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História O corar da sua pele ao meu toque - Capítulo Dezesseis- Quantas lágrimas a mais caíram? - História escrita por Allera - Spirit Fanfics e Histórias
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História O corar da sua pele ao meu toque - Capítulo Dezesseis- Quantas lágrimas a mais caíram?


Escrita por: Allera

Notas do Autor


Primeiro quero agradecer:
~YunaShirou
~Katy_Jiyoon
~Brook1yn
~MaryHopeTT
~exo_kv

Pelos lindos comentários <3
Confesso que estava ansiosa para postar esse capitulo e espero que gostem.
Boa leitura e qualquer erro foi.

Capítulo 16 - Capítulo Dezesseis- Quantas lágrimas a mais caíram?


O corar da sua pele ao meu toque

⊱ Capítulo Dezesseis - Quantas lágrimas a mais caíram?    ⊰

“A constância não consiste sempre em fazer as mesmas coisas, mas aquelas que tendem para o mesmo fim.” – Luís XIV, rei sol.

 

O sinal foi acionado.

Todos que viviam no palácio começaram a ficar tomados pelo medo. Baekhyun pela primeira vez agradeceu sua insônia e se ergueu de sua cama após o sinal, aproximou-se lentamente da sua janela e observou o palácio rodeado por vários soldados.

Soldados chineses.

-Mas que merda é essa? – Murmurou perplexo e tão confuso.

E não era somente pelo palácio estar cercado, mas podia ver os Chineses atacando a guarda de Jongin e isso fazia o ruivo ficar ainda mais incrédulo.

 

-Baekhyun! Afaste-se da janela!

O ruivo se virou ao ouvir os gritos de Chanyeol com uma expressão assustada, mas o mesmo franziu o cenho com aquela atitude e ainda quando ele puxou seu pulso com força e o arrastando para fora do quarto, mas as flechas chegaram mais cedo e entrando pela janela.

O comandante jogou-se no corredor e virou-se para o lado oposto do ataque e com seu corpo ficou por cima do ruivo, o protegendo, enquanto o som ensurdecedor daquelas flechas continuava destruindo tudo naquele aposento.

 

-Chanyeol... – Baekhyun chamou o maior que estava encima de si, o medo era notável na voz do mesmo.

 

-Calma... – O comandante sussurrava segurando o rosto do menor.

E Chanyeol segurou o rosto de Baekhyun que tremia consideravelmente até finalmente o som de destruição das flechas cessarem.

 

-Segura minha mão. – Disse segurando o ruivo pela mão e o levantando.

 

-Ma-mas o que foi isso?! – Exclamou sentindo seu corpo inteiro tremer.

 

Mas Chanyeol se dirigiu até os aposentos do mesmo para verificar.

 

-Por que os soldados chineses estão fazendo isso?!

 

-É um ataque a mando de Yifan.

 

Baekhyun olhou para o comandante como se não acreditasse em tais palavras, o ruivo balançava a cabeça dando passos para trás em profunda negação.

 

-Você só pode está louco – Disse ficando sério

 

-Baekhyun, você precisa acreditar em mim.

 

-Vou atrás de Yifan imediatamente.

 

-Escuta! Se for atrás dele vai acabar morrendo. – Chanyeol declarou puxando o menor pelos pulsos e o impedindo de dar qualquer passo.

 

-Escuta você! Não o conhece como eu o conheço...

 

-Baekhyun! Não tenho tempo para explicar porque precisamos voltar imediatamente pro Salão.

 

-Mas...

 

-Krystal foi morta por ele! – Chanyeol gritou encarando o menor com tamanha seriedade. – Um de nós pode ser o próximo.

O ruivo ficou encarando o comandante perplexo diante daquelas palavras, em parte queria acreditar que tudo isso era uma profunda mentira, mas o ataque estava ali pra lhe mostrar que o que imaginava não bem isso.

Krystal estava morta.

E a ideia da morte lhe fez ficar ainda mais assustado e Chanyeol notou isso já que afrouxou o aperto em seu pulso e não demorou muito para o ruivo arregalar os olhos novamente.

 

-Luhan! – Exclamou correndo imediatamente.

Kyungsoo correu atrás de Yifan.

