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História O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - Boa Estadia - História escrita por Nattallyunnie - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - Boa Estadia



Capítulo 3 - Boa Estadia


Fanfic / Fanfiction O Cowboy e a Ambientalista (Black Clover) - Boa Estadia

- A febre abaixou, mas deveria levá-la em um hospital, pode ser que ela volte a ficar doente. - Uma voz masculina e suave falava baixo, mas pela dificuldade em abrir os olhos, Charlotte não conseguia ver quem era.


- Ixi, mas eu disse que a moça num ía guentá, patrão! - Era outra voz, que Charlotte achou familiar. 


- Cala a boca.


- Ele tem razão, Yami. Sua teimosia passou dos limites, custava deixar a moça fazer um estágio aqui?


- Tsc. - Yami fez um muxoxo.


- Enfim, eu gostaria de ficar, mas precisam de mim na minha fazenda também, então vou embora antes da chuva voltar a cair.


- Sim, sinhô. - A voz familiar respondeu e os passos pesados no assoalho se foram, substituindo o barulho pelo silêncio.



Embora curiosa, Charlotte não queria acordar e estragar sua única oportunidade de ficar no quentinho de um cobertor, então ela apenas se aninhou mais embaixo dos panos grossos e estremeceu grata pelo calor, até não aguentar mais.



Em algum momento, após adormecer e acordar de novo, Charlotte pensou ter escutado o barulho de passarinhos piando. "Ou seriam pintinhos?" - O pensamento lhe fez abrir os olhos.



Ela estava em um quarto, não muito chique, já que o lugar parecia um típico quarto medieval revestido de madeira, uma luz central no teto, móveis de madeira e uma janela também de madeira coberta por uma cortina grossa que impedia a luz de fora e um tapete vermelho vinho e liso em volta da cama.



Ao se sentar na cama, a loira sentiu todos seus ossos estalarem e gemeu de dor.



Estava se sentindo um trapo pisoteado de tanto que seu corpo estava cansado e dolorido e ela se perguntou o que havia acontecido consigo mesma para estar tão mal.



"Eu só peguei uma chuvinha, credo…" - Pensou Charlotte querendo sair da cama, mas as pontadas de dor de cabeça começaram a dar as caras e ela teve que ficar mais um tempo sentada.



Quando finalmente conseguiu suportar a dor e calçar seus all-stars - agora parcialmente limpos por alguém enquanto ela dormia - Charlotte tentou se levantar novamente e sorriu vitoriosa ao conseguir caminhar até a porta do quarto.



Já fora do cômodo, ela se deparou com um extenso corredor que terminava à sua esquerda e se estendia à sua direita. Como único caminho que ela podia seguir,  Charlotte se colocou a andar pelo corredor, procurando por outro cômodo ou por outro alguém, até que alcançou um lance de escadas, cujo topo lhe dava visão para uma possível sala de estar.



Estava vazio. Não parecia ter ninguém em casa e o medo se infiltrou rapidamente nas veias da Roselei,  que cautelosamente desceu as escadas sem fazer barulho.



Mais uns dez passos e ela estava indo em direção onde parecia a porta da frente da casa, para tentar ter uma ideia de onde estava e que horas do dia era, mas bastou ela abrir a porta para um vulto pular sobre ela e lhe derrubar com tudo ao chão. 


- Henry! - Uma voz feminina bradou e o filhote de Husky Siberiano foi retirado de cima da Charlotte paralisada pelo medo enquanto levava ao menos duas lambidas na cara. 


A loira teve coragem de levantar os olhos e encarou a bela mulher de pé diante de si, quase como se visse uma figura angelical por conta da claridade que entrava da porta atrás dela e também pela ansiedade crescente em seu estômago. 


- Bonjour Chérie. - A mulher cumprimentou, mas Charlotte não soube dizer se pelo idioma ou o fato de não conseguir ver com clareza o rosto dela, pareceu uma saudação hostil. 


- Bom dia... sabe me dizer... onde estou? - A Roselei não quis se aprofundar, estava mais desnorteada que cego em tiroteio, no mínimo, o que queria era saber onde estava. 

- Non lembras? - O sotaque francês da mulher era forte, tal qual seu cabelo na cor rosa. - Touros Noirs... fazenda... 


Charlotte demorou a assimilar as palavras da rosada com o sentido que buscava. - Ficar aí jogada no chão? Chéri está atrapalhan... 


A mulher se interrompeu quando o Husky se soltou dela, correndo novamente em direção à Charlotte. A loira se encolheu, mas o cãozinho passou direto e latiu duas vezes, fazendo-a se levantar e virar para onde ele tinha ido. 


- Henry! - Um homem loiro e carismático, Charlotte analisou, vendo que outro alguém chegava na sala. 


