Bell se despediu de seus pensamentos e seguiu para o refeitório, ansioso para encontrar seus amigos. Enquanto caminhava pelos corredores da escola, as vozes e risadas de outros alunos preenchiam o ar, criando uma atmosfera vibrante. Ao entrar no refeitório, avistou seus amigos sentados à mesa, Lili gesticulando animadamente com os braços.
— Ei, Bell! — gritou Lili, balançando as mãos para chamar sua atenção. Bell se aproximou, sentindo um sorriso se formar no rosto.
— Por que você demorou tanto? — perguntou Welf, arqueando uma sobrancelha.
— Tive alguns imprevistos — respondeu Bell, fazendo aspas com os dedos, imitando Lili.
— Você e seus "imprevistos"! — Lili riu, divertida, enquanto Bell olhava para Ryuu, que desviou o olhar envergonhada.
— Posso sentar aqui? — perguntou Bell, apontando para o espaço ao lado de Ryuu.
— Claro, não teria problema — ela respondeu, um leve rubor nas bochechas.
Bell se acomodou, e a conversa fluiu naturalmente entre eles. Mas, enquanto isso, Ais caminhava em direção a sua turma, seu coração pulsando com uma mistura de expectativa e dúvida. “Uff, será que ele viu algo?” A ideia não saía de sua mente.
Ao chegar na sala dos 7, Bete correu até Ais.
— Ais! — chamou, mas ela rapidamente colocou a mão no rosto dele.
— Agora não, Bete.
Os outros estavam sentados, e Riveria quebrou o silêncio.
— A festa fantasia vai ser neste final de semana.
— Já falaram com a diretora sobre pegar a quadra? — Ais perguntou, seu olhar sério.
Tiona e Tione responderam juntas:
— Já sim!
Ais assentiu, aliviada.
— É importante que o conselho esteja junto da organização. Comunicaremos as outras salas logo depois do intervalo.
Todos aprovaram, animados com a responsabilidade. A energia no ar era palpável.
Voltando ao refeitório, Bell se virou para Welf.
— Vocês sabem que vai ter a festa fantasia? — Welf exclamou, empolgado.
— Festa fantasia? — Bell franziu a testa, intrigado.
— Sim! Todo ano os alunos fazem isso para se divertir. Tem muita coisa, tipo, muita coisa mesmo! — Lili disse, fazendo uma expressão maliciosa que fez Bell entender rapidamente.
— Entendi — respondeu ele, curioso.
— Um dos momentos mais esperados é a seleção da dança — Welf explicou, com um brilho nos olhos. — Enquanto a festa rola, o DJ avisa que vai acontecer a seleção, e dois refletores escolhem um menino e uma menina para dançar na frente de todos. A galera diz que é destino, mas eu acho que é forjado.
— Possivelmente — concordou Bell, pensativo.
Ryuu olhou para Bell, um leve sorriso nos lábios.
— Você vai participar? — ela perguntou.
— Talvez, só sei perto da hora — ele respondeu, hesitando.
Welf passou o braço pelo pescoço de Bell.
— Claro que você vai!
Enquanto todos esperavam o sinal tocar para voltar às salas, a turma de Ais passava pelos corredores, falando sobre a festa e incentivando os alunos a ajudar na organização da quadra e da escola. O dia passou rapidamente, assim como a semana, com Bell se adaptando à nova vida e ao trabalho.
Era sábado, 10 horas da manhã, e Bell estava sentado em frente ao computador, concentrado em algumas tarefas. O barulho do seu celular vibrando quebrou o silêncio, e ele afastou a cadeira da mesa para pegar o dispositivo. Ao abrir a mensagem, viu que era Welf.
— Mano, você vai de que para a festa? — perguntava ele.
Bell franziu a testa, inicialmente confuso. “Ah, a festa fantasia!” Ele pensou rapidamente:
— Não sei.
Welf respondeu quase instantaneamente:
— Talvez eu vá de pirata, não tem outra coisa.
Bell riu, mandando um “ksksks”. Welf retrucou, dizendo para ele se lascar.
— Que horas vai ser? — perguntou Bell, curioso.
— Começa às 21:00 — Welf informou.
— Blz, eu apareço por lá qualquer coisa — Bell respondeu antes de desligar o celular.
Bell se levantou e foi até seu armário, pensando no que poderia usar. Ele revirou as roupas e encontrou um terno vermelho com preto e umas presas. “Vampiro?” pensou, um pouco inseguro se era uma escolha ultrapassada. Mas logo se deu conta de que não se importava.
— Vai isso mesmo! — exclamou, decidido.
Conforme a noite se aproximava, ele desceu já arrumado e avisou a Apollo, avisando que ia para a festa da escola e que voltaria tarde. Conversou com seu avô, a quem agora chamava de velho.
— Está bem, pirralho. Vê se arruma uma namorada — respondeu o senhor, provocando um sorriso em Bell.
— Ah, tá! — disse Bell, enquanto pegava sua moto e se preparava para sair.
Ao chegar à escola, Bell ficou impressionado com a decoração. O lugar estava transformado, repleto de temas de terror. Abóboras, enfeites, luzes e velas criavam uma atmosfera de festa. Ele desceu da moto, tirou o capacete e sentiu a música vibrando.
Logo, uma garota se aproximou, passando a mão no seu braço.
— Está sozinho? Posso acompanhar você? — perguntou ela, com um sorriso.
— Estou tranquilo, tem algumas pessoas me esperando — respondeu Bell, gentilmente.
Ele se afastou e entrou na escola, admirando a ornamentação. Ao caminhar, encontrou Welf no corredor.
— Porra, eu pegava! — disse Welf, ao ver Bell se aproximar.
— Para de ser assim, cara — Bell riu dando um leve soco no ombro do ruivo, agradecendo o elogio. — O pirata combinou com você.
— Valeu, sou lindo, eu sei. Vamos encontrar os outros? — Welf perguntou, animado.
Welf começou a mostrar os locais mais movimentados. Primeiro, a piscina, onde muitos alunos se divertiam com escorregadores e pranchas. Em seguida, passaram pela sala de jogos, onde o barulho e as risadas ecoavam.
Por fim, Welf o conduziu até a quadra. Ao chegar lá, Bell ficou surpreso. Ao abrir uma cortina preta, ele viu a quadra cheia de vida: pessoas fantasiadas dançando, um DJ animado, comida por todo lado e grupos conversando animadamente.
— Vai ficar parado? Vem, vamos encontrar os outros! — Welf exclamou.
Bell estava absorvendo a energia da festa quando avistou Lili, fantasiada de raposa, e Ryuu, que vestia orelhas de elfa. Elas se aproximaram, sorrisos brilhantes nos rostos.
— Oi, garotos! — Lili exclamou, puxando Welf para junto dela. — Vamos dançar!
Welf se inclinou para Bell, dizendo em tom conspiratório:
— Chama a Ryuu, garotinho vampiro! — e soltou algumas risadinhas antes de sair arrastado pela animação de Lili.
Bell olhou para Ryuu, que estava um pouco tímida, com as bochechas ligeiramente rubras.
— E aí, Ryuu! Você está muito bonita com essas orelhas! — disse Bell, tentando quebrar o clima.
Ela sorriu, a timidez começando a se dissipar.
— Obrigada! E você também está bem... assustador — respondeu, a risada escapando de seus lábios.
Enquanto a conversa fluía, Bell notou que a atenção de muitos ao redor se voltava para um ponto específico da quadra. Ele seguiu o olhar das pessoas e logo avistou o grupo de Ais, todos muito bem fantasiados. Ais, como sempre, era a mais chamativa, com uma fantasia que realçava sua beleza.
Bell não pôde evitar um pensamento irônico: “E eu sou o coelho?”.
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