Mesmo quando retornou para seu aposento e encontrou vazio ainda assim corria atrás dele. O medo de que algo tivesse acontecido com ele o fazia sentir seu coração se apertar e mesmo escutando sons de várias coisas se quebrando apenas continuava.

E enquanto corria pelos corredores acabava encontrando sangue de cada soldado de Jongin, um deles poderia ser de Krystal ou de qualquer um dos seus amigos e isso o fazia sentir vontade de vomitar.

 

-Você mentiu para mim, Yifan!

Kyungsoo se virou em direção àquela voz conhecida de Jongdae e ela vinha da Sala de Coroação e silenciosamente foi em direção da mesma.

 

-Sugiro que acalme essa sua língua, Jongdae. – Yifan rebateu com um tom de voz ameaçador.

 

-Você disse que as bombas ficariam longe do centro da cidade! – Jongdae exclamou novamente aumentando seu tom de voz junto de desespero.

 

-Mas os planos mudaram, meu caro.

O menor olhou pela brecha da porta da Sala enquanto sentia seu coração bater freneticamente, o que era a aquela conversa? E aquela atitude do mesmo. Observava Yifan sentado em um dos tronos com uma expressão de puro desdém com seu comandante que andava de um lado para o outro desesperado.

-Por sua causa Minseok está morto! – Gritou sentindo a ira invadir completamente.

E Kyungsoo não conseguiu conter uma exclamação de surpresa com aquela declaração e assim não teve tempo para qualquer outra reação quando sentiu ser agarrado pelos soldados chineses de Yifan.

 

-Me soltem! – Ordenou se debatendo entre os apertos dos soldados.

 

Foi jogado para dentro da Sala pelos soldados, estes que se curvaram imediatamente diante do Imperador, e então se afastaram voltando aos seus postos.

 

-Ora, ora... -Yifan comentou encarando o menor a sua frente – olha só este ratinho que ouvia sorrateiramente.

 

-O que está acontecendo, Yifan? – Indagou sentindo sua garganta fechar, mas ainda olhava para o maior com raiva.

 

O loiro se ergueu do trono já ignorando o comentário anterior de Jongdae, que continuava perdido em pensamentos com a morte de seu amado Minseok.

 

-Por onde devo começar? – O Imperador se indagou com um falso ar enquanto encarava seu amante. – Que tal pelo modo mais direto no qual a Coreia esta sobe meu ataque? Desse jeito fica muito mais fácil de resumir.

Imediatamente as palavras de Jongin começaram a correr por sua mente e a expressão de Kyungsoo tomou-se por horror enquanto encarava aquele homem que por cinco anos o tratou como um verdadeiro deus, mas não havia qualquer vestígio da bondade que ele possuía diante daquele sorriso em anunciar que tomava a Coreia.

Sua garganta se apertava ainda mais.

A imagem de Krystal morta voltava a sua mente lhe fazendo querer vomitar, suas mãos, seu corpo inteiro tremia e de como Minseok havia sido tão gentil consigo quando estava na China e agora ambos estavam mortos.

 

-P-por que? – Indagou depois de varias minutos em silencio e sua voz sairá apertada pela mistura de sentimentos de raiva e vontade de chorar.

 

-A China pode ser bem maior comparada a Coreia, mas isso não muda o fato de querê-la para mim. – Yifan respondeu sem qualquer remoço em suas palavras.

 

-E você matou a Krystal!

 

-Eu tinha que fazer isso, pois ela ouviu nosso plano. – Explicou como se fosse apenas um detalhe enquanto lembrava-se da mesma.

 

-Mas você é o Imperador! Esse pedaço de terra não fara diferença! – Kyungsoo exclamava tentando entender aquela ideia absurda.

 

-Acha que não? – O Imperador indagou caminhando até o menor.

O rosto inexpressível de Yifan logo se tornou obscuro, como se com aquelas palavras atingisse seu principal objetivo e de frente com Kyungsoo, diante daqueles olhos como mostravam sua raiva e medo, parecia atiça-lo ainda mais.

 

-Acha que esse lugar não vela a pena? – Disparou com nojo e raiva àquelas palavras entredentes- ter a oportunidade tomar o que há de maior importância para Kim Jongin, vale tudo isso!