Enquanto a mulher ao seu lado vestia uma mini saia vermelho sangue e um camisa sem mangas com decote profundo em V entre os seios na cor rosa, além de botas de galocha marrons, o rapaz vestia uma camisa social verde com os primeiros botões abertos e calça jeans preta surrada, descalço e com os cabelos loiros presos lateralmente por tranças. Ambos não pareciam pertencer ali, mas ao mesmo tempo pareciam tão confortáveis quanto um parente distante de passagem. 

- Bo-bom dia... - Charlotte disse internamente preocupada, afinal estava cercada de estranhos e um cachorro. 

- Oi, Charlotte. Vejo que acordou... e pelo visto se perdeu, né? - A falta de sotaque paulista ou estrangeiro pegou a Roselei de surpresa, afinal, ela conhecia mais do que bem aquele S puxado e jeitinho descolado. 


- Desculpa, mas quem são...? - Charlotte tentou perguntar sem parecer rude, mas o rapaz se aproximou dela, colocando o braço por cima dos ombros da mesma e lhe direcionando de volta pela escada que ela havia acabado de descer. 


- Sou Finral, mas você pode me chamar de Fin, e se essa garota rabugenta aí atrás não falou com você... - Ele apontou por cima do ombro para a mulher de cabelos rosas que ficou passos atrás, mas seguiu os dois. - ... ela é a Vanessa, é francesa, então não se preocupe em entender tudo o que ela diz. 

- Uhum... - Charlotte assentiu, mas estava mais focada para onde estava sendo levada. 


Dobraram no corredor que Charlotte tinha evitado passar antes e desceram uma escadaria que virava para o outro lado da casa, revelando então uma sala de estar "movimentada" e do outro lado, a divisória que lhe permitia ver claramente a cozinha. 


Haviam algumas pessoas na cozinha, sentados à mesa e outros sentados no chão da sala, usando a mesa de centro como apoio para seus cafés matinais, porém dentre tantos rostos, Charlotte só reconheceu três, sendo um deles o cara que lhe disse para ir embora. 

- Bom dia, pessoal! - Finral anunciou sua entrada e Vanessa passou por trás dele, em silêncio, indo se sentar na cozinha. 

Todos olharam para Finral, ou pior, para Charlotte, que se arrepiou e corou, tentando olhar para algum canto onde não tivessem rostos lhe encarando, mas tentando também não soar rude. 

- Essa é a nossa visitante, Charlotte Roselei. Ela vai ficar uns dias aqui, então tratem ela bem, ok? 

- Boa instadias, Sinhorita Charlotte. - Magna, cujo o nome Charlotte ainda lembrava, lhe desejou com um sorriso simpático. 

- É boa "Estadia" ô caipira! - Um garotinho loiro de olhos azuis corrigiu e o sorriso maldoso em seus lábios fez Charlotte desejar não ter a atenção dele em nenhum momento, mesmo nem sequer sabendo o nome dele ainda. 

- Boa estradinha, sinhorita Charlotte! - Asta, o outro rapaz que ela quase havia esquecido também lhe cumprimentou gentil e Charlotte sorriu, levemente corada e balançando a cabeça positivamente. 

- Obrigada. - Ela respondeu, mesmo que ele tivesse errado nas palavras também, afinal, a gentileza se sobressaiu. 

- Cha-cha... deixa eu te apresentar. - Finral disse baixinho, perto do ouvido de Charlotte, muito íntimo para alguém que acabou de conhecer, mas ela ignorou. - Aquele é o Magna e o outro o Asta, Luck... - Ele apontou e Charlotte já sabia quem queria evitar ao corresponder o nome ao pré-adolescente loiro de olhos azuis e sorriso malvado. - E Mary... 

A última da sala a ser apresentada foi uma garotinha loira, cabelos curtos, de olhos âmbar e aparentemente uma daminha de honra e classe, que quando virou os olhos para Charlotte sorriu meiga. Encantadora. 

- Aqui na cozinha... - Finral puxou a loira com ele, sem diminuir a proximidade e sorrindo empolgado quando ambos estavam na entrada da sala de refeições. - Gauche, nosso professor favorito... - Ele apontou para um rapaz de cabelos castanhos e olhos também âmbar e logo passou adiante. 

"Grey, a garota mais meiga que já conheci..." - Ele mirou uma menina de cabelos tingidos de azul e a mesma se encolheu, sorrindo timidamente. - "A Vanessa você já conhece, Yami e por último e mais importante, nossa cozinheira de mão cheia, Charmy!" - Charlotte se surpreendeu ao ver que a mulher parecia uma criança de tão baixinha, mas era tão linda quanto simpática. - "Ainda tem outras pessoas, mas você os verá depois pela fazenda". 


Finral encerrou e Charlotte achou engraçado a forma como ele fez pouco caso de Yami, mas se manteve expressivamente neutra, enquanto ele lhe puxava uma cadeira para ela se sentar à mesa e depois ele se sentou ao seu lado.



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