– Corar da sua pele ao meu toque.
⊱ Capítulo Três - Mesmo sangue, Opostas divergências ⊰
“É incomparavelmente mais fácil atuar tal como se é, do que imitar aquilo que se não é.” – Luís XIV, rei sol.
Kyungsoo sempre se sentiu desconfortável quando estava na hora da refeição e todos presentes que moravam no palácio se juntavam para a ocasião. Era nesse momento que percebia que não fazia parte desse mundo no qual a política predominava e bebidas junto de festas se misturavam, parecia o mesmo ciclo.
Um ciclo que tinha que conviver.
Queria conhecer o mundo, podia soar tão clichê, mas sair por ai, descobrindo tudo novo o fascinava desde a uma simples cidade ou até grande Europa e seus belos costumes.
Suspirou apoiando seu queixo na mão enquanto mexia a comida sem vontade. Talvez fosse cavalgar mais tarde, o dia parecia nublado o que se tornava perfeito.
– Isso não é postura de um Duque. – Sehun murmurou em tom de brincadeira enquanto lançava um olhar atravesso a uma senhorita a sua frente.
– E é postura de um Lorde cortejar uma mulher casada?
– Oh! Ela começou! – O loiro debochou fingindo uma falsa indignação.
O menor revirou os olhos dando uma risada do amigo. As vezes se indagava como sobreviveria sem aquele jeito do maior, talvez ele fosse o ponto que tornava sua vida não-monótona.
– Irei cavalgar mais tarde, quer vi? –Indagou bebendo um pouco de água.
– Com certeza, preciso sair dessa caverna de velhos.
– Ainda bem que conheço essa sua verdadeira face.
– É o nosso segredo. – Sehun riu bagunçando o cabelo do menor que deixou tal ato, diferente de antes.
Talvez Sehun fosse a única pessoa com quem podia ser quem era... quer dizer, talvez, não, ele era seu melhor amigo.
Riu com o gesto do mais alto, nem se dando conta do olhar de desagrado do irmão.
– São bem próximos, não? – Ouviu a voz do conselheiro Heechul ao seu lado, haviam provocações naquelas palavras.
– Quem? – Jongin indagou com desdém.
– Lorde Sehun e o jovem Duque.
– São amigos de infância.
Explicou tomando um grande gole do seu vinho, sua garganta queimando como se algo a rasgasse por dentro. Tinha ciência de quanto sentia desagrado com Sehun, lembrava-se de quando Kyungsoo chegava das aulas particulares com os professores que já foram seus, devia ter quinze anos nessa época, Kyungsoo dez. Todos os dias o menor repassava o que fazia na aula para si já que era um de seus pedidos, pois como não iam as mesmas aulas, não podia olhá-lo.
– Onde está Kyungsso? – Indagou á uma das empregadas depois de chegar da cavalgada com o pai.
– Está no jardim.– Sua mãe Yeonhee, a rainha, respondeu com um sorriso incrivelmente encantador. – Um amigo de escola veio visitá-lo.
Jongin arregalou os olhos perplexo por aquela declaração. Amigo? Que amigo? Kyungsoo jamais falou que tinha amigos! Sua mão se fechou em punho, sentindo raiva por ele ter mentido. Mentiras o irritaram de forma que despertava o pior em si.
– Não vá incomodá-lo, Jongin! – Sua mãe exclamou formando um ordem com aquilo, a qual o moreno deveria acatar. – É a primeira vez que seu irmão faz um amigo e eu não quero ver você expulsá-lo como aos outros.
Odiava ordens e sermões. Jongin, sempre tentava conseguir o máximo de louvor, já que seria futuro rei. Mas havia verdade naquelas palavras da mãe, não gostava que Kyungsoo tivesse amigos porque ele começaria a esquecer de si. Mas talvez essa amizade do menor fosse temporária.
Nada dura para sempre. O que é diferente da sua relação com ele, pois eram irmãos e irmãos duram para sempre. Tudo que fez naquele momento foi concordar com a mãe e subir para seu quarto.
