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História O Caso Literário (4T EO5) - Contador de Histórias - História escrita por BTSHunt - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Caso Literário (4T EO5) - Contador de Histórias


Escrita por: BTSHunt

Notas do Autor


Biscoitinhooooooossssssssssssssss

Mil perdões, eu esqueci totalmente de postar na sexta!
Atrasado, mas de coração!
Apreciem ♥♥

Capítulo 6 - Contador de Histórias


Busan, Apartamento dos VHopeKook, Terça-feira 13:13h

POV HOSEOK

— Horas iguais, façam um pedido — ouvi a voz de Jungkook e todos os demais sorriram para ele.

— Isso é uma mania do Namjoon, não é? — perguntei enquanto recebia o chá logo após o almoço.

— É sim, ele tem há muitos anos e recentemente nós todos pegamos a mania dele — respondeu Taehyung.

— É fofo quando ele fala isso e o Jin está perto — comentou Bambam — Jin hyung sempre pisca para ele e deixa o Namjoon todo envergonhado, acho que é alguma coisa imprópria que só os dois entendem.

Bambam estava ali desde a manhã daquele dia, encarregado de me contar histórias — e ele fazia isso muito bem, tanto que me deixou assustado com a riqueza de detalhes. Só naquela manhã eu já tinha ouvido como o caso Garganta havia acabado, como Jackson e Lay haviam traído o Distrito e as horas que eles precisavam cumprir por isso. Sentados no sofá confortável da sala, abraçados a almofadas, ele nos contava tudo enquanto um pop baixinho tocava no ambiente.

— Namjoon continua impróprio — comentei e eles concordaram com isso.

— Hoje o demônio é mais domesticado, devo dizer. Bom, depende — riu o ruivo — Então, chefe, o que mais eu vou contar hoje?

— Conte sobre você e o Jackson. E eu fiquei sabendo do seu QI elevadíssimo.

— Meu noivo não gosta muito de manter a língua dentro da boca, né? Poucas pessoas sabem dos 180, hoje mais, graças a ele. Enfim… a primeira vez que eu vi o Jackson na vida foi em uma aula extra na faculdade. Aula extra recebida como castigo pelo meu comportamento instável.

— É completamente justificável pelo seu dom — comentei.

— Hoje eu entendo que sim, naquela época eu era apenas um garoto assustado que não sabia o que fazer da vida; eu vim pra estudar, minha família nunca se importou realmente comigo e a figura paterna sempre foi um gatilho. Sentia que precisava de amparo, porém, não queria admitir isso, de forma alguma. Nessa aula, meus colegas ficaram me importunando para que eu fizesse a “mágica” e adivinhasse coisas sobre eles.

— Traçar o perfil psicológico deles? — perguntou Taehyung.

— Sim. Óbvio que, quando não se tem conhecimento sobre si mesmo, qualquer coisa é motivo de medo. Eles tinham medo de si mesmos e dos comportamentos, se negavam o tempo todo e foi um prato cheio pra mim. Na época, pouco me importava como as pessoas receberiam as minhas palavras, eu falaria independente disso.

— Na época? — riu Jungkook.

— Hoje eu continuo pouco me fodendo pra elas — o garoto ruivo riu — Mas me controlo bem quando são pessoas que gosto. Vamos dizer que eu também fui domesticado.

— Pelo Jackson? — perguntei, estava curioso.

— Sim, por incrível que pareça. Eu não conseguia me encontrar, meu comportamento submisso era inaceitável para mim mesmo e vivia em uma eterna guerra interna, até que Jackson tomou o controle de mim, com a ajuda de Jungkook.

— De nada — meu marido sorriu — Jackson só precisava de alguém para lhe dizer que aquilo não era loucura, ele é um bom dominador.

— Eu devo concordar — confirmou Bambam — Minha situação só piorou quando eu não tive mais dinheiro para pagar o quarto que eu alugava e tive que me mudar para o apartamento dele. Era isso ou dormir na rua. Não foi só o Jackson que salvou a minha vida, o seu sim, Hoseok Hyung, naquele dia, foi a mão que me tirou de uma miséria muito maior do que a financeira.

