A missão de Naruto estava tendo um ótimo desempenho, enquanto Jiraiya articulava um plano em prol de Konoha e Tsunade o jovem Uzumaki cumpria sua tarefa com êxito e precisão. Enfim o time liderado por Gorila se aproximava da casa da jovem princesa que salvaram, o palácio do Pai de Sango ficava bem no centro do País dos Lagos uma área mais rica e protegida do País.
Nesse momento, o loiro e seus aliados andavam em direção ao lar da jovem princesa. Era uma noite escura e densa, Naruto e seus aliados estavam saltando entre os telhados das casas e prédios daquele País em direção a cidade mais rica e poderosa que estava no centro do mesmo. Sango era carregada por Neko enquanto Taka cobria sua retaguarda, Naruto e Gorila cuidariam da frente do grupo e assim eles estavam prosseguindo.
-Naruto: A vila ainda está distante? - Perguntou saltando do telhado azul de uma pequena casa, para o telhado verde-escuro de uma outra casa maior que a primeira possuindo dois andares. A voz do loiro estava calma e séria, seu rosto estava coberto pela máscara de raposa e sua pergunta foi direcionada a apenas uma pessoa.
-Gorila: Um pouco, mas no ritmo em que estamos chegaremos ao amanhecer. - Respondeu em um tom calmo e direto, vendo o mais jovem assentir com a cabeça.
-Neko: Que bom, pois meus braços estão cansados. - Falou em meio a um suspiro aliviado, mas a expressão severa e insatisfeita da princesa que carregava retirou seu alívio.
-Sango: Eu não sou pesada! - De modo firme e dotado de uma certeza impressionante, a garota afirmou.
-Neko: E-Eu sei, não foi isso o que eu quis dizer. - Se explicou em um tom mais baixo e um pouco hesitante.
-Sango: Hum! - Exprimiu virando seu rosto para o lado contrário da Anbu, um gesto claro de que ela estava irritada.
-Taka: Será uma longa viagem. - Suspirou pesadamente enquanto seguia em frente junto a seu grupo.
Com destreza e calma o grupo de Anbus junto a jovem princesa seguiu em direção ao seu destino e como Gorila havia dito eles chegaram na vila de Sango no amanhecer do dia seguinte. O sol havia nascido há pouco tempo e o clima agradável da vila estava à todo vapor, com movimentos rápidos e precisos Naruto e os demais Anbus chegaram no Palácio do Pai de Sango.
Foi um trajeto demorado e com alguns obstáculos, mas o grupo enviado por Sunagakure havia chegado ao Palácio do Pai da princesa. Era uma gigantesca construção com dois andares, dotada de diversos pilares feitos de troncos de uma madeira nobre em uma coloração vermelha e com o telhado feito de pequenas telhas na cor preta, além disso haviam duas escadarias que levavam a entrada do Palácio e antes da entrada dele haviam duas árvores de cerejeiras que dançavam alegremente sobre o balanço do vento. (Imagem do capítulo.)
-Sango: Estou de volta. - Falou em um tom animado e feliz, Neko havia a colocado no chão e com seus olhos brilhando a jovem princesa olhava para a entrada de sua casa.
Sem mais nem menos, Sango saiu correndo em direção a escadaria da esquerda e a subiu em uma velocidade surpreendente, um largo sorriso feliz e animado surgiu em sua face e sem hesitar com todo o fôlego de seus pulmões a garota gritou já na entrada do gigantesco castelo guardado por dois seguranças armados com naginatas.
-Sango: PAPAI, MAMÃE EU VOLTEI!!!! - Gritou em um tom alto e animado, sua voz ecoou por todo o lugar e repentinamente uma bela mulher saltou de dentro do Palácio abraçando a jovem garota com todas as suas forças.
-Sango você voltou pra mim. - A mulher mais velha falou, sua voz estava dotada de gentileza e felicidade. Seu abraço se apertou ao redor da garota como se a protegesse, parecia que Sango era o bem mais valioso daquela mulher.
Presenciando tais gestos e ações, o esquadrão Anbu entendeu rapidamente que aquela era a mãe de Sango a senhora do Palácio, ter sua filha sequestrada deve ter sido traumático e doloroso demais para ela. Então, sua proteção e suas lágrimas de alegria perante o retorno de sua filha eram justificáveis.
-Sango: Mamãe está me machucando. - Falou de modo alegre e divertido, ao sentir o abraço da mais velha se apertando cada segundo mais.