 

-Jongin jamais dará isso a você... – Kyungsoo respondeu balançando a cabeça encarando aqueles olhos frios. –Ele é o Rei!

 

O som da risada de Yifan ecoou por aquele Salão como se o menor tivesse contando a melhor piada de todos os séculos e isso o fez Kyungsoo ficar confuso diante daquele tipo de reação.

 

-Ah meu caro Kyungsoo, você realmente não faz ideia. – O loiro comentou ainda dando leves risos.

 

-Do que esta falando?

 

-Não se preocupe, logo ira descobrir. – Respondeu piscando para o mesmo enquanto deslizava seus dedos pelo o rosto macio deste que desviou com nojo, mas uma atitude adorável para o Imperador.- logo todos estarão aqui.

 

Caminhou novamente em direção aquele Trono que não o pertencia, mas ante de chegar a tal destino virou-se para se comandante que ainda parecia com raiva pela sua perda.

 

-Ah Jongdae, é verdade, admito sua acusação... – Respondeu caminhando em direção ao comandante. – mas existe outro fato que não admito... Que levantem a voz comigo.

 

O punhal tirado rapidamente das vestes do loiro fora empunhado com tamanha destreza e agilidade que o corte feito na garganta de Jongdae fora executado perfeitamente e o sangue a derramar como se fosse uma bela cascata vermelha.

 

-Agora estou quite com minha dívida. -Debochou encarando os olhos de angústia de seu antigo comandante e jogando seu punhal como se não valesse mais nada.

 

-NÃO!- Kyungsoo gritou correndo até o comandante.

 

Antes mesmo de ele ir de encontro ao chão o menor conseguiu segura-lo mesmo que sua roupa fosse logo tomada pelo sangue que descia como a agua que corria livremente. Ouvir os engasgos de Jongdae parecia o pior som que já ouvira durante sua vida e como não conseguia fazer parar mesmo que tentasse o máximo estancar aquele sangue, as lagrimas caiam olhando para os lados e não vendo nenhum sinal de ajuda, apenas Yifan que sentava naquele trono observando tal cena.

 

-Por favor, não... – Sussurrava olhando nos olhos do antigo comandante. – Não morra! Ele logo estará aqui!

 

-Me-me descu-desculpa, Kyungsoo... –Jongdae se esforçava para pronuncia tais palavras, mesmo quando sua boca era invadida por aquele liquido com gosto de ferrugem.

Os olhos de Jongdae se desviaram dos de Kyungsoo, não conseguia ouvir sua voz, apenas podia vê-lo gritar em sua direção e com as lagrimas caindo, uma a uma, mas sua voz parecia cada vez mais distante assim como sua visão.

Não doía mais.

Sorriu quando pode enxergar Minseok a sua frente, sorrindo de volta. Ah, aquele sorriso gentil que tanto amava.

 

 

Enquanto eles corriam pelos corredores era possível ver os mortos espalhados em diferentes cantos, a maioria convidados do rei e soldados, e tudo isso feito com as flechas já que ainda não era visto nenhum soldado dentro do palácio. E isso fazia Baekhyun ficar a flor da pela enquanto procurava por Luhan.

 

-Precisamos voltar para o Salão!- Chanyeol ditou correndo junto com o ruivo.

 

-Não vou voltar sem o Luhan! – Declarou com firmeza enquanto mantinha seu foco.

 

O comandante bufou com aquela teimosia do mesmo. Era lindo e teimoso ao mesmo tempo. Sabia que não devia pensar esse tipo de coisa nessa situação, mas não podia deixar de notar em como ele estava lindo correndo e os longos cabelos ruivos soltos.

 

-E onde ele esta?- Perguntou desviando sua atenção.

 

-Não sei, ele não estava em seus aposentos com certeza deve ter fugido com ChenLe.- Explicou olhando cada lado pelo qual corria.

 

-Isso dificulta mais as coisas.

 

Baekhyun parou brutamente se virando para Chanyeol com os olhos crispando de raiva, apertando o pulso fortemente.

 

-Escuta, se quiser voltar, volte!- Declarou entredentes.

 

-Não vou deixar você aqui. – Chanyeol respondeu, porém com mais calma dessa vez.

 

-Então, por favor, pare de pedir para que vá com você pra merda desse Salão sem o meu amigo!

 

–É que apenas...

