Olá, eu me chamo Ofélia e tenho 15 anos.
Estou presa neste manicômio há apenas dois meses, mas isso já foi o suficiente para eu ver que esse lugar não é o que parece...
Quando eu era pequena, eu era uma criança feliz, eu tomava chá com a minha avó Emilie todos os dias, sempre as 4:00 horas da tarde.
Quando eu descobri que a carne vinha dos animais, e como vinha, eu simplesmente parei de comer, me negava e de maneira alguma que meus pais tentavam me fazer comer eu comia, então só lhes restou me darem suplementos de ferro para que eu não adoecesse.
Com 6 anos de idade, eu ganhei uma irmãzinha, ela era muito fofa e eu amava ela, mas minha mãe não gostava que eu ficasse incentivando ela a "acreditar em fantasmas", na verdade ela vivia dando bronca na minha avó por causa disso.
Eu era uma "caçadora de fantasmas" nata, minha avó dizia que se comunicava com eles, e que eu não deveria caçá-los pois eram seres "bonzinhos".
Hoje eu sei que comparado com essas pessoas daqui, os fantasmas são mais que bonzinhos.
Quando eu tinha 10 anos, aconteceu a tragédia da minha vida...
Foi quando mataram meus pais e minha avó... Eu estava brincando de caçar fantasmas com minha irmãzinha no sótão e... Naquele momento eu percebi que os fantasmas não eram maus, muito menos bons, mas sim, uns inúteis! Se é que eles existiam... Nesse dia, a minha fé em tudo acabou.
Eu e minha irmã ficamos sob tutela de uma tia avó paterna nossa, ela era digamos que... Uma vaca. Sim, uma vaca, tinha horas que eu desejava a morte dela, eu gritava ao vento que se a porra daqueles fantasmas existissem mesmo, que matassem aquela velha maldita! Ela era insuportável, e má... A vida da minha irmã e principalmente a minha era um inferno!
Depois de eu perder a paciência que ainda me restava e colocar fogo em tudo, quando Olívia (minha irmã) estava na escola, bem... Eu não sei o que aconteceu com aquele demônio, só espero que ela tenha morrido... E eu, vim parar nesse lugar horroroso, e minha irmãzinha provavelmente foi para um orfanato, pobre Olívia...
Espero encontrar ela um dia, espero que ela me perdoe...
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