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História O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - A moça da cidade - História escrita por Nattallyunnie - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - A moça da cidade



Capítulo 2 - A moça da cidade


Fanfic / Fanfiction O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - A moça da cidade

- Patrão! - O tal Magna disse com urgência ao avistar o homem de cabelos negros, 1,83 de altura e pele morenada pelo sol se aproximando.

Os passos ritmados e tranquilos traziam peso à sua imagem, e a fumaça do cigarro de palha tomava espaço a cada passo mais próximo. 

Charlotte teve que engolir em seco quando o par de olhos acinzentados do patrão caíram sobre ela.

Nenhuma palavra foi proferida, enquanto Magna havia ficado mudo sem saber o que falar, Charlotte analisava o homem, assim como também era analisada por ele.

"Um brutamontes da fazenda…" - Havia passado pela cabeça dela.

"Uma patricinha da cidade?" - Yami pensou com ironia e tragou o último pedacinho de seu cigarro antes de se livrar dele, esmagando a bituca na terra molhada abaixo de seu pé, isso tudo sem desviar o olhar da loira nem uma única vez.

- HM… - Charlotte pigarreou e estendeu a mão para cumprimentá-lo. - Você é o dono da fazenda? Prazer, me chamo Charlotte Roselei. Sou estudante, basicamente uma agente ambiental e…


- Tsc. - Yami fez um muxoxo, claramente entediado com a moça e dando uma suave esquivada para o lado, desdenhando do cumprimento dela.


- Não é bem-vinda aqui, senhora AMBIENTALISTA. - Ele falou de uma vez, a voz pingando humor ácido e a postura relaxada, contraditoriamente, demonstrando hostilidade.


- … - Se não tivesse se sentido extremamente ofendida, Charlotte teria notado de imediato a falta do sotaque "caipira" na voz dele. - Vejamos… eu não sou senhora… tão pouco ambientalista, eu sou uma estudante.


- Dá no mesmo. - Ele retrucou e Charlotte quis responder "Não. Não dá no mesmo!" mas se controlou. 


- Escute, eu só preciso fazer esse estágio por uns dias, uma semana! E eu posso pagar por isso… - Charlotte tentou após puxar um pouco de fôlego, mas se repreendeu mentalmente, pois começou no pé errado.


- Escute você, senhora, o tempo que está perdendo aqui, você poderia estar gastando na sua volta para casa. - Yami foi rude e como resposta, viu a loira inflar as bochechas e ficar vermelha que nem um tomate.

Charlotte estava nervosa, prendeu a respiração por alguns segundos para evitar xingar o homem à sua frente, mas estava realmente difícil.


- Ô moça… tá vinu uma tempestade aí, né melhó ir embora logo? - Magna reforçou, mas foi ignorado.


- Eu posso… posso trabalhar na fazenda… que tal? - Charlotte sugeriu, embora a ideia não lhe fosse muito agradável.


- Tsc. - Yami fez outro muxoxo e deu as costas a ela por uns instantes, acendendo outro cigarro. - Não quero funcionários.


- Então me deixe ficar só até a tempestade passar! Não posso mais ir embora, o senhor que me trouxe já se foi!


- Ixi… é mermo, patrão… - Magna concordou e recebeu um olhar feio do moreno, fazendo-o se calar.


- Na minha fazenda nenhum ambientalista entra… - Yami deu sua palavra final e ignorou qualquer forma de protesto, fosse em palavras ou encaradas insatisfeitas por parte da loira.


Quando retornou, Asta trazia uma égua Appaloosa, aparentemente saudável e agitada, presa à correia que ele entregou na mão de Yami.


- Ela não quis se alimentá, não. - Asta falou fazendo um último carinho no cavalo de raça, que pareceu se acalmar quando sentiu as mãos de Yami sobre sua crina. - Os vet deu um remédio pra ela, vai mantê a bixinha viva por mais um bucado de tempo.


- Fizemos tudo o que podíamos, agora Vangeance terá que cuidar dela. - Yami comentou e passou a andar ao lado da égua, rumo a estrada de barro, indo para a vila mais próxima.


- Espera, aonde você vai?! - Charlotte perguntou quando notou que ele estava saindo e como não teve resposta, perguntou aos homens que protegiam a entrada. - Aonde ele está indo?


- Na fazenda do seu Vangeans, ele vai devolvê a éguinha… - Asta respondeu.


- E quanto tempo ele vai levar para voltar?! - Ela perguntou alarmada, afinal, sem poder se abrigar e sem saber para onde ir, ela ia ficar na chuva e para evitar isso, tinha que seguir Yami até convencê-lo de lhe ajudar.


- Ixi, moça, sei não. Vai vê ele nem vem hoje. - Magna falou e Charlotte arregalou os olhos, sem pensar muito, correndo atrás do moreno com o cavalo.


É claro, ela teve que levar a própria bolsa com ela, o que atrasou e muito os seus passos, mas até então ainda conseguia ver ao longe o homem de costas largas ao lado do cavalo.

Ele não montou na égua e ela agradecia pelo acontecimento curioso, uma vez que ela teria perdido os dois de vista se ele fosse cavalgando, mas 1,3 quilômetros depois,  andando em linha reta e ouvindo os trovões ameaçarem e o vento gelado bater em sua pele, Charlotte parou para pensar.

"Vale mesmo à pena?"

Ela não era do tipo de se humilhar para conseguir as coisas, mas se fosse preciso estava disposta a deixar o orgulho de lado, mas e aquele caipira de meia tigela que lhe foi rude?

Bufando e sentindo o frio primaveril adentrar ainda mais seus poros, Charlotte até pensou em voltar a seguir o homem, mas o pouco que parou de andar, foi o suficiente para o perder de vista.

Desesperada, Charlotte ficou em dúvida se prosseguia caminhando ou se voltava pelo mesmo caminho que veio de volta à fazenda Touros Negros.

"É só andar em linha reta, não é?" - Ela pensava desnorteada.

Embora seu cérebro apontasse o que parecia ser a melhor opção, o tempo não queria colaborar e logo começou a chuviscar. As trovoadas pareciam cada vez mais fortes e próximas e com o medo, Charlotte até voltou a caminhar de volta à fazenda pelo caminho que ela achava ter vindo.

Seu corpo tremia com as rajadas de vento e chuva cada vez mais fortes e a mesma só desejava um lugar quentinho e tranquilo para repousar.

"Bendita hora que decidi vir para esse fim de mundo!" - Charlotte praguejou em pensamentos e um trovão soou bem alto acima de sua cabeça, fazendo ela se assustar e acelerar os passos. "Eu não odeio esse lugar, eu não odeio, eu juro, o problema é aquele cowboy meia boca… eu juro…!"

Porém, ainda que caminhasse rápido, parecia que a fazenda havia desaparecido no meio de tanta neblina e chuva.


- Ou talvez eu esteja perdida… - Charlotte lamentou, sentindo a chuva, agora mais densa, molhar sem dó seu cabelo, suas roupas, mala e possíveis acessórios importantes dentro da mala.


Com os tênis all stars encharcados de lama, ela desistiu de andar quando avistou um toco de madeira do que parecia uma placa, já não tinha mais o que proteger da chuva, então ela só ia esperar passar para poder andar naquela lama toda de volta à auto estrada onde poderia pedir ajuda para ir embora ou ao menos tentar.

Se sentando em cima de sua mala e abraçando as próprias pernas, ela tentava se manter aquecida no meio daquela fúria gelada que era a tempestade.

A cada chicoteada de vento e água, mais forte ela batia os dentes. Rezando para que a chuva e o vento cessassem logo, ela enfiou a cabeça entre os joelhos e apertou os braços, consequentemente apertando as têmporas.

Seu corpo estava gelado, mas algumas ondas de calor ressoavam através de seu interior, lhe dando forças para suportar mais um pouco.

E assim encolhida como um tatu bola, acabou por não perceber quando o frio foi substituído por algo quente e o barulho diminuiu, se tornando passos num assoalho de madeira.


Notas Finais


Um capítulo por dia até o final da fic, se tudo der certo aeeeee


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