Agora no presente, enquanto observava os dois conversando animados, se dava conta de que devia ter ignorado à ordem de sua mãe e ter expulsado aquele Lorde igual aos outros. Mas deu de ombros, sabia manter o controle do que era seu. Com isso voltou a prestar atenção em outras conversas.
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– Penso que a princesa Krystal seria uma ótima noiva para você, meu filho. – A rainha comentou depois da refeição. Era um momento em que somente o rei, a rainha e o filho ficavam a sós, longe dos ouvidos de bisbilhoteiros.
– Os Jung tem ótimos territórios. – O moreno respondeu, segurando sua taça enquanto a girava lentamente. Seus olhos se fixavam principalmente na lareira, onde o fogo cripitava.
– Você é igualzinho ao seu pai, sempre pensando somente nos benefícios.
– Mas você foi o melhor dos meus benefícios. – O rei disse, dando um sorriso apaixonada à rainha, que deu um leve tapa em sua mão, retribuindo também o olhar.
Jongin balançou a cabeça diante daquela cena. Ficava feliz ver que seus pais ainda se amavam, mesmo que vindo de um casamento arranjado, ainda mais agora com o estado de saúde de seu pai. Porém o rei era teimoso demais para comentar e admitir que estava enfraquecendo, também não falaria nada por agora, diante daquele afeto a sua frente. Engoliu de uma vez seu vinho.
– Manere no vinho, Jongin. – Yeonhee adivertiu. – Está bebendo demais, pelo que vejo.
– Vinho é meu grande amigo. – O moreno declarou, beijando a taça.
– Direi a Chanyeol estas palavras. – O rei implicou, rindo.
Jongin revirou os olhos e riu. Chanyeol realmente era um grande amigo, desde os tempos das aulas de lutas e até agora continuava ao seu lado, o ajudando com o exército e com seu irmão.
O som das batidas na porta desfizeram o sorriso de ambos para Suho, o conselheiro principal, que entrava.
– Meu Rei. – Reverenciou, só se levantando quando o mesmo permitiu.
– Não é hora para reuniões, Conselheiro. Não vê que estou com minha família? – Ele indagou completamente sério, não gostava de ser interrompido nesses momentos.
– Peço desculpas, mas tenho notícias do reino chinês e...
– E não poderia esperar até a hora da reunião?!
– É que... – Suho respirou fundo diante da irritação do rei. – É uma situação diferente do normal.
– E o que é? – A rainha indagou curiosa.
O conselheiro voltou a caminhar até a porta, onde à abriu, dando passagem a um belo rapaz, que não aparentava ter mais de dezessete anos. Ele era miúdo, com cabelos grandes, misturados num loiro que realçava seu rosto pequeno.
– Meus cumprimentos ao Rei. – Ele disse, se curvando com destreza. E mesmo que fosse tão jovem, mantinha uma expressão séria. – Me chamo Luhan.
– Ele veio como presente do Imperador Yifan ao jovem Kyungsoo. – Suho explicou apreensivo com o que logo poderia acontecer.
– Como assim? – Foi a vez de Jongin perguntar a intenção de tudo isso, porém mantinha-se calmo em seu lugar, com um sereno olhar.
– Estou aqui com o dever de servir ao jovem Duque e filho do Rei, como me informou o Imperador. Também tenho por escrito suas palavras, destinadas ao remetente. – Luhan explicou, sempre mantendo a serenidade em seu olhar.
– Se somente está destinada à Kyungsoo, que o chamem então. – Yeonhee tomou a palavra, mostrando-se muito curiosa.
– Infelizmente ele não se encontra no palácio agora.
– Está cavalgando com aquele Lorde – O moreno declarou, ainda mantendo-se calmo enquanto fazia um sinal para um dos empregados encher seu copo.
– Então o chamem imediatamente! – O rei ditou á Suho.
Não demorou muito para um dos guardas ir atrás de Kyungsoo, enquanto dentro da sala, um clima pesado envolvia os demais. Não tanto para Luhan, que mantinha sua face neutra, sem dar atenção aos olhares do jovem rei.
