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História O Enigma do Príncipe - Prepotente e herói de mais, Potter - História escrita por stormary - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Enigma do Príncipe - Prepotente e herói de mais, Potter


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!
Eu vou parar de prometer, porque adivinhem só: deu problema na minha internet, sem previsão de melhora, então até o dia 10 (quando renova a minha 3g do celular), vou fazer o meu melhor para aparecer, mas não posso prometer dessa vez.
O título do capítulo tá quase uma redação, mas foi o que consegui pensar.

Uma boa leitura!

Capítulo 75 - Prepotente e herói de mais, Potter


Narcisa saiu rapidamente de dentro do leito de Severo, passando os olhos no hall de entrada, buscando ver Madame Pomfrey em algum lugar, ou até mesmo qualquer outra pessoa que pudesse ajudar naquele momento. A medibruxa estava parada perto da porta conversando algumas amenidades com Minerva quando os gritos de ajuda de Narcisa chegaram até elas.

As duas bruxas mais velhas correram até a outra estava o mais rapidamente que conseguiram, chamando a atenção de Dumbledore que estava mais à frente junto a Hermione.

~*~

Nem em um dos maiores castigos que já recebera de Voldemort, Severo sentiu tanta dor quanto estava sentindo naquele momento. Largou-se na cama com muito custo, enquanto ouvia de forma abafada Narcisa pedir ajuda do lado de fora. Agarrou o braço esquerdo com a mão livre e olhou em volta, enquanto um gemido de agonia passava por seus lábios.

Tentou alcançar o frasco vazio de poção que estava sobre a mesa ao lado da cama, mas acabou apenas conseguindo derrubá-lo no chão. Contorceu-se, sentindo mais uma fisgada forte no peito. Estavam sendo sem sombra de dúvidas os segundos mais longos de sua vida, até o momento que viu Papoula entrar, acompanhada pelas outras duas e vir rapidamente ao seu encontro. A primeira coisa que a medibruxa procurou foi o frasco de poção que agora jazia em cacos aos seus pés.

O olhar de Severo caíram na professora de cabelos grisalhos que acompanhava a cena de olhos arregalados na porta.

- Minerva. – a voz saiu baixa, e logo a mais velha estava ao seu lado.

- Estou aqui. – segurou-lhe a mão.

- Está queimando. – ele disse antes de ser assolado por mais um espasmo, arqueando as costas, dessa vez deixando um grito rouco de dor escapar.

- Vai ficar tudo bem, se acalme. – ela pediu, voltando-se para Madame Pomfrey.  – Precisa ser mais rápida!

- Estou fazendo o possível, Minerva. – a outra respondeu, enquanto misturava dois líquidos em um frasco só.

Narcisa, que acompanhava tudo da entrada, bem dizer em choque, sentiu seu ombro ser tocado por alguém e deu um passo para o lado, virando-se para Dumbledore enquanto ele entrava no leito.

- Deixem que eu dou um jeito nisso. – aproximou-se.

- Não! – Severo disse alto e ofegante. – Fique longe de mim.

- Pronto. – Madame Pomfrey tomou a frente. – Aqui está. Beba, querido.

Snape sentiu Madame Pomfrey despejar o liquido em seus lábios e o engoliu da melhor forma que pode. Sentiu seu corpo relaxar aos poucos e se largou para trás, contra os travesseiros, enquanto tentava estabilizar sua respiração. Podia sentir o rosto suado e agora o formigamento passar aos poucos, insistindo em ficar em volta da sua marca negra. Ele ergueu a cabeça, sentindo-se mais calmo e levou a mãos livre até a maga da camisa, erguendo-a o suficiente para ver a marca, antes viva, agora cinza e enfraquecida.

- O que... – ele limpou a garganta. -... Aconteceu comigo?

- Você está muito mais instável do que imaginei, emoções fortes de qualquer tipo devem ser evitadas, para o seu bem. – Madame Pomfrey suspirou. – Se eu soubesse não teria lhe dito nada, teríamos evitado isso.

Snape apenas assentiu.

- Sentiu a marca negra queimar? – Dumbledore perguntou.

Os olhos do mestre em poções foram até o velho diretor e voltaram para a medibruxa, ignorando o que ele havia dito.

- Senti a marca queimar. Por quê? – perguntou.