No entanto, algo atraiu a atenção das duas mulheres quebrando esse clima acolhedor por alguns instantes, o som de passos pesados e desajeitados atraíram a atenção dos ouvidos das duas mulheres. Olhando para dentro do Palácio ambas viram um homem correndo em sua direção, ele tinha a estatura alta e cabelos azuis-escuros assim como a barba em seu rosto, seus olhos tinham uma coloração amarelada e suas feições eram bem joviais talvez estivesse entre os 30 ou 40 anos.
-Sango, Snago. Meus ouvidos não me enganaram, você voltou minha princesa. - Em um tom bem emotivo e feliz o homem de cabelos azulados falou, ele não hesitou em se jogar nas duas mulheres abraçando ambas com carinho e zelo.
Tal ação também denunciou que este era o Pai de Sango e consequentemente o senhor do castelo e aquele quem pediu pela ajuda de Suna nesta missão, os três estavam abraçados e choravam como um trio de crianças. Os Anbus olhavam tudo em silêncio e respeitavam o momento em família deles, mas houve alguém que não respeitou tal cena comovente.
-Nossa, que emocionante. - A voz da poderosa Raposa de Nove Caudas ecoou na mente de Naruto, o deboche em sua voz e a diversão em suas palavras eram nítidas. No fim, ela exibia grande desprezo pela cena que assistia agora.
-Calada. - Em sua mente, Naruto proferiu um comentário para a raposa, o loiro falou de maneira séria porém calma e direta.
-Kukukuku. - Com uma gargalhada satisfeita a voz da raposa se tornou cada vez mais distante, até que Naruto se viu de volta a realidade.
Um suspiro cansado saiu por entre os lábios do loiro, certamente lidar com uma Raposa rabugenta era um tanto cansativo e isso se tornava notório por conta das ações do Anbu com máscara de raposa.
-Gorila: Algo de errado? - Perguntou ao ver a ação estranha de seu subordinado.
-Naruto: Não, nada. - Respondeu em um tom calmo e direto.
Sendo levada por sua mãe, Sango entrou no Palácio enquanto seu Pai se moveu para falar com os Anbus enviados por Suna. Era hora de expressar os devidos agradecimentos aos salvadores de sua filha.
-Anbus, vocês e sua aldeia tem os meus mais sinceros agradecimentos. Por favor, entrem e descansem um pouco. - Em um tom sério e educado o senhor falou para os 4 mascarados a sua frente, sua educação era tamanha que nem parecia a criança chorona de antes.
Perante as palavras sinceras e educadas do Senhor daquele grandioso castelo, Gorila tomou a frente de seu grupo e fez uma breve reverência curvando sua cabeça para a frente.
-Gorila: Agradecemos por suas palavras sinceras, mas receio que tenhamos outro assunto a tratar meu caro senhor. - De maneira educada e calma, o Capitão daquele esquadrão falou vendo o homem à sua frente assentir à suas palavras.
-Por estar me falando isso acredito que seja o Capitão deste time, muito bem.
-Venha comigo até o meu escritório, falaremos sobre a exportação de arroz lá. Enquanto isso, um de meus guardas levará seus companheiros para a cozinha assim poderão se alimentar e descansar por um momento. Assim está bom? - Completou de modo formal e sério, questionando o Capitão Anbu logo em seguida.
-Gorila: Sim, mas. - Falou atraindo a atenção do Senhor.
-Gorila: Esse Anbu virá comigo, creio que a discussão será mais produtiva assim. - Falou de modo educado e direto, enquanto apontava com sua mão direita para Naruto que estava à seu lado.
-Se for só ele não vejo problema, venham. Vamos. - Falou tomando a frente enquanto Gorila e Naruto o seguiam.
Neko e Taka assim como dito, foram guiados por um guarda até a cozinha o que era ótimo pois o duo necessitava de um descanso, com passos calmos e discretos o Senhor do Palácio guiou os outros dois Anbus até seu escritório.
Já dentro do cômodo, a dupla de mascarados estava frente a frente com o lord do castelo e se preparavam para iniciar a discussão sobre a exportação para Suna.
-Antes de tudo, quero expressar mais uma vez meus sinceros agradecimentos pelo que fizeram por minha filha. Mas uma coisa não tem nada haver com a outra, a recompensa de vocês os aguarda em sua aldeia mas a questão da exportação ainda me gera grandes dúvidas e receios. - Em um tom calmo e de maneira lúcida o azulado falou, suas palavras foram educadas e sinceras assim como realistas e firmes.
Seu receio e dúvidas eram compreensíveis, Sunagakure estava literalmente no meio de um deserto carruagens e pessoas passarem por ali era algo difícil e custoso, para um Senhor rico e de interesses econômicos exportar algo para esse tipo de lugar era algo surreal e talvez irracional. Portanto ninguém poderia julgá-lô por sua hesitação.