 

Sua frase não pode ser completa após o som novamente das flechas, mas dessa vez junto delas veio um grito. Um grito que Baekhyun conhecia muito bem e rapidamente seus olhos se arregalarem correr em direção ao ultimo aposento daquele corredor.

 

-Luhan!

 

No momento em que entrou naquele aposento seus olhos vagaram por aquele lugar temendo encontrar o corpo ensanguentando do loiro, mas não fora isso, apenas os dois irmãos abraçados em meios aos destroços causados por aquelas varias flechas. O coração de Baekhyun parecia finalmente respirar depois vê-los e correu para abara-los sentindo seus olhos lagrimarem.

 

-Baek... – Luhan murmurou o nome do amigo sorrindo enquanto o abraçava, junto de ChenLe que estava no meio.

 

-Você me assustou, naja!- Exclamou batendo no ombro do loiro.

 

-Ai! – Luhan exclamou de dor entre risos.

 

Chanyeol, que estava na porta observando, entrou no quarto pisando nos vidros quebrados enquanto olhava em volta.

 

-Vocês estão bem? – Indagou olhando para os dois.

 

-Sim... –Respondeu ChenLe soltando-se do abraço de Baekhyun – Vimos o que estava acontecendo e fugimos, achamos que não nos atacariam aqui.

 

-São os soldados chineses. –Luhan comentou fraco – por que estão fazendo isso?

Baekhyun ficou em silencio sentindo sua garganta se apertar, não sabia se era verdade ou não, mas sentia que Chanyeol não brincaria com algo assim. Porém Yifan não era apenas seu Imperador, estava com ele desde que era apenas uma criança, ele fazia parte da sua família.

 

-Yifan é o traidor, ele tomou nossa passagem e atacou a China. – O comandante respondeu notando o silencio do ruivo.

 

-Por que o Imperador faria algo assim?- ChenLe indagou não acreditando que aquele homem, no qual se inspirava e o tratava tão bem, estava traindo seu pais.

 

-Eu também queria saber... – Baekhyun disse afastando-se, magoado e possivelmente com raiva.

 

-Onde esta Kyungsoo? – Luhan indagou, sua voz quase não saia.

 

-Foi atrás dele.

 

Chanyeol podia notar que o clima no aposento era longe dos melhores, aquelas pessoas convivam com Yifan e descobrir daquela forma que estavam sendo atacadas por aquele que deveria ser seu símbolo era doloroso demais. Seus olhos desviaram pela janela no qual estava ao lado e franziu o cenho quando viu os soldados chineses se afastando, aproximou-se mais e pode sentir o ar faltar.

Eles estavam entrando no palácio.

 

-Precisamos sair daqui! – Exclamou eufórico em direção a porta. – Eles vão invadir.

 

-Para onde vamos? – ChenLe indagou com os olhos confusos.

 

-Jongin esta no Salão de Coroação, precisamos chegar lá o quanto antes. –Respondeu já tirando sua espada. –Agora!

Todos começaram a se dirigir para fora daquele aposento, menos Luhan, que continuou no mesmo lugar fitando os demais.

 

-Luhan, vamos! – Baekhyun exclamou voltando e puxando o mesmo pelo braço.

 

-Não posso... – Disse em fio de voz.

 

-Por que não?! Por acaso quer morrer?! – O ruivo exclamava ficando irritado.

Mas Luhan não se importou com aquela atitude, até mesmo deu uma leve risada com aquela atitude do ruivo que era tão comum, apenas afastou suas ventes que cobria uma boa parte de seu corpo e os olhos de Baekhyun rapidamente se encheram de lagrimas com a grande ferida que ali estava, banhado em sangue.

 

-Sinto muito... – Murmurou com sua voz fraca e o rosto cada vez mais pálido.

 

-POR QUE NÃO DISSE NADA?! – O ruivo gritou com os olhos tomados pelas lagrimas.

 

Chanyeol que estava na porta ouvia atentamente, sabia que deviam correr, mas apenas segurava as mãos de ChenLe e o impedindo de chegar mais perto. Seu corpo inteiro tremia em saber o que logo poderia acontecer.

 

-Você tem que ir... – O loiro dizia mesmo se esforçando para falar- leve ChenLe... Não deixe ele me ver assim.

