Narcisa sentou-se juntos aos jovens e por alguns instantes encarou o olhar ansioso de Harry, por mais que o garoto não quisesse deixar transparecer. A professora precisou pensar e medir bem as palavras, afinal, por mais idiota que os marotos tivessem sido e por Lílian ser tão mosca morta para interferir no que o namorado fazia, ainda eram os pais do garoto a sua frente e haviam dado a vida por ele em um gesto de amor supremo.
- O que quer saber? - perguntou.
- Qualquer coisa que tenha oara me dizer... Como eles eram um com o outro, por exemplo?
- No início seu pai e os outros pegavam um pouco no pé dela, por causa... - cortou a frase. Não podia dizer que era por ela andar com Snape. - ...de algumas amizades que sua mãe tinha. Mas acho que a implicância de um com o outro fez com que se apaixonassem e lá pelo meio do nosso sétimo ano, estavam finalmente namorando.
Os olhos do menino brilhavam.
- E como minha mãe era?
Narcisa precisou respirar fundo de novo. Pensou em Severo e na devoção que nutria por Lílian.
- Gentil e parecia ser muito amiga dos amigos. - disse. - Era muito bonita também. Tinha uma aura boa. Era muito inteligente, ótima em poções, creio que o professor Slugh tenha lhe contado. - completou. - Lembra muito você, senhor Potter, mesmo sua aparência sendo de Tiago. Puxou parte da personalidade da sua mãe, assim como os olhos. - ela levantou.
- Obrigado. - Harry agradeceu.
Cissa assentiu com um sorriso contido.
- Tenho algumas coisas para fazer, conversamos mais outro dia. - disse. - Se derem-me licença.
Os jovens assentiram. Hermione levantou-se também e, dizendo aos amigos que ia a biblioteca, seguiu para dentro do Castelo junto à professora. Narcisa não importou-se com a companhia, afinal já estava nutrindo um carinho especial pela a menina.
- Parece difícil para você falar da mãe do Harry. - Mione comentou quando já estavam próximas aos aposentos da mais velha.
- Lílian e eu não éramos amigas, longe disso. - Narcisa suspirou. - Nossas ideias divergiam em algumas coisas. Mas isso não muda quem ela era e o que ela fez por Harry.
- Muito nobre de sua parte achar isso. - sorriu. - Ela ter se sacrificado por Harry foi realmente um gesto de amor e tanto. Imagino que deve ter um significado ainda maior para a senhora, já que é mãe.
- A coragem dela em por-se entre Você Sabe Quem e Harry foi a segunda coisas que invejei nela. - parou à porta. - Queria eu ter tido essa coragem para proteger Draco. - disse baixo para si.
- Perdão, eu não ouvi? - Hermione a olhou.
- Eu estava... pensando em procurar Draco. - mentiu. - Nos vemos depois, Srta. Granger. Tenha uma boa tarde.
- Nos vemos. - Mione sorriu afastando-se.
Narcisa entrou distraída em seu escritório e seguiu para sua mesa buscando um papel específico. Abriu algumas gavetas para procurar até que notou uma presença estranha e ergueu os olhos.
Draco estava sentando no sofá e a olhava. Estava com olheiras vermelhas que oareciam resultantes de choro e o cabelo desgrenhado por ficar passando os dedos entre os fios de forma nervosa. A mmulher precisou de alguns segundos para assimilar a presença do garoto em sua sala.
Já estava há mais de dois meses em Hogwarts e não havia lembrado ainda de colocar os feitiços de proteção.
- Draco. - disse por fim. - O que faz aqui, querido?
- Precisamos conversar. - ele disse.
Narcisa assentiu e foi em direção àonde o garoto estava. Sentou-se em uma poltrona e ficou esperando que ele lhe dissesse algo.
- Foi até em casa ver meu pai. - começou. Cissa o olhou feio.
- Não pode ficar indo lá dessa forma... - usou um tom repreensivo, mas o garoto a interrompeu.
- Eu sei, ok? Mas eu precisava ir vê-lo... - engoliu seco. - O problema é que ao chegar lá... Bom, ele parecia em um assunto particular com tia Bella. - fez uma pausa olhando para a mãe. Esperava que ela entendesse a insinuação e ela entendeu, mas não esboçou supresa nenhuma. Não havia nada de novo em Lúcio trai-la. - Foi aí que os interrompi e fui falar com o papai. Mas... Mas ele veio com uma conversa estranha de que eu deveria passar a entender para que as mulheres servem e... Quis comparar a senhora com Bellatriz.
Mais um instante de silêncio. A mulher sentiu na voz do filho os traços da decepção que a visita à casa do pai havia lhe causado. Assentiu em silêncio, incentivando-o a continuar.
- Foi aí... - mordeu o lábio com força. - Que ele me disse algo sério. E, mesmo eu vendo o quão imbeci meu pai pode ser algumas vezez, eu preciso perguntar. Pprque é uma coisa que ficou martelando minha cabeça pelo tom de verdade que ele usou.
- O que ele disse? - inclinou-se para o filho.
- Você foi para a cama com Voldemort? - perguntou seco, ignorando o incomodo que o nome do homem lhe causava.
Narcisa senriu toda a temperaturado seu corpo cair ddrasticamente e sua voz pareceu sumir. Como Lúcio soube e como foi capaz de contar aquilo para Draco?