-Gorila: Tudo está esclarecido, entendemos sua opinião e sua posição senhor. Mas, poderia nos dizer suas dúvidas e receios? - Perguntou em um tom calmo e educado.
-Muito bem. Primeiro de tudo, é uma área hostil, cavalos sofreriam para guiarem as carroças de arroz no deserto, segundo: quanto mais próximo de Suna mais tempestades de areia ocorrem naquela área e terceiro: os mercenários que usam o deserto de abrigo. Esses três pontos são o que me impedem de exportar carroças de arroz para Sunagakure, afinal não quero perder dinheiro e nem arriscar a vida de pessoas à toa. - Sendo calmo e suscinto em suas palavras, o senhor explicou o porque de tantas dúvidas e receios. No fim, cada vez mais seu ponto fazia sentido.
-Gorila: Entendi seus pontos. Mas creio que há modos de solucioná-los. - Falou em um tom calmo e direto.
-Então diga-me, quais são as soluções? - Perguntou de modo sério e calmo, olhando diretamente para o Anbu à sua frente.
Naruto estava em silêncio, mas atento a cada detalhe e situação da discussão. Ouvindo tudo e analisando a situação calmamente, era assim que o Uzumaki estava agindo.
-Gorila: Sobre os mercenários, Suna disponibilizaria Anbus para patrulharem a área e em parte do caminho se juntar a caravana que transporta as sacas de arroz, assim protegendo-os e guiando-os até Sunagakure. Já a questão dos cavalos, poderíamos usar camelos para guiar as carroças ou carruagens. Creio que 4 por carroça seriam o bastante. - Explicou de modo sério e direto, as soluções faziam sentido e em custo poderiam ser aplicadas, mas um problema ainda perdura na discussão.
-Sim, são soluções plausíveis e boas. Mas, um problema ainda persiste. As tempestades de areia próximas de Suna. - Alertou de modo calmo e sábio, talvez esse fosse o maior problema da exportação em questão.
Gorila sabia bem disso, mas carecia de soluções para sanar as dúvidas e receios do Senhor em relação a isso. Este problema era diferente dos outros, afinal, como controlar a natureza? Era algo impossível, e por isso as soluções para tal problema eram praticamente nulas.
Trocar de rota seria improvável e mais custoso, além do mais poderia causar problemas mais graves no futuro. O capitão não sabia como solucionar tal problema, sua negociação havia falhado.
Pronto para admitir sua derrota nesse pequeno debate, Gorila estava prestes a falar mas ficou surpreso ao ver Naruto tomar à frente da discussão.
-Naruto: Há uma solução, podemos afastar as tempestades de areia e tornar o caminho mais suave. - Falou em um tom limpo e direto.
-E como fará isso? - Perguntou curioso.
-Naruto: Kekkai: Técnicas de Barreira, usarei elas em pontos específicos e com a quantidade certa de Chakra aplicada as barreiras se ligarão formando uma espécie de escudo que desviará as tempestades, assim os problemas para a exportação não existirão mais, certo? - Perguntou em um tom direto e sério, sua solução fora implacável.
-Sim de fato, agora precisamos estipular o preço e as datas de entrega. Se fizermos isso com êxito, firmarei um contrato de exportação com Sunagakure. - Respondeu de modo calmo e simples.
-Gorila: Nesse caso, pegue isso. Aqui está a quantia que estamos dispostos a pagar por suas sacas de arroz. - Falou de maneira calma e direta, Gorila pegou um pergaminho marrom de sua bolsa de armas e o entregou ao senhor do Palácio.
Desenrolando o objeto com calma e destreza, os olhos do senhor se arregalaram ao contemplar o valor escrito no centro do interior do pergaminho, um sorriso discreto e satisfeito surgiu em sua face. Parecia que uma resposta positiva viria dele.
-Ótimo, não vejo mais nenhum problema. A exportação será feita assim que as barreiras forem implementadas, o pagamento será feito após a entrega das sacas de arroz. O que acham? - Perguntou em um tom sério e direto olhando para os representantes de Suna nesta conversas.
-Sim, está ótimo. - Em sincronia a dupla de Anbus responderam.
O senhor então preparou a papelada que seria o contrato do negócio, carimbando-o e assinando-o logo em seguida o senhor entregou o papel mas mãos de Gorila. Outra missão fora cumprida pelo time de Anbus, e após se despedirem do Senhor do Palácio e se juntarem a seus aliados o esquadrão Anbu iniciou seu retorno para Sunagakure.
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