— Você fez um teste com ele, Hope — sorriu Taehyung — E ele conseguiu perceber nosso relacionamento a três.

— Era tão evidente assim? — perguntei.

— Não — responderam os três.

— Você nos colocou para que ele percebesse, queria que acontecesse pra saber duas coisas: se ele perceberia e se guardaria segredo disso.

— E por que eu faria algo assim?

— Você não estava realmente se importando de outras pessoas saberem sobre o namoro — explicou o garoto Bam — Eu me lembro bem de ter entrado em pânico naquele dia, Jungkook é um dominador que me deixa nervoso.

— Eu te deixo nervoso? — questionou em meio ao riso — Eu sou inofensivo.

— Nem fodendo você é inofensivo! — reclamou o ruivo.

— Fodendo é quando você é menos inofensivo! — Taehyung complementou.

— Eu acho que preciso dessa informação — comentei encarando meus maridos e depois o garoto, o que fez os três rirem — Por que ele o deixa nervoso?

— Sabe o ditado “os que possuem cara de santo são os piores”? Jungkook é calmo demais, tem todo o controle em suas mãos, o que me faz pensar que as suas punições são severas. Pessoas com muito controle não possuem piedade, uma vez que sabem todos os limites e que não vão ultrapassá-los.

— Vocês já estiveram em cena? Parece que sim — riu Taehyung.

— Não preciso, eu reconheço o tipo do Jungkook. Ele me deixa nervoso e você me deixa… calmo.

— É porque eu sou inofensivo — o Kim sorriu retangular, o que fez Jungkook gargalhar e o ruivo fez o mesmo logo depois.

— Também preciso dessa informação, por favor — pedi.

— Taehyung é… 

O garoto pareceu não querer dizer, porém, Taehyung o incentivou.

— Pode dizer, Bam — sorriu meu marido.

— Não tenho nenhuma expressão mais polida pra dizer manipulador. Taehyung envolve em uma bolha a ponto da sua única resposta ser “sim”. Querer sempre dizer “sim”.

— Isso eu sabia — comentei ao beber mais um pouco do chá — Taehyung é uma cobra que envolve todas as pessoas em um discurso tão bem feito que não há quem minta para ele. É assim que consegue todas as confissões dos assassinos.

— Imaginei que soubesse. Vocês dois convivem numa proximidade maior. 

— Como você se sente com o Jackson? — perguntou Jungkook — Se eu o deixo nervoso e Taehyung o deixa calmo, estou curioso sobre o seu noivo.

— Ele é o meu equilíbrio. Se eu não sei o que fazer, ele me mostra os caminhos, se eu me sinto no escuro, ele me mostra a luz. Apesar de me sentir seguro com ele, calmo e protegido, ele também me deixa nervoso e faz questão de punir os meus erros. Já chegamos em um momento da nossa convivência que basta ele me olhar pra eu saber o que ele está pensando; o modo como um de nós fecha a porta ou anda pela casa já é suficiente pra saber como foi o nosso dia. Mas, porra, porque eu estou falando sobre isso?

— A gente tem certa tendência em levar os assuntos pra esse lado. Eu gosto de saber que vocês chegaram nesse nível, já que eu ajudei o rapaz no começo, fico feliz que ele tenha conseguido ajudá-lo consigo mesmo.

— Você o ajudou? — perguntei.

— Jackson só conhecia a parte fetichista de um dominador, não sabia nada sobre cuidados após a cena, como levar o submisso, como fazê-lo se sentir bem mesmo depois de tudo que fizeram. O que ele me pediu não foi nada muito grande em comparação com os resultados que ele conseguiu com o Bam. 

— Eu já fui submisso a ponto de precisar de uma coleira, Hope Hyung — me contou o rapaz — Eu me sentia sufocado sem ter algo que me lembrasse a todo momento que havia alguém ali por mim, alguém que não me deixaria cair.

— Mas você não usa uma agora — comentei.

— Porque eu me libertei de todos os meus medos, me aceitei e me compreendi, respeito minha condição, meus limites, meu dominador. Como eu disse, meu equilíbrio voltou.

— Não é lindo? — sorriu Taehyung.

