- Conhece ele? – perguntou o homem á Alam. – É um prostituto também? Se quiser fazer um threesome eu pago mais ainda se for com ele. – respondeu o homem. Como assim um prostituto?
- Eu sou um amigo dele! Não um prostituto seu filho da puta do caralho! E se você não se importar de levar um soco nessa cara ridícula então estou levando meu amigo para casa! – gritei para o homem puxando Alam para trás de mim e então saí daquele lugar puxando-o pelo braço, apertava forte para que ele não escapasse.
Caminhei até meu apartamento, o caminho seguiu silencioso. Alam nem ao menos resistiu uma única vez, apenas deixou-se ser levado por mim. Pelo jeito ele estava acostumado a ser levado para lugares que nem conhecia. Um prostituto, ora essa! Maldito velho pedófilo, sendo que já somos maiores de idade, mas Alam tem muita cara de criancinha. Chegamos até meu apartamento, subimos as escadas, já que era no segundo andar mesmo, abri a porta jogando Alam para dentro fechando a porta e trancando logo atrás de mim. Eu estava com tanta raiva que tirei meu casaco de couro por causa do calor.
Quando fui começar a xingar Alam vi o corpo dele amolecendo e indo direto para o chão. No mesmo instante peguei-o no ar, quase que ele dá de cabeça no chão, iria ser horrível. Coloquei minha mão em sua testa, ele estava pelando, não era nem quente parecia que tomou banho em água pelando.
- Você está fervendo de febre! E ainda ia dar pra aquele cara! Quer morrer assim?!
Peguei-o no colo e o levei até o meu quarto. Joguei-o na minha cama, depois fui até o banheiro e peguei alguns remédios e um copo de água na cozinha. Levei até ele e obriguei-o a tomar.
- Descanse por hoje. – falei sério.
Fui até o banheiro e peguei um balde, enchi-o de água morna e peguei um esponja para depois levar tudo até o quarto. Tirei o casaco de Alam e sua blusa. Ele tentou protestar, mas parecia estar em outro mundo. Notei que ele estava todo suado por causa do calor da febre. Molhei a esponja tirando o excesso e comecei a dar um banho nele para assim não sujar minha cama. Vi o corpo de Alam, era realmente muito bonito e gostoso, mas algo me deixou surpreso, ele estava cheio de roxos e cortes pequenos, mas avermelhados espalhados pelo tronco, tanto na frente quanto nas costas. E não eram hematomas pequenos, cobriam quase todo corpo dele. Fiquei me perguntando se isso foi por briga, seus clientes ou algo assim. Depois de terminado virei-o de frente de novo, coloquei uma toalhinha molhada na água fria em sua testa extremamente quente.
- Qualquer coisa me chame. – fui saindo do quarto até escutar uma voz me chamar.
- Aidan... - foi tão baixinho que pensei até ter sido um miado de algum gato. – Obrigado...
- Está me agradecendo pelo que? – falei sem pensar, era estranho ver alguém me agradecendo.
- Bem... – ele sorriu, ele realmente sorriu de maneira tão meiga que pensei se ele não estava delirando. – Tu é a primeira pessoa que se preocupou comigo... E ainda cuidou de mim... Por isso eu agradeço... – sua voz foi morrendo até que ele caiu no sono.
Fiquei um tempo olhando-o dormir em silêncio até que desliguei a luz e fui para a sala deixando a porta aberta para escutar qualquer coisa que podia vir do quarto. Meu Deus! O que foi isso?! Primeira pessoa a se preocupar e cuidar dele? Justo eu?! Porra eu sou um cretino! Não sirvo para nada além de ser o pegador nojento que todo mundo odeia ou quer. Eu realmente estava interessado em comer o Alam, provavelmente ele irá se arrepender de ter me agradecido depois, mas no fim acabei achando ele tão... Tão... Sei la, criancinha talvez. Parecia uma criança que fica feliz pela mãe estar por perto cuidando enquanto está doente. Mas de certa forma acabei me interessando pelo guri, quero saber mais sobre sua vida e sobre ele mesmo. Acho que é a primeira vez que fiquei curioso em conhecer a fundo alguém que quero foder.
