Relembrando o último Cap
— Sente-se, por favor — disse Bella. — Alice está descansando, mas, se o senhor deseja vê-la, então eu a chamarei.
Para seu desapontamento, ele assentiu e deu-lhe um sorriso frio. Seus olhos, mais do que tudo, denunciavam o homem perigoso, escondendo incalculáveis experiências que Bella nem se atreveria a tentar compreender.
Ele a enfeitiçava. Parecia que Edward Cullen tinha saído direto das páginas de seu livro.
O que ele pretenderia com Alice?
Tão bonita, tão esperta
Que desperdício de um jovem coração!
Que pena, que vergonha
Qual o problema com você, cara?
Você não vê que está errado, não consegue entender certo?
Fora do pensamento e fora de vista
Chame todas as suas garotas, não se esqueça dos garotos
Coloque uma tampa em todo aquele barulho!
"QUATRO mal entendido "
Por que ela o fitava assim? Edward também a encarava. Estava acostumado a um tipo de reação das pessoas, mas a de Isabella fora diferente. Por fim, como se fosse insuportável afastar-se do conde, ela virou-se e chamou a empregada. O visitante sentiu um certo alívio.
"Bem, pelo menos ela incomodará a jovem em seu descanso apenas por minha causa", pensou ele, com um sorriso malicioso. Agora chegaria a algum lugar, e a estranha moça começava a agir com bom senso.
Olhando ao redor, Edward teve de admitir que o pequeno e caprichoso chalé não se parecia em nada com qualquer casa bem decorada que já vira. As aparências da decência eram mantidas, pelo menos. Pensou na criatura que demonstrava comandar a casa. Decidiu que ela não parecia uma mulher vulgar.
Ela demonstrava dignidade e altivez, sem ser arrogante, e era possuidora de uma beleza única. Com certeza, ali estava uma mulher capaz de virar a cabeça do mais seguro dos homens.
Surpreso pelo rumo de seus pensamentos, Edward virou-se para a janela, de novo, de onde via o castelo de Wolfinger no meio da névoa. Esquecera-se da beleza diáfana do lugar. A última vez que o vira ainda era um menino. Criado na propriedade da família em Yorkshire, viajara pouco, até que seu tio, o conde anterior, se interessasse pelo sobrinho. Otto não queria saber do castelo, preferindo os bares e prostíbulos de Londres àquela costa solitária.
Edward enfureceu-se ao perceber que os pensamentos se afastavam do assunto em questão. Aparentemente, apesar de seus melhores esforços, o sangue ruim dos Cullen continuava a correr. James herdara a paixão da família por vinho, mulheres e jogos. E dívidas.
— Aqui está ela, milorde. Minha irmã Alice. Alice, você com certeza se lembra do conde de Cullen.
"É claro", pensou Edward, virando-se para encarar a jovem. A luz do dia ela parecia ainda mais nova. Era bastante bonita, mas muito magra e cândida para seu gosto. Era evidente que fora envolvida pelos encantos de Jasper. Não havia dúvidas que o olhava com adoração com seus olhos azuis, e concordaria com qualquer absurdo que ele dissesse.
— Onde ele está?—perguntou Edward, sem preâmbulos.
Alice assustou-se e deu um passo para trás, procurando o apoio da irmã.
— Quem? — perguntou Isabella, lançando um olhar que ele foi forçado a admirar. É claro que ela era a mais agressiva das duas. Imaginou quanto tempo demoraria para falar em dinheiro.
Edward caminhou pela sala, parando bem perto de Alice, que agarrou-se à irmã.
— Meu irmão — disse ele, num tom tão ameaçador que fê-la tremer.
— Seu irmão? — Longe de se intimidar, Isabella aproximou-se do conde, tão depressa que a caçula quase caiu ao chão.
Recompondo-se, Alice escondeu-se atrás da irmã, aborrecendo-o ainda mais. Como James conseguira enamorar-se de uma criatura tão medrosa?
Edward, sem querer, examinava Isabella. Ela possuía uma beleza diferente, de uma natureza mais altiva. Tinha os cabelos mais escuros, com mechas douradas. Os olhos, escondidos pelos ridículos óculos, não eram de um azul insípido, mas sim cor de mel, e brilhavam como seus cabelos. Olhando com atenção, achou ter visto um leve tom de verde…
— Por que Alive deveria saber algo sobre o seu irmão? — perguntou ela, seu interesse resplandecendo por detrás dos óculos.
Edward tinha a ligeira impressão de que seus olhos lhe revelariam a alma. Se pudesse removê-los… Sentiu um forte desejo de tirá-los.
Tudo da bela face era delicado e distinto como um raro vinho. Tinha as maçãs do rosto proeminentes, a pele alva e os lábios róseos, que hipnotizaram Edward. Forçou-se, porém, a desviar o olhar.
— Por quê? — perguntou ele.
Os olhos de Isabella eram tão destemidos e sinceros que, por um instante, Sebastian achou estar enganado a seu respeito. — Talvez por Jasper ter feito uso dos serviços dela.
— Serviços? — Ela fitou-o com tal espanto que Cullen quase acreditou na sua inocência.
— Devo ser mais claro, srta. Isabella? — perguntou Edward, rodeando-a como um gato investindo sobre sua presa.
Com o canto dos olhos, viu Alice cair na cadeira, ao mesmo tempo que soltava um breve gemido. Isabella, por sua vez, virou-se com graça para ele, fitando-o.