A rainha por outro lado sorria gentilmente para si. Não negava que o chinês tinha uma beleza única, mas não passava disso.
O som da porta se abrindo se fez presente, por ela entrou Kyungsoo acompanhado de Sehun, atraindo para si todos os olhares.
O jovem duque tinha o rosto preocupado quando cruzou seu olhar com o do irmão. Percebeu que algo estava errado pelo sorriso frio de canto que o mesmo lhe deu enquanto tomava um gole da sua taça, seu coração se apertou enquanto engolia a seco.
– Me chamou, meu Rei? – Ele se curvou, mesmo nervoso, fitando o pai.
– Hoje o Imperador Yifan lhe trouxe um presente. Parece que sua companhia realmente o agradou.
– Um presente?
Seu pai fez um gesto para Luhan, que estava no canto da sala, para que se aproximasse de onde Kyungsoo estava. Finalmente notando-o, percebeu uma carta em suas mãos, junto a uma bela caixa negra. Sehun, que também estava apreensivo pelo amigo, franziu o cenho com o chinês à frente, realmente encantador.
Luhan estendeu a carta para o Duque com um sorriso gentil, este que o mesmo tentou retribuir, porém pareceu-se mais uma careta nervosa. Mesmo assim tentava manter-se calmo.
Estar com o pai, junto do irmão, parecia uma mistura nada agradável.
"Querido Kyungsoo,
Quero que saiba, estou lhe enviando dois presentes hoje. Luhan já viajou por vários lugares como escrivão e tenho certeza que ele lhe ajudará a conhecer o mundo à fora. O aceite como se fosse um conselheiro. Também estou lhe enviando uma joia rara de meu país, onde espero que venha visitar em breve, a sua companhia é mais que agradável.
Imperador Yifan"
Enquanto lia a carta, sentiu uma vontade de sorrir pela generosidade do Imperador. Luhan seria como seu guia no momento que tivesse a oportunidade de viajar à fora. Desviou seu olhar para a caixa preta mediana nas mãos de Luhan.
– O que diz a carta, irmão? – Jongin indagou com sua voz calma, porém o menor sabia o que estava por trás disso.
– Er... O Imperador, como agradecimento pela minha companhia, enviou Luhan como meu ajudante e uma jóia. – Respondeu, agradecendo pela sua voz não falhar.
– Que gentil! – A rainha exclamou, serelepe.
– Farei o que for preciso. – Disse Luhan, mostrando-se motivado.
– Então seja bem-vindo. – Jongin ergueu sua taça como se estivesse em comemoração, levantou-se de seu lugar em direção ao pai, curvando-se e retirando-se.
O rei concordou e Jongin voltou a caminhar em direção a porta, onde pode passar ao lado do irmão que estremeceu completamente.
Kyungsoo também era uma farsa no meio de todos, mesmo que estivesse ali sorrindo e honrando o nome do pai, em sua mente mandava todos pro inferno. Como odiava tudo isso.
Enquanto caminhava em direção ao seu quarto, com Luhan o seguindo junto de Sehun, sentia um nervosismo com o que poderia acontecer.
– Parem de me seguir! – Exclamou virando-se subitamente assim que adentraram em seu quarto.
–Está ouvindo, lourinho? Saí. – Sehun indagou a Luhan enquanto apontava para porta.
– A palavra "parem" contém mais de uma pessoa. – Luhan respondeu ironizando, não movendo um dedo para o maior.
– Esses empregadinhos da China são até espertos. – O lorde deu uma risada debochada, cruzando os braços de frente para o mesmo.
– Não sou um empregadinho!
Kyungsoo deu um suspiro cansado observando o bate boca dos dois, como se fosse cabeças duras, o que talvez fosse.
No momento tudo que queria era tomar um bom banho e ir dormir, sua cabeça parecia que iria explodir. Deveria se sentir grato pelo pensamento do Imperador, porém não podia tapar seus olhos para a realidade.