- Está surda? - o garoto chamou-lhe a atenção. - Perguntei se você transou com o Lord das Trevas! Ou... Ah, sim. Papai disse que você escolheu foder com ele. - usou um tom de desprezo.
- Es... Escute. - sua voz saiu aos poucos. As palavras ainda presas na garganta. - Eu preciso lhe explicar...
- Está confirmando? - berrou levantando-se. - Então você é mesmo mais uma daa vadias de Voldemort? É isso?!
- Não fale assim comigo. - levantou-se também. - Acalme-se, vou lhe contar o que aconteceu. - tocou o braço do filho.
Ele afastou-se abruptamente e assumiu um olhar de desprezo maior ainda.
- Não encoste em mim. - disse. - E não quero saber os detalhes da sua foda com o Lord. Guarde os detalhes para você mesma.
- Escute aqui... - puxou-o pelo braço, mas o garoto puxou-se de volta com certa violência.
- Não encoste em mim! - gritou de novo. - Você é suja. Suja. - virou-se e saiu em direção à porta.
Estava totalmente transtornado. Cissa sentiu os olhos marejarem e sua cabeça girou em vertigem.
- Draco, volte aqui! - disse com a voz firme ainda. - Draco! Draco!
Não adiantava mais chamar. O garoto já tinha alcançado a porta e saído, batendo-a com força. A mulher jogou-se na poltrona, sentindo as primeiras lágrimas quentes descerem seu rosto. Estava perdida sem o filho.
~*~
Snape fez algo que há muito não fazia: organizou as poções para repor o estoque de Madame Pomfrey. Colocou todas em uma bandeja e seguiu para a Ala Hospitalar, sem pressa. Só ele seria capaz de explicar a graça que achava em ver os alunos encolherem-se no corredor apenas de ouvir o farfalhar da sua capa.
Chegou em pouco tempo e encontrou Papoula preenchendo o que parecia ser a ficha médica de um aluno. Largou as ppoções sobre a mesa da medibruxa e aguardou até que ela terminasse o que estava fazendo.
Madame Pomfrey ergueu os olhos para o homem de vestes negras à sua frente e sorriu, recebendo de volta aoenas a expressão imparcial do professor marcada por um leve arquear de sobrancelha.
- Vejo que está de volta à atividade, de uma vez por todas. - comentou alegre. O professor apenas assentiu. - Está muito ocupado, Severo, ou faria-me um favor? - perguntou eenquanto olhava as poções.
- O que quer? - saiu atravessado.
- Professora McGonagall não estava sentindo-se muito bem depois do almoço e eu não tinha mais poção revigorante. Importa-se de levar uma para ela enquanto examino um aluno que fraturou o pé?
O mestre de poções assentiu à contra gosto e pegou uma das poções para guarda-la no bolso interno do casaco em seguida. Dispediu-se de Madame Pomfrey e seguiu para os aposentos da professora de transfiguração.
Seria o encontro que estava evitando acontecer desde que havia se posto entre a velha mulher e uma maldição da morte. E por um momento apegou-se algo que Dumbledore lhe havia dito: estavam próximos de um desfecho sombrio.
Talvez fosse aquela a última fez que teria a oportunidade de falar com a professora sem receber seu ódio.
Bateu à porta e esperou que ela fosse aberta. Minerva realmente não estava com uma expressão das melhores, mas mesmo assim lhe direcionou um sorriso.
- Severo! - pareceu feliz em ve-lo. O pprofessor franziu a testa. - Entre, por favor.
Pediu um "com licença" baixo e adentrou a antessala. Minerva indicou-lhe um sofá e as poltronas. Sentou em hmas das poltronas enquanto a senhora sentava-se no sofá.
- Madame Pomfrey pediu que eu lhe trouxesse isso. - entregou a poção.
- Ah, sim. Obrigada. - pegou. - E você, como está? Não temos a oportunidade de conversa há um tempo já. Pelo menos no com você consciente.
- O que quer dizer?
Minerva sorriu.
- Nas noites que eu fiquei na ala hospitalar com você, andei lhe contando algumas coisas. - disse. - Ela a única forma de fazer com que escute algo.
Snape ensaiou um sorriso.
- O que me disse? - perguntou voltando a sua indiferença.
- Que Eileen orgulharia-se de você. - deu de ombros. - Sua mãe sempre foi uma mulher corajosa. Ficaria realizada ao saber como o filho puxou à ela.
Snape manteve-se em silêncio um instante. Voltou a projetar como as coisas seriam no futuro e a resposta era uma só: ódio e decepção. Suspirou cansado.
- Sei que faz um certo tempo já. - disse. - Mas eu gostaria de agr... Agradecer por ter interferido por mim junto a Dumbledore. - as palavras pareceram engasgar-lhe. McGonagall achou graça. - O que fiz em Hogsmeade foi apenas uma forma de retribuição por ser tão... Tão... mãe.
Não podia negar que doeu-lhe dizer aquilo, principalmente por sabrr o que estava para acontecer nos dias que viriam. Sabia o quanto ia decepcioná-lae o quanto Minerva McGonagall viria a repugna-lo.
Mas se ao final de toda a Guerra, sua sonhada morte viesse aconchega-lo, pelo menos iria sem o sentimento de coisas não ditas.
Não esperou resposta da velha professora, apenas levantou-se e saiu dos aposentos, seguindo os corredores até chegar a frente de uma velha gargula.
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