 

Mas Baekhyun só conseguia balançar a cabeça em negação, segurando nas mãos do amigo com medo de solta-las.

 

-Como pode me pedir isso, naja?

 

-É... o mínimo que pode fa-fazer por mim, naja. – Luhan respondeu forçando um sorriso em meio à dor.

 

Luhan não queria chorar, mesmo sentindo suas forças se irem e sabendo o que poderia deixar, não queria que sua imagem fosse chorando. Estava feliz por ter levado aquela flecha no lugar do irmão, ele merecia ver o mundo assim como havia visto. E assim, com todo o resto de sua força empurrou Baekhyun para fora daquele aposento e o trancou, ficando sozinho.

 

-NÃO LUHAN! POR FAVOR, ABRE A PORTA! –Baekhyun gritava batendo naquela porta.

 

-Cadê meu irmão? – ChenLe indagou confuso para o comandante.

 Este que não conseguiria responder, apenas soltando sua mão, e com o menor indo em direção à porta.

 

-Irmão, abre a porta. – Pedia com sua voz confusa. –Abre a porta, irmão... Os soldados logo vão chegar, abre a porta.

 

Chanyeol sentia uma profunda dor diante daquela cena. Olhou para Baekhyun que também chorava, mas o encarava de volta.

 

-Abre a porta, Luhan! – ChenLe começou a chorar e bater na madeira fria. – Temos que fugir!

 

O som dos soldados vindo ecoava pelo corredor e rapidamente Chanyeol pegou ChenLe no colo e pegou Baekhyun pela mão e entregou sua espada, mesmo que por olhares cheios de dor ainda assim sabiam o que deviam fazer e com isso correram mesmo com os gritos de menor para Luhan, que não abriu a porta.

Mesmo que dedos segurassem a mesma com vontade.

 

Enquanto corriam alguns soldados acabaram avistando os três e partiu em sua direção. Baekhyun esperava que eles não atacassem já que era conhecido pelos demais, porém a imagem de Luhan sangrar fez uma raiva indescritível lhe atingir e não pode se conter enquanto corria em direção a eles os atacava, gritando e sem piedade, atacava cada um que um dia representava o símbolo chinês, o símbolo da sua antiga casa e não importava se acertava na garganta, nos olhos ou em como se enchia de sangue.

Não importava.

 

Jongin fitava suas mãos cobertas de sangue, estava seco, porém ainda podia sentir o modo pegajoso correr por sua mão. O sangue de Krystal, o sangue de sua rainha causado por Yifan e isso fazia a raiva contida dentro de si ferver não somente pela morte dela, mas por suas ultimas palavras terem sido a pronuncia daquele nome maldito e agora estava enrolada em um pano qualquer.

 

-Eles estão demorando. – Suho sussurrou preocupado.

 

O moreno fitou o conselheiro encolhido no canto do Salão, com medo, mas não sentia o mesmo. Talvez aquele Salão que pertencia a seu pai todo destruído por aquelas malditas flechas assim como a morte de Krystal, não fornecia nenhum medo, apenas raiva.

 

-Eu irei mata-lo... com minhas próprias mãos. – Murmurou fitando aquele sangue viscoso.

 

Suho fitava o moreno sentindo um aperto em seu coração. Sabia exatamente que o mesmo sentia e também se indagava quem mais havia morrido talvez os convidados que dormiam no momento que aquelas flechas invadiam seu quarto, talvez Yixing... Fechou seus olhos com força não querendo imaginar tal coisa.

Porém, enquanto olhava para Jongin, a vontade dentro de seu peito queimava.

Se morresse, talvez nunca pudesse dizer que de fato era seu pai e talvez fosse o mais certo a se fazer.

Talvez fosse...

 

-Meu filho... – Sussurrou aquelas palavras completamente imersos em seus pensamentos.

 

-O que disse? – Jongin indagou.

 

Suho pareceu despertar e com os olhos perplexos encarou o rosto confuso de Jongin. Ele ouvira? Sua boca se abria e fechava varias vezes. Ele ouvira?

 

-Eu... Eu estou com medo. – Respondeu desviando o olhar, não queria desaponta-la com essa revelação.

 

-Não se preocupe, eu irei te proteger. –Jongin respondeu com firmeza.