As portas de seu quarto se abriram subitamente dando passagem para um dos guardas do quarto de Jongin entrar, ele tinha uma feição seria que nunca saía de seu rosto.
– Jovem Duque, seu irmão mais velho o chama, estou aqui para levá-lo – Explicou, deixando sua voz grossa preencher o local e toda atenção foi voltada para si.
Kyungsoo deu um suspiro de lado, vendo que o dia ainda não havia acabado, ainda teria que lidar com o moreno.
– Claro. Sehun leve Luhan para um dos quartos vagos e não me esperem. – Ditou, não esperando nenhuma resposta enquanto se colocava ao lado do guarda.
Enquanto caminhava pelo enorme corredor, imaginava o que poderia vir dessa vez. Jongin adorava gritar consigo quando fazia algo errado mesmo, que não tivesse culpa nessas vezes. Ele fazia isso desde criança e até mesmo quando expulsava um colega seu do palácio.
Lembrava-se do quanto ficava animado com a visita dos amigos, já que não tinha tanta proximidade quanto com Jongin, mas no momento que o moreno descobria, imediatamente impedia a entrada de seu amigo no palácio e quando fosse mais tarde ele brigaria consigo.
– Chegamos. – O guarda avisou abrindo as portas para Kyungsoo entrar.
Hesitou no momento que cruzou a porta e mas não havia nenhuma opção de fuga já que estava ali.
O quarto de Jongin era consideravelmente enorme, havia uma enorme janela junto de uma varanda que dava vista para o bosque.
A cama importada ganhada pelo Príncipe da Inglaterra, as armas que o mesmo usava quando estava junto do exército bem aí lado. E ele estava ali, sentado na sua poltrona preto veludo, com mais uma taça em mãos.
Uma das coisas que odiava era vinha. Desde a adolescência seu irmão bebia, já que sempre estava rodeado de homens e amigos com o mesmo ato, mas diferente dele, odiava o gosto amargo que vinha da bebida.
– Você fez de novo. – Jongin comentou com um suspiro, levantando seu olhar para o menor que estava parado a sua frente.
– Vai me culpar pelos presentes do Imperador? – Kyungsoo rebateu, indignado.
– Você recebeu um colar de Ônix... – O moreno comentou, fingindo uma falsa admiração, enquanto cruzava as pernas tomando mais um gole, estava inquieto – O Imperador, caso não saiba, é conhecido pelo seu gosto por amantes homens e por os presentear com um colar de ônix pra os que está interessado. O seu novo bichinho que me contou.
Uma risada cruel escapou dos lábios do mais velho. Kyungsoo desviou seu olhar, sentindo seu peito se apertar com toda aquela situação.
Ao olhar para a cama do mesmo, sentiu um calafrio tomar seu corpo ao ver a carta do Imperador ali. Por que ainda se impressionava?
– Eu não sabia. – Respondeu num suspiro cansado ao voltar a encarar o irmão.
Jongin ficou alguns segundos olhando-o como se o estudasse e aos poucos foi dando uma risada debochada enquanto balançava a cabeça. Kyungsoo deu alguns passos para trás receoso, mas ainda assim o encarava.
– Você sempre acaba seduzindo alguém com seu jeito inocente e a sua conversa de conhecer o mundo. Ou devo lhe lembrar dessas conversas que o Chanceler me contou? – O moreno indagava ainda com tom de deboche, junto do seu sorriso de quem se divertia com a expressão preocupada do menor. – Sabe muito bem que nosso pai não permitiria isso.
– Isso é mentira! – Kyungsoo exclamou, sentindo sua garganta arder pelo cinismo do moreno. – Você é o único que não permite que eu saia daqui!
Nesse momento o futuro rei se levantou de seu trono, caminhado em direção ao irmão. Em seu olhar já não havia qualquer riso, mesmo ainda mantendo o jeito calmo de quem esperava ouvir mais dele.
– Sabe muito bem que para meu pai não sirvo para nada! Sou apenas um filho de uma de suas amantes no qual ele tem que aturar! – As palavras que o menor dizia, saiam do fundo de si, de um local onde a sua verdade e vontades eram renegados.