No meio da noite escutei barulhos vindo do quarto. Fui até lá preocupado com o que estaria acontecendo com Alam e aproveitando já ia ver se sua febre já baixou. Chegando lá vi que o pano havia caído de sua testa e ele suava bastante enquanto ofegava. Tirei o cobertor deixando-o apenas tapado pelo lençol fino. Peguei o pano e molhei de novo na água fria botando-o de volta na testa dele. Seu rosto estava vermelho, mas a febre já havia diminuído bastante até.
- Hum... – ele gemeu enquanto fazia uma expressão mais fechada no rosto. Ao que parecia estava começando a ter um pesadelo, pois vi lágrimas saindo de seus olhos.
Não sabia o que fazer. Nunca precisei lidar com alguém chorando dessa maneira senão quando eu estava sendo um cafajeste não querendo aceitar um namoro e falando maldades. Coloquei uma mão na minha cintura e a outra cocei mina nuca pensando no que iria fazer. Pensei em deixa-lo ali mesmo chorando sozinho pelo pesadelo, não sei ser gentil com ninguém e não era agora que eu iria ser, ainda mais porque se tratava de mim. Fui sair do quarto quando sinto algo puxar minha blusa, paro surpreso me virando para Alam.
- Mãe... Não vá... – disse baixinho, mas o bastante para que eu consiga escutar.
Mãe? Ótimo, agora o guri ta devaneando e eu virei mãe. De certa forma achei bonitinho ele ter me pedido para não ir, afinal, ninguém nunca, e coloque ênfase no nunca, me pediu para ficar por perto. Bom, amanhã ele não irá se lembrar disso mesmo, acho que não tem problema demonstrar algum tipo de afeto. Peguei minha cadeira e coloquei ao lado da cama. Cruzei os braços com uma cara feia de tédio.
- Sinto sua falta... – disse enquanto deixava escapar algumas lágrimas.
- Tu ta delirando pela febre guri. Não sou sua mãe, mas pode deixar que não vou sair daqui. – acho que ele não escutou metade do que eu disse.
Alam continuou sorrindo e voltou a dormir. Fiquei vendo-o de novo, mas em vez se sair para a sala e usar o computador de novo acabei ficando ali zelando pelo sono do guri. Eu não imaginei que algum dia poderia acabar me preocupando com alguém. Olhando pelo lado não pervertido, que eu até tinha esquecido que poderia existir em mim, Alam não era só gostoso para comer, mas era bonito também. Vendo agora com calma seu rosto era bem infantil, mesmo com todos os piercings que havia ali furando sua pele. De certa forma era bonito de ver, acho que eu poderia facilmente ficar ali observando a cena sem pensar em algo pervertido. Fiquei extremamente curioso agora sobre a família dessa guri e principalmente sobre aqueles hematomas em seu corpo, ao que parece a maioria é recente, mas tem muitos que devem ter sido feitos a mais tempo. Resolvi então que iria descobrir tudo sobre esse guri, mas mal sabia eu que a partir desse dia minha vida mudaria drasticamente.
No dia seguinte acordei no sofá. Nem sabia quando ou como havia chegado lá, mas acabei dormindo ali para deixar Alam de recuperar. Levantei com um pouco de dor no pescoço por ter dormido de mal jeito e observei que havia um Alam parado na parede me observando. Ele estava com a camisa dele que eu havia tirado ontem e vestindo seu casaco.
- Bom dia. – falou sem demonstrar emoção.
- Bom dia – bocejei. – Pelo jeito já se sente bem melhor hein.
- Sim. Obrigado por cuidar de mim. Eu já vou indo. – ele caminhou em direção a porta, mas puxei o braço dele e o prensei contra a parede.
