deu um puxão em seu cabelo.
- Fala!
- Meu...
- FALA ALTO!
- MEU HOMEM!
Ikki se afastou e sorriu maliciosamente:
- Como você se comportou bem Pandora, eu vou fazer um joguinho com você!
- Que tipo de jogo? - A moça parecia bem interessada.
- Vou te chamar de outro nome.
- Outro nome? - Ela estranhou.
- Sim.
- Por que isso?
- Por que eu quero. E até já sei qual vai ser seu nome hoje.
- Ikki...
Antes que ela continuasse, Ikki agarrou o queixo dela com um pouco de força e a encarou. Os olhos de um animal feroz analisando a presa.
-Shina.
A moça se afastou desconfiada:
- Shina? Quem é essa Shina?
- Não tenho que te explicar nada. Mas como você está mais ou menos comportada e eu estou com muito tesão, é uma atriz pornô, pouco famosa mas eu admiro os filmes dela!
- Hum... Está bem, mas só se você deixar eu te chamar de... Não sei...
Avistou uma revista jogada perto do sofá, dessas que falam da vida de celebridades.
-Sean Connery, tudo bem? - Sorriu achando que o provocava.
- Me chame do que quiser! - Disse Ikki, impaciente e atacando a nuca dela, afastando a cabeleira preta.
Os dois continuaram o amasso forte, com uma sessão de beijos ardentes. Ikki ia passeando pelo pescoço de sua amante, descendo lentamente os lábios, dando pequenas mordidas. Lambeu de forma que ela gemia devagar e com vontade.
Chegou ao decote dela, afagando agora devagar os seios ainda cobertos:
- Shina... Eu quero você só para mim!
- Ah meu... Sean Connery, vem... Vem e... Fica comigo! - Retribuiu Pandora, entrando no jogo.
Ikki retirou as roupas de Pandora e as suas com extrema e habilidade. Logo ambos estavam nus, Pandora olhava ansiosa para o volume grande de seu amante. Encarou por alguns segundos e quis pegá-lo, mas Ikki não permitiu o toque, deitou-a na cama e começou a alisar o seu belo corpo:
- Shina, deixa eu brincar com você deixa! - Disse ele enquanto ia beijando e alisando todo o corpo de Pandora, tocando cada pedaço de pele do seu tronco. A dama estava possuída de prazer:
- Ai... Isso meu Sean Connery! - Gemia a mesma.
Ao observar Pandora gemendo e vibrando de prazer, imediatamente ele transferiu a imagem para Shina: Via as mesmas expressões que Pandora fazia só que com o rosto de Shina, fazendo com que seu desejo aumentasse ainda mais. Ikki começou a sugar os mamilos da moça com força, e Pandora se contorcia de tesão, nunca fora chupada por ele daquele jeito, ele parecia realmente desejoso. Ikki desceu aos poucos com beijos suaves por toda a barriga da jovem, até chegar a intimidade dela.
- Gosta Shina?
-Sean...
Ela afastou as pernas.
-Isso... Minha Shina... Deixa eu te tocar!
- Ah Sean, abusa de mim. Faz o que quiser, vai!
Ikki começou a manipular a intimidade de Pandora com os dedos, e da forma que estava excitada, logo sentiu-se mais do que úmida. Ikki lambia suavemente o sexo da moça que começou a se contrair:
- Isso Ikki! Não! Sean Connery, meu Sean!
Pandora chegou ao ápice com uma série de espasmos pelo corpo. Ikki sorriu e percebeu que ela estava mais do que relaxada, respirando fundo com os olhos semicerrados. Esperou alguns minutos alisando suas coxas, e enxergando Shina ali, de pernas abertas na sua frente, pronta para ser preenchida. Foi aí que viu Shina pedindo:
- Ikki... Vem cá, deixa eu...
Ela passava a língua nos lábios. Seu desejo aumentou
- Diga.
- Quero te chupar!
Imediatamente Ikki, que só enxergava Shina em seus pensamentos cada vez mais, se posicionou e colocou seu membro em sua boca. Empurrava com força , no entanto sem machucá-la. O homem se afastou e a olhava com desejo, transferindo seus pensamentos por Shina em Pandora:
- Você está incrível, Shina
- Sim... Sean, eu...
Ikki não conseguia mais pensar direito: virou-a, deixando ela empinada para si. Buscou no bolso do paletó jogado ali perto um preservativo, colocou a camisinha e não fez cerimônia, penetrou de uma vez só. Pandora sentiu a invasão direta:
- Ikkiiiiiii!
Sorriu ao ver que Pandora estava gostando:
- Sean!!!
- Isso Shina!
Ikki aumentou as estocadas que seguiam firmes e fortes , Pandora sentiu seu corpo tremer e novamente os espasmos chegaram, fazendo a dama enlouquecer:
- Ikkiiiii... Meu... Sean Connery!!!
- Isso Shina, minha linda Shina!
As estocadas aumentaram e logo ambos chegaram ao clímax. Ikki a finalizou com um beijo e logo tomabaram cansados:
- Nossa Ikki hoje você estava bem ... radical
O homem deu um sorriso amarelo. Ficou sem jeito em falar a verdade para a Pandora. Ela não merecia ser tratada como se fosse outra. Por mais que a dama fosse uma boa amante, lamentavelmente ele não sentia o mesmo por ela . Sabia que mais cedo ou mais tarde, aquela relação não terminaria bem. Pandora interrompeu os seus pensamentos:
- Eu achei estranho esse jogo, melhor não repetirmos isso
- Também acho- Ikki virou-se para o outro lado
- Não vai me dar nem um beijo?
Ikki se virou e a olhou. Sentiu culpa quando viu que a dama estava apaixonada: " Sou um canalha", pensou. Se aproximou e deu um beijo singelo e a olhou um pouco culpado:
- Me desculpa?
- Pelo o que?
- Por esse jogo estúpido. Não deveria ter feito isso com você. Pandora você merece algo melhor!
- Ikki pare de bobagem! Eu sei que os homens tem fantasias estranhas e tudo bem participar disso, eu não me importo, só quero estar com você!
O homem a olhou com pena. Não era o que ele queria sentir, mas infelizmente ele não poderia oferecer mais do que isso.Então ele a olhou gentilmente:
- Boa noite Pandora!
- Boa noite Ikki!
A noite seguiu e eles foram dormir. Ikki pensou em dormir na sala, mas o mínimo que ele poderia fazer era ficar com ela pelo menos por aquela noite. Sabia que aquilo não o tornaria "menos canalha", mas era tarde demais. Ele a usou e apenas isso.
No dia seguinte, Ikki acordou no seu horário habitual: seis da manhã. Tomou banho, arrumou-se, e Pandora acordou com o barulho da rotina do moreno.
- Já vai querido?
- Sim . Minha rotina de sempre. Acho que você já deveria saber não?
- Está bem. - Falou a dama, ressentida.
O rapaz a olhou com remorso:
- Desculpa ser grosseiro, mas meu humor não é tão bom a essa hora da manhã
- Eu sei, está tudo bem...- suspirou
Percebendo que fora mais seco do que o necessário, a contragosto, Ikki se aproximou e deu um beijo suave:
- Olha, me desculpe por ontem, eu não sei o que deu em mim!
- Já disse que está tudo bem. Foi um jogo não foi? Eu também não te chamei por outro nome? Então pronto, deixemos isso para lá
- É ... - Ikki a olhou com um súbito remorso – Olha, eu vou sair. Se quiser pode passar o dia aqui ou ir embora, a escolha é sua. - Completou Ikki, beijando-a.
- Eu? O que é que eu vou fazer nesse muquifo? - Pandora parecia indignada.
- Engraçado, ontem a noite isso aqui não era muquifo. - Rebateu Ikki, alterado.
- Está bem, vou ver o que faço. Desculpa amor. - Disse a bela mulher abraçando-o.
Ikki se incomodou novamente com ela. O fato de ter chamado ele de amor agora só piorou a situação, afinal, para ele, Pandora tinha de tudo para ser a namorada perfeita, mas infelizmente ela não havia conseguido despertar o seu amor.
Não era culpa dele. Ikki sempre teve uma infância difícil ao lado do seu irmão e conseguiu criá-lo com todo amor. Apesar de viver uma vida sexual ativa, Ikki nunca conseguiu se dar bem no ramo do amor. Sentia-se vazio e seco por dentro. Nunca conseguiu se apaixonar. Pandora era uma boa mulher e disso ele sabia, mas infelizmente ainda não fora daquela vez que seu coração fora tocado, mas seguiria com ela até onde desse, pois temia a solidão e quem sabe ele não conseguisse gostar de fato dela? Só o tempo diria
- Se você quiser arrumar a casa, eu agradeceria. Senão tudo bem não há problema. Fique a vontade, voltarei tarde hoje!- Ikki saiu não sem antes dar um beijo na dama
Apesar de insatisfeita, Pandora resolveu limpar o local. Afinal queria conquistá-lo de qualquer maneira. Tinha esperanças de conquistá-lo.