– Não levante a voz para mim, Kyungsoo. – Ditou apontando o dedo para o mesmo, sua voz rouca deslumbrava da feição corada do irmão. – Sabe que preciso de você ao meu lado quando me tornar rei.
– Então me deixa fazer mais por você! Posso ir para guerra ou até mesmo buscar atos de traição, eu posso fazer muito mais!
Uma das verdades era que Kyungsoo sempre teve vontade de lutar. Treinava bastante desde criança com os melhores mestres, que o elogiavam arduamente, mas parecia que aqueles esforços não eram o bastante para o pai e o irmão.
– Eu não preciso de você pra isso... – Jongin murmurou suavimente, sua mão segurou delicadamente o rosto alvo do irmão pelo qual sempre se fascinara, seu polegar fazia uma leve carícia. – Lembra de quando brincávamos no jardim de heróis?
Kyungsoo sentiu seu corpo arrepiar quando o polegar do mesmo deslizou até a sua boca, balançou a cabeça, lembrando-se das brincadeiras.
– Você disse que sempre estaria ao meu lado e é só isso que eu quero de você... tem que manter sua promessa.
Jongin mantinha seus olhos fixos no menor, as belas orbes castanhas do irmão, a respiração descompassada e o leve corar na linda pele branca. Pelos deuses, como amava tudo isso. Uma mistura de tudo que desejava em Kyungsoo, como um vício.
– Não podemos... – Kyungsoo murmurou nervoso, ele estava muito perto, podia sentir sua respiração bater no seu rosto. – Somos irmãos.
– Sempre diz isso... – Jongin riu de canto puxando a cintura do menor para junto de seu corpo. – Mas não é como seu eu me importasse.
Não demorou muito para sentir seus lábios sento tomados pelos de Jongin, sua boca era explorada em cada canto junto do gosto amargo do vinho no qual se misturava.
Fechou os olhos bem forte enquanto sua mão segurava nos ombros do moreno, seu rosto não só corava, mas também queimava enquanto o beijo se tornava mais cheio de volúpia e desejo.
Mas tudo que podia pensar era como quatro paredes escondiam muito além.
Quando o beijo foi separado pelo maior, Kyungsoo sentia seus lábios quentes e com o sabor amargo de vinho. Seu corpo tremeu quando o mesmo tomou sua mão o conduziu até sua cama.
Engoliu a seco.
Era nesse momento que seu coração batia mais do que o normal, parecia uma escala de emoções. Mesmo que já tenha tempo, ainda assim parecia que cada vez era a primeira.
– Tire. – Jongin pediu, cedendo a vontade de explorar o mesmo, enquanto sentava-se na cama com o menor de pé para si.
O rosto do duque corava violentamente, tinha ciência de quantas vezes o irmão já o tinha visto sem roupa e mesmo assim sentir vontade de correr para fora daquele quarto.
Porém, começou a tirar o grosso casaco sendo observado pelos olhares cheios de luxúria do moreno. Não demorou muito para estar despido e seu corpo ser puxado pelos braços do maior, lhe roubando mais um beijo voraz. Sentiu-se ser jogado na cama, com Jongin ficando por cima de si sem separar o beijo.
Mas a realidade não podia ser jogada de lado facilmente. Ainda estavam na tarde, geralmente esses atos aconteciam ao anoitecer quando todos dormiam, mas não é como se Jongin seguisse regras. O afastou tendo que separar o beijo.
– ...E se alguém aparecer? – Indagou inseguro com o peito subindo e descendo acelerado, temia que alguém entrasse naquele quarto.
– Ninguém teria essa coragem. – O moreno murmurou, dando de ombros para o fato, não importava no momento. – Apenas mantenha sua atenção no agora.
Kyungsoo teve que concordar, enquanto observava o irmão mais velho retirar a sua roupa lentamente. Agora podia observar a pele morena e os músculos que aumentaram gradativamente.