- Você é um bruxo sem magia, Severo, o normal é que seu organismo busque por ela. E no caso, a única fonte de magia que encontrou foi na marca negra. – explicou. – Talvez isso volte a acontecer, por isso deve evitar descontroles desnecessários e assuntos mais delicados devem ser tratados da melhor e mais calma forma possível. Estamos entendidos?

Ele assentiu novamente.

- Vamos deixar você descansar, deve ter ficado exausto depois disso. – Papoula disse. – Saiam agora, por favor.

Indicou a saída para os demais. Dumbledore foi o primeiro a voltar por onde tinha vindo, seguido pela medibruxa e, por fim, por Narcisa, que ainda ficou olhando Severo alguns segundos antes de seguir os demais. Seria mais uma coisa que ela colocaria na sua lista de culpa, quase ter matado o homem que amava por causa de suas mentiras, duas vezes.

Minerva fez menção de sair, parando ao sentir a mão do professor segurar-lhe a manga das vestes um breve momento. Ele não queria ficar sozinho pela primeira vez em toda a vida, mas era orgulhoso demais para poder admitir qualquer coisa do tipo e ainda mais para pedir companhia para alguém. Severo soltou-a e escorou a cabeça nos travesseiros, enquanto a mais velha puxava a cadeira para mais perto da cama e sentava-se.

- Como consegue olhar para eles depois de toda essa mentira? – ele perguntou baixo, sentia-se sonolento, muito provavelmente por conta da poção.

- Eu não sei. – respondeu. – Talvez eu esteja tentando ver pelo lado bom de tudo isso, afinal vencemos a Guerra. Mas sei que é mais complicado para você, Severo, afinal foi um dos mais prejudicados por tudo.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

- Narcisa estava grávida. – disse por fim.

- Eu sei. – McGonagall respondeu.

Snape até mesmo pensou no que dizer em seguida, mas sentiu seus olhos se fecharem contra a sua própria vontade para então cair em um sono profundo e sem sonhos.

~*~

Narcisa estava parada na janela de frente para a Floresta Proibida, com uma xicara de chá que Hermione havia lhe convencido a pegar, um pouco antes de ir embora. Deveria colocar em uma balança quais seriam suas prioridades agora já que estava tão comprometida em tudo quanto Draco ou mesmo Lúcio.

Queria conseguir manter o foco nisso ou até mesmo no rumo que deveria dar a sua vida quando saísse dali, ou a uma forma de conseguir capturar o marido e trocar a liberdade dele por a de Draco, mas a única coisa que ocupava sua mente naquele momento era a conversa que tivesse com Severo horas mais cedo, a forma com que as coisas aconteceram depois e a certeza de que ele não ia querer vê-la diante de si tão cedo.

- E esperava o que Narcisa? – murmurou para si. – Infelizmente está colhendo o resultado das suas escolhas.

~ Quatro dias depois ~

Mais de meia semana havia se passado desde o incidente e da última conversa civilizada que Severo havia tido com qualquer outra pessoa, que não fosse Minerva McGonagall. Muito provavelmente seu considerável problema de humor estava sendo agravado pelo tratamento intensivo que estava fazendo para terminar de remover os resquícios que possivelmente ainda restavam do veneno de Nagini em seu corpo, para enfim poder começar a reposição de sua magia.

Saiu pela primeira vez desde que havia chegado ali para caminhar um pouco, afinal não aguentava mais ficar preso na ala hospitalar o dia todo. Foi até onde antes ficava a sua sala de aula, pelo menos desde que começara a dar aulas em Hogwarts e que agora estava resultada apenas em destroços, como grande parte da escola para onde a batalha tenha se estendido.

Saindo das masmorras, tomou caminho para os andares de cima, chegando sem perceber muito bem à entrada da Torre de Astronomia. Hesitou alguns instantes, se entrava ou não, afinal muitas coisas haviam acontecido ali nos últimos dois anos, mas sabia que no final das contar acabaria ali em cima de uma forma ou de outra. Entrou e seguiu até o parapeito, onde sem surpresa alguma pareceu ser o lugar para melhor se respirar em toda a escola, e escorou-se, fechando os olhos por alguns segundos.

Estivera ouvindo de longe muitas coisas que estavam acontecendo para os demais ocupantes da Escola, tanto os professores que ali ficaram para ajudar a reergue-la ou pelos alunos que, mesmo poucos, ainda não sabiam muito bem para onde ir, mas sua mente havia se atentado a duas coisas que ouvira na noite anterior: primeiro, Dumbledore estava planejando sua volta triunfal ao mundo bruxo, já que uma hora ou outra precisaria se mostrar diante de todos e do ministério, mesmo que não tivesse previsto isso tão rapidamente quanto estaria fazendo. E não poderia dizer que o motivo também não o havia surpreendido, primeiro a aparição de Dumbledore retiraria de si a acusação da morte do diretor, já que ele estava muito bem vivo e segundo, Alvo daria sua cara a tapa para poder ajudar Narcisa.

Deveria admitir que sentiu vontade de entrar no assunto quando soube que Draco estava preso e pronto para ser mandado para Azkaban, enquanto Lúcio estava solto e muito bem, obrigada. Estava em um impasse, já que queria afastar-se de Narcisa e ao menos tempo, sentia-se na obrigação de ajudar Draco e até mesmo ela de escapar das acusações que sabia muito bem não serem totalmente justas. Afinal, o menino era seu afilhado e, mesmo que o voto tivesse passado no momento que matara Dumbledore, ainda era sua obrigação protege-lo, já que o pai não fazia. E quanto a Narcisa... Ela estava perdendo um filho novamente e dessa vez poderia ser evitado. Esperava que alguma vez Dumbledore fizesse algo certo sem pensar somente em si mesmo.

- Professor Snape. – a voz que Severo menos esperava ouvir chegou aos seus ouvidos e o fez abrir os olhos e virar-se no mesmo instante.

Harry estava parado perto da entrada do lugar e olhava para o professor enquanto se balançava nos calcanhares.

- Potter. – ergueu a sobrancelha.

- Eu não esperava encontrar o senhor por aqui. – disse. – Mas é bom ter encontrado.

- Precisa de alguma coisa, Sr. Potter? – perguntou enquanto o garoto se aproximava.

- Não sei, na verdade. – Harry chegou ao lado do professor e colocou a mãos dentro do bolso do casaco, retirando um frasco com um liquido prateado dentro. – Isso é seu. – estendeu para ele.

Severo hesitou alguns segundos antes de pegar, afinal não esperava passar por isso.

- Eu gostaria de me desculpar, professor. – o garoto disse. – Agora eu vejo que as coisas que fez foram realmente necessárias, desde de o início e que realmente estava nessa missão maluca de me proteger.

- Não acredito que realmente queira conversar sobre isso, Potter, principalmente comigo. – disse, voltando-se para a paisagem. – Nunca nos suportamos, e isso não é um frasco de lembranças que vai mudar.

- Oh, eu sei que não. – Harry assentiu. – Mas não se trata apenas do que eu vi, professor, e sim tudo que significou. E talvez eu tenha percebido que temos muito mais em comum do que poderíamos imaginar.

- Não digas asneiras, garoto. – resmungou. – O que teríamos em comum? Chega a ser cômico.

- Falo sobre Dumbledore, o quanto estávamos no escuro durante essa guerra toda. No final das contas lutamos pelas mesmas pessoas e as mesmas causas.

- Se realmente viu e entendeu tudo que estava nas lembranças que te dei, deveria estar me odiando ainda mais e com razão, e não estar aqui com toda essa conversinha. – olhou para o garoto. – É realmente idêntico ao seu pai, Potter, prepotente e herói de mais para guardar rancor.

Harry sorriu.

- Não vai me fazer sair daqui. – cruzou os braços. – Eu entendi que foi o senhor quem contou ao Lord das Trevas sobre a profecia, e sei que se culpa pela morte da minha mãe. Mas não foi o senhor quem os traiu, a culpas deles terem sido mortos foi unicamente de Peter Pettigrew e da loucura de Voldemort. E devo dizer que o senhor fez um grande esforço para me manter a salvo depois disso, o mínimo que posso fazer é agradecer.

- Certo, você agradeceu. Já pode ir. – usou o tom ríspido que era de sua característica.

Cruzou os braços e virou-se novamente para encarar o horizonte, passando a ignorar a presença do garoto que insistia em ficar ali. Harry imitou o gesto do professor, cruzando os braços e firmando o corpo contra o parapeito para olhar o Lago Negro.

- Não sei se sua percepção lhe permite tal descoberta, Sr. Potter... Mas eu realmente dispenso sua companhia. – Severo carregou a voz.