- Ai! Não acredito que vou limpar tudo isso, mas por ele eu faço. - Sorriu a mesma.
- *-*-*-*-*-*-*-
No meio do caminho, Ikki recebeu um telefonema:
- Ikki?
- Oi Seiya, fala.
- Olha, parece que o Rosa Branca agiu de novo. Nem vá para a delegacia, é bom que você veja a cena pessoalmente. Sei que não é seu papel se envolver tanto, mas vai para a estrada 1554, próximo ao distrito da zona sul. Lá tem um circo abandonado! Estamos todos a caminho.
- Estou indo para lá.
Ikki dirigiu até o local, preocupado. Se não desse um jeito naquilo, os federais iriam se meter, e já que ele fizera muito mais do que o papel de delegado pedia, queria resolver esse mistério. Todos da equipe já estavam lá: Seiya, Shina, até Shaka e Mu foram até o local.
Ikki quando chegou não pôde deixar de se impressionar: Tudo o que ele vislumbrou foi um aquário gigante e vermelho, a rosa branca e a velha música de fundo. Olhando impressionado, o delegado perguntou ao legista:
- O que aconteceu aqui?
- Um baile de formatura? - O tom era irônico - Mais um assassinato. Parece que esse serial Killer está indo longe demais.
O loiro apontou o dedo em direção ao tanque.
- A vítima foi mergulhada em um tanque cheio de piranhas, foi devorado vivo! - Explicou Shaka, pacientemente.
- Entendo... E por acaso já identificaram a vítima? - Ikki indagou.
- Ainda não. Estamos procurando os vestígios. - Informou Seiya, olhando para o aquário.
Todos olhavam o tanque de vidro que estava mais vermelho do que nunca. Um dos policiais chamou Ikki:
- Senhor delegado, já identificamos a vítima!
- Como? Tão rápido?
- Aqui está: Identificamos pelas roupas dele e por essas credenciais. - Disse o policial, entregando o crachá com o nome do Jabu.
Quando Ikki olhou, não pôde acreditar: Jabu era mais do que um conhecido, era um velho amigo de dele, de Seiya, Saori, Shun, Hyoga e muitos mais. Todos eles passaram por momentos difíceis no orfanato onde foram criados, tendo cada um seguindo um rumo na vida. Eram muito unidos, mas se afastaram com o tempo.
Entrou em estado de choque, duas lágrimas teimaram em rolar pelo seu rosto. Sabia que não ia ser fácil dar a notícia, principalmente para Seiya que já estava indo em sua direção.
- Conseguiram identificar quem é?
Ikki nada disse, apenas entregou o crachá e Seiya quando viu não pôde acreditar.
- Isso não é possível... Só pode haver algum engano, o Jabu? Não!
Seiya começou a chorar, caiu no chão:
- Não pode ser, não pode ser, O Jabu... o Ja...
Ikki correu para abraçar o seu amigo, os demais da equipe se dirigiram em direção deles. Shina parecia aflita:
- Ikki, o que houve?
Ikki ainda abalado respondeu:
- Shina a vítima... Era um amigo nosso...
A moça se espantou.
- Como?
- Isso mesmo, aqui estão as credenciais dele. - Entregou o delegado.
Shina observou atônita, todos se entristeceram. Os que conheciam Jabu, pela dor da perda e os que conheciam Ikki e Seiya, pelo sofrimento que certamente eles passavam por aquele momento.
Um pouco depois, todos se dirigiram a delegacia: Seiya não era mais o mesmo. Certamente a morte de seu amigo o deixou mais abalado que o de costume, lágrimas ainda escorriam de seu rosto. Ikki apesar de estar menos emocionado, continuava abalado. Shina era quem tentava manter o controle da situação.
- Deveríamos avisar a alguém?
- Por favor, ligue para a Saori. Peça para ela vir aqui, mas não dê a notícia agora, tudo bem? - Pediu Ikki, entregando o número de telefone para Shina que ligou, explicando a situação.
Shaka entrou na sala. Mantinha-se profissionalmente frio.
- Sinto muito por isso.
- Tudo... Bem. Alguma coisa que nos ajude, Shaka?