- Ah não antes de me dizer que merda foi aquela que eu vi ontem, Alam. – falei em tom autoritário para ele que ficou me encarando surpreso.
- Apenas esqueça isso por favor... – desviou o olhar.
- Tu acha que eu vou mesmo esquecer isso?! Tu é um prostituto cara?! – porque eu estava com tanta raiva? Provavelmente era por causa do pensamento de um monte de cara ter comido já ele e eu não. É, só pode ser isso.
-... – ele hesitou antes de olhar para mim de novo. – E se eu for? – me desafiou com uma expressão tipo “vai me bater agora?”.
- Você poderia ser expulso da faculdade se descobrirem. – falei cruzando os braços com certo sorrisinho maldoso no rosto ainda na frente dele.
- Por favor, não conte para ninguém! – agora sua expressão era de súplica.
- E por que eu não contaria? – levantei uma sobrancelha ainda sorrindo.
- Por favor... – ele se ajoelhou no chão e abaixou a cabeça segurando minha calça – Eu te imploro, não conte para ninguém...
Nossa! Era esse o ponto que ele chegava para não vazar sobre que ele era um prostituto? Se humilhar na frente do cara mais cretino de toda faculdade só para isso? Fiquei pensativo, eu não sou alguém que guarda um segredo desses sem algo valioso em troca. Sim eu sou um filho da puta e admito. Tive a ideia perfeita, agora finalmente poderia realizar meu maior desejo.
- Ok, eu guardo seu segredo. – me abaixei puxando o rosto de Alam para cima fazendo-o me encarar. – Mas apenas com uma condição.
- Q-qual? – perguntou receoso e com certo medo na fala.
- Você vai ser meu prostituto particular. Não se preocupe, eu pago o equivalente a noite inteira, meus pais são ricos e tão nem aí para o que gasto a grana deles, mas você não pode mais dar essa bundinha para ninguém senão eu. Entendeu?
Alam arregalou os olhos. Pelo jeito estava receoso em aceitar minha condição, mas era isso ou eu contaria para todo mundo e ele seria expulso da faculdade e ainda seria taxado de puta. Entre me entregar todos os dias sua bunda e perder o direito de estudar, eu sabia exatamente o que ele iria escolher. Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça fechando a mandíbula bem forte, pelo jeito com raiva do que estava pensando.
- O-ok... Mas você não pode falar para ninguém entendeu? E eu preciso do dinheiro todos os dias.
- Apenas diga o preço, não é problema para mim como eu disse. Se quiser eu te dou R$4500,00 reais pelo mês, sairia 150 reais por dia.
Ele arregalou os olhos surpreso pela minha oferta. Como eu disse, meus pais são ricos, esse valor todos os meses é apenas uma beliscadinha comparado ao que eles ganham e gastam se divertindo. E pela expressão que Alam me fez eu devo imaginar que ele não deveria conseguir nem isso direito por mês. Mas afinal, pensando bem agora, porque ele é um prostituto? Ele não parece ser alguém pobre o bastante, suas roupas são direitas, seu rosto, pele, cabelo, etc são bem cuidados e seus materiais não são ruins para a faculdade. Fui até meu quarto e peguei 300 reais e outra coisa para logo depois voltar para perto de Alam.
- Toma, isso é por ontem já que o tirei de seu cliente e por hoje. Mas hoje não pretendo usar alguém que recém se recuperou de uma febre, então irei deixa-lo em paz. Mas amanhã esteja preparado. Entendeu? Meu pet putinho.
Puxei-o pelo braço a fim de levantá-lo. Quando ficou em pé na minha frente peguei a coleira que estava na minha mão e coloquei no pescoço dele. Ele ficou surpreso vendo isso, até pensou em protestar, mas no fim acabou desistindo. Ele era meu agora, não tinha como negar. Ah tenho tantas ideias perfeitas para pôr em prática. Finalmente consegui alguém que irá fazer tudo que eu gosto sem ter a chance de reclamar.
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