 

-Você sempre foi um menino cheio de coragem... –Disse dando uma leve risada recordando-se. – era uma criança difícil de cuidar por causa dessa sua teimosia.

 

Jongin ficou levemente surpreso com aquele comentário, mas recordava da presença do conselheiro durante sua infância, sempre ao seu lado.

 

-Você é praticamente um segundo pai para mim, JunMyeon. – Disse encarando o menor.

E aquelas palavras pegaram o conselheiro de surpresa já que não o chamava frequentemente pelo nome, mas isso era o de menor, ser considerado um pai com certeza enchia seu coração de felicidade mesmo que decidisse que não poderia contar a verdade.

 

Um som estrondoso ecoou pelo Salão fazendo Jongin se erguer e se aproximar da janela e vendo que os soldados chineses não estavam apenas rodeando, mas invadindo o palácio e com isso virou-se em direção ao conselheiro.

 

-Estão invadindo!- Exclamou o segurando pelo pulso.

 

-O que faremos?

 

-Vamos atrás de Chanyeol.

 

No exato momento as portas se abrem e Chanyeol passa por ela com ChenLe em seus braços enquanto Baekhyun fechava as portas segurando as espada do comandante e sujo a sangue.

 

-Que bom que esta vivo. – Jongin comentou se aproximando do mesmo.

 

-Os chineses estão invadindo o palácio.  – Chanyeol comentou ofegante soltando o menor.

 

-Eu sei, precisamos sair daqui e ir atrás de Yifan. –Ditou com uma expressão sombria.

 

 

Mas o plano que ainda não estava nem um pouco pronto acabou sendo interrompido pela entrada dos soldados que rapidamente rodearam cada um deles. Suho abraçou ChenLe com intenção de protege-lo enquanto Baekhyun já erguia sua espada novamente juntamente com Chanyeol e Jongin. Porém era muito deles e tão pouco para aqueles que iram lutar, mas a vontade de vingar cada um que havia morrido corria na veia daqueles três que olhavam com fúria cada soldado.

 

-Seus malditos, eu vou matar cada um de vocês. – Jongin comentou um sorriso olhando cada um.

O moreno resmungou e quando viu um movimento em direção a Suho, rapidamente rodopiou ficando frente a frente com os soldados e empunhando imediatamente sua espada. Atacou. Mesmo que houvesse sete mais ainda assim com toda a raiva que sentia transferia diante deles.

Escorregou acertando um dos soldados no joelho e este caindo no chão imediatamente no osso imediatamente exposto, o tempo perfeito para o rei se erguer e correr com a espada em direção a outro que tentava utilizar o arco, porém não fora totalmente rápido já que a espada perfurou imediatamente sua garganta.

O sangue espirrou no moreno.

Mas ainda assim ele pegou o arco no chão e nesse meio tempo pode sentir uma ardência no braço devido a uma flecha que havia recebido.

-Malditos!

Fora como a perda de cada um de seus sentidos, apenas pareceu ficar tudo lento igualmente nos seus treinos de criança e como se fosse à coisa mais fácil empunhou o arco e rapidamente em cada soldado atirou no meio garganta, parecia automático cada movimento que fazia ou em cada disparada daquelas flechas e quando finalmente todos caíram pode ficar seu chão inundado pelo sangue.

Assim como ele.

Mas não dava a mínima, apenas segurou com força a flecha presa em seu braço e a arrancou com força até tira-la e o seu sangue dela pingar.

Enquanto Chanyeol e Baekhyun faziam isso juntos e ambos não precisavam nem falar já que com apenas um olhar poderiam compreender cada ato e situação. Porém cada vez mais o Salão enchia com soldados e mesmo que Chanyeol conseguisse acabar com eles, mesmo Baekhyun cortasse seus braços com tamanha brutalidade e Jongin disparar flechas para afasta-los de Suho, logo estariam cansados demais para continuar a batalha, mais empunhavam suas espadas e lutavam e mais sangue manchava aquele lugar que um dia fora cheio de comemorações.

Um dos soldados conseguiu arrancar o arco de Jongin e o chutou para longe do conselheiro, sentiu seu estomago ser socado varias vezes e quando tentava se levantar novamente era segurado e jogado para longe e não dando tempo de reagir, sentia o gosto de sangue invadir sua boca e quando tentou mais uma vez avançar um forte estrondo foi ouvido e todos pararam.