- Nada. Tudo o que era da vítima, as piranhas devoraram. - Informou o legista.
- Meus deuses, não temos nem um corpo para enterrar, isso é surreal! - Seiya bateu na mesa, furioso.
- Infelizmente não, sinto muito Seiya. E para dificultar nem temos como tirar a prova de nada. Sem muita coisa, sem arma, sem muitos vestígios. - Shaka informou abaixando a sua cabeça - Temos um esqueleto maltratado e alguns pedaços de músculo apenas. Mas já sabemos quem é a vítima, então de nada vale isso.
- Até quando, meu Deus, isso vai durar? Quantos mais vão morrer nas mãos de canalhas como esse? - Chorava Seiya, desolado.
- Seiya, esse é o nosso trabalho, somos a polícia, combatemos monstros. E vamos pegá-lo, vai por mim! - Ikki tentou ser esperançoso para ajudar o amigo, que estava realmente abalado.
O silêncio permaneceu quando batidas nas portas ecoaram na delegacia. Shaka atendeu uma bela mulher de cabelos lisos da cor de lavanda, pele alva e branca, olhos verde água, vestida socialmente, uma postura digna de uma deusa. Cumprimentou a todos e foi em direção a Seiya:
- Seiya, o que houve?
Ikki tomou a liberdade e contou tudo para a mulher. A mesma parecia se desmanchar a medida que ouvia. Ikki a abraçou.
- Sinto muito Saori!
Saori então abraçou Seiya com vontade. Os dois choraram bastante, deixaram suas lágrimas rolarem e no momento de dor, outra pessoa surgiu... Para causar mais problemas.
Pandora entrou na sala, com um belo vestido de cetim violeta, segurava alguns bolinhos e ao observar o clima estranho perguntou a Shaka:
- O que houve?
- Parece que um amigo de Seiya e Ikki faleceu nas mãos do serial Killer. - Shaka encarava inexpressivo o decote da morena.
- Nossa!
Pandora impulsivamente correu para abraçar Ikki, então o delegado a olhou severamente:
- Pandora, o que faz aqui?- Ikki a olhou surpreso
- Ikki, eu vim trazer esses bolinhos para terminarmos a conversa que você não me deixou começar... E então recebi a notícia... Como você está?
Shina olhou para a dama de roxo impressionada: De fato Pandora era belíssima, quase uma modelo internacional. Então a perita se aproximou:
- Então, você é a Pandora?
A empresária olhou de uma forma diferente, parecia preocupada.
- Sim e você quem seria?
- Meu nome é Shina... Shina Berdinato, prazer. - Disse a perita estendendo a mão.
Pandora quando ouviu o nome de Shina não acreditou. Percebeu na hora que era ela que Ikki chamava na noite passada quando transaram daquele jeito louco.
-Shina?
Apertou a mão da mulher a frente, ainda analisando ela da cabeça aos pés. “Então é essa vagabunda que o Ikki ficou chamando a noite passada? Ah, mas isso não vai ficar assim, essa ordinária me paga, ah se me paga", bufou Pandora, corando de raiva.
Pandora então apertou a mão da perita com força:
- Prazer sou Pandora Heistein, futura senhora Amamiya. - Abraçou o delegado possessivamente.
Shina tentou disfarçar, mas era difícil esconder o seu descontentamento: “Quem essa oferecida pensa que é? Como o Ikki pode querer se casar com uma perua como essa?"
Ikki então se afastou de Pandora.
- Pandora, já disse: o que veio fazer aqui? Isso aqui é uma delegacia, e meu trabalho é coisa séria
- Mas eu só quis te agradar
Ikki a fuzilou com os olhos. Tudo que não precisava era de mais um problema, ainda mais na frente de Shina.
- Pandora, depois nós conversamos, agora você tem que ir!
- Mas amor... - Pandora ficou apreensiva.
Shina não escondeu o sorriso de contentamento, apesar de tentar disfarçar, não foi bem sucedida. Pandora a fuzilou com os olhos e então disse:
- Está bem Ikki, se atrapalho, espero lá fora! - Disse a mulher saindo.
Shina também se levantou dizendo que ia tomar um ar fresco e convidou Shaka a sair também, afinal, ela entendeu que aquele momento era para ser vivido com os amigos mais íntimos.
A dama deixou a sala e foi tomar um ar fresco quando foi surpreendida por Pandora:
- Oi querida, podemos conversar?
- Sim, diga, o que quer? - Indagou a perita, desconfiada.