— Nosso garoto cresceu — sorriu Jungkook — Mas por favor, Bam, continue a história.

— Tudo bem. Além do meu pânico naquele dia, sendo obrigado a revelar as preferências de Jungkook por sadomasoquismo e dominação sem ter ideia alguma se eu podia fazer isso, eu ganhei a confiança de vocês, então fui convidado a ser escravo da casa.

— Estagiário — corrigiu Taehyung.

— É isso que eu disse, escravo — concordou ele — Jackson ficou responsável por mim, aos poucos fui aprendendo com ele e crescendo nos casos que pegava. Decorei o Caso Garganta e Lady Oca porque fiquei fascinado com o resultado encontrado pelos detetives, precisava entender a linha de raciocínio deles e aprender com isso.

— Bambam resolveu um assalto a banco quando todos já estavam desistindo dele. Conta como foi, Bam — pediu Taehyung.

E, mais uma vez, eu fui agraciado com uma história sobre o caso do assalto e, junto dela, com o que ficou conhecido por Caso 56, a ida dos meus homens para a Inglaterra atrás de um assassinato sem solução alguma. Eu tinha reunido os melhores homens que conhecia, estava claro em cada resolução que eles eram capazes de qualquer coisa, de resolver qualquer assunto. Já no final da tarde, o motivo dele ter me contado tudo isso ficou evidente.

— Esse é o caso que temos hoje? — perguntei, por fim.

— Sim. É um assassino em série, isso é fato, porém, não temos mais nada além dessa informação. Sabemos que podemos perdê-lo a qualquer momento e que esse caso nunca será solucionado, porém, os detetives querem tentar.

— É unânime? Todos querem tentar?

— Sim. Chaerin tem ressalvas sobre isso e não quer liberá-los, porém, ela disse que vai respeitar sua decisão.

Encarei o garoto e meus maridos por longos segundos, pensando sobre tudo que havia aprendido naquele dia, analisando o quanto Yoongi havia ido até o fundo do poço e voltado, com a ajuda de Jimin. Não queria expor meus homens, porém… se não fossem eles, quem mais seria?

— Marque uma reunião amanhã de manhã com todos, iremos até a Delegacia e eu darei meu veredito. 

— Você manda, Xerife! — sorriu Bambam — Acho que eu devo ir agora.

— Eu quero saber mais uma história, se você não se importar.

— É claro! Qual quer saber?

— Do meu sequestro. Eu quero saber tudo que puder, aparentemente as pessoas que salvaram a minha vida estão trabalhando no Distrito e eu quero agradecer, do fundo do meu coração.

— Tudo bem — ele concordou e meus maridos se levantaram.

— Conte tudo, Bam, nós vamos preparar o jantar. Você come com a gente e então o levamos de volta, tudo bem? — perguntou Taehyung.

— Eu agradeço a hospitalidade — respondeu fazendo uma reverência polida.

Quando eles já tinham saído do quarto, o garoto suspirou.

— Tenho algumas fotos e prints no celular, pra ilustrar. Sabia que me pediria isso a qualquer momento.

— Você é incrível, Bam. Eu fico extremamente feliz de saber que temos você.

— Por onde você passa, Hoseok, você inspira as pessoas. Eu sou apenas mais um mordido pelos seus ideais, sempre estarei junto de vocês, oferecendo o meu melhor.

— Eu sou um homem de muita sorte. Tenho homens incríveis do meu lado, trabalhando comigo, morando comigo, fazendo a minha vida patética valer a pena.

— Sua vida é tão patética que movimentou por volta de duzentas pessoas em menos de vinte e quatro horas, oferecendo todo o tipo de ajuda pro Distrito, apenas porque souberam que você foi sequestrado. Os Namjin e os Yoonmin estavam em lua de mel, chegaram aqui em tempo recorde com a ajuda de Jackson. Os companheiros de trabalho da Chaerin estavam de férias, deixaram tudo pra trás sem sequer te conhecer.

— Por que fizeram isso?

— Porque é você — sorriu ele — Vou contar do começo, não se preocupe.