Baekhyun, que estava encima de um dos soldados pronto para golpeá-lo mais uma vez se viu olhando em direção a um soldado em específico que entrava no Salão com o rosto coberto por uma mascara preta e segurando Suho onde tal adaga em seu pescoço.

 

-Sugiro que parem agora. – Ditou o tal homem.

 

-Solta ele! – Jongin gritou indo em direção a ele.

 

-É melhor não, alteza. – Debochou pressionando adaga fazendo o conselheiro exclamar uma leve dor.

 

-O que quer? – Chanyeol indagou.

 

-Apenas peço que me acompanhem... – Comentou enquanto tirava sua mascara. – E ninguém se machuca.

Sehun garantiu.

 

 

-Olha só, todos aqui! – Yifan exclamou um falso fingimento quando os demais chegaram a Sala do Trono.

Jongin olhou ao redor e pode ver que estava rodeado por soldados em que canto, e seu tio Yixing acorrentado por um deles e com YeonHee  do outro lado também acorrentada e Kyungsoo ao lado do trono de Yifan com as mãos cheias de sangue e olhando para Jongin com tamanha preocupação, porém logo foi substituído por uma expressão de espanto ao enxergar Sehun tomando a liderança.

 

-Sehun? – Murmurou fitando seu melhor amigo sem forças para acreditar.

 

-Não sabia? Ele nosso general nas linhas de frente do exercito.  – Yifan explicou com tamanho prazer.

 

-Por que esta fazendo isso?! – Gritou querendo se levantar daquele trono e ir até o mesmo, mas o Imperador o impediu.

 

Sehun estava diferente de cinco anos, mais alto e mais másculo, seus cabelos antigamente loiros foram substituídos por um preto que era escuro como a noite, uma expressão seria tomava aquele rosto que antigamente vivia para fazer Kyungsoo sorrir.

 

-Ora isso não importa agora. – Yifan declarou revirando os olhos. –Onde esta o conselheiro?

 

Sehun, que segurava Suho, empurrou o mesmo que caiu no chão de frente para o Imperador e Kyungsoo.

 

-Esta fazendo tudo isso por causa de JunMyeon?! – Jongin gritou se posicionando em direção a Yifan.

 

Porém acabou recebendo um soco por Sehun.

 

-Jongin, muito pelo contrario, estou fazendo um favor principalmente a você. – Yifan respondeu levantando-se do trono do qual não pertencia e então encarou Suho. – Não é mesmo, conselheiro?

Mas este apenas balançava a cabeça em negação, com medo, e não querendo revelar o que sabia.

 

-Não pretende contar? – O loiro indagou fazendo um sinal em direção a um dos soldados que estava ao lado de Yixing. – Não pretende dizer quem é o verdadeiro herdeiro do trono?

 

-Que pergunta mais estupida é essa? – Chanyeol gritou de volta. – é claro que é Jongin o herdeiro do trono!

 

-Como são todos tolos... – Murmurou fazendo o sinal.

E o soldado começou a transferir uma serie de socos em Yixing que gritava de dor pela força usada até o sangue emergir de sua boca e sua face ficar cada vez mais inchada, não havia uma única pausa, todos eram envolvidos pelos sons de dor do mesmo e Suho praticamente era obrigado a ver isso.

 

-PARA!- Gritava YeonHee, a rainha. – Não o machuque mais!

 

-Fiz isso à toa... – Yifan murmurou fazendo um sinal para parar e então voltando seu olhar- tem certeza que não quer dizer que Kyungsoo é o filho verdadeiro e herdeiro do trono enquanto Jongin é na verdade... Seu filho?

 

 

 

 

 


Notas Finais


Sinceramente? Eu nem sei o que dizer depois de tanta coisa acontecendo e as mortes... Mas o que posso falar é: SE ACALMEM!
Podem expressar a vontade o que estão sentindo em relação a esse capitulo, meus dedinhos doem de tanto que escreve.
Comentem bastante para saber o que acharam e a dor de vocês. <3
#Yifanmaiortraidorquevocerespeita #Sehunvoltou #voucorrerdaqui

XOXO Allera.


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