- Só quero que fique sabendo que o Ikki não é pro bico de qualquer uma não. Ele é meu, sabe? E se você souber de alguma vadia qualquer por aí com alguma esperança com ele, por favor, avisa pra ela ir tirando o time de campo! - Ameaçou a morena.
Shina sentiu o sangue subir, e se não estivesse em seu local de trabalho, certamente teria dado uma surra em Pandora, mas rebateu:
- Olha aqui... Você tem que se garantir, por que não fala você mesma se achar que tem alguém interessada nele?
- Engraçado, achei que você fosse mais esperta. Eu estou falando de você, queridinha. Eu vi o jeito que você olhava pro Ikki. É pra você mesma o recado. Afaste-se enquanto é tempo.
Shina estreitou os olhos.
- Em primeiro lugar eu não estou interessada no Ikki e em segundo: Isso foi uma ameaça? Se eu fosse você, eu tiraria meu cavalinho da chuva, pois o próprio Ikki me disse que você não é nada além de um passa tempo para ele se divertir! - Debochou a mesma.
- Isso é ridículo! Até parece! Pois saiba que ele me disse ontem que você tem cara de atriz pornô! E realmente...
Pandora se afastou dois passos e mediu Shina de cima abaixo com o olhar mais nojento que já dera a alguém na vida.
-Você parece mais uma filha de rameira ordinária!
Shina não acreditou no que ouvira. Sem pensar em mais nada, deu um tapa no rosto de Pandora. A mesma caiu no chão com a surpresa, mas se levantou e partiu pra cima da perita. As duas começaram a brigar. Shina estava por cima dando tapas e Pandora a arranhava.
- Retire imediatamente o que você disse, sua vagabunda sofisticada! - disse Shina, furiosa.
- Nada disso filha de rameira baixa renda! - Rebateu Pandora.
Dentro da delegacia, Ikki, Saori e Seiya ouviram gritos e quando olharam pela porta, nem puderam acreditar: Pandora e Shina brigavam feio, trocavam socos, chutes, tapas e tudo o que tinham direto. Ikki e Seiya correram para separar as duas, Ikki segurou Pandora e Seiya segurou Shina.
- Sua galinha, vagabunda! - Gritava Pandora de um lado.
- Sua prostituta de merda! - Gritou Shina do outro.
- JÁ CHEGA VOCÊS DUAS! PANDORA, FORA DAQUI AGORA!
- Mas Ikki... - Ela queria se fazer de vítima.
- MAS NADA! DEPOIS CONVERSAMOS!
Pandora saiu bufando de raiva, sendo arrastada pra longe de Shina.
- Essa vagabunda me paga ou eu não me chamo Pandora! - Ela se soltou de Ikki, e entrou em seu carro, furiosa.
Shina por outro lado foi para o banheiro: Lavou o rosto, se secou e retocou a sua maquiagem, parecia mais calma, embora o sangue ainda lhe subisse pelas veias. Lavou as mãos e entrou na sala, desconcertada, não sabia o que dizer. Ikki a olhou de uma forma zangada.
- Estou esperando você se explicar!
- Eu não tenho o que explicar. Essa louca surtou e veio pra cima de mim.
- Do nada? Sem nenhum motivo?
- Ela me ofendeu. Xingou a minha mãe! - Reclamou a moça.
- Mas por que ela fez isso? - Indagou Saori.
- Porque ela veio me ameaçar, dizendo para eu me afastar de Ikki, disse que eu era uma vagabunda, e que ele me chamou de atriz pornô ontem. Ainda insinuou que eu dei em cima dele, vê pode? - Shina estava indignada.
- E você não disse nada? - Seiya estava confuso - Ficou quieta escutando?
- Bem, na verdade eu disse sim... - Shina estava envergonhada.
- O que você disse? - Ikki pareceu curioso. Precisava desviar o foco do assunto, mas sabia que com todo mundo assistindo ia ser impossível.
- Eu... Fiquei com tanta raiva que... Disse que o você falou para mim ontem: Que ela era apenas um passa tempo para você... - Shina virou-se envergonhada.
Seiya e Saori ficaram tão espantados quando viram a carranca de Ikki que saíram da sala em silêncio. Ikki estava muito irritado.
- Shina como pode dizer isso? Aquilo era segredo, sabia?!
- Eu sei Ikki! Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Saiu, simples assim!