Me ajeitei no sofá, completamente concentrado na voz doce que me contava coisas que eu queria muito me lembrar. De tudo, aquele momento em que eu havia perdido a memória era o mais crítico para mim.

 

Busan, Apartamento dos VHopeKook, Quarta-feira 05:54h

POV HOSEOK

Acordei devagar, me sentindo quente, mesmo sabendo que a temporada de neve estava chegando. Espreguicei suavemente, o movimento me fez notar que estava abraçado ao Taehyung de um jeito um tanto… íntimo. Minha coxa estava entre suas pernas, minha mão prendia seu peito contra mim, por baixo da camisa que usava para dormir, o membro perfeitamente encaixado em sua bunda. Meu rosto estava próximo o suficiente de sua nuca para que eu sentisse o suave perfume que desprendia dos seus cabelos azuis.

Algo em mim dizia que era certo me afastar, porém, não queria acordar o rapaz e qualquer movimento poderia fazer isso. Jungkook dormia tranquilo, os lábios suavemente fechados, o tronco nu que eu admirava discretamente. Pelo menos eu achava que sim. O Kim se moveu levemente e roçou o corpo com o meu, acordando meu amigo ali embaixo.

Um despertador foi ouvido, o celular de Jungkook tocava o som padrão que eu já estava acostumado, então aproveitei para me afastar do azulado lentamente.

— Pode deixar, Kook, eu pego o remédio — disse baixinho.

— Tem certeza?

— É claro.

Me levantei lentamente e fui para a cozinha onde todos os medicamentos que eu ainda precisava tomar estavam; peguei um copo de leite na geladeira e me ocupei em beber, pensando em Taehyung e no seu corpo tão próximo. Cheguei a me assustar quando Jungkook apareceu na cozinha, com medo dele ler meus pensamentos.

— Vim me certificar que você não está bebendo antibiótico com água.

— Não, senhor enfermeiro, estou bebendo com leite, como você me ensinou.

— Você aprende bem rápido — sorriu ele, os olhinhos pequenos de sono.

Jungkook pegou meio copo de água e o tomou, depois se sentou na pia da cozinha, esperando eu terminar o meu; quando o fiz, me aproximei dele e fiz carinho em seus cabelos.

— Vamos voltar? Ainda temos algumas horas para dormir.

— Uhum — concordou ele — Me leva? — pediu num bico fofo.

— Levo, preguicinha.

Talvez meu cérebro ainda estivesse parcialmente adormecido quando segurei as coxas do Jeon e o puxei para mim, suas pernas prenderam-se em minha cintura e os braços em meu pescoço, o colocando exatamente sobre o meu membro já desperto. Claro, ele fez questão de se ajeitar em meu colo e deixar sua boca próxima à minha.

— Jungkook, eu…

— Foi você que me colocou aqui, Hyung, você podia me levar em suas costas.

Fiquei completamente desarmado com sua frase; a verdade é que eu estava curioso para sentir seu corpo com o meu, por isso agi por impulso e o peguei no colo daquela forma.

— Vou levá-lo pra cama.

O mais novo aceitou num sorriso e me permitiu levá-lo, ainda ocupando-se de desligar as luzes no caminho. Taehyung havia virado para o lado da cama que eu estava anteriormente, então dei a volta para colocar ao Jeon em seu lado original. Apoiei seu pescoço e o deitei gentilmente na cama; por pura provocação, o mais novo fechou os olhos e entreabriu os lábios, inclinando levemente o queixo para cima. Instintivamente, minha mão deslizou para seu pescoço e o movimento do peito a se encher de ar me fez lembrar outras situações que aquela mesma cena aconteceu, todas elas com um Jungkook nu sobre a cama, sendo marcado por mim no instante depois. Suspirei e me afastei dele.

— Eu sei o que você se lembrou — riu baixinho — Por que não fica aqui entre nós dois? Só até amanhecer.

— Não sei, Kookie…

— É apenas um convite, aceite quando estiver confortável com isso. Sinto falta de dormir abraçado com você.