Nunca fora forte fisicamente como o moreno, apenas um corpo comum.
Não demorou muito para o mesmo estar nu, podia sentir as suas mãos morenas separando suas pernas e se pondo entre, elas arrancando um gemido de seus lábios.
– Seus gemidos são tão belos... – Jongin murmurou ao pé do ouvindo do duque.
Era uma afirmação que já sabia, uma vez que o moreno sempre murmurava tais palavras e isso o fazia ter ainda mais vontade de arrancar gemidos do menor.
A visão de vê-lo excitado abaixo de si despertava um desejo absurdo que tomava conta de todo seu corpo, alma e mente.
Pressionou mais seu membro com o do irmão, fazendo um vai e vem lento enquanto mais uma vez o beijava.
Sua mão segurava com força a cintura de Kyungsoo e estava ciente da marca que poderia ficar ali, enquanto fincava sua unha naquela pele alva que agora misturava-se com o vermelho.
Sua boca descia pelo pescoço marcando e chupando, deixando um rastro de saliva por onde passava, o jovem duque fechava deus olhos com força e arfava pelo prazer proporcionado.
Tão errado, tão errado... Mas tão prazeroso.
– Jo-Jongin... – Gemeu quando sentiu a boca do mais velho mordiscar um dos seus mamilos.
Sua mão segurou com força os lençóis brancos, deixando as pontas de seus dados brancos, quanto mais era estimulado pela boca e mãos do moreno.
– Aaah...
Jongin deu uma risada de canto, voltando-se novamente para a boca do menor, a tomando desesperadamente deixando um fio de saliva escorregar pelo canto.
Kyungsoo ainda tinha aquele gosto tão doce. Desde a primeira vez que o beijara, nada se comparava com tal gosto.
– Seu corpo me pertence... – Afirmou o encarando enquanto erguia uma das pernas do mesmo. – E repetirei isso todas as vezes, Kyungsoo.
O duque sentiu um nó se formar em sua garganta, era exatamente isso que se baseavam, o seu corpo a era apena um brinquedo para o irmão e nada mais.
Estremeceu ao sentir o membro do moreno pressionar na sua entrada que não estava completamente preparada, mas teria que aguentar.
– Aaah! D-dói... – Gemeu, sentindo algumas gotículas se acumularem no canto dos olhos.
Jongin mordeu seus lábios diante da visão do irmão ofegante, corado e gemendo seu nome, o deixando ainda mais excitado. Tudo nele o excitava.
Segurou o rosto do mesmo, tomando seus lábios, saboreando cada parte dele e por fim o penetrando completamente. Ficou parado alguns segundos dentro dele para se acostumar, não importava quantas vezes fizeram sempre parecia a primeira vez e cada vez mais delicioso para o jovem rei.
– Não feche seus olhos... – Murmurou passando a mão pela testa suada do irmão e afastando os fios molhados. – Quero olhar pra você.
Jongin procurou a mão do irmão, elas se entrelaçaram enquanto ambos se olhavam ofegantes e entregues ao súbito prazer. A língua do moreno descia pelo pescoço do menor onde podia obter o gosto da pele salgada e mesmo que ainda estivesse um pouco avermelhada pelos anteriores chupões, sua vontade era de marcá-lo ainda mais.
Não esperou mais um pouco para tomar impulso e penetrá-lo. Ouvir o gemido do irmão ao pé do seu ouvido o fez aumentar a intensidade do vai e vem.
A cama balançava ao som da madeira e os corpos se chocando com o ato, ecoavam pelo quarto. Jongin trouxe a perna de Kyungsoo mais para cima, deixando elas enroladas em sua cintura, ofegava de prazer enquanto olhava para o irmão abaixo de si que tentava não fechar os olhos e gemia encarando o mesmo.
– Jongin...
Não importava se era proibido, tinha certeza de que queria Kyungsoo para si desde que o tomou em seus braços no aniversário de quatorze anos do mesmo. Por puro prazer. Era o que pensava enquanto tomava novamente aqueles lábios.
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