- Shina eu confiei em você sabia? Aquilo era uma intimidade minha e você expôs isso a Pandora, ao Seiya e a Saori e sabe Deus mais quem! - Ikki estava visivelmente nervoso, batendo na mesa.
- E por acaso falei alguma mentira? Você me disse isso quando foi lá em casa! - Agora era Shina quem estava alterada - E que papo é esse de atriz pornô?
-Bom, eu... - Ikki silenciou-se.
- Bom o que? Não é verdade? - Shina olhou séria para o delegado.
- Quer saber de uma coisa? - Disse Ikki se aproximando lentamente, olhando-a nos olhos - Você está certa! - Ele a surpreendeu com um beijo ardente.
Shina tentou se afastar, mas a a pressão dos lábios de Ikki eram fortes demais. Além disso o beijo em si estava bom demais e a mesma foi perdendo o raciocínio e acabou correspondendo. À medida que se tornava mais impetuoso, suas línguas se digladiavam em uma torrente enorme de amor e desejo reprimido: Para Ikki era uma sensação maravilhosa, nenhuma mulher lhe dera essa sensação como Shina estava dando naquele momento. Para Shina aquele beijo era mais que especial: quente, cheio de fogo e paixão.
O beijo seguiu intenso até que Shina lembrou-se do que Pandora disse, aquilo a incomodou:
- Espera Ikki, preciso saber de uma coisa!
- O que foi? - Respirava ofegante.
- Já que estamos sendo sinceros, o que a Pandora quis dizer quando falou que eu tinha cara de atriz pornô? Quero saber se isso é verdade?
Ikki na hora ficou desconcertado: Realmente ele havia dito isso de certa forma, pois para participar com Pandora de seu joguinho, ele inventou essa desculpa. Queria ser sincero:
- Bem Shina na verdade eu... Ontem eu e a Pandora, nós transamos, mas não conseguia parar de pensar em você, então acabei chamando por seu nome e tive que falar isso... - Disse Ikki completamente desconcertado.
Shina deu um tapa na face de Ikki.
- Seu canalha! Então era verdade que você só queria se divertir comigo, não?
- Shina, espere por favor...
Mas Shina foi rápida e saiu correndo. Pegou o seu carro e foi dirigindo o mais longe possível. Parou, entrou em um bar qualquer e pediu:
- Quero a bebida mais forte que tiver!
- Tem certeza? A senhorita é uma dama bem vestida, e esse lugar aqui não é seguro pra mulheres como você...! - Alertou o velho barman, analisando ela de cima abaixo.
- Anda logo e me dá isso!
O velho serviu o copo pequeno, ela então pediu:
- Deixa a garrafa, eu pago! Tenho dinheiro, quer receber adiantado? Toma.
Shina começou a beber. Começou com um copo, dois e logo já estava em mais da metade da garrafa. Apesar de tentar esquecer aquele beijo, era impossível. Um beijo caloroso, quente e cheio de paixão. Shina então pegou seu celular e fez uma ligação:
- Oi, quero te ver!
- Shina? Onde você está?
Shina deu o endereço do local e finalizou:
- Por favor, preciso de você!
E assim desligou o celular. Shina continuou bebendo, esperou um pouco e um carro prateado apareceu. Ela animou-se e entrou no carro.
Enquanto isso na delegacia, Ikki estava paralisado com aquilo: O beijo havia sido inesquecível, nunca sentiu aquilo antes. Mas a vida seguia. Saori e Seiya entraram na sala, preocupados:
- Ikki você está bem?
- Sim Seiya, eu estou!
- E onde foi parar a Shina? Eu a vi sair correndo, o que houve? - Saori parecia preocupada.
- Nada. Olha, eu sei que temos que resolver o caso do Jabu, mas podemos prosseguir amanhã? Estou sem cabeça. - Queixou-se o delegado.
- Claro Ikki tudo bem! - Disse Seiya.
- Seiya, vamos para casa. A delegacia ficará na responsabilidade dos policiais locais, eles irão registrar as ocorrências hoje. - Disse Ikki decididamente.
Seiya concordou, afinal, tantas coisas haviam ocorrido naquele dia. Os dois, precisavam descansar um pouco. Ikki então pediu a Seiya:
- Me avise o horário do enterro do Jabu.
- Pode deixar Ikki, eu aviso sim! Claro que será mais simbólico, né? Afinal, só restou o esqueleto...
Assim todos foram para casa. Tinham que se preparar para o funeral, pois sabiam que amanhã, teriam um dia difícil...
CONTINUA...
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