- Como se sente em relação à Dumbledore? – o garoto ignorou o comentário do professor. – Depois que Hermione insistiu algumas vezes eu acabei sentando para realmente ouvir o que ele tinha para dizer...

- E o que eu tenho a ver com isso? – ergueu a sobrancelha.

- Ele me explicou a situação desde o início, tudo que a profecia dizia e as escolhas que ele precisou fazer. – falou. – E de uma forma ou outra, não foi bem a mim que ele criou para o abate, como disse, mas sim a parte de Voldemort que vivia em mim. É bom tê-lo de volta e ao mesmo tempo sinto raiva por todo esse teatro que ele fez.

- Devo repetir minha pergunta. – Severo voltou-se para ele, sem paciência.

- Bom, a mentira maior foi para o senhor... E ele fez com que Narcisa mentisse também...

- Isso, no caso, não lhe diz respeito. Diz, Potter? – a voz saiu arrastada.

- Eu só imaginei que sabendo que eu os ouvi... Não sei, talvez o senhor também pudesse ouvi-los. – disse. – Afinal, eu vi suas lembranças, senhor, e tenho certeza que a última delas não era bem para mim que deveria ser entregue...

- Está indo longe demais, garoto. – o interrompeu, erguendo a mão. – E eu realmente preciso evitar sair do sério, então eu suponho que se sua intenção não foi ficar em silêncio, pode ir.

- Tudo bem, me enganei quanto a pensar que falaria alguma coisa sobre isso. – lamentou, colocando a mão no bolso da camisa novamente, retirando um pequeno papel de foto. – Eu gostaria que ficasse com isso.

Harry colocou a imagem ao lado da mão do professor que estava sobre o parapeito e virou-se para sair. Severo observou a foto de Lílian alguns segundos, ela jogando os cabelos delicadamente para trás enquanto gargalhava para a foto, virou-se para o garoto pensando em qualquer coisa que pudesse dizer, mas foi interrompido antes mesmo de começar pelo barulho de passos vindo das escadas. Harry parou assim como ele, para ver quem chegava.

Narcisa subiu rapidamente até a Torre de Astronomia depois do terceiro frasco com uma poção amarga que Madame Pomfrey havia lhe obrigado a tomar. Havia tido uma piora considerável nos últimos dias, já que desde o início havia ignorado completamente as recomendações de repouso. Precisava de um ar e precisava ficar sozinha para pensar nem que fosse por apenas alguns segundos. No dia seguinte, Kingsley iria assumir o posto de Ministro da Magia e os mortos de Guerra receberiam uma homenagem e seus títulos póstumos. Ai então Dumbledore poderia reaparecer e ajudar tanto a ela quanto a Draco, que era quem mais estava precisando. Saiu das escadas para a plataforma da Torre e seus olhos caíram em Harry e em seguida em Snape.

- Eu não sabia que estavam aqui. – disse.

- Já estou de saída. – Harry veio em sua direção e lhe deu um beijo no rosto. – Bom ver você.

Cissa sorriu para ele.

- É bom ver você também. – disse.

O garoto deu um leve aceno de cabeça para Severo e deixou o lugar em direção das escadas. Narcisa se aproximou alguns passos ainda em silêncio parando ao ver a imagem de Lílian movendo-se na mão do outro. Ela engoliu a seco e, percebendo, Severo colocou a foto dentro do bolso do casaco.

- Como está? – ela perguntou.

- Como está vendo. – respondeu atravessado. Ela assentiu, sem dizer mais nada.

O olhar dos dois se encontrou por alguns instantes, sem que desviassem ou qualquer outra coisa. Narcisa se aproximou alguns passos até chegar em frente a ele.

- Eu sei que não vai me ouvir. – ela disse. – Mas quero que olhe isso.

Sem dizer muito mais, largou na mão dele um frasco com um conhecido liquido prateado e se afastou, os primeiros passos de costas, para enfim retornar pelo caminho que tinha vindo. Severo abaixou o olhar para o pequeno vidro em sua mão e o girou entre os dedos.

Tinha as memórias de Narcisa Malfoy em suas mãos, e só Merlin sabia o que lhe aguardava ali.


Notas Finais


Minha McGonagall e seu espírito materno está vivíssima AUHEUAHEU
Com muita calma e um empurrãozinho de cada lado as coisas vão voltar a se acomodarem.
Digam aí:
O que esperam para o próximo?

Um beijo na nuca esquerda e até!


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