Ela era mesmo destemida, confirmou edward, pois passara anos cultivando seu estigma especial que impunha timidez. Servira-lhe para ajudá-lo na luta pelo título e posição e para suportar os lugares desagradáveis onde havia estado. De todas as suas recordações, não se lembrava de ter encontrado uma mulher que conseguisse suportar a força de sua hostilidade. Isabella, entretanto, em vez de encolher-se ou tremer de medo, encarava-o com calma, com a cabeça erguida.
Sebastian até teria acreditado em sua bravura, mas o rápido subir e descer de seu peito indicou-lhe que não era tão comedida assim. A valente srta. Isabella sentia certo temor, pensou ele, com ar de triunfo. Ele sorriu, o que apenas deixou-a mais confusa.
— Talvez o senhor deva ser mais exato, pois não estou conseguindo acompanhá-lo — disse ela por fim.
O conde encarou as duas com seriedade.
— Muito bem. Estou me referindo ao fato de Jasper ter pagado para brincar sob as saias de sua irmã.
Os olhares chocados o desconcertaram. Tinha certeza de que as duas irmãs eram atrizes da melhor qualidade, perdendo talento ali na Cornualha.
Assim que começou a sentir-se consternado, coisa que não sabia existir desde sua adolescência, o conde ouviu uma risada, nítida e alegre como uma harmoniosa tarde de verão. Então, soube de imediato de quem vinha. A namorada de Jasper não seria capaz de um som tão enérgico. Alice, com certeza, daria risinhos tolos. Isabella, por outro lado… Ela ria com vontade, enquanto a irmã, vermelha feito como um tomate, parecia a ponto de ter um colapso nervoso.
— Oh, meu Deus! — exclamou Bella, cobrindo a boca com a mão de maneira tão sensual que o abalou no fundo da alma.
De repente, Cullen sentiu como se tivesse sido atropelado por uma carruagem. A reação foi tão estranha à sua costumeira indiferença que o deixou incrédulo.
E Isabella era o motivo.
Uma mecha de cabelos caiu-lhe nos olhos, e os óculos escorregaram-lhe pelo nariz, aumentando a vontade de Edward de tirá-los por completo. Ele analisou-a recolocá-los no lugar com os dedos delgados. Seriam manchas de tinta em sua mão? Como se enganara a tal ponto de julgá-la uma prostituta?
— Oh, meu Deus! Eu sinto muito, mas não posso culpá-lo. A sra. Janes Volturi nos avisou para não morarmos sozinhas, mas, como eu já sou velha, achei que não teria problema.
Por um momento, Isabella apenas fitou-a, digerindo a explicação absurda. Seu olhar percorria lhe as feições perfeitas, os ombros aprumados, os seios bem torneados, a cintura de pilão, que levava a quadris arredondados. Sendo tão alta, suas pernas deveriam ser longas, perfeitas para entrelaçar um homem… De súbito, ele voltou à atenção para o rosto da jovem.
— A senhorita não é velha, em absoluto — replicou o conde.
O riso de Isabella desapareceu, e Edward viu-a recompor-se de maneira cautelosa, porém interessante, tão interessante que ele se admirou. Com uma intensidade surpreendente, seu corpo respondeu, o que o fez virar-se para a janela a fim de esconder os efeitos. Apoiou as mãos no peitoril e olhou para o castelo de Wolfinger, à distância.
— Eu peço perdão por minha falsa conjetura — disse ele. — Posso apenas desculpar-me pelo comportamento de meu irmão ter me levado a tal estupidez.
— Nós sentimos muito em saber do desaparecimento do sr. Hale. O senhor sabe como jovens cavalheiros são precipitados. Tenho certeza de que ele reaparecerá dentro em breve.
Edward escutou a voz doce e serena e quis aproximar-se. O que estava acontecendo? Com certeza Isabella não sabia nada sobre sua pessoa, caso contrário não se dirigiria a ele nesse tom.
— Acredito que, como de costume, ele não tem ciência da repercussão de seus atos — falou o conde. Voltou-se para encará-la mais uma vez, tendo controlado a estranha obsessão. — Eu sei que Jasper não se importa com o castelo de Wolfinger; então, quando vi sua… encantadora irmã achei que ela fosse a responsável por sua demora aqui. Jasper parecia bastante enamorado da srta. Alice, e pensei que ele tivesse lhe confiado algo.
Na verdade, Edward temia um possível casamento às escondidas, mas não se atreveria a mencioná-lo, ainda mais por ter se enganado tanto a respeito das duas irmãs.
isabella estava séria e compassiva. Ele sentiu uma urgência incompreensível de livrar-se logo da estranha mulher. Estava lutando contra a impressão quando Alice, inclinando-se na cadeira, caiu em prantos.
Tanto Isabella como Edward se espantaram com as lágrimas.
— O que foi, Alice? — perguntou Bella, pegando-lhe a mão.
edward foi tomado por um súbito ciúme. Queria estar sendo tocado da mesma maneira gentil, observado com aqueles olhos compreensivos e protetores. Por Deus, estava perdendo o juízo!
— Ele confiou em mim! Ele foi maravilhoso! — choramingou Alice.
Eu sou um coração de satélite, perdido no escuro
Girei para muito longe, você para, eu começo
Mas eu serei fiel à você
Ouvi que você está morando fora do estado,
correndo em um cenário todo novo
Você sabe que não durmo há semanas,
você é a única coisa que vejo
Eu sou um coração de satélite, perdido no escuro
Girei para muito longe, você para, eu começo
Mas eu serei fiel à você
Eu sou um coração de satélite, perdido no escuro
Girei para muito longe, você para, eu começo
Mas eu serei fiel à você não importa o que você fizer, sim
Eu serei fiel a você.
Continua....