Nesse momento eu odiava Jungkook com todas as minhas forças — forças estas que não eram muitas. Rendido pelo sorriso lindo que ele havia me lançado, eu puxei as cobertas e me deitei entre os dois; bastou Tae sentir a presença de outra pessoa próxima para ele se virar e me abraçar, sua coxa entre minhas pernas e sua cabeça em meu peito. Jungkook logo fez o mesmo, porém, sua mão desceu lentamente pelo meu corpo, causando um arrepio até chegar em seu destino final: meu membro.

— Você quer ajuda? — perguntou baixinho, a voz rouca próximo ao meu ouvido — Sei que o Tae te deixou assim.

— Sabe?

— Eu durmo com aquela bunda há anos e o mesmo acontece comigo todas as vezes que ele fica do lado de dentro da conchinha. Relaxa e confia em mim.

— Kook…

— Shh… não precisamos acordar o leãozinho.

Sua mão rapidamente invadiu meu short, como se já estivesse acostumado a fazer isso; os dedos longos passaram a trabalhar nos lugares certos, mesmo sem tocar diretamente a minha pele, me excitava e levava meu corpo, como em uma dança conduzida por ele. Por reflexo, segurei firme a coxa de Taehyung, as ondas de prazer já atingiam meu corpo por inteiro.

Não precisou de muito estímulo para que eu chegasse ao meu limite e se não fosse Jungkook a tapar minha boca com a sua, provavelmente eu teria acordado o Kim; o orgasmo foi prolongado pelos movimentos persistente de seus dedos, melando completamente a cueca que eu usava, sem que qualquer um de nós se preocupasse com isso.

— Você estava muito tenso, normalmente é fácil te fazer gozar quando você está assim — cochichou para mim.

— O problema… é que eu descobri… que tenho um puta tesão em você sem camisa — reclamei o mais baixo que pude, recuperando o ar.

— Isso é porque você não se lembra da minha bunda quando eu fico de quatro pra você. O máximo que você aguenta são cinco minutos da primeira vez.

— Não duvido.

Taehyung resmungou alguma coisa e, para não acordá-lo, o abracei e trouxe para mais junto de mim.

— Descansa, amor, logo teremos problemas pra resolver.

— Uhum — respondi baixinho, o sono já atingindo meu corpo relaxado.

Jungkook me abraçou e passou sua perna por cima da minha. Acabei por me sentir mais confortável ali, entre os dois, do que no canto da cama. Estar abraçado com eles me dava a sensação de ser especial e amado. Fechei os olhos e me permiti estar entregue pela primeira vez ao lado deles.

 

Busan, Distrito, Quarta-feira 09:30h

POV JUNGKOOK

— Tudo bem, Hope? — perguntei para meu marido enquanto ainda estávamos no carro, parados no estacionamento.

— Sim, eu já estou sentindo falta desse lugar. Me ajudem a encontrar a Lalisa e o Lee, por favor?

— É claro! — sorriu Taehyung.

Saímos do carro, Hoseok ainda andava devagar por causa de todos os seus machucados, porém, não precisava de ajuda para isso. Logo de manhã eu contei para Tae que nosso marido havia permitido que eu o tocasse, o que causou um sorriso maravilhoso nos lábios vermelhos do Kim. Obviamente, o azulado já estava pensando na sua forma de dar mais um passo em direção ao coração do Jung.

O local estava todo enfeitado para o Natal, as luzes piscantes fizeram nosso marido sorrir, ele amava a data e sempre era responsável pelos enfeites do ano. A grande árvore tinha presentes embaixo, laços adornados e bolas coloridas; se não fossem as palmas que iniciaram tímidas pela Soo e se espalharam rapidamente por toda a recepção, Hoseok ficaria tempos admirando o artefato natalino.

— Bem-vindo de volta, delegado! — sorriu a recepcionista.

— Obrigado, Soo. Eu só vim resolver alguns problemas, ainda estou de férias.

— Sabemos, estamos muito felizes em vê-lo.

Todas as pessoas que passavam pelo Jung o cumprimentavam, algumas ele reconhecia, outras não, porém, abraçou a todos e sorriu gentil. Pouco antes de entrar no elevador, conseguimos ver a baixinha e o grandão com algumas caixas, então pedimos que Hoseok esperasse e acenamos para eles.

— Encontramos o casal — riu Taehyung.

— Xerife! Meu Deus, como é bom te ver desamarrado! — brincou a garota, o que fez o Jung rir.

— Desamarrado, em pé e numa luz mais fraca. Lisa, eu realmente não me lembro de nada, mas Bambam me contou o que aconteceu e eu vi alguns vídeos daqueles dias. Eu queria agradecer pessoalmente tudo que fizeram por mim.

Lisa abraçou Hoseok com carinho.

— Isso aqui ficou uma bagunça sem você.

— Obrigado por ter se arriscado tanto, mesmo sem me conhecer.

— Eu devo minha vida à sua prima, Xerife, eu sabia que você era tão incrível quanto ela.

A moça afastou uma lágrima do olho direito, claro que se perguntassem diria que era apenas uma leve alergia da máscara de cílios que usava. Lee Hoseok parou em frente ao Hope e sorriu.

— Você é maior do que eu pensava — brincou o Jung.

— Eu tinha que colocar medo no grande Jung Hoseok, não é?

— Funcionou?

— Porra nenhuma — riu ele ao abraçar o Jung — Eu fiquei com tanto medo que você morresse.

— Vaso ruim não quebra.

— Você nem é um vaso ruim — reclamou ao soltá-lo.

— Obrigado por ter me ajudado lá dentro.

— Não podia ser diferente. Você me mostrou quem era o errado e nunca julgou os meus atos, mesmo que eu estivesse agindo contra.

— Eu não sou desses, Lee. Você fez a sua escolha e eu pude convencê-lo a mudá-la, não há nada de errado nisso. Vocês foram escalados pra serviços internos?

— Sabe como é, Xerife, alguém precisava deixar o lugar enfeitado pra você chegar! — sorriu a garota.

— Ficou realmente bonito, eu adorei. Sinto falta de vir trabalhar, mas entendo que preciso de um tempo. Vou aproveitar para conversar com Minseok, talvez ele possa me ajudar com a amnésia.

— Agendamos um horário com ele — comentei — Ele vai nos encontrar mais tarde pra um café.

— Obrigado. Agora, preciso conversar com meus garotos sobre esse novo caso.

— Se cuida, Xerife — desejou Lee — Vamos cuidar da casa enquanto você não volta.

— Eu sei que sim.

Com um sorriso, nos despedimos e entramos no elevador, Hoseok com um sorriso de lado de quem vai aprontar alguma coisa.

— E se eu disser que quero os dois trabalhando no Trigésimo Distrito? — comentou para ninguém específico.

— O que quer dizer com isso, Hope? — perguntei.

— Bambam me contou que a vida de Lisa nos Estados Unidos era o inferno. Lee Hoseok não vai conseguir um bom emprego depois da passagem pela polícia, a ficha dele já está bem manchada. Quem confiaria nele além de nós que sabemos os motivos de suas escolhas e como ele chegou até aqui?

— Lalisa veio com o melhor amigo, Oh Sehun, era braço direito de Chaerin enquanto estavam os três dentro do Distrito de Manhattan. Não sei se seria certo permitir essa separação. 

Ah, Taehyung… eu sei o que você quer fazer.

— Você precisa de um assistente, Tae? — Hoseok saiu do elevador e seguiu pelo corredor.

— Seria bom poder dividir meus afazeres.

— Você não se lembra, mas tínhamos duas pessoas que trabalhavam internamente catalogando arquivos, eles foram transferidos para Seoul — comentei por alto — Também fiquei sabendo que uma verba para um pelotão especial foi destinada para o Trigésimo Distrito; depois que você foi raptado, a corregedoria viu que era necessário.

— Não temos uma pessoa para treiná-los, porém, temos Lalisa que é chefe do batalhão de choque em Manhattan — disse Taehyung.

— Então já temos tudo que precisamos: uma pessoa para treiná-los, alguém forte o suficiente para usar escudo e armamento pesado, um assistente para o meu assistente.

— Podemos mesmo fazer isso? — perguntei, tentando não parecer feliz.

— Se eu dei um jeito de trazer Jin e Jimin, tenho certeza que há um jeito de trazer os três.

— Vamos começar agora mesmo — garantiu o Kim.

Dei duas batidas na porta da sala trinta e entramos, lá dentro, os principais detetives do Distrito, além de Sehun, Chaerin e um rapaz novo que eu não sabia o nome.

— Bom dia, senhores — sorriu Hoseok — Bom dia, senhorita.

Chaerin sorriu abertamente e abraçou seu primo, se certificando que ele estava realmente bem.

— Teimoso, você devia ter ficado em casa.

— Eu estou bem, Chae, quis andar um pouco.

Um por um, os rapazes abraçaram Hoseok e depois se organizaram novamente para explicar o caso. Apresentaram também Ian, o rapaz que veio ajudar no caso e que já teve contato com o assassino. O Jung ouviu tudo com extrema atenção, sabíamos que ele estava pensando em todos os cenários possíveis e impossíveis de se acontecer.

— É tudo o que temos — Jimin finalizou, guardando a caneta no suporte da lousa.

— Só tudo isso — ele suspirou — Chaerin está certa em temer pela saúde mental de todos vocês. Um assassino em série é meticuloso, são pessoas que apenas serão pegas se quiserem que isso aconteça.

— Foi o que eu disse — Chaerin concordou — Eu já perdi um assassino em série em Manhattan e tenho pesadelos com isso até hoje.

— Neste Distrito… nós já tivemos alguns casos engavetados, sem solução. Não é sempre que ganhamos, porém, nós fazemos o nosso melhor, dentro daquilo que cabe a nós fazer. Eu não quero, de forma alguma, que um dos meus homens ou mulheres caia por um caso sem solução.

— Nós entendemos, Hoseok — Namjoon se pronunciou.

— Porém… algo muito peculiar já aconteceu neste Distrito. Algo que fez a vida de muitos dos meus homens mudarem drasticamente — meu marido encarou Yoongi — Min Yoongi, você sabe do que eu estou falando?

— Sim, senhor.

— O assassino das rosas não é o primeiro. Esta mesma equipe de detetives já perdeu um assassino importante que matou, além de várias outras pessoas, um ente importante de Yoongi. Não haviam provas o suficiente que pudessem incriminar o assassino e nós o assistimos fugir; a equipe, porém, não se abalou com isso. A saúde mental de Yoongi hoje é a prova de que ele e sua equipe estão preparados para lidar com isso, caso aconteça. O meu veredito é este: o caso é nosso, não conheço melhor equipe que possa lidar com isso, seja qual for o desfecho que o destino nos reserva.

— Delegado…  — chamou Ian, porém, não conseguiu dizer mais nada sobre aquele assunto.

— Eu confio nos meus homens, Ian, como eles confiam em mim. Somos uma equipe, uma família que está disposta a acolhê-lo pelo período que for. Tudo que pedimos é que você também confie, mesmo que não faça sentido.

— Obrigado, Hoseok Hyung — Jimin fez uma reverência formal — Não vamos decepcioná-lo.

— Por favor, não decepcionem a si mesmos. Há um limite claro que todos conhecem, não é permitido que seja ultrapassado. A segurança de vocês é a prioridade — frisou mais uma vez.

Chaerin se levantou e ocupou o lugar ao lado de Jimin.

— Avancem nas investigações, tudo que precisarem, daremos um jeito de conseguir.  

— Vamos pegá-lo — garantiu Yoongi — Faremos o nosso melhor!

— Sabemos que sim — ela sorriu gentilmente — Eu conto com vocês.

Os rapazes se levantaram, agora que tinham o apoio de Hoseok, podiam avançar nas investigações com o apoio de toda a equipe. Eles pareciam seguros, mesmo que não tivessem quase nada nas mãos. Hoseok se levantou e veio até nós.

— Depois de falarmos com Minseok, eu queria dar um jeito nele — apontou para o seu cabelo — Pensei em vermelho.

— Vamos levá-lo onde já está acostumado — sorriu Taehyung que também já havia comentado sua vontade de trocar a cor do cabelo.

Agora, tudo estava nas mãos deles.

 


Notas Finais


Gostaram? Me deixem saber ♥♥

2beijo


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