Relembrando o último cap.
A visita do jovem Cullen fora decepcionante. Por que ele se recusara a falar sobre o castelo?
Cruzando os braços, Isabella ficou a pensar no comportamento estranho do jovem. Quando mencionara Edward Cullen ou a casa de seus ancestrais, ele se mostrara bastante nervoso.
Atitude muito peculiar, concluiu. Os mistérios do castelo tinham o poder de descompor o ilustre Jasper Halle, um dândi.
Por que o assunto o incomodara tanto? Existiria algo dentro do castelo que os Cullen não queriam que os outros soubessem? No momento, sua imaginação de escritora tirava suas próprias conclusões.
— Oh, meu Deus! Será melhor do que eu esperava!
"DOIS Jane Volturi"
"A vida é como um balão, quando nos deparamos com ventos fortes a solução não é lutarmos contra eles, mas procurar novas atitudes novos ventos que nos levem na direção certa."
Isabella estava mais determinada do que nunca para descobrir os segredos do castelo. A súbita chegada de jasper fora estranha. Aliás, muito estranha, pois ele parecia detestar o local. O jovem descrevia Londres com entusiasmo, e agora encontrava-se numa das partes mais isoladas da Cornualha. A única diversão oferecida pela aldeia de pescadores era uma boa conversa, o que ele, pelo visto, não procurara. O que, então, o teria trazido de volta ao lar da família? Era um enigma digno da investigação de Isabella, que pretendia agarrar-se com unhas e dentes à missão.
Entre tentativas malsucedidas em sua escrivaninha, Isabella meditava sobre o mistério e em como dar início à busca. Ainda refletia a respeito, dois dias depois, quando a sra. Volturi chegou de repente. Como Vanessa estava fora, a passeio, ela foi obrigada a lidar sozinha com a visita inconveniente.
Estava claro que a sra. Jane Volturi, que se considerava uma das pessoas mais importantes da região, estava aborrecida por não ter recebido uma visita de Jaspr Culle. E também não se mostrava contente pelo fato de as irmãs Lancaster terem sido as favorecidas.
— Minha querida Isabella… — começou ela, depois de ter se servido de chá e de alguns biscoitos de aveia. — sinto não estar aqui hoje apenas para uma simples visita agradável de rotina.
— Verdade? — Bella não se surpreendeu, pois nenhuma visita da sra. Volturi a agradava.
— Sim. Soube de algumas notícias constrangedoras, mas tão constrangedoras que não consigo aprová-las.
— Verdade? — repetiu.
Como a sra. Volturi sentia-se constrangida a todo o instante, Bella não perdeu tempo preocupando-se com a matrona. Escutou, procurando manter-se atenta, ao passo que sua mente concentrava-se em seu trabalho.
— Pois então — respondeu a senhora, reclinando o corpo massudo na poltrona. — Chegou-me aos ouvidos que vocês receberam um cavalheiro aqui em seu chalé, sem dama de companhia.
Isabela relembrou-se dos últimos dias. Clarence Fitzwater estivera consertando a cerca, mas o pobre jovem não poderia ser considerado um cavalheiro. O vigário também fora à sua residência no começo da semana, no horário do jantar, mas não contava, pois era conhecido por aparecer sempre à hora das refeições.
O único visitante fora o jovem enamorado de Alice.
— A senhora se refere aJasper Cullen? — indagou Bella, perplexa.
— E claro que estou falando do ilustre Jaspr Cullen, o irmão mais novo do conde de Cullen!
Com certeza você não recebeu nenhum outro cavalheiro recentemente.
— Bem… — começou Bella, mas foi interrompida pelo olhar acusador da matrona.
— Estou chocada por vê-la admitindo com tanta facilidade!
— Bem, eu… — tentou de novo, mas suas palavras foram mais uma vez cortadas pela sra. Volturi mais uma vez.
— Está na hora de alguém começar a tomar conta de vocês duas. Vivendo aqui sozinhas, sem nenhuma supervisão, estão à mercê de um escândalo.
Isabella escutava, tentando mostrar-se sobressaltada com a reprimenda. Ela e a irmã dividiam o chalé com a cozinheira desde a morte da avó. Jessica, a criada, vinha durante o dia apenas. Nada, todavia, faria a sra. Volturi mudar de idéia.
Deixou a mulher falar à vontade, enquanto pensava em seu livro, no ponto em que a heroína enfrentava o vilão. Esse personagem estava lhe causando muitos problemas por não agradá-la de todo.
— Então, me vi obrigada a protestar, minha querida. Você ainda não tem idade suficiente para cuidar de uma casa sem uma dama de companhia.
Isabella piscou por detrás dos óculos, despertando de seus devaneios. Jane Volturi não podia estar falando sério! Bella já desistira havia muito do sonho de se casar. Ali, naquela região isolada da Cornualha, existiam poucos pretendentes.
Se tivesse sido esforçada, poderia ter conseguido um acordo com algum comerciante, um fazendeiro ou até um dos mais bem-sucedidos pescadores. Desde cedo fora obrigada a cuidar da avó, da irmã caçula e da contabilidade, o que a deixara sem tempo para desperdiçar com desejos frívolos. Após o enterro da avó, assumira o comando da casa. Precisaria tomar conta de Alice até que ela conseguisse se cuidar sozinha. Considerava-se, portanto, uma solteirona.
— Eu já tenho vinte e quatro anos, e estou de uma vez por todas fora de circulação.
Jane Volturi respondeu com uma de suas costumeiras interjeições de indignação:
— Bah! Você ainda é jovem o suficiente para atrair um belo rapaz e, apesar de ser sensata, não tem idade para colocar rédeas em uma garota como Alice.
— Que bobagem! Alice é de uma natureza vivaz, sem maldade alguma.
— Ela é uma mocinha inconstante, Isabella, e você sabe disso. Todos a amamos, mas já conhecemos o tipo. Alice precisa de um marido, e depressa, antes que caia em tentação. Não se dará por satisfeita aqui, no meio de livros e papéis, como você, e nem deve, querida. Sua irmã tem uma beleza ímpar; poderá conseguir um bom pretendente. Se pudesse ir para Londres… —
A sra. Volturi suspirou antes de prosseguir: — Vocês não têm algum parente na cidade que pudesse tornar-se responsável por ela?
— Não. Há apenas um primo em Londres. Ainda não temos condições de fazer uma viagem mais demorada.
— Bem, você deve levá-la mais para sair, talvez aos bailes de Mullion. Mas com uma dama de companhia! Você não tem nenhum parente além desse primo? — As palavras não escondiam seu desprazer.
— Não.
— Bem, talvez alguma de minhas conhecidas concorde em ficar com vocês. Há muitas mulheres que necessitam de um teto para viver. Perguntarei ao vigário.
Isabella, que escutara, apesar de ausente, todo o discurso da matrona, decidiu agir.
— Creio que não será necessário, sra. Volturi.
A mulher olhou-a e balançou o dedo, advertindo-a.
— Vocês não podem continuar vivendo aqui com duas criadas. Os aldeões podem não ver com maus olhos, mas a alta sociedade as encararia com um certo ceticismo. Que impressão você acha ter dado ao cavalheiro que as visitou?
Bella ponderou sobre o comportamento do jovem Jasper e não identificou nada de estranho, a não ser seu transtorno quando mencionara o castelo. O fato a intrigou.
— Duvido que o sr. Cullen tenha se incomodado com a nossa situação, sra. Volturi. Ele foi um modelo de decência. Não atacou nenhuma de nós, nem nos ameaçou como se fôssemos duas messalinas exibindo nossos corpos.
A matrona enrubesceu e pareceu perder o fôlego. Quando conseguiu recuperar-se, mostrou-se ofendida.
— Isabella Swan! Não sou obrigada a suportar seu vocabulário grosseiro. Você pode achar divertido, mas eu não. Está certo. Deixarei que aja como bem entender, mas grave minhas palavras: é melhor ficar de olho em Alice. A menina precisa de alguém com pulso firme, e você não é a pessoa mais adequada para educá-la.
Ultrajada, a sra. Volturi pegou a bolsa e partiu. bella não perdeu tempo indo atrás dela.
Estava muito contrariada. Se não tivesse a liberdade de convidar o jovem Jasper Halle cullen para visitá-las no chalé, como conseguiria receber um convite para conhecer o castelo de Wolfinger?
Com o passar dos dias e mais nenhum sinal do ilustre sr.Cullen, Bella chegou ao limite de sua paciência. Sem nenhuma inspiração, apenas fitava o papel em branco. Por fim, olhou para o castelo encoberto pela névoa, colocou a caneta sobre a mesa e chamou a irmã.
Tinha quase terminado de vestir a capa quando Alice apareceu.
— O que foi?
— Não consigo mais esperar que o sr. Cullen apareça para nos visitar de novo — respondeu Bella.
— Quem sabe quanto tempo ele ficará na Cornualha? Pelo que nos disse, não pretendia se demorar, e eu não gostaria de vê-lo partir sem ter conhecido o castelo de Wolfinger. Este sempre foi meu grande sonho. Não, eu não esperarei por um acaso do destino — disse, determinada, sem perceber o olhar alarmado da irmã.
— Mas, Bella! Você não pode estar querendo bater a porta do castelo! A sra. Volturi teria um enfarte se soubesse! Tenho certeza de que o sr. Cullen também não apreciaria a idéia. Ele detesta aquele lugar sombrio e velho e não quer ninguém bisbilhotando. Está lá, pois foi forçado por… por…
— Por o quê? — perguntou Bella, encarando a irmã com curiosidade.
— Pelas circunstâncias — respondeu Alice, antes de pegar sua capa.
— Que circunstâncias?
— Não sei de tudo, porque o sr. Cullen não depositou toda sua confiança em mim.
Observando-a, Bella sentiu um desconforto anormal.
— E quando ele lhe contou tudo isso?
— Quando… veio nos visitar, é claro! Sua tonta! — Alice virou-se com um sorriso nos lábios.
— Não aprovo sua idéia, Bella, mas, se você quiser dar um passeio, ficarei contente em acompanhá-la. Tenho a impressão de que o tempo mudará e não quero que pegue uma chuva sozinha.
Isabella teve um pressentimento estranho.
Alice já saíra do chalé. Precisava correr para alcançá-la.
continua......
[b]gente sei q esse cap e sem graça mais é um cap de ligação no próximo teremos surpresa[/b]:lol: