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História O espaço entre nós ; zutara - As palavras - História escrita por KATAR4FAIRY - Spirit Fanfics e Histórias
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História O espaço entre nós ; zutara - As palavras


Escrita por: KATAR4FAIRY

Notas do Autor


🎨🎨🎨🎨
Meu amores, esta é nossa Katara.
CRÉDITOS NA IMAGEM!!!
🎨🎨🎨🎨

No capítulo anterior, vemos que Katara vivenciou 18 anos de guerra, e que a guerra acabou 1 anos antes do baile real. Assim, Katara tem 19 anos.
Zuko, tem 21 anos.

Espero que gostem!

Capítulo 3 - As palavras


Fanfic / Fanfiction O espaço entre nós ; zutara - As palavras



A madrugada fria e calma era admirada por Katara, que olhava para as estrelas atentamente de sua janela, enquanto seus cabelos castanhos dançavam junto a brisa constante.
Desejava passar a maior parte do tempo no seu aposento, a espera de que algo acontecesse, mas não é assim que a vida funciona. Ela sabia que em ambientes fechados, as coisas apenas se repetem, ou não acontecem.
Independente de seu cansaco, tanto físico quanto mental, não existia qualquer resquício de sono. O vestido branco com várias camadas de ceda que envolvia seu corpo, impedia que o frio intenso fosse sentido, afinal, já havia se acostumado com o clima.
Assim como as íris azuis encaravam o jardim abaixo de sua janela, mesmo não sendo as flores merecedoras de sua atenção.
Com os braços cruzados em cima do parapeito, cada movimento realizado pelo príncipe do Reino do Fogo era vigiado pela mulher.
Não fazia muito tempo que o mesmo havia chegado no jardim, encarando a fonte de água por um longo espaço de tempo. A princesa se perguntava o porque do mesmo estar acordado tão tarde? Assim como, se perguntava o que se passava em sua mente.
Seria inconveniente atrapalhar seu momento sozinho e dar um pequeno susto?

Katara riu baixo com a ideia.
Ainda na mesma posição, ergue sem esforço a água da fonte, podendo ver o olhar assustado de Zuko, assim como sua expressão de alívio ao olhar pra cima e ver a princesa que sorria de forma divertida.

一 Não achava que o água iria lhe machucar, certo? - Katara diz, em um tom audível o suficiente para o homem que encarava, desta vez, com uma expressão neutra no rosto. 


一 Isto deveria ter sido uma piada? - Zuko pende para trás, podendo sentir em sua pele descoberta pelos trajes reais a grama gélida. Encarando fixamente a princesa, relaxando o pescoço. 


一 Sinto muito, não faço piadas tão boas quanto as do meu irmão.  - Katara se inclina mais um pouco, segurando a sua coroa que ameaçava cair. 一 Deseja companhia? 


Zuko não respondeu. Na verdade, não houve tempo para respostas. Em poucos minutos pôde ver a mulher ao seu lado, que sentou delicadamente sobre a grama, tomando cuidado para que o vestido de ceda continuasse gracisoso sobre si.
Por um longo momento, nenhuma palavra foi dita, até o silêncio ser interrompido pela princesa, que encarava a fonte.


一 Começamos com o pé esquerdo, não acha? - Zuko não pôde ver seu rosto, afinal estava deitado e apenas as costas da mulher a sua frente estavam em seu campo de visão. Mas pode ouvir claramente seu tom baixo e infeliz. 一 Não consegue dormir?



一 Pode-se dizer que sim. - tentava não reparar muito nos detalhes de Katara, não queria fixá-los em sua memória, mas inconsequentemente já estava o fazendo. E se amaldiçoou mentalmente por isso. 



Silêncio. O primeiro encontro realmente não foi um dos melhores, e a falta de palavras por parte dos dois apenas confirmava isso. Katara apenas encarava a água a sua frente, enquanto abraçava seus joelhos e tinha sua cabeça apoiada neles. Zuko deitado na grama olhava atentamente para as estrelas, respirando fundo e lentamente.
Depois do baile, ele e seu pai foram direcionados para os aposentos reais. O quarto silencioso lhe recordava sua casa. Algo que não gostaria de lembrar.
Confessava que estava aflito, nervoso. Sair para o jardim e pegar ar fresco foi apenas uma escolha devido a sua falta de ar, as palavras do pai rondavam constantemente em sua mente.
Altas.
E ter a princesa ali ao seu lado, apenas piorava a situação.


"Somos jogadores, Zuko. Não precisamos de um tabuleiro para jogar. Precisamos pensar alto."



一 Como é o Reino do Fogo? - o príncipe escuta a pergunta atento e não demora a começar a falar. 


一 Confesso que você irá se assustar um pouco. - Katara olha para o homem com os olhos assustados, que percebe o que fez e imediatamente tenta corrigir a fala. 一 Digo, sobre nossa cultura. Não preciso de mais alguns dias aqui para afirmar que nosso povo é muito diferente. 


一 Imagino. - Katara dobra novamente a água, ato notado por Zuko, que passa a encarar o líquido que se move lentamente. 



Por mais que tentasse esconder, a princesa deixa claro em seu tom de voz que estava com medo. Medo do futuro. Algo comum para ela, na verdade.
Por trás daquela mulher delicada, moldada apenas para os olhos no exterior, havia uma mulher forte e capaz de fazer qualquer coisa que quisesse. Mas, dessa vez a insegurança batia em sua porta.
Sua mente em chamas, não conseguia formular quaisquer diálogo possível com perfeição. Assim como em seu peito havia uma tempestade, e torcia para que seus trovões não fossem notados pelo homem ao seu lado.

Mas mal sabia ela que Zuko sentia o mesmo.
E talvez, de uma maneira bem pior.
A resposta para a pergunta da princesa era não, gostaria sinceramente de ficar sozinho e encarar a si próprio. Se surpreendeu ao ver a mulher aparecer ao seu lado em poucos minutos, já que depois de ser indelicado com a mesma, e Katara ameaçar ataca-lo duas vezes, imaginou que iriam se encontrar apenas nos encontros reais.
Se sentia ali, estranhamente bem.


一 Lutou na guerra? 


一 Aos dezoitoanos fui direcionado a linha de frente. - Katara não possuia nenhuma reação em seu rosto, agora, estava de costas para a água e com os olhos fixos no rapaz que tinha olhos fechados. 一 Ordens superiores, encorajar os nossos dobradores era minha função, era inverno. Terceiro mês do inverno. 



Katara sabia muito bem o que havia ocorrido no acontecimento que todos chamavam de Terceiro mês do inverno. Olhando para os lados com desespero com o intuito de encontrar outro assunto para falar.
Mas, não foi preciso. As íris azuis encaravam agora, o príncipe que se levantou com brutalidade da grama, murmurou palavras que não foram identificadas e apenas saiu, deixando a princesa sozinha.
E que soltou a respiração que nem reparou que estava segurando.


一 Por que você abriu a boca, Katara? - a mulher fala com indignação para si mesma enquanto se levanta e arruma o vestido de ceda. 一 Parabéns. 


O caminho até seu aposentos foi rápido, assim como sua trajetória para apagar as velas espalhadas pelo cômodo e por fim deitar na imensa cama.


[...]



Independente da dor de cabeça insuportável, e as enormes olheiras em seus olhos, características percebidas por seu pai, Zuko manteve sua postura.
Mantinha seus olhos fechados enquanto sentia seu corpo ser medido e tocado pelas costureiras. A refeição da manhã havia sido comum, rei Hakoda e seu pai conversavam sobre inúmeros assuntos desinteressantes a ele, mas se impressionou com a forma que Hakoda interaje com a Kya, a deixando por dentro de todos os assuntos e conversas. A sua frente Katara e Sokka estavam posicionados, silenciosos. Não pode deixar de perceber que em certos momentos conversaram com olhares, e pelo jeito, se entendiam perfeitamente.
Katara.
Não olhou para o mesmo em nenhum momento, evitando a qualquer custo encarar o príncipe. Zuko até certo ponto entendia, ou não.


一 Assim está bom, vossa alteza? - Zuko abre os olhos, assumindo um semblante triste ao ver as mãos trêmulas das mulheres a sua frente. 


一 Está sim, muito obrigado. - ri para as mesmas que riem tentando esconder o alívio no rosto. 一 Não se preocupem, vou gostar de qualquer coisa que vocês fizerem. São muito talentosas. 



一 Muita gentileza sua, vossa alteza. - Zuko acente com um riso baixo, ato retribuído pelas mulheres que continuaram o trabalho com os longos tecidos. 一 Se vossa alteza, me permite, és muito diferente de seu pai. 


一 Isso é ótimo, não acham? - ri nervoso ao lembrar do pai saindo em chamas da cômodo reclamando algo inaudível. 


Não demorou muito para todas as medidas serem tiradas e o tecido branco e azul ser escolhido e testado no príncipe, que saiu da sala acenando alegremente para as mulheres ali. Elas mereciam seu bom humor, apesar de ser pouco.
Aos poucos já se acostumava com os imensos corredores do castelo, que ao seu ver pareciam todos iguais. E com certa dificuldade chegava ao jardim ou ao seu aposento, únicos lugares que sabia ir.
Uma expressão fria e neutra invadiu seu rosto ao perceber a presença de outra pessoa no corredor largo. Sentiu um alívio ao encarar íris azuis, e não âmbares. 

一 Princesa Katara. - Zuko faz um reverência. Katara retribui com as sobrancelhas erguidas. 


一 Príncipe Zuko. - silêncio, um desconfortável silêncio. Katara se perguntava como tudo parecia ser tão estranho ao lado do homem a sua frente, o modo como agem estranho cada vez que se encontram é incompreensível, mas sua mente ainda estava na conversa da noite passada e seus olhos teimavam a encarar a cicatriz, e se perguntar o que poderia ter acontecido. Não se sentia bem com isso, estava curiosa demais, e o fato de se casar com ele não significa total confiança e lealdade. 一 Creio que está procurando Fire Lord Ozai. 


一 De maneira alguma. - Katara pode ouvir desespero em sua voz. 一 Apenas tentando me localizar neste castelo enorme. 


一 Posso lhe ajudar se desejar. É normal se perder por esta ala. - solta um riso reconfortante. 一 Quer ir para onde? 


一 Não há lugar específico. - fala de maneira indiferente. 一 Estava indo a algum lugar? 


一 Biblioteca. Quer me acompanhar? 


一 Seria uma honra. 


A porta de madeira grossa e pesada é aberta por Katara, que adentrou no cômodo sem cerimônias, já indo em direções as estantes quilométricas repletas de livros variados. Zuko, um pouco atrás, admirava cada pedaço do lugar. A biblioteca de seu castelo era enorme, mas nada se comparava ao que via diante de si.  


一 Azula vai adorar lhe conhecer. - Zuko se aproxima de uma estante, pegando um livro qualquer e o folheando. 



一 Perdão. Quem? 


一 Tenho uma irmã mais nova. - Katara encara o semblante de Zuko. 一 Ela não era muito fã de livros, mas agora por algum motivo que não sei, frequenta a biblioteca todos os dias.



一 Interessante. - íris azuis nas íris âmbares, e mais uma vez Zuko se amaldiçoa mentalmente por admirar a mulher. 一 Ela deve ser legal. 


一 Lhe asseguro que ela é legal, mas não se assuste com algumas, digamos, brigas e brincadeiras..... arriscadas demais? 


一 Não irei me surpreender, Sokka e eu brigamos constantemente. - Katara ri, mas logo para ao perceber o olhar do homem a sua frente. 一 Em uma escala, quanto seria essas....arriscadas demais? 


Zuko ri nervoso, vendo Katara arregalar os olhos ao saber da resposta.
Azula era uma boa irmã, brigar com ela fazia parte, sempre foram encorajados pelo pai a usarem as dobras nas brigas, e juntando as duas personalidades fortes sempre acaba em algo....grande.
Mas, Zuko é grato por tê-la, afinal, Azula não é o problema.

Katara não sabia o que lhe esperava no Reino que se localiza no outro lado do mapa, e apesar de ser bastante curiosa e honestamente corajosa, não estava preparada para o que viria a seguir na outra página de sua vida.


Nenhum dos dois estavam preparados para o livro que a vida os deu. 


Notas Finais


AGORA SIM DÁ PRA PENSAR EM TEORIAS QIHQHSHSJWJ

Lealdade, confiança, medo, nervosismo.... as palavras de Ozai altas na mente de Zuko.
Katara com medo do futuro que lhe aguarda.
Azula, de acordo com Zuko, irá se dar bem com katara.
Terceiro mês do inverno....o que será que aconteceu com Zuko neste dia? Com os soldados de fogo?
Katara está curiosa para saber mais sobre o homem com quem irá se casar, mas, ela está preparada para o que vai descobrir?


AAAAAAAAAAAAAA
Espero que tenham gostado!
Comentem o que acharam, suas teorias e opiniões!
Até o próximo capítulo! 💖🏃